E o Tempo da Travessia e se Nao Ousamos Faze-La
Estranhamente, desacordos se transformam em uniformidade de opinião. Sim, o tempo passa, e passam ideias, ideais, sonhos. Então, surgem outros sonhos. Prioridades mudam, mas nem todos mudam. Do estranho, acha-se o riso. Porque ninguém imaginava que a pessoa que mais implicava com você seria aquela que mais iria te compreender.
O Tempo...
Amigo ou inimigo?!
Depende.
Depende da situação
Depende do dia
Depende do humor
Depende do que se faz ou do que se fez...
Depende até da idade.
O tempo é capaz de dizer muitas coisas...
Dizer sobre o quanto é importante o perdão ou o arrependimento; o quanto um erro te levará ao acerto.
Não se pode ignorar o tempo em relação ao futuro, apenas porque o presente lhe proporciona certas vantagens.
Não se ri da idade de alguém mais velho cujo o tempo levou a juventude, pois é o tempo quem dirá se chegarás ou não nesta idade.
Aproveitar o tempo da melhor forma possível ainda é a melhor dica para conhecer-se a si mesmo e crer que ninguém domina o tempo.
Marcas do tempo
Marcas do tempo nos reformam a cada ano
Desenham-nos a cada transformação
E num zigue-zague de ponto cruz
Bordam os contornos das nossas ilusões
Marcas do tempo
Marcas do tempo que nos sintonizam
Pincelam linhas em surrados semblantes
Deteriorizam-nos em plenitude e beleza
E semeiam-nos o aprendizado das certezas
Marcas do tempo
Marcas do tempo enfraquece-nos em euforias
Arrastam chinelos, diminuem nossos compassos.
Deita-te erguido e acorda-te aluído ao cansaço
Tentar acertar é um dever dos sábios
Que correm atentamente contra este lobo
Que te devoras sem deixar-te tempo para recompor-se
Quando chega a longevidade só nos restam o consolo
Deste tempo cruel onde se deleitam os tolos
E deste funesto só nos sobram entulhos de células mortas
Sem nos dar tempo de vencer estes acalentos
Os olhos ainda abertos hão de ver
Os neurônios ainda funcionais hão de pensar
E os ouvidos ainda na escuta hão de ouvir
O tempo é um livro aberto
Os rascunhos se acumulam
O vento vai abolindo o indesejado
E nos mostrando novos horizontes
Já tentei aligeirar-me, sem êxito.
Fiz corridas, dei saltos mortais
Sucesso em quedas livres
Com rezas e credos cordiais
Pelejo em apressar meus passos
Me atraso neste compasso
Cabeça gira a 360 graus
Atropelo-me sem degraus
Tempo
Incrível a capacidade do tempo de nos surpreender.
Em um breve segundo podemos ser, no outro deixar de ser.
O tempo nos faz lembrar e ao mesmo tempo esquecer.
O tempo nos traz à vida e por ironia nos faz morrer.
Não sabemos quanto tempo teremos realmente para viver.
Apenas pode-se viver como se no amanhã fosse morrer.
Se bem nos quer... Bem mal nos queremos.
Deixamos escorregar-nos entre os dedos
Enterrando nossos dias, num estúpido medo.
PÃO DE ILUSÃO
"Dona Maria vai à mesma padaria há 43 anos e alguns dias. Essa data traz a agonia inventada pela espontaneidade da vetustez. Alguns móveis da padaria, ao longo da modernidade, foram trocados por mármore gelado e mogno lustroso. Os donos do estabelecimento ainda não foram trocados. O padeiro continua com um semblante frio - tanto quanto o mármore - e a balconista, com a sua pele lustrada pela temperatura dos pães, estende dedos grossos para devolver o troco. Em todos esses anos, os formais comprimentos nunca foram trocados por nenhuma amizade com túnica mais interna. Dona Maria é apenas mais uma velha assídua que sempre compra o mesmo bolo de trigo. Os que estão na padaria, também são apenas os mesmos, apenas são, sem muitas túnicas internas, são superficialmente apenas duas almas sem recheio que Dona Maria vê ao longo de seus 43 anos. Por casualidade, há muitos calendários, Dona Maria vê os mesmos rostos, os mesmos objetos, come as mesmas comidas, veste os mesmos vestidos que cheiram a naftalina. Diga-nos, Dona Maria, diga como era o sol naquela década. Diga-nos, diga com dignidade como as pessoas se trajavam, nos diga sobre os programas televisivos, diga-nos se os corpos eram em preto e branco, diga se havia medo de ter esperança. Conte-nos, conte sobre hoje, conte sobre excesso de cores. Conte-nos como contas as moedas do cofre que guardas em cima da geladeira, qual valor tem a mudança. Para Dona Maria, a dinâmica do tempo não lhe foi muito generosa. Dona Maria aguarda, no cume de sua demência, que nada possa mudar, pois envelhecer é um fenômeno agudo, que esculpe pés de galinha e rugas sem muita cortesia estética. E ela inventa todos os dias mais um dia de monotonia, para que não alcance o desespero de um dia ter de que se reinventar. Dona Maria sabe que a eternidade não se vende em nenhuma padaria, mas que a alegria da ilusão lhe traz a sensação de poder ter desenhar a vida que se quer levar."
Em determinado momento da vida,todos chegamos ao ponto sem retorno,devido as nossas próprias escolhas.
O tempo pode até escorrer entre os dedos,mas pode se fechar bem as palmas das mãos para segurar um pouco mais dele.
Seremos lavados e sepultados um dia, minha querida. E o tempo que nos foi dado será deixado para o mundo. A mesma carne que viveu e amou será consumida pela praga. Então deixei que as lembranças sejam boas para aqueles que ficarem
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