Dor Fracasso
Eu te peço perdão por ter subestimado a sua dor. Eu só entendi porque você se sentiu daquela forma, quando eu passei pelo mesmo que você.
A vida ensina.
É um dos arrependimentos que me destroem por dentro. Eu não conseguia entender o seu sofrimento, até a vida me colocar lá, no mesmo lugar que você esteve por tanto, sem receber apoio de ninguém.
Tudo isso sempre me ensinou a ouvir os dois lados da história.
Espero de coração, que você esteja bem e possa ter superado o que aconteceu.
Lá vem a chuva, para lavar o pensamento de você, sim
Lá vai a dor e tudo o que você me fez passar
Fui tão idiota por você, não sei o que fazer
Aí vem a chuva, ajude-me a esquecer o seu nome
Agonizante e sangrando está o coração, sedento e só, nos escombros da dor esperneia, por ter se metido em paixão duvidosa.
Toda a dor passa pelo fogo do sofrimento,
depois de amassada no regaço da tristeza e regada com lágrimas de uma saudade que tem raizes profundas.
Lapsos na memória se fez, na dor extrema daquele vôo sem volta. Todavia o coração capturou a ventania daquele amor na câmera vasta sem leis, sem escolhas.
Evaporado naquele vendaval...
Suspiros coloridos, ficaram.
Aprendi a dizer não sem palavras e dizer sim com um sorriso.
Mas o choro... Seja de dor ou de alegria é abundante como as quedas d'água do iguaçu.
Estou envelhecendo e não posso mais lidar com essa dor da frustração. Achei que superar o passado era apenas uma questão de escolha, mas no fundo, não é bem assim. Existem marcas que nunca se apagam. O tempo passa, a gente tenta se acostumar, porém, em algum momento a dor volta.
Mas eu não sou um ator
E se eu sinto dor
Tenho que chorar
Avisa, avisa, avisa, avisa, avisa
Se o céu brilhar de novo no horizonte, avisa
E pode ter certeza que eu tô lá pra ver, avisa
Se a liberdade te trair e precisar de alguém, avisa
Ou se tudo correr bem e não precisar, avisa
Parece até que o vento traz o sentimento, avisa
Ele nem faz questão de nos avisar, avisa
Pro vento que traz sofrimento
Que sopre pra outro lugar, avisa
Pro vento que traz amor
Quanta dor e constrangimento eu poderia ter evitado, se eu simplesmente não tivesse deixado você entrar na minha vida.
Gratidão no Tempo
Por Diane Leite
O tempo, sábio amigo e curador,
sara feridas e alivia a dor.
Aquela dor que parecia nos sufocar,
se dissolve quando o deixamos passar.
Controlar o outro? Uma ilusão.
A paz só nasce da nossa própria ação.
Se focássemos mais no que há em nós,
o mundo seria um lugar menos atroz.
Por anos buscamos o "porquê" do sofrer,
sem notar que o tempo nos ensina a viver.
O desespero cega, a tristeza nos confunde,
mas o tempo, gentil, tudo nos responde.
Como ver o mar se só vimos o lago?
Como provar banquetes se o arroz é o fardo?
A vida, generosa, sempre guarda mais,
mas só enxergamos quando deixamos para trás.
As tempestades nos moldam, nos fazem crescer,
e nos ensinam que sempre é possível renascer.
O tempo, com calma, transforma o impossível,
em gratidão por um mundo mais visível.
Que a lição fique clara em nosso coração:
o tempo cura, traz paz e direção.
Ele não só ensina, mas nos faz entender,
que amar o tempo é aprender a viver.
Capítulo 3 - Entre a Dor e o Amor
1. Entrelaços do Sentir
A vida é feita de camadas. Cada emoção que sentimos, cada relacionamento que vivemos, acrescenta uma nova dimensão ao que somos. Às vezes, essas camadas brilham como um amanhecer tranquilo, mas, em outras, pesam como o céu antes de uma tempestade. O que permanece constante é o aprendizado que cada experiência nos oferece — mesmo que, no momento, isso pareça apenas dor.
Houve um tempo em que o silêncio dentro de um relacionamento se tornou ensurdecedor. Era como se estivéssemos em lados opostos de um abismo, gritando palavras que o outro não conseguia ouvir. O início havia sido diferente. Havia risos, toques leves e promessas ditas com o tipo de convicção que só a paixão oferece. Mas, com o tempo, o que parecia fácil tornou-se difícil. Pequenas mágoas se acumularam como grãos de areia em uma ampulheta, até que, um dia, percebemos que não havia mais tempo.
Eu me lembro de uma noite em particular. Estávamos sentados à mesa, cada um em sua própria bolha de pensamentos. A luz branda do abajur criava sombras suaves no ambiente, mas não conseguia iluminar o espaço vazio entre nós. Era como se algo tivesse morrido ali, algo que nenhum de nós conseguia nomear. Foi naquela noite que decidi escrever uma carta. Eu sabia que não era uma solução, mas precisava tirar de dentro de mim as palavras que haviam ficado presas por tanto tempo.
Na carta, falei das minhas inseguranças, dos meus medos e, sobretudo, da minha esperança de que ainda fosse possível encontrar um caminho de volta. Não foi uma tentativa de resgatar o que havíamos perdido, mas um gesto de honestidade, uma maneira de me reconectar comigo mesma. Quando terminei de escrever, senti um alívio que há tempos não sentia. Percebi, então, que às vezes o ato de se expressar é mais importante do que a resposta que esperamos do outro.
Essa experiência me ensinou que o amor não é apenas um sentimento; ele é uma prática. É sobre estar disposto a ser vulnerável, a enfrentar os próprios medos e a abrir espaço para que o outro também o faça. É, sobretudo, sobre aceitar que o amor verdadeiro não é perfeito — ele é feito de rachaduras, de escolhas difíceis e de coragem.
2. Histórias que Moldam
Mas nem toda dor pode ser resolvida. Algumas vêm para nos transformar de maneiras que só compreendemos muito tempo depois. A perda de um irmão e amigo querido foi uma dessas experiências. Lembro-me do dia em que recebi a notícia. O mundo parecia ter parado, como se cada som ao meu redor tivesse sido abafado por uma cortina de silêncio. A ausência dele era palpável, e o vazio que deixou parecia impossível de preencher.
Por muito tempo, tentei fugir dessa dor. Preenchi meus dias com tarefas, cercando-me de pessoas e buscando distrações que, no fundo, eram inúteis. Mas, eventualmente, percebi que não era possível escapar. Foi ao revisitar as memórias que compartilhamos que compreendi algo profundo: ele não havia partido por completo. Cada momento que vivemos juntos, cada conversa e cada gesto, permanecia vivo em mim. A dor da perda, percebi, era o preço que pagamos pelo privilégio de amar.
E então há as conexões que nos moldam de maneiras mais sutis. Uma amizade de infância, por exemplo, me ensinou sobre o poder da empatia. Passamos por fases de pura alegria e por momentos de desafio, mas foi em uma dessas crises que nosso laço se fortaleceu. Quando minha amiga enfrentava uma dor profunda, descobri que apoiar alguém não é apenas oferecer palavras de conforto — é estar presente, mesmo quando não há nada a dizer. Foi nesse espaço de silêncio compartilhado que nosso vínculo se tornou inquebrável.
3. Camadas do Sentir
O amor, em suas diferentes formas, é tão multifacetado quanto a vida. Ele nos desafia intelectualmente, conecta-nos emocionalmente e desperta nossos sentidos. Em cada experiência, há uma lição escondida, esperando para ser descoberta. Às vezes, essa lição vem na forma de uma alegria avassaladora; em outras, ela surge das cinzas de algo que acreditávamos ser permanente. O que permanece constante é a capacidade do amor de nos transformar.
Ao refletir sobre essas experiências, percebo que cada conexão que cultivamos nos aproxima de nossa própria essência. Seja no calor de um abraço, no peso de uma despedida ou na troca silenciosa de olhares, somos moldados pelos laços que criamos e pelas histórias que compartilhamos.
4. Reflexões Silenciosas
E assim, deixo este convite a você: pense nas pessoas que passaram por sua vida. Quais marcaram você de forma indelével? Quais momentos de alegria ou dor o transformaram? Às vezes, a resposta para nossas perguntas mais profundas está nas histórias que carregamos, nos ecos das vozes que ainda ressoam dentro de nós.
A vida é um ciclo constante de encontros e despedidas, luzes e sombras. Mas, se há algo que aprendi, é que a luz sempre encontra um jeito de atravessar até os espaços mais escuros. Cada conexão que fazemos, cada laço que criamos, é uma centelha dessa luz, nos guiando de volta para casa.
Reencontro
Quero te reencontrar
Com medo de não me aceitar
Luto para aguentar a dor da ilusão
Num momento simples de felicidade
Sofro por não estar aqui
Quero mais atenção
Quero transformar seus sonhos na realidade dos meus
Te fazer crescer em felicidade
Mesmo que seja por um instante
Em um simples momento
Ou na ilusão de um sonho.
A dor de José foi tão grande quando foi traído por seus irmãos, que nem teve forças para reagir, mas encontrou forças no Senhor para perdoa-los. Isso, tendo o poder para matá-los. Como? Entendendo que definitivamente, tudo o que acontece conosco, resume-se em “colheita ou provação”.
Tenho certeza que durante às dificuldades, se media, analisava, procurando prováveis motivos para essa possível colheita, ao invés de ficar murmurando e tramando vingança. Já à provação é para aprovação e projeção.
