Epígrafe Morte
Não há nenhum Deus a dar a morte a um homem com o desejo de ressuscitá-lo. A ressurreição é uma hipocrisia religiosa para a limitação da liberdade de consciência do homem, porém necessária para a sobrevivência de Deus.
O medo da morte é um mecanismo regulador da vida, mas a fé é um argumento de aceitação dela. Medo e fé são vias paralelas onde o homem segue instintivamente.
A dor provém do nascimento e desfruta pela vida toda, mas a decadência dela é a desgraça da morte. O plano da ressurreição é uma contradição da vida dos mortais, desordem, imaginação comum e objeto da doutrina religiosa.
Os santos morreram todos, por isso comemora-se o dias de todos os santos e a morte deles consequentemente..
A morte é o evento mais memorado da história da alma, Deus e o diabo são as maiores obras da humanidade, o humano corrompe todos. A bíblia é a maior combinação mitológica dos acontecimentos, essa por si só se corrompe.
O desapego forçado pode levar a morte total do ego. É necessário cansar, antes conhecer para compreender e conscientizar, depois deixar o ego escolher o quê, quando, onde e como quer desapegar, devagar conforme o despertar, sem forçar.
Muitos que choram nos velórios o fazem, não pela morte consumada exibida no caixão, mas por saberem que lhes é reservado o mesmo destino.
