Era
Construí uma casinha em minha mente
E nela eu te coloquei num pedestal
Mas você não era aquela
Que ali devia estar.
O amor tem dessas coisas
E não consigo explicar.
Mesmo sendo assim,
Em meu coração já se eternizou
O amor que nasceu em mim
Já se fixou.
Assumi que não mereces
Pela pessoa que és
Estar dentro de meu coração,
Mas quem manda na emoção?
O pedestal ainda está lá
Com você em seu lugar
Pode ir, pode voltar
Pode até desmanchar
Tudo de ruim e de bom que desenhei
Mas é você quem eu amo
E não encontro explicação.
Eu repito a meu ser
Que mereces coisa ruim,
Mas meu prêmio eu te daria
Se a mim você queria.
Quando era criança, pensava no mundo inacessível dos adultos, sonhando enfim crescer atropelando o tempo, as mudanças, querendo realizar-me como tal. Desejava sentir a liberdade tão nitidamente (aparentemente) demonstrada por aqueles estranhos, o prazer pela vida, a responsabilidade por suas obrigações me encantava. Mera ilusão! Entendo perfeitamente agora depois que cresci, vendo o desfecho da história, vejo-me cercada por pessoas insatisfeitas com a vida, com sonhos, pessoas fracas e que conseqüentemente acabam sozinhas tomando chá ao final do dia. Para onde foram aqueles sorrisos falsos da alegria que eu via? Realmente faz sentido agora, percebo com maior clareza o quanto às pessoas possuem a capacidade de fingir, disfarçar as suas dores; dores que são sustentadas por palcos inventados, que após o ‘le grande finale’ voltam a ser escuros e sem graça. Que grande exemplo vocês adultos transmitiram para nós, tornando-nos seus reflexos. Criando assim uma geração tão afetada emocionalmente, tendo que amadurecer na pressão.
Tudo e todos começam a cobrar de você e como o tempo corre feito louco por aqui, somos obrigados a pagar por algo que nem conquistamos ainda. Pobre de nós, jovens adultos que somos, é o preço que pagamos por querer crescer desproporcionalmente, prematuramente. Fomos um dia crianças felizes e despreocupadas, hoje fazemos parte de um todo que vive psicoticamente em função do tempo, só uma coisa que eles esquecem, é que o amanhã chega cedo demais. E quem sabe com tanta mentira que inventam por aí, eles não crie um jeito de vivermos felizes para sempre?
Desculpem-me. Ainda vejo-me projetada na infância, quando não eram somente os contos que nos falava em mentiras. Por que sei agora que tais contos eram imaginados pelos adultos.
Agora tudo faz sentido ou pelo menos, quase tudo.
Na verdade, eu não queria ter crescido.
De ontem para Hoje....
Ontem era que dia...?
Hoje foi o melhor!
Ontem era que horas...?
Hoje foi a Certa!
Ontem era fictício...?
Hoje foi Real!
Ontem era Perigoso...?
Hoje foi seguro!
Ontem era igual...?
Hoje foi diferente!
Ontem era estranho...?
Hoje foi lindo!
Ontem era sofrimento...?
Hoje Foi Alegria!
Ontem era quem...?
Hoje é você!
Detalhes que não regressam…
Tempo bem era quando…
Eu tinha 5 anos e era a princesinha…
Quando minha vida era como um conto de fadas...
Quando eu não tinha tamanhas responsabilidades...
Quando eu não era tão desafiadora com a verdade...
Quando eu nem conhecia a verdade...
Quando eu vivia nos sonhos de parque de diversões...
Quando o máximo que tinha eram amigos...
Quando eu não sabia da crueldade do amor...
Quando não conhecia a falsidade...
Quando eu media as palavras antes de solta-las...
Quando os rabiscos no fundo de meu caderno, não eram só de corações...
Quando eu era ingênua e não sabia que na vida nada é de graça...
Quando eu não prestava tanta atenção nos defeitos do próximo...
Quando eu me valorizava...
Quando na minha cabeça, não passava nenhum tipo de malícia...
Quando meu pai chegava em casa, e eu ia abraçá-lo...
Quando eu não jogava o jogo do amor...
Quando minha única preocupação, era a que horas eu iria brincar de boneca...
Quando pra mim, a matemática era só 2+2...
Quando meninos eram apenas amiguinhos das meninas...
Bom mesmo era Quando eu não necessitava escrever sobre o meu passado...
Em busca de verdades
Nunca pedi um mundo em que não poderia viver,
O meu desejo era simples e puro,
O meu desejo era você, a sua companhia, sua verdade.
Já cheguei a desejar ser outra pessoa para estar ao seu lado,
Desejei tanto não te querer, desejei fechar os olhos e não enxergar você,
Desejei em vão, até hoje sinto a sua presença aqui, perto de mim, bem perto de mim...
Não consigo entender, tantas mentiras por quê?
Falta de coragem, de amor, vontade, talvez,
Faltou emoção, decisão, precisava de mais, muito mais de você para mim e por que não pensar menos e agir com a emoção?
Hoje sei que seguiu o seu caminho,
Só não tenho certeza se é a sua verdade,
Pelo menos é a certeza que sempre teve, mas nunca teve coragem para dizer.
E é isso, apenas isso que eu sempre quis além de estar ao seu lado.
Cansei de interpretar o seu olhar, queria ir além dos seus olhos, o sentido que me faltava era ouvir o não para buscar o sim em outro lugar, lamentável egoísmo...
Por muitas vezes tentei desvendar seus mistérios, compreender suas falhas, achar normal seus delírios, mas sem nunca saber se ia ficar ou fugir.
Segui em busca das minhas verdades, mas comecei sem ao menos você saber ou notar,
Não era assim que eu queria, mas é assim que deve ser,
Para a minha vida, minha história, encontrar o seu amor foi um indescritível prazer.
Quando eu era mais ingênuo, pensava que era crítico. Agora, mais crítico, vejo o quanto sou ingênuo.
Era uma jovem, que nunca havia chorado. Então, ela se apaixonou. E infelizmente,pelo cara errado. E todas as ilusões, mágoas e tristezas,a jovem resolveu afogar-se em um rio,onde ninguém poderia provar,que ela havia chorado.
De repente o que antes era importante para mim, com o tempo vai perdendo a importância, e quando eu percebo, já não me importa mais.
Pensava que as coisas que mais odiava era sentir saudade, e que o que me deixava melhor no momento era sentir raiva. Mas hoje vejo que sentir saudade te faz mas humano. Vejo também que a raiva corrói o coração, te deixa dependente, te faz tomar atitudes posteriormente indesejáveis e o pior de tudo! Te faz sentir a pior coisa: A R R E P E N D I M E N T O
Na época em que era criança eu chorava quando caía e me machucava, hoje não choro nem com meu coração despedaçado, é realmente devo ter crescido.
Eu queria era ser alguns dos amigos que sempre curto
Cultos, inteligentes, bonitos, gente das boas
mas não posso
sou o roberto
e
ao que parece
sempre serei o roberto
vou acidentalmente e adiante.
Um dia alertei que o astro de luz que a ti iluminava era tão somente o calor de fogo refletido de tua consternação...
Eu vi que ele não era nada do que eu pensava, e eu merecia coisa melhor, todos sempre disseram isso, pois é.
Quando eu era criança eu assiti a um filme da Xuxa onde ela, Xuxa, lutava contra o vilão Baixo-astral. Há uma cena da qual eu sempre me lembrava. Depois de conseguir "derrotar" o vilão, mocinha Xuxa diz: "O Bem vence o Mal com a força do Amor!". Sempre achei uma frase com MUITO significado.
Pois bem, algum tempo depois eu cresci e descobri que na vida real, heróis e vilões se confundem, mas tbm entendi que realmente podemos "transformar" MAL em BEM usando AMOR.
HOJE, o Amor e a Fé em Cristo, me ajudaram a "derrotar" mais um vilão. Se ele vai virar um herói? Não sei, isso já não é responsabilidade minha... Claro que qndo somos adultos, esse Amor é feito de uma série de coisas somadas... gentileza, maturidade, civilidade, humildade, MUITA paciência e BOM caráter! Tbm eu não sou herói, mas sou um homem reto e honesto... do bem!
Parece que as histórias da nossa infância não são feitas de tanta ilusão. Há muita realidade por baixo de tanta fantasia. Aliás, sempre há uma diversidade de coisas por baixo de fantasias... mas pondero sobre isso outra hora!
MENINO
Quando eu era um menino mirrado
Bem pequeno, que dava mal pra se ver
Eu já muita coisa sabia,
Porque tudo o que as pessoas falavam
Eu ouvia, em todo lugar eu cabia
E ninguém me percebia,
Ou faziam de conta que eu não existia.
Portadores de miopia,
Assim foi, que nunca me viam.
Em mim a vontade pelo que não sabia,
Curioso como um papagaio aprendiz,
E ninguém me via,
E tudo eu ouvia.
Quando comecei a falar,
Não comecei pelo que a minha mãe dizia,
Me pus a falar de coisas já de aprendiz,
Discutia geografia,
Calculava a geometria,
Delineava a filosofia,
O que acontecia no dia a dia,
Citava já algumas poesias,
E mais, curioso eu ouvia.
A história de Cristo eu sabia,
Do inquisitório, da condenação, eu via,
O erro maior da história, e não entendia,
Como é que se mata Deus, e Ele assim permitia.
De Sócrates a verdade que se puniu,
Contava a estória de Lampião
Do seu encalço, a polícia,
Armada de artilharia, mirando ele e Maria.
Mas continuava tão pequeno,
Que tudo que eu dizia,
Ou ninguém nada entendia,
Ou, como a mim não percebiam.
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naeno*com reservas
MUNDO
Desde criança, ainda pequeno,
O meu desejo era ganhar o mundo,
Não em partes de latifúndio,
Mas por todo ele palmilhar,
Botá-lo por entre as pernas,
Varar seus veios, caminhos,
E assim seguir, indo, indo.
Queria me deparar
Com as diferenças previstas,
Um mundo todo à minha vista,
De ele todo me aproximar.
Carregando em meus bornais,
O pó fecundo das estradas,
Imagens de novas pessoas,
E assim seguir à toa,
Sabedor que o mundo foi,
E sempre será como é,
De Deus, de nenhum homem,
Quem só tem direito ao nome,
E não o pode demarcar,
Assim julgava eu,
Um dia me prolongar,
Nos retos estreitos e ir,
Voltar só quando bem cansado,
Das aventuras tresloucadas.
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naeno*comreservas
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