Entenda como Quiser So Nao me Julgue
Semente
Eu permito...
que em meu colo, morno, plácido, te aconchegues
e, como faz o mar
com os seres viventes,
ele também te acalente.
Eu te concedo...
o meu sorriso, doce, brando,
o meu abraço, a te envolver intensamente,
e que ele te abrigue
como a terra faz com a semente.
Sou
Como filho que um pai perdeu;
Como irmão sem irmão;
Como amigo que já viu outro partir;
Como cônjuge abandonado por seu par;
E o coração assim do peito se desprendeu,
E ficou o gosto amargo da desilusão,
De não poder ver nenhum de seus rostos mais sorrir.
E o que mais doeu,
O que mais dói,
É esse sentimento que corrói,
Chamado saudade,
Que é o misto de carinho e amizade,
Ternura e cumplicidade.
E o que é essa tal de saudade que me causa dor,
Na resposta de uma criança descobri,
E assim veio a esperança e ternamente sorri,
E deixo a dica:
Saudade é o amor que fica.
Sou um micro - emprendedor tentando sempre vencer na vida num pais como o Brasil onde os ladrões são os mocinhos e os trabalhadores são os escravos.
Se você se compromete com algo faça isso como muito amor.
Muitos fazem sem amor pelo o que gosta e acabam desistindo, seja profissional ou pessoal.
"...e que a poesia teça minh´alma em exuberantes nuances como o frescor das auroras colorindo as manhãs!"...
O amor é como uma rosa plantada num campo. A gente planta nossa rosa (coração) no campo de alguém; pode ser terra boa então a rosa cresce ( o amor) ou pode haver cascalhos ( o amor é sufocado).
A felicidade é uma porta que se abre apenas de dentro para fora. É como a pérola que fica na ostra e só nasce depois de enfrentar vazios, preparando-se assim para a vida lá fora, brilhante e valiosa.
Apontava para as estrelas do céu como quem rogasse: por favor, uma verruga! E, num sinal de vacância cognitiva (ou não), sentia um desejo libertino de fugir do mundo num casco de uma tartaruga. Escrevia compulsivamente como quem escreve um testamento e deseja legar uma memória ao Amor. Não se aquietava enquanto dormia. Entre sonambulismos e desvarios era: ele mesmo, a moeda de uma face, o capim da caatinga. E, tampouco era tão pouco, por ironia semântica. Fez-se poeta, pela simples liberdade que há em poder versificar(se).
Um jovem escritor.
Minha vida é como uma imensa praia de muito areal e pouca maré. Preciso de água: as dislexias em semântica, passarinhos a miar nas sentinelas dos caranguejos, sóis a formar plebe em nome da lua. Dispo-me. Não tenho vergonha de me expor. Salve Drummond que compreendeu toda precisão do mundo: pessoas, cafés, livrarias. As notas estrugem como vulcões: música, versos, pelicanos e outras delicadezas tímidas do dia. Há em mim enxaquecas dos byronianos, a vontade de encontrar o que perdi (despretensiosamente), fichas de carrossel. E essa manhã que ainda não raiou... Volta?
LEMBRANÇA
A casa era branca como a lã branca. Nos fundos: o cachorro rottweiler, as mangueiras, carambolas, forno a lenha, varais, ruínas do cantinho deleitoso da finada Narda e o chiqueiro. Centro de Mucurici. Os coqueiros-imperiais a chilrear um canto melindroso acompanhados dos sinos de Fátima compunham as auras interioranas.As solidões de pores alaranjados já enterneciam o poeta da família. A casa era branca como a branca neve. Na varanda: verde-mato. Vértices e colunas prestes a desgarrar da construção. Vez em quando, sentíamos a noite. Branco-breu, sem fundos, sem varada, sem mato. Mas havia a cadeira de balanço e nela vovó sentava-se.
; é como se, diante disso tudo, eu visse (sozinho) a aguinha do córrego marejar debaixo de uma ponte velha. Lembro-me sempre daquele belo quadro da copa de minha avó a figurar pieguices de camponesas, pobres camponesas. O lustre não suportou tamanho calor: frangalhos. Onde ficou meus suores, meus pelos despetalados, os beiços cintilantes? Sei lá.
... só ficou a poesia. O restante na estante, o mar levou. Subverto sinais gráficos, afronto a língua, blasfemo as compilações e sintaxes. Deus habita nas ruas vazias de minha alma, naquele solzinho gostoso que, vez em quando, põe a vista barquinhos fagueiros.
? Onde está você. Pois seja cada linha dessas não-ditas nas entrelinhas: inevitável e inconscientemente: saudade:
Eshú o primeiro.
E como sempre vem abrindo e limpando os caminhos.
Yansã e Xangô.
Casal do dendê
E como sempre vem esquentando, aquecendo e movendo as borboletas no estômago.
Yansã trás o amor, a força, a guerra e o ataque.
Xangô logo atrás vem trazendo a Justiça
Quem deve paga
Quem merece ? RECEBE.
Eshú o próprio mensageiro
Vem quebrando e mostrando quem é quem.
Aliás, se a máscara não cair quem arranca é ele.
Os três vem.
Os três vão.
Se segure porquê a lei do retorno está próxima de chegar.
E quem viveu a fazer o mal... muito cuidado porquê é hora de colher os frutos que você mesmo plantou.
E aqueles que sofreram a injustiça na pele.
Aguarde
Pois será Xangô quem fará a justiça por todos nós.
Kawo Kabiesile.
Eparrey Oyá.
Laroyê Eshú ❤
Que seja feita a vontade de Deus e de vocês!
Sambando na chuva da noite (versão 2)
Sou como sou e você é como é, então somos como somos, ou talvez somos dois patos alucinados a banhar amores na poça. Não exijo nada de você e nem você de mim, apenas sua eufórica e irritante grasnada.
Então vamos nos jogar na chuva, molhar nossas cabeças. esquecer nossas diferenças, nossos devaneios, nossas mesquinharias e competições do dia-a-dia, se estamos aqui, juntamos nossas penas cheias de manias e ideais, nossos dissabores do cotidiano e nossas desavenças morrem afogadas na água.
Vamos nos jogar na chuva, e molhar nossa consciência, batizar nossas idéias, esquecer nossas bobeiras e acender nossas malicias, somos apenas dois palhaços notívagos do luar querendo se divertir.
Tentando chacoalhar com nossas malicias, inquietar em nossos romances em cantigas noturnas o samba do amor. Podemos nos esquecer nesse sambar, esquecer dos barulhos do mundo até o amanhecer.
....e a vida como uma caixinha de surpresas! Uma verdade esquecida! Precisa sim, ser mais valorizada, preservada e retomado o seu verdadeiro sentido.
Render graças e dar glória ao nosso Deus é o que nos cabe fazer à Ele, que já não se mostra tão tolerante a esse suicídio coletivo! E não adianta culpá-lo pela chuva forte, pelos tremores, vendavais ou deslizes de terras, nem pela elevação das marés, pois tudo está depositado e debitado em nossa conta conjunta. Ah!, ...e por nós mesmos!!!
As pessoas entram na minha vida sem avisar, naqueles momentos de distração e acabam por sair como num passe de mágica.
Eu nunca senti vontade de impedir que partissem... Também não sei dizer que seria melhor se ficassem... passei a acreditar que foi melhor assim... A maioria saiu sem deixar saudades... Algumas vezes foi diferente no início, mas o final foi inevitavelmente igual.
Eu ainda não sei dizer se isso é uma benção ou uma maldição.
Eu já estou tão cansado de tudo isso.
