Dor e Sofrimento
Coisas ruins a gente não esquece para sempre mas esquece o suficiente para seguir em frente. "Sobre você, já foi o suficiente."
Olha para o teu interior,
não com desprezo,
mas com zelo e amor,
reconhece os teus erros,
as tuas imperfeições,
os teus medos,
mas não deixes de se dá valor
já que provocaram alguns
dos teus acertos
com preciosas lições,
não se trata de ser alguém perfeito,
mas de poder perceber
que as marcas de sofrimento,
da dor
são resultados daquilo
que já foi enfrentado
e até mesmo superado
graças ao Senhor.
...Curiosamente, todos os passos bem sucedidos que dei nunca foram com o intuito de vencer, eu estava apenas fugindo da dor.
Lúdico olhar de van Gogh, que várias vezes o ajudou a ser forte por fazé-lo enxergar ao seu redor a bela arte que estava presente, a qual em um determinado momento, passou a estar também frequentemente nas suas telas, uma fuga temporária do seu sofrimento, da sua dor diária, um jeito artístico, poético de ser resiliente, assim o foi o máximo possível.
“...Sem amor eu nada seria...”
Ainda que a alma torturada pelos problemas da mente sofra e o corpo padeça, sofro, mas sofro por amor, pela bela dor de não esquecer o que de verdade me incendeia.
Há dias...
Há dias em que nos sentimos, como disse Truman (ex-presidente dos EUA), "quando me disseram ontem o que aconteceu, pensei que a lua, as estrelas e todos os planetas caíram sobre mim".
Há dias assim, né? Dias esmagadores... dá tudo errado, não importa pra que lado você olha, o socorro não vem... definitivamente, não vem.
E você tem de seguir. Suas responsabilidades, sua vida, seus compromissos... nada disso para e espera desanuviar.... dissiparem-se as nuvens pesadas que cobrem o seu ânimo.
Depois tudo passa e começa tudo outra vez.
A vida é assim... dias bons e dias ruins se intercalam.
E a gente vai se acostumando. Acostumamo-nos a tudo: a não ver o sol, a não perceber o arco-íris... nos acostumamos a ver e conviver com nuvens carregadas, ventos tempestuosos... Já nem guardamos mais o guarda-chuva.
Sempre prontos esperamos os tornados da vida tornarem, fazer a volta e retornarem. Enfrentamos e sabemos que conseguimos enfrentar.
Não, não há nada errado nisso de enfrentar. Mas, você já pensou que
Alguém pode estar querendo ajudar?
Pense nisso!! Um fardo um pouco mais leve.... quem não vai querer? Ou, pelo menos, compreender, por que, às vezes, é tão pesado, tão esmagador...
Se você estiver em qualquer situação ou em qualquer relacionamento que doa, você não deve continuar. Porque o amor não doi e você jamais deverá ser conivente com a dor.
Muitos valores que norteiam nossa busca pelo sucesso são externamente impostos, como a ordem, hierarquia e controle.
Em alguns momentos, nos deparamos com um dilema entre aceitar a sujeição ou insurgir-nos contra ela.
A insatisfação emerge como consequência do ônus pago para sermos socialmente reconhecidos, frequentemente acarretando sofrimento psíquico, sobretudo quando temos a consciência tácita de que não fomos capazes de alcançar uma vida bem-sucedida.
Eu estava a seus pés
Você se confundiu
Achou que eu estava debaixo deles
Quando o que eu queria era caminhar a seu lado
Não basta apenas evitar o mal; devemos olhar para o próximo com o mesmo cuidado que dedicamos a nós mesmos, sem menosprezar sua dor, ainda que seu sofrimento nos pareça pequeno.
Quantas letras, palavras, frases, textos serão necessários que eu escreva? Eu não sei!
Quanto das minhas lágrimas cairão enquanto escrevo? Não sei! Choro o tempo todo até não ter forças.
Quando penso que minhas lágrimas secaram uma fonte de tristeza brota em mim, eu entro num ciclo de dor e começo a me afundar, fico sem ar!
Já não sei ao certo porque escrevo, talvez para sobreviver a essa dor, expurga-la! Mas tenho falhado, a dor é insistente, não vai embora, ela permanece, flagela minha alma em pontos vitais!
Não sei se escrever está dando certo, pois na minha mente escrevo coisas o tempo todo, quando estou acompanhado de pessoas não consigo prestar atenção nelas, só ouço e sinto a dor latente que custo a controlar, ela me vence com certa frequência!
Já pensei em escrever um livro sobre nós! Um romance com final trágico, melancólico, triste, porém cheio de amor, seria a forma de transbordar e me inundar de você! Mas parece errado, algo cruel de se fazer comigo mesmo.
Mas ainda assim fui corajoso, comecei a escrever o romance, estava dando certo, mas parei, fiquei com medo de enfrentar coisas as quais me arrependo.
Reviver nossa história me leva para um lugar do qual estou tentando sair, não está fácil, parece que estou aprisionado, é só dor, é só sofrimento.
Ainda assim eu revisito esses lugares, não consigo controlar, faz parte do meu estranho processo que varia entre cura e morte, mas eu só quero sobreviver a isso tudo!
Como faço para te esquecer? Como faço para deixar de te querer? Como paro de te admirar? Como aceito a realidade? Você só me ensinou a te amar! Não me ensinou a te esquecer!
Para muitos essa dor pode parecer exagerada, mas não, é difícil quando você tem a sensação de que perdeu o amor da sua vida! Será que era mesmo? Reconhecer e perceber isso é extremamente fatal!
Não se trata de uma dependência emocional, de vulnerabilidades, fragilidades ou traumas infantis, é somente a tristeza, arrependimento e melancolia nas suas mais profundas personificações!
Quando o grande amor se vai, em parte a esperança se vai, você se depara com o nada! E ele é sombrio! Vazio, se faz presente e é bem aterrorizante, parece que as coisas perdem a cor, a vida fica mais amarga, os tons ficam deturpados e escuros, você se perde de si mesmo e parte de você morre! Mas não é uma morte rápida, ela te corrói aos poucos, vem de diversos cantos e te sufoca, desorienta sua visão e joga o passado contra você! Te julga, te mostra, te cobra, te oblitera! E você por fim fica em cacos! Quebrado!
É assim que me sinto, um zumbi em cacos, sem alegria, é como se todo o propósito que tinha se ofuscasse diante dos meus olhos! Que angústia, que aflição, que tormento maldito! Eu não aguento mais essa dor! Eu não queria estar nessa situação! Preciso sair desse lugar, preciso sair daqui!
Alguns dizem que pessoas autossuficientes, com amor próprio e que sabem lidar com a solidão conseguem passar por essas tormentas com facilidade, dizem que uma separação não é o fim do mundo, que a vida prossegue seu ciclo natural, bem, no passado eu lidava bem com a solidão, já passei por separações e sobrevivi, era destemido, forte, autossuficiente! Construí minha vida sozinho! Mas você! Você surgiu na minha vida e me mostrou um tipo de amor do qual eu nunca tinha recebido, abalou as minhas estruturas, me renovou, me ensinou! Sei que muita gente me ama, mas é como seu eu nunca tivesse conhecido e recebido esse tipo de amor! Era o que eu estava esperando por minha vida toda e nem sabia! Tento explicar isso para as pessoas, mas elas não compreendem.
Me lembro que uma vez me disse que seu coração pesava toneladas, creio que você o descarregou em mim, eu nunca tinha vivido em uma inundação de amor, zelo e compreensão.
A verdade é que eu não aguento mais escrever sobre você, é frustrante, é como se eu tivesse somente isso para dizer, antes eu tinha tantas coisas para falar, fazer, sentir, viver, sinto que quando você se foi perdi algo que eu nem sei o que é, estou tentando descobrir, preciso encontrar isso logo.