Ente Querido
Louco é quem acredita ser a razão humana capaz de apreender a infinita grandeza onde vige o Ente que é Uno em Três substâncias. Ó homem, que o quia te baste pois se ao Supremo Saber vos fosse dado elevar-vos, não teria dado à luz Maria. Para o homem, é inútil procurar a solução dos grandes problemas que mesmo para não serem entendidos lhe foram apresentados. Refiro-me a Aristóteles, a Platão e a outros mais
(Virgílio, Canto III, purgatório)
O sentido da vida é viver para testemunhar a obra de Deus. Temos ouvidos, boca, articulações e entendimento pois somos a semelhança de quem nos criou e neste mundo não existem coincidências; COMPARTILHAR AS BOAS NOVAS, nunca essas palavras tiveram tanto significado.
O amor não precisa ter como objeto um ente, tal qual ocorre no arquétipo romântico. Pode-se concentrar, também, todo o seu poder sentimental em um caro objetivo, em uma Luta. A Luta é a jornada de um indivíduo para concretizar o maior de seus desejos, aquele escolhido dentre todos os outros como sendo o mais puro e necessário, o mais benquisto pela alma.
A diferença ente os humanos e os animais, é que os últimos nunca permitem que um estúpido lidere a manada.
"À cada ente, amigo, e pessoa querida que morre, um pouco com eles, também morre o nosso ser... Em cada sepultura querida, jaz um pouco de nossas vidas." (Austri Junior)
Dizem que a maneira de pensar muda com a idade. Já que eles não tem experiência, os jovens não entendem os mais velhos. E os mais velhos esquecem como era quando eram mais jovens. Eles não entendem os mais novos. Mas quando a morte bate a sua porta, você consegue ver a vida como um todo. É por isso que as vontades dos mais velhos frequentemente são diferentes do que eles normalmente pensariam.
A melhor resposta de oração não é quando recebo algo material, mas quando a resposta me leva a entender os propósitos de Deus.
O ente estranho
Estava eu de frente
para um estranho ente,
não tinha rosto, não tinha olhos,
nem nariz; nem orelhas,
nem cabeça nem nada,
mas tinha boca e tinha dentes.
Eram dentes fluorescentes,
feito pingentes, que as meninas usam
nas boates quentes.
Perguntei-lhe, reunindo coragem,
foste tu amizade?
Ele não me respondeu,
disse, em um gemido, algo incompreensível,
alguma coisa como:
“mais um preto morto, no pais dos pretos,
e ninguém liga, nem grita”.
Percebi que estava diante da
impunidade, da maldade,
cruel, crueldade, sem rosto,
sem nome, sem idade.
“Estar na presença do outro, por vezes é estar desconectado daquele ente privilegiado que está de fronte para sua existência, deixando de experiênciar os fenômenos manifestos da relação aparente, em virtude da inquietude das ocupações que o atravessam”.
Centro Espírita Jesus de Nazaré
De: Jô Bragança
Poema de gratidão
Aqui Jaz minha dor
Enterrada junto com minha solidão
Dilacerada com as
antes minhas, perturbações.
Aqui vive
Reina minha gratidão
Aquece meu peito
Adoça minh' alma
Resplandece o amor
antes nunca percebido
em meio as batidas
do coração
Aqui jaz
Minha falta de inspiração
Meu gesto triste
Minha desilusão
Aqui vive
Reina e cresce
Todo dia, toda hora
Em toda força divina
Minha vontade de fazer rima
Minha alma poética
meu olhar musical
Minha vontade de fazer alegria
Minha eterna gratidão
Aqui jaz meu egoísmo
Meu orgulho
minha falta
Minhas trevas, escuridão
Aqui vive
Meu cérebro convicto
Minha fé e toda minha mansidão
Depois que aqui entrei
Me resumo em gratidão
Jô Bragança
“Deus é uma criação dos humanos, eles a usam para explicar as coisas que ainda não conseguiram entender”
Triângulos num quadrilátero,
Tateando o teto do domicilio,
Aquele ente não tinha parente,
Originaram da quinta dose dupla.
Outrora Sóbrio
Triângulos num quadrilátero,
Tateando o teto do domicilio,
Aquele ente não tinha parente,
Originaram da quinta dose dupla.
Dente careado, banguela, cadente,
Embaralhado pelo odor da aguardente,
Palato nublado,
Brumoso, enevoado,
Nevoento,
Nubiloso.
Esterilizando com bafo o reboco,
Um bocado poroso.
Faria sentido,
Se o sentido não ficasse ofendido,
Com aquilo que tivesse ficado
Fincado de insignificado.
Se a cachaça não alterasse a perspectiva,
Certamente garimparia a definitiva
Identificação com a confissão
De que este causador fora
Outrora sóbrio.
Diáfano Impreciso
Entre o meu ente e o teu ente,
Há uma colisão, um encontro de um só ser.
Acordo de duas almas qualitativamente
Que se encontram por prazer.
Do lado de um fado, há um lado!
Do fado ao lado, outro fado!
Do lado da fronteira, há uma asneira!
Ao lado da asneira, outra fronteira!
Uma reza,
Rotina
E rotineira!
Entre os entes há as mentes.
Há o sentido figurado,
Onde o meu coração,
Foi começado,
E o teu... foi destroçado!
A ambígua maneira de dizer,
Em suma o que acontece:
É que o teu ente quis viver;
O meu ente, ao que lhes parece,
Fez da curva, reta, não quis ser!
Um ente foi para o que veio!
Outro ente veio para o que foi... ser meio!
Ao lado do que padece, há um que se estabelece!
Do lado do um que se estabelece, o outro, de si... se esquece!
É uma escuridão.
Diáfano turvo,
Que enlouquece!
Entre o teu ente e o meu ente,
O que não colide passa ao lado.
Passa sem comum e repete concomitantemente
Que o prazer não foi encontrado!
Dois lados esburacados,
No meio da fronteira.
Dois soldados,
No meio, uma trincheira,
Onde as munições são fados!
O prazer... é a asneira,
E o ente,
Dois corações despedaçados!
O círculo é laranja.
O traço é eufemismo.
O polígono é o que se arranja,
E o dormir,
É o que da vida...
Se esbanja!
garota transparente
sem cor, sem ente
criada pela aparência
de uma vida sem crença
bela és tu
criatura livre
que poder solta
sem medo de ser envolta
O ser humano esta extrapolando todos os limites existentes das leis universais.
Depoís diz não entender o que esta acontecendo.
Simone Vercosa