Emmanuel Marinho Pao Velho
Nas Quedas da Cachoeira
CAPÍTULO 1:
Diego e eu morávamos na mesma cidade. Ele era mais velho que eu. Tínhamos 7 anos de diferença de idade. Eu o conhecia só de vista. Via ele passar pela rua vez ou outra. Eu conhecia seus pais de vista também. Nossas mães participavam de um clube. Às vezes eu meio que “pescava” a minha mãe para saber algo sobre o Diego. Algo que talvez a mãe dele tivesse dito.
Diego parecia interessante. Indagador, principalmente. Tinha um cabelo diferente. Eu gostava. Tentei procurar ele nas redes sociais. Para a minha grande felicidade, encontrei. Adicionei ele aos amigos. Mas ele não me aceitava. Eu não entendia por que. Resolvi enviar uma mensagem para ele. Depois de dias ele viu ela e respondeu. E então dali em diante a gente vivia conversando.
Ele me surpreendia a cada dia mais. Ele era demais. Muito mais que interessante. Era apaixonante. Ele parecia gostar da natureza, assim como eu. Uma vez comentei com ele sobre uma cachoeira. Ele ficou louco quando lhe mostrei uma foto. Amou o lugar. Então ele perguntou se um dia eu poderia o levar para conhecer o lugar. Fiquei um pouco tensa. A gente nunca tinha se falado pessoalmente. Mas eu concordei. Até porque nem tínhamos marcado o dia ainda. Com o tempo eu percebi que ele meio que dava indiretas querendo que eu o levasse lá. Imaginei se ele não estava com segundas intenções. Mas tirei isso de minha cabeça, se eu o conhecia o bastante, creio que ele não tinha segundas intenções. Então resolvi combinar um dia. Mas eu disse que levaria uma amiga junto. Então ele perguntou se poderia levar um amigo. Eu confesso que achei uma ótima ideia não irmos a sós. É claro que concordei.
Na semana seguinte nós iríamos lá. Quando pisquei os olhos, já tinha chegado a semana seguinte.
O tio manel o seu burro está coxo
está coxo, mas ele tem de trabalhar.
Está velho coitado, tem de pedir a reforma
já pediu mas não lha deram, dizem que é muito novo.
Somos muito novos para a reforma...
mas velhos demais para trabalhar
Vamos os dois morrer à fome se não formos
trabalhar, nesta terra onde ninguém dá nada
"tiram-nos é tudo, tio manel."..!!!
E o velho profeta perguntou para seu pupilo: ‘Você mistura suas fitas, meu rapaz?’
O jovem aprendiz o fixou, com um olhar carregado de dúvida, e disse com voz
trêmula e temerosa: ‘Sim mestre! Mas por qual motivo o senhor me faz essa pergunta?’
O sábio profeta, com voz forte e incisiva, motivado pela preocupação com as fitas de seu jovem aprendiz, blasfemou: ‘TOLO!’
Depois olhou atentamente o inexperiente rapaz, sabendo que o mesmo carregava um enorme potencial dentro de seu coração, e de forma gentil e instrutiva, profetizou: ‘Quem mistura suas fitas está condenado a perdê-las’. E com seu dedo indicador apontado para o céu, ressalvou: ‘Mas quem mistura suas fitas, e não as perde, é um sábio.’
(KENDIDU´S, Geizu. Forever Alone: Manual da eficiência na ideologia forever alonista. 1 ed. 1843.)
Essa noite ela não veio me abandonou com aquela minha playlist preferida e aquele velho livro que a tempos tento ler, nem vi a hora passar o dia clarear, estava ali jogado na solidão do meu quarto, paginas e paginas eu revirei sem prestar muita atenção o livro já estava chegando ao fim e eu virei a noite sentindo falta do mais simples carinho que ela já me fez em mim...
Escrever e chorar, velho caderno que absorve minhas lágrimas assim como ele se alimentou de minhas juras de amor. Pequenas letras que uma imensidão de dor guardam e me ajudam a suportar. Soluços que o travesseiro abafa por meus pais não poder acordar. Vontade de gritar chorar até perder a voz. por que dói, dói muito amor. sussurando seu nome disse adeus e eu te amo para o vento e que ele leve até você.
— Sua febre no calor de minhas lágrimas.
Colocar fora o que nos limita, deixar o novo reinar até que se torne velho também e assim, a cada pequeno espaço de tempo, permitir-se renovar.
do meu texto- Permitir-se renovar.
Quando eu estou sozinho
O velho barreiro me acompanha
Com limão espremidinho, e torresmo frito na banha
Seja novo velho seja belo tudo passa em apenas um piscar de olhos ou em algumas lagrimas que o tempo marcado pelo Amor.
O marujo me disse: estou velho demais para isso, meu tempo passou.
Não sei se quero abandonar as velas e o barco.
Talvez, um dia, quem sabe?
Mas ainda não é hora de ancorar.
Não se controla o mar, as ondas vem e vão.
Eu estava sozinho pensando alto, quando me vi velho dentro de um livro escrito por mim o qual estava completo e vazio.
Escrevi linhas e linhas das quais eu não me lembro.
"O tempo passa rápido demais se não tivermos momentos para recordar."
Ser velho não significa ser uma pessoa da terceira idade, na verdade todos nós somos velhos, assim como uma criança de 2 anos e velha para uma de 1. Ser velho é uma qualidade para aqueles que possui uma verdadeira experiencia de vida, independentemente de idade.
Eu não quero carreira, velho. Não quero acordar cedo pra trabalhar pra outro cara ganhar dinheiro num emprego que eu odeio e ainda ter que ser grato por isso.
Corpo velho e alma Jovem!
Ninguém é tão velho a ponto que não acredite que poderá viver por mais um ano,sempre ganhamos um dia a mais.
A velice é um desgaste do corpo e não da alma,ela não adoece,apenas se põe para descançar.
_Eliani Borges.
Fazer aniversário, pra muita gente é ficar mais velho, trocar a idade. Que nada! Fazer aniversário é jogar mais sementes na terra, podar os galhos das árvores que dão sombra a nossos sonhos, pra que eles renasçam mais frondosos.
É cuidar pra que sejamos melhores, mais grandiosos como pessoas, como amigos e como GENTE!
Precisamos olhar com mais carinho pra nossas metas, ver o que fizemos e o que falta fazer.Recomeçar ou continuar! Dar VIDA! VIVER!
Fazer aniversário é olhar pra frente , é olhar pra dentro, é tocar nossos objetivos com sabedoria e paixão.
Nada nos move mais do que a paixão pela vida e pelas pessoas que nos rodeiam com afeto e verdade."
É no seu tempo... No velho e conhecido tempo, sempre surpreendendo.
O tempo é relativo.
É o mesmo.
É longo.
É perto.
É longe.
É forte.
Enfraquece.
Aumenta.
É perigo.
É dúvida.
É amigo.
É intenso.
É fugido.
É pagão.
É musical.
É teatral.
É desconexo.
É temperamental...
Ah, o tempo...
E suas respostas.
Tão buscadas.
Queridas
Temidas.
Ansiadas
Nervosas
Tranquilizadoras
Traiçoeiras...
Promovemos as respostas... No tempo certo.
Tempo que te levanta?
... Ou te deixa se levantar.
Erguer-se é nosso...
Do tempo, só o vento...
Ele passa...
Nós passamos
Mas também ficamos.
E isso, só nós fazemos.
Mas às vezes, só o tempo... Porque dói. Dói muito.
