Eduque seus Filhos na Infancia
DE COMER POR STATUS
Demétrio Sena - Magé
Atravessei uma infância muito pobre, tendo que "aprender a gostar" de uma sopa rala; comidas feitas com restos misturados; alimentos não convencionais catados no mato, por necessidade ou fome, sem uso dos temperos - caros, para quem não tem nada - que os tornam "iguarias excêntricas".
Hoje, quando já posso comer o que me apetece ou satisfaz, não quero "ter que aprender a gostar" de escargot, caviar, larvas preparadas por chefs prestigiados e outras nojeiras caras. Variedades que existem mais para mostrar quem é quem do que para satisfazer apetites. Comida não tem virtudes e defeitos que passamos a perceber, como no ser humano. Tem sabor, é bem ou mal preparada. O sabor é bom ou ruim. E se tenho nojo, não fingirei não ter para passar no crivo de um grupo social.
Comer por status não é crível para mim. Nem é incrível. É medíocre. "Aprender a gostar" de comida por ascensão social não compõe minha índole; não tenho projeto nem intenção de mostrar a quem quer que seja, "quem é quem" e de que lado estou nessa ostentação gastronômica fútil; sem propósito nem sentido. Nem poderia, se quisesse, porque não alcancei o status inútil de quem coleciona dinheiro e joga fora o excesso, numa disputa sem fim com quem faz "clicherianamente" o mesmo.
Não quero comer, vestir, morar, consumir, ter ou fazer algo por status. Quero poder vivenciar o que aprecio, sem para tanto, precisar "aprender a gostar". O que é bom e prazeroso é à primeira garfada, ao primeiro gole, ato e utilização. Comida e coisas não "se abrem" ou se revelam aos poucos.
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Respeite autorias. É lei
Velha e boa infância.
Saudades de um tempo..
De andar em balanço, quando isso não era desequilíbrio, mas pura diversão...
De deslizar num tobogã e não estar nem aí pras calças;
De tomar banho de chuva, sem gripes;
De achar que o comigo não tá, seria apenas uma brincadeira...
De que obrigação era estudar...
De ter a cama de meus pais quando tinha pesadelos..
De me divertir por ter tomado um caldo...
De ser metralhada por jamelões na casa de meus avós...
Quem não teve infância, dificilmente terá leveza... "Crescer" é monótono.
A simplicidade e o impulso da infância são seguidas pela força inquieta e indômita da juventude, e a sabedoria da idade madura. Primeiro nós cremos porque outros crêem; depois, para obter convicções pessoais, passamos por uma fase de duvidas; depois cremos ainda mais profundamente, mas de maneira um tanto diferente do que criamos no início.
Quero a cantiga da infância onde a roda era gigante e se brincava de mãos dadas. A corrida era de pega, juntos todos se escondiam e os olhos se vendavam por pura fantasia.
aquele professor feliz.
é aqueleque ensina tudo que aprendeu.
em sua infancia ,natrizteza ou na felicidadena doença ou na liberdade.
aquele professór felis é aquele.que ensina tudo oque aprndeu em sua infancia,na tristeza ou na felicidadena doença ou na liberdade ou até no seu sonho
Tenho saudades da minha infância, quando eu podia dizer ou pensar coisas aletórias e ninguém me olhar torto como se eu fosse uma boba porque eu era criança e isso era totalmente aceitável pra idade. Sendo assim, eu podia ser eu mesma e feliz.
Ele vinha da infância e nunca tivera uma parceira estável, queria me viver até me esgotar, queria que montássemos juntos uma casa, que sonhássemos um futuro, que nos enchêssemos de compromissos de eternidade até as orelhas. Eu provinha da fatigante travessia da idade madura e sabia que a eternidade sempre se acaba, e tanto mais cedo quanto mais eterna.
Posso até abandonar minhas bonecas, mas jamais minha infância.Pois sempre guardarei em mim a inocência de ser criança!
Apurado Paladar
Esse sorvete tem gosto de infância! Alguém, com certeza, em algum momento já falou ou ouviu alguém falar isso, talvez não necessariamente o sorvete, mas já falou.
Minha Infância teve vários gostos, cheiros e cores. Macarronada com carne moída lembra Domingo na casa da Vó, Ki-suco de groselha lembra várias tardes divertidas que passei na rua brincando de bets. Adolescência tem gosto de Halls, pipoca e beijos intermináveis escondidos perto das árvores, do tipo: vamos fica ali? (como se ali fosse o local exato para se ficar).
" Geração Coca-Cola" essa foi a denominação feita por Renato Russo em uma de suas músicas para a juventude da época, acho que a minha de agora seria: " Geração cerveja barata".
Na verdade o tempo que passamos juntos com amigos e parentes ficou cada vez menor ou ele nunca existe. Diferente da infância que compartilhávamos com vizinhos, primos, tios e amigos. Ficamos cada vez mais desapegados e independentes. Ainda dá saudade da comida da mãe, ou do bolinho da Vó, mas agora suprimos com o rápido e prático Miojo, ou mandamos um scrap para aquele amigo distante do tipo: o que anda fazendo?
Se o seu coração não sabe ainda o que deseja, basta lembrar de sua infância. A criança em você sabe o que você quer fazer.
Me encontra por aí, me conta um sonho bom e chora um trauma de infância no meu ombro. Me faz a tua esquina preferida, o teu problema sem solução ou a tua rotina que não cansa. Me dá teu endereço e te muda pra cá. Me faz a tua viagem e vê se viaja em mim, mas sem passagem de volta. Esquece os teus olhos nos meus e me fala em silêncio as palavras de amor que nunca falou. Me entrega a tua parte brega e carrega contigo os meus textos secretos. Coloca na tua mochila aquele desenho sem graça que eu te fiz e anda por aí procurando por mim com uma marca só nossa numa folha de papel só tua. Fica aqui, não vai embora. Anda comigo por onde for. Porque eu nunca sei onde vou parar, mas quero sempre poder te encontrar aqui ou do outro lado do mundo. Me leva contigo e eu decoro até o teu destino
Novamente ??
Nascer novamente
É possível ?
Voltar a infância
Acreditar na esperança, sem misterios
Acordar amanhã ?
Ver o sol nascer
Mais uma vez acreditar
Não posso ?
Ver novamente
Ganhar um simples presente
Que não soubesse
Que ninguém me dissesse.
Agora em nada acredito
Já passou tudo ?
Mundo se sujou,
Mas, ainda não se acabou.
Acordar tarde
Criar coragem
Olhar a estrada
Acreditar na caminhada,
Na criança que não posso ver !
O Começo
Na infância vim a sonhar
O momento de te encontrar
Pelo caminho não encontrei
Mas então me deparei
Olhos de gueixa, lábios de coração
Mãozinha de fada e boina na mão
Idas e Vindas a lhe encontrar
um dacota vermelho camurça sempre a calçar,
Te vejo sereia mas es uma musa,
de calça azul jeans e blusa
Branca como a lua
Beijos na boca olhos nos olhos, toque das mãos
A invadir minha alma com tão grande sensação
O amor cresceu e logo mudou
em cachoeiras ele se revelou
E no correr das águas tudo se transformou.
Em Viagens distantes sempre a te levar,
em todo, em tudo em qualquer lugar
o nosso amor estava no ar.
Jantares românticos que pude proporcionar
por ti sempre a comemorar
"Tia Alaide" a testemunhar
Que nosso amor sempre estava por lá.
Semeamos Frutos deste amor
Gabrielle e Guilherme você os chamou.
E estes Adoeceram, e com braços fortes entrelaçados,
lagrimas nos olhos, vencemos e nos Fortalecemos.
Mas tao bela arvore que gerou tao belos Frutos
ora adoeceu , e meu olhar se entristeceu
Pos nada em min curava a dor que lhe acometeu,
Imaginar te perder, meu coração não se conformou
E se perdeu ....... continua.
Um beijo tão bom como o seu me fez esquecer a infância, mas o abraço que me deste me fez ter saudade da infância, q tanto deixei largada por brincadeiras de beijinho lá e beijinho cá. Será q esses beijinhos eram da infância ou de uma levada criança?
Enigmatizado
Ismael nasceu no dia dezenove de dezembro de 1985. Teve uma infância comum e uma adolescência tumultuada. Depois morreu em um acidente de automóvel no dia primeiro de janeiro de 2008. Fora atropelado por um carro enquanto caminhava tranquilamente pela beira da estrada. Sua família, como é de praxe em todas as épocas com todas as famílias, providenciou um epitáfio com palavras absolutamente vagas e imprecisas. Nem uma vírgula daquele epitáfio seria aprovada por Ismael. O pobre coitado atravessou esse mundo como um homem igual a todos os outros, teve seus amores seus sonhos e suas frustrações. Dedicou-se a projetos triviais para ganhar seu pão, era de família simples e provinciana, e o resto, como diria Shakespeare, é silencio.
Até aqui Ismael seria um homem genérico, sem nada de especial, digo nada de relevante que mereça ser contado em uma biografia. Não pensem que estou fazendo pouco caso dele – longe disso, todo ser humano merece respeito e todas as vidas têm suas particularidades que se bem exploradas podem tornar-se incomuns. Se estou criticando alguém é a família dele por não ter conhecido de fato Ismael. O certo, para falar a verdade, também seria culpar Ismael por sua invisibilidade histórica, porque ele não compartilhou sua vida com os outros? Porque fez questão de levar uma vida mecânica, vivendo o que tinha que ser vivido sem fazer grandes indagações, sem desafiar a ordem pré-estabelecida desse universo misterioso e complexo? Morreu como um carneirinho que seguia o rebanho sem olhar para os lados, sem identificar seu algoz. Claro que em se tratando de um individuo suas idiossincrasias apontam sinais, se, por exemplo, fosse feito um estudo freudiano de tudo que Ismael fez, se coletássemos depoimentos de quem conviveu com ele, provavelmente teríamos uma história mais profunda, adornada com episódios, frases e nuances que certamente desencadeariam uma possível empatia em nós estranhos. Ismael não era nenhum animal, tinha que ter algo de interessante. Mas a história tradicional é assim. A vida de cada indivíduo não tem grande importância. Interessa-nos a história das guerras, dos grandes movimentos sociais, dos reis, dos cientistas e filósofos, dos escritores e poetas, dos santos e mais alguns poucos privilegiados que viveram algo de inusitado e original. Depois disso tudo é a eterna mesmice do eclesiastes. Geração vai e geração vem... levanta-se o sol, põe-se o sol... o vento vai para o sul e faz seu giro para o norte... todas as coisas são canseiras tais, que ninguém as pode exprimir, etecétera.
Agora me deixem explicar um curtíssimo período de tempo na vida de Ismael, dois meses apenas, que podem dar sentido a sua existência e quem sabe até resumir todos os dias de sua vida aqui nesse mundo. O detalhe é que ninguém sabe que isso aconteceu com ele. O que vou contar se passou em agosto e setembro de 2005.
Ismael estava com dezenove anos e resolvera sair da casa de seus pais para morar sozinho na capital. Tinha arrumado um emprego em um supermercado e decidira continuar seus estudos. Se não me engano, ele planejava estudar arquitetura assim que conseguisse ingressar na faculdade, mas começou fazendo um cursinho de inglês. O resto de seu tempo livre era gasto na biblioteca pública num desbravar eufórico e insano de livros de ocultismo, misticismo e religião. Como sou o bibliotecário e vez por outra eu ajudava-o a encontrar determinado livro posso dizer (e garantir) que algo de muito estranho estava acontecendo dentro daquela mente enigmática. Numa quinta feira a tarde ele aparece meio desorientado, com o rosto pálido e procurando livros sobre anjos. No outro dia pela manhã ele queria tudo que estivesse disponível sobre demônios. Ele olhava para os lados a todo o momento, passava a mão sobre o rosto e deixava transparecer uma sensação de desconforto. Depois daquela manhã ele nunca mais apareceu e algumas semanas depois eu soube, através de um conhecido que tínhamos em comum, que ele havia morrido. Não sei por que, mas aquela morte prematura, de um cara que eu pouco conhecia, me fez refletir sobre isso que chamamos vida.
Logo que cheguei ao trabalho fui procurar os livros que Ismael tinha lido em seus últimos momentos nesse mundo. E para minha surpresa encontrei um bilhete dele no meio de um livro de capa esmaecida. O que segue são as próprias palavras de Ismael:
“Encontrei a resposta. Agora tudo faz sentido. Só importa o mundo espiritual, anjos e demônios guerreiam entre si a todo instante. O embate nunca cessa a espada jamais descansa. Céus, eu quero fazer parte disso. Que venha o fim do mundo, que chegue a aniquilação. Que os elementos se desfaçam em fogo e o filho do homem retorne para fazer justiça”.
Confesso que fiquei um pouco assustado no começo, porém logo me acalmei e deduzi que Ismael tinha surtado. O que sei é que ele sempre foi um cara sensato e normal segundo aqueles que o conheceram. Como um homem consegue esconder um furacão dentro da alma? Como uma tempestade bravia atravessa um espírito e ninguém percebe? Será que Ismael era maluco ou descobriu a sensação oceânica e misteriosa que a religião provoca - aquela que Freud ignorava?
Encontre a sua infância interior, e não deixe que a criança que vive no teu intimo se perca, pois a tua força é as suas velhas lembranças;
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