Enquanto
Mas enquanto isso me contento com o nada
Enquanto não encontro
Ou você não me encontra
Vivo em constante contentamento...
“Os fracos procuram se justificar por suas derrotas, enquanto os fortes a reconhecem assumem e ainda das lições tiram forças para levantar-se.”
ANABIOSE DA PAIXÃO
Enquanto ergue-se em mim
Um monólito de bem-querência á solidão,
Lá fora a rua é quase calmaria
Pois o rádio ---- ainda que
Ligado ---
Ajuda a compor o quadro
Do augusto mutismo altruísta, sereno,
Sábia atmosfera de reflexão recrudescendo.
Após tantas e tantas esperas
Pela ignescente e fulgurosa
Aurora boreal, sem
Que houvesse uma sequer
Negativa ou positiva resposta,
Apaguei a chama da esperança:
Cerrei-lhe a porta!
Preferi o porto seguro do vácuo
A prosseguir contumaz
Em minhas andanças
De exitoso náufrago.
Porém a voz da minha consciência
Diz que é cedo demais
Para eu relaxar,
Me deixar entregar ao embalo
Dos hartos e meigos braços
Do réquiem do apaziguamento
No mar da expansão engolfado.
A bem da verdade,
Ela me alerta:
Diz a mim que o náufrago
Não se dirigiu ás estâncias
Do reino do Morfeu perpétuo.
Não,
Ela me diz que ele escapou
Das garras do limbo da letargia eterna
No momento em que minha visão-caminho
Singrou o caminho da jóia
Divagativamente
Ametista-Névoa
Que no meu jardim aflorou áquela hora.
Sim, um copo-de-leite roxo
Libertou-me, de novo,
Do cárcere da benfazeja embriaguez voluntária.
Sim, um copo-de-leite roxo foi o suficiente
Para revelar que o crepúsculo
Definitivo da chama, na verdade,
Era o ouropel da morte:
O coma, o coma!
Ah, mais que dolente engodo:
Agora é que descubro
Que meu monólito de bem-querência á solidão
É um dantesco absurdo!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
O Caipirinha no céu
(Cumpadi Caipirinha)
Enquanto isso no céu...
De repente o Caipirinha se viu em um lugar lindo. Se espantou com tudo o que viu e já chegou reclamando.
- Ô de casa!... Ô de casa! Num teim ninguém modi recebê nois aqui não, sô! Iêu tô entranu... Num teim neim portêra... Ô de casa!
Com tanto barulho e reclamação chega um anjo, com cara de anjo, roupa de anjo e jeito de anjo. Era um anjo mesmo!
- Calma Caipirinha! Por que está tão nervoso meu amigo? Aqui é um lugar de paz e tranquilidade. Seja bem-vindo Caipirinha!
- Oia aqui sô! Num sô seu amigo! Tô cum sistema nervosu sim! E como ocê sabe meu nome? Que lugá é esse e como vim pará aqui?
O anjo, calmo como um anjo, tentou acalmar o matutinho.
- Calma! Não fique assim! Aqui você não precisa ficar nervoso, agitado, irritado. Aqui é paz e tranquilidade. É sua nova casa e é aqui que você vai viver agora.
- Como vô vivê agora?! Tava druminu na minha cama, inté sonhanu, e acordo aqui. Que lugá é esse seu moço? Quero vortá pra minha roça, pra minha tapera, o que tô fazênu aqui? Queim que manda, queim é o dono... Quero vortá... Quero vorta... Quero vortá... Quero falá cum dono!
- Daqui você não sai mais Caipirinha. Você veio para ficar para sempre.
- Como ansim, pra sempre? Num vô ficá aqui jeito e manêra!
O anjo então resolveu ser bem claro com o Caipirinha.
- Vem cá Caipirinha, olha aqui comigo uma coisa. Está vendo aquela nuvem ali, ela vai se abrir e você vai se ver... Olha lá!
A nuvem se abriu e mostrou, como uma tela de cinema o Caipirinha em casa, deitado em sua cama e cercado por amigos. Na janela um poleiro de pássaros tocando uma sinfonia triste. Do lado de fora o mugido e o muar de lamentação dos animais.
- Uái sô! Que tô fazêno deitado na minha cama cum minha ropa nova que comprei num viajante modi usá no domingo, na missa. E o pessoá todo em vorta diêu? Os passarinhu e os animá... E a Mariinha chorânu tantu se segurânu na minha mão... O que é isso moço?
- Caipirinha a sua missão na terra foi cumprida. Você hoje está no céu.
- Como?... Eu num pedi! Ninguém ...
- Caipirinha você morreu! - interrompeu o Anjo.
O compadre Caipirinha ficou branco e logo enrubesceu e virou bicho.
- Óia aqui seu anjo, ninguém se arresorve as coisa pru mim, num sabe?!.Num morri nada! Tô aqui vivinho falânu cum ocê. Eu quero vortá pra minha roça agora.
- Você morreu Caipirinha. Sua missão agora é aqui, no céu.
- Morri nada, de jeito argum! Como ocês se arresorve trazê iêu pra cá seim me avisá? Quero vortá, seu anjo! Ta na hora das coieita, ocê num sabe como é a dificulidadi aprepará a terra, semeá, moiá, ficá torcênu pra chuva chegá e dispois coiê... E queim vai cuidá das minhas coisa, tirá leite da mimosa, da rosinha, da maiada e da cherosa? Queim vai cuidá das criação e dos animá.
- Alguém vai cuidar. Não se preocupe - disse o anjo.
- E queim vai cuidá da Mariinha? Ocê tá mangando diêu, se ademorei tanto pra agarrá aquele treim, ocê num sabe comu pelejei, como assuei e como foi a dificulidade pra pegá aquela potranca brava, que me deu tanto trabaio modi aprumá e amansá aquela cabrocha, assuei inté e agora ocê tá dizênu que num tenho mais nada... Queim vai cuidá do Joquinha, num vô dexá a sinhá Mariquinha sozinha cuidanu do mininu! Ocê tá ficânu é abilolado das idéia home!? Eu quero vortá e vô vortá de quarqué jeito.
O anjo, olhando aquela cena, ao ponto de rir...
- Ta quase se escancaranu modi ri das disgraça dusotro é seu anjo! Chama o dono, o casêro, o capataiz, o seu chefe... Chama todo mundo que eu quero vortá! De quarqué jeito eu vorto e num fico aqui jeito argum!
-Não tem como voltar Caipirinha!
-Se eu vim pará aqui, teim o caminho de vorta. E aquele moço lá, de barba e cabelo branquinho. É o Papai Noé disfantasiado?
O Anjo ficou um pouco constrangido...
- Não. Aquele moço ali é o São Pedro. É ele que tem a chave daqui.
- Uái gente num é que é mêmu. Comu é que vô ficá seim as festa junina, São Pedro, São João de sortá balão, Santo Antônho, casamentêro. Fiquei esperâno o ano intêro podi consegui se casá mais a Mariinha e agora ocês vem aqui e... Vô lá falá cum ele!
- Licença São Pedro? Bão?... Bão tameim!... Iscuta aqui ocê... Que história é essa de me trazê pra cá seim me convidá. Num chegô ninhum convite lá na roça. O Zé dos correio faiz tempo que num dá as cara ee neim telegrama chegô! Eu quero vortá... E agorinha!
São Pedro com toda a tranquilidade e paz tenta convencer o Caipirinha.
- Como voltar meu filho. Você já cumpriu sua missão. Você estava chateado com as pessoas que criticavam sua poesia dizendo que sua maneira de falar e escrever deseducavam as crianças.
- Intão ocê intendeu isso São Pedro?
- Foi!... Então eu resolvi trazer você para o céu, pois você andava muito triste.
- Uái, sô! Mais iêu tive cuns pensamentu mió. Ocê sabe aquea lorinha, que tinha dois treinzinho marrado nos canto da cabeça e às veiz inté no coco, que insinava prus baxim as linguage do xis, ninguém se cramô dela. Óia que inté ela veiz inquanu dava uns cocoroti nos baxim.
- Sei sim! - disse São Pedro.
- Intão! E agora as modernidade do tar do orkut e da interneti, que os pessoá iscrevi tudo miudinho, parece que teim priguiça e coloca apilidu nas palavra que nun dá pra intendê. Iêu nun intendo nada... E ninguém tameim crama deles.
Eu sei Caipirinha! – Continuou São Pedro
- Intão! Iêu onti, antis de drumi, tava pensanu ansim como disse. Me arrependi de ficá triste e querê morrê de tristeza. Ocê num viu não??? Num viu que iêu se arrependi??? Ocê drumiu antes diêu né sô?
- Olha Caipirinha... - tentou dizer São Pedro...
- Intão! Drumi feliz e de repente se acordo nesse lugá bunito que só, céu azurzim, tudo arrumadim, cheio das fulô perfumosa, dos passarinhu cantadô, os bichu tudo juntim, montigenti sorrinu e feliz. Aqui num tem chuva, frio, seca... num teim não?
- Não Caipirinha! – Disse São Pedro - Aqui só tem paz, harmonia e tranquilidade para as pessoas viverem felizes. Aqui é como Deus criou. Não é como lá em baixo, onde as pessoas estão destruindo tudo.
- Uài São Pedro. Se Deus é o criadô de tudo, incrusive de nois, modiquê num insinô nois a num istragá as coisa. A num brigá cunsotro cumpadri, a nun distruí as coisa que teim na terra?
- Mas Deus ensinou. Ele disse amai-vos uns aos outros e a si mesmo. Mas as pessoas não entenderam o que quer dizer isso. Deus também deu a cada um dos seres humanos o livre arbítrio. Vocês têm o poder de decidir o que fazer, qual passo dar e como viver. Mas infelizmente vocês não entendem também o que significa isso. Vocês destroem tudo. Se matam. Brigam por causa de um arranhãozinho no carro, por um par de tênis, por coisas tão banais que a própria vida já está banalizada. Mas Deus espera que isso mude.
- São Pedro o que qué dizê banal e banalizada é tipo banana e doce de banana?
- Não Caipirinha. Quer dizer qualquer coisa, coisa à toa, sem valor entendeu?
- Intendi! É mesmo num é!? Os pessoá tão nem um pouco se atolerânu e tudo se acaba nas briga e nas confusão. E como mudá as coisa sô?
-É muito fácil, Compadre Caipirinha, é só abrir o coração e deixar o amor entrar. Amor por vocês mesmos. Amor pelo próximo. Amor pela natureza. Amor pelos animais. Amor por tudo. Deus não perde a esperança.
- Intão neim iêu. Eu quero vortá agora. Num pedi modi morrê e num vô ficá aqui jeito e manêra, São Pedro! Oia... Se eu tivesse cum meu facão aqui, viu seu Pedro, iêu incostava no seu gogó e mermu o sinhô tão bunito e santu iêu ia forçá ocê a se adervovê iêu pra terra.
- Viu Caipirinha – Disse São Pedro - Como as pessoas estão assim... violentas... Você, um matutinho dos bons também tem suas horas de intolerância não é?
- Se adescurpe intão. Prometu num mais sê ansim. Mais pru favô santo, iêu tenho a precisão de vortá, os pessoá tá tudo pedinu modi iêu vortá e continuá a iscreve puisia e contá meus causos, sentá pra uma prosa... Num é justo iêu morrê agora. Iêu já tinha inté se arrependido de pedi pra modi morrê. Se arrependi... Ocê é que drumiu antes di iêu e nun iscutô minhas oração de arrependimento. Ocê São Pedro tenha pena de mim sô. Me adevorve pro meu pessoá. Faiz fazê vortá o tempo. Num sei comu, se avire, mais iêu aqui num fico sô. Num fô ficá feliz. Lá sô mais feliz do que ficano aqui no céu, pru favô São... Ocê num pode sê tão marvado...
São Pedro, já cansado da ladainha do Caipirinha...
- Olha aqui... "Ô treim difícil, sô"...
- Uái, Ocê é bão no caipirêis né são Pedro? – Disse o Caipirinha com ar de gozação.
- Olha aqui seu Caipirinha que parece um boi daqueles bem bravos. Vou te devolver para a terra. Mas é só dessa vez. Fique atento pois da próxima vez te trago pra cá e não tem volta. Pode ir. Conversa com o anjo que ele sabe o que fazer...
O Caipirinha pulou sobre o santo e o abraçou forte e até encheu o rosto dele de beijos e saiu correndo até o anjo, feliz da vida...
- Num disse que vortava... Num disse que ia falá cum home pra modi me fazé vortá... intão...
O anjo, sorrindo, disse ao Caipirinha
- Também pudera... A barafunda que você fez aqui nem São Pedro aguentou. Vai Caipirinha, volta pra sua roça e continua a fazer poesia. Mas não se esqueça do que o santo lhe falou sobre ter mais amor no coração. Senta ali naquele lugar tranquilo, recoste sob aquela árvore e descanse... durma...
- Intão tá. Inté, intão seu Anjo!
E o Caipirinha dormiu... Sonhou... e voltou a fazer poesia.
http://www.planetaliteratura.com/index.php?view=detalhesartigo&codigo=66152
Que o nosso amor seja eterno
equanto dure e enquanto somos
felises sera eterno por que
fikara em nossos coraçoes
que seja proveitoso para que
sejamos felises lado a lado
eu e vc quero fikar com vc
todos os instantes a todo o momento
quero ser teu luar quero ser o sol
a ti inluminar quero ser a agua a
ti molhar quero ser o seu cobertor
para nas noites frias te aquecer
quero te fazer feliz minha flor de liz
vc foi e sempre sera minha paixao
nao poderei te dar tudo mas te mostrarei
a metade do mundo em apenas alguns segundos
te farei futuar em apenas um minuto de farei
sonhar o sonho mas feliz que alguem jah pode
sonhar te farei a mulher maz feliz que existe.
erra somente, quem de alguma forma tenta fazer algo, enquanto que o que nada faz, com absoluta certeza não erra, simplesmente se omite.
Dormes tu, tão calmo, enquanto não sinto sonolência alguma. Tenho receio de não haver teu despertar, pois dormireis somente quando tu ficares a me cuidar, só assim tereis meu precioso sono novamente.
Tempo passa, passa tempo.
Enquanto consome a desgraça,
em um doce desalento.
"Não, o tempo não passa. Ou então,é um ótimo farsante. Os ponteiros parecem estar sintonizados com os batimentos cardíacos, o ponteiro dos segundos pulsando juntamente com a circulação do sangue. O ritmo inconstante das batidas do relógio bailando em sua cabeça, abrindo aos poucos a ferida ocasional, á espera do alarme. E por mais que algumas horas passem despercebidas, em algum lugar do mundo, tenho certeza, que um exaltado urra por rendição. Para cada minuto arrastado, há uma força admirável para sustentar os bombardeios. Não são esses tipos de bomba em que logo pensamos. São as bombas, cruéis e frias, do pensamento. É esse quem consome toda o âmago propósito de viver. São os ávidos pensamentos, aliás, é o dono destes pensamentos que declara guerra ao tempo, que revolta-se contra a sanidade."
posso ser 100% no que faço, 1000% em como agir,10000% em como me expressar,mais enquanto haver o preconceito na mente e no coração das pessoas nunca serei 1%
Ninguém merece sofrer... todos tem o direito de ser feliz.
Quem eu quero não me quer? enquanto isso fico com quem me quizer.
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