Economia
E se faltar feijão, a gente come os livros...
"Não esquenta, por que se faltar feijão, a gente come os livros e se farta de conhecimento. Com o cérebro plástico e a mente cheia de possibilidades, serão tempos sombrios para os oportunistas de plantão que vivem de explorar a inocência e a ignorância do povo mais humilde. Vai ser cada vai se ferrar diferente, que vai dar gosto de ver a cara de espanto deles".
Balada dos desempregados
Nem vivo nem morto, em estado catártico.
O desemprego àquela altura os imobilizava completamente.
Muitos de seus planos já haviam sido abandonados. Deixados de lado. Simplesmente.
A frustração e o sentimento de impotência invadiam seus corpos, tomando-os de assalto por completo.
A insônia, a impaciência, a desesperança já eram uma constante em suas noites/dias.
A escuridão que lhes afagava a face, também os confundia um tanto.
Face a face com a versão mais cruel de suas vidas, via o número de iguais se multiplicarem dia a dia:
- Por todo o bairro, por toda a cidade, muitos desocupados, precarizados, sambando pra desenrascar o feijão com arroz e o leite das crianças antes de o sol se por. Dia após dia.
Muitos ainda não haviam apreendido o real tamanho do problema que, feito um iceberg tendo apenas uma pequena parte à mostra, despontava de forma aterradora.
Mais de quatorze milhões de desempregados... Greves múltiplas. Revolta nas ruas. Educação na UTI. Saúde em total colapso. A população da periferia sendo dizimada pela criminalidade e pelas drogas. E o país imobilizado. Desgraçados...
Há de haver punição pra tanta maldade, se não aqui na terra, em algum lugar há de haver uma mão pesada o suficiente pra parar essa gente que não sente empatia por qualquer um que seja.
O filhinho da minha vizinha morreu ontem de sarampo. SARAMPO. Pois é... Inacreditável não é mesmo?
O vizinho da rua de cima se enforcou. Não aguentou o acúmulo de tantas dívidas e por isso se matou.
Aqui no bairro não é novidade ver gente mendigando alguma coisa pra comer. A fome como todos pensavam também não foi erradicada. Por aqui parece epidemia. O alcoolismo quadruplicou. Os andarilhos e moradores de rua são inúmeros.
Pequenos e constantes furtos aos comerciantes são frequentemente relatados, repetidas vezes os poucos comerciantes que ainda resistem de pé são vítimas de espertalhões que não querem se enquadrar na dinâmica cruel de agora.
Pelas ruas do bairro tem gente vendendo de tudo:
- Ovos, picolé, cigarros do Paraguai, abacaxi, vassouras, panelas, produtos de limpeza, balas e doces, derivados de milho, amendoins torrados, pizza de dez...
A vida está difícil mesmo. Os preços aumentaram muito.
Nos supermercados as sacolas estão quase sempre vazias. Até o macarrão instantâneo e o milho para pipocas de micro-ondas foram reajustados em mais de trinta por cento em menos de uma semana.
O preço do botijão de gás é hoje praticamente um assalto a mão armada.
O que fazer com tanta desesperança senhor prefeito? O que fazer senhor governador? Senhores deputados? Senhores senadores? O que fazer senhor presidente? Acabou o milho, acabou a pipoca. É isso?
Se você plantar uma semente hoje no seu quintal,no dia seguinte, ainda não haverá uma árvore grande e bonita.
Os investimentos não são diferentes, o longo prazo possibilita que você desfrute de uma árvore no futuro, a árvore da liberdade financeira,mas para isso é necessário tempo!
Com um ar cético nem tão alto quanto a inflação, nem tão baixo quanto o dólar em período de impeachment, assim você chegou e se fez presente. Meu coração nem abriu licitação e muito antes de conhecer as regras você eliminou todos os concorrentes.
Eu poderia aqui proferir um discurso bonito, problematizar as questões mundiais, romantizar as desigualdades promovidas pelo capital. Mas não, isso não é legal. Prefiro ser realista, conversar sobre dinheiro, rir das histórias ditas, mostrar com meus lábios todas as virtudes de um pensamento egoísta.
Diante da minha liberdade individual de ir e vir, vou ao seu encontro com o pleno desejo consciente do seu oprimir. A agressividade mansa, a trilha sonora perfeita, a barba bem desenhada e até mesmo a espuma da cerveja tornaram quase que imposto o meu querer de privatizá-lo.
De fato é um desafio, me sinto como Atlas com o peso nas costas em sair de todo um histórico de relacionamentos baseados em filantropia forçada. Mas bem longe do Estado, não há nada que o mercado não regule de forma positiva. Os vigilantes? Eu não sei, mas quem vigia o seu olhar sou eu.
Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de dizê-las só para escutar a sua voz.
Brasileiro, um povo equivocado!!!
Todo dia são divulgados escândalos de corrupção onde milhões de Reais são roubados dos cofres públicos, e este parece ser o maior problema do país, será???
Qual será mesmo o maior problema do país hoje? com certeza a estagnação da economia, mas as medidas que foram tomadas até agora não promoverão nenhum crescimento a curto ou médio prazo. Alguém já fez uma estimativa de qual é o prejuízo que este equívoco irá provocar para esta e para as próximas gerações, com certeza são da ordem de trilhões de Reais, pense nisto. Então entendam que não foi a corrupção a principal causa que levou o país para o buraco, mas foram as medidas equivocadas que durante décadas foram tomadas, exemplos: reserva de mercado da informática, fechamento da economia, confisco de poupança, aumento da carga tributária, etc, etc, etc.
Mas qual seria a primeira medida que um novo governo deveria tomar, para que a curto prazo a economia saia do buraco? COM CERTEZA SERIA A REFORMA TRIBUTÁRIA. Hoje o Brasil é um país que tem o consumo mais taxado do mundo, enquanto a maioria dos países se taxa menos o consumo e mais a renda, aqui é o contrário. O que deveria ser feito seria a criação de um imposto único para o consumo, similar à CPMF, reduzindo bastante o tributo sobre o consumo, aumentando a base de arrecadação, com custo zero. Isto provocaria de imediato uma redução no preço dos produtos e serviços, um aumento de renda da população, e até um aumento na arrecadação. O Brasil está pronto para implantar esta reforma, porque o CPMF já foi testado e comprovado.
Cabe a você jornalista e formador de opinião, questionar as autoridades, empresários, e intelectuais; sobre este tema, para que o país siga em uma direção viável para sair da recessão. Não fique intimidado com a opinião de especialista, por achar que só eles tem a solução para a crise atual, desconfie sempre da visão desse pessoal, porque a maioria não tem uma visão global dos problemas.
Portanto, por questão de patriotismo, coloquem este tema em discussão, para que as próximas gerações não sejam ainda mais prejudicadas.
Atenção! Fiz este texto, porque saí ontem para comprar um colchão e fazer a cópia de uma chave, e fiquei assustado porque fui informado que o chaveiro tinha fechado, o ponto estava para alugar, e a loja onde comprei o colchão iria fechar em breve. Tenho 60 anos, passei por várias crises econômicas, mas igual a essa nunca vi.
Opinião de:
Plinio Roberto
Recife
O país parece realmente perdido, sem rumo, sem direção, não tem amor, nem perdão
Crise política, coisa ridícula, parece natural, mas tudo é imoral, fora do normal
Economia, dicotomia, povo sem riso, sem alegria
Tudo confuso, STF sem voz, justiça sem autoridade, não se respeita nem pela metade aquilo que ela diz, não tem coragem
Congresso, sem representatividade, sem verdade, sem honra nem transparência para fazer o que precisa
Constituição, carta magna da nação, tem sido rasgada, modificada, tudo por eles, nada sem eles, não tem respeito, não tem lei, nem juiz, nem justiça como se diz
O que esperar para o futuro da nação?
Se não colocarmos os pés no chão, votar é coisa séria, não brinque não
Bem o libertarianismo o qual esse grupo se refere é o moderno libertarianismo originado no seio da Escola Austríaca (EA) de economia e cujo recente desenvolvimento resultou em outra ramificação da EA: a Teoria Legal austríaca. Fundado no racionalismo e na praxeologia, o libertarianismo é uma teoria legal que visa resolver conflitos oriundos da nossa realidade de escassez. Não fosse pela escassez de bens, conflitos não existiriam e toda teoria legal seria desnecessária. Inevitavelmente, a maneira de resolver conflitos é delineando direitos de propriedades e é disso que se trata toda Filosofia Política, das comunistas até as liberais. A Libertária defende uma teoria estritamente racional de direitos de propriedades, baseada em dois princípios: (i) autopropriedade e (ii) homesteading (apropriação natural), ambos deduzidos logicamente de pressupostos praxeológicos. Assim, segundo o libertarianismo, cada pessoa possui seu próprio corpo, bem como todos os bens escassos que ele coloca em uso com a ajuda de seu corpo antes que qualquer outra pessoa o faça. Esta posse implica o direito de empregar esses bens escassos de qualquer maneira que se considere adequada, conquanto que ao fazê-lo não se agrida a propriedade de outrem, i.e., conquanto que não se altere, sem ser convidado, a integridade física da propriedade de terceiros ou se delimite o controle de terceiros sobre ela sem o seu consentimento. Para os libertários, essas normas são necessárias e suficientes para resolver os conflitos em sociedade e qualquer norma adicional seria ilógica, pois apenas ampliaria conflitos em vez de resolvê-los. Tais normas, contudo, são também comumente defendidas fora do contexto legal, de um posto de vista estritamente econômico, logo consequencialista, argumentando de forma contrafactual e mostrando como as intervenções estatais são maléficas e contraproducentes para os objetivos de paz e prosperidade econômica. Partindo da metodologia praxeológica, sistematizada por Ludwig von Mises em seu magnum opus Ação Humana, pode-se garantir que as liberdades tanto individuais quanto as de livre comércio levam inevitavelmente a um cenário de paz e prosperidade. As intervenções estatais – necessariamente coercitivas – implicam que haverá relativamente menos apropriação original de recursos cuja escassez seja percebida, menos produção de novos bens, menos manutenção de bens existentes e menos contratos mutuamente benéficos e comércio. Isto naturalmente resulta em um padrão de vida
Sem uma legislação de internet apropriada qualquer bom aplicativo digital derruba em pouco tempo uma pequena e média economia formal desafinada.
As crises econômicas quebram as pequenas e médias empresas, mas as grandes passam praticamente incólumes.
A situação dos trabalhadores dentro do sistema capitalista é mais ou menos como o jargão do Chaves: eles entram sem querer querendo.
O capitalismo é o sistema mais democrático que eu já vi. Ele não tem preconceito de gênero, etnia, ou idade, porque explora todos igualmente.
Entender de juros é bem simples: Quem não conhece paga! Quem conhece recebe! Ou você vai ter que trabalhar para o seu dinheiro, ou seu dinheiro trabalhará para você. Ou você
administra suas finanças ou suas finanças o administrarão.
A mim parece que a prática do bem ou do mal guarda certa relação com o momento econômico em que vivemos. Em época de prosperidade as pessoas tendem a praticar mais o bem ou pelo menos diminuem a prática do mal. Já durante um período de crise econômica, com recessão, desemprego e inflação alta entre outras, um número significativo de pessoas descartam tudo que aprenderam na religião e põem em prática toda sorte de mal que permita a elas sobreviverem. O roubo, a traição, a inadimplência, tudo deixa de ter importância negativa. Durante uma crise econômica ocorre a prática da parábola do semeador no que diz respeito às sementes que caíram em terreno pedregoso. Germinaram, mas por não terem raízes, logo que saiu o sol, morreram. Poderíamos incluir também as sementes que caíram entre os espinheiros. Os cuidados do mundo, por natureza, já sufocam aquele que deseja seguir o Cristo. Em época de crise econômica, mais ainda. Seu mundo é mais importante e é preciso garanti-lo.
