Dor de Amor
A(terra)dor
Sou a dor das flores que caem no chão
Das que são arrancadas nas mãos
Das que a lua à noite não permitiu aquecer.
Sou a dor das flores que o homem derruba
Das que morrem e se perdem no campo
Das que a terra sangrando não permitiu viver.
Sou a dor da pétala que cai
Da abelha que vem e que vai
Do beija-flor que não consegue esquecer.
Sou a dor do rio de minério
Das cidades varridas por lama
Sou dor de um planeta que o homem não ama.
Sou a dor do árduo veneno
Da terra que o engole sofrendo
Sou dor dos insetos e pragas que não pude evitar. .
VIVO ✍
Vivo sem viver
Caminho por caminhar
Alma minha despida
Despida sem saber
Da dor que me flagela
Que ceifa as flores do meu ser
Já a morte cobiça-me
Ridiculariza-me sem piedade
Dá-me uma silvestre flor
No meu corpo adormecido
Nesta primavera que tento
Com força esperar por ti
Neste dia que amanhece
Rasga-me como numa luta de morte
As sombras que me cobrem
Que se abrem ao silêncio, ao esquecimento
Ferida em agonia neste medo de viver
Ilusão numa cova coberta de flores ciprestes
Nas emoções que geram o sal da vida
Ah!.. se soubessem como é a dor de te amar,
Sem poder lhe dizer!
O que me mata não é a dúvida, mas deixar ir minha ilusão,
A indestrutível e perfeita paixão,
Em que me apoiei, e sonhei.
Um sonho lúcido em que talvez, sonharei em vão.
"Quando não encontramos o remédio para nossa dor, remediar a dor do outro cura instantaneamente nossas feridas".
"Chuva vem lava tudo, só não lava minha alma despedaçada ! A dor parece maior , na escuridão de um quarto onde só se encontra tristeza e solidão "
Quando amo, amo
Mesmo... não troco, não divido, não largo...
Mas é com cada dor que sinto quando
Algo ao contrário acontece comigo ....
O tempo impiedoso devasta os sonhos
Desfigura as escolhas e a certeza
A dor habita na espera
E toda esperança depositada nesta
Sucumbe revelando a ilusão
Que pouco a pouco dilacera...
O vazio do passado, a angústia da intenção
Se ampliam deixando sem direção
Os pensamentos mergulhados na pura decepção
Que delicadamente impera.
A solidão novamente se prende aos passos,
Carrega-se outra vez o fracasso
O que imaginou ser não era!
Uma das coisas que mais me abalou, foi a morte dos meus dois irmãos, foi uma dor que não consigo expressar, nesse dia eu chorei como uma criança.
Durante meses, e até hoje em dia eu sofro com isso, dói saber que você perdeu uma parte de você, sangue do seu sangue.
É por isso que digo que sou uma criança, porque eles não tiveram a oportunidade de brincar, de se jogar na lama, de ir ao parquinho, de ser criança!.
Mas isso me dá mais força, eles estão no meu coração, eu sempre vou os amar.
FALEI (soneto)
Falei tanto de dor!... de sofrência
Ilusão e solidão. O tempo e bagaça
Ou os amores, que vem e que passa
No trovar em que veio de aparência
Falei tanto de má sorte, vil desgraça
Chorei no suplício, de áspera essência
Fechei o horizonte para a existência
E, vi o tempo, passar pela vidraça...
Não pude olhar nos olhos. Sozinho
Blasfemava! e ainda tenho infernais
Conflitos, em querer apenas carinho
Quando sofro, sofro por demais
No silêncio. Ali me calo e definho
Infeliz poesia... não poeto mais!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Como fica sua fé diante das lutas e aflições ?
Jó em situações extremas de aflição, dor e perdas continuou adorando e exaltando a Deus, não murmurou não desistiu da fé, enquanto sua esposa reclamava e amaldiçoava.
As lutas vem para todos, mas a atitude vai mostrar como está nossa fé. E isso deve ser apenas uma lição do quanto devemos melhorar e onde melhorar, mas jamais devemos desistir e desacreditar no Amor de Deus .
Não perca a fé, "o choro dura uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer".
Vai doer, mas será pra ti fortalecer, pra lhe mostrar que Deus é contigo e não lhe deixará só. Creia sempre que o melhor de Deus está por vir. A fé é a força do sábio, pois ela vem de Deus alimentando nossas esperanças e nos fazendo enxergar além do impossível.
Sendo... até a luz do dia!
Uiva... mas que sussurro a dor brada
Sofrer desperta.... Que rumor na treva
A solidão, que no avançar da noite leva
Presa, suspirando, na triste madrugada?
É a paixão! Agita a poesia enamorada
Palpita, e a saudade nos versos eleva
E da melancolia nas rimas, tão peva
Vai sacudindo o sono e a ideia calada
Perturbas... nas trovas, o teu cheiro
Soltos na memória, e ei-los, doendo
Doidejantes, no pensamento inteiro
Pinica a inspiração, provoca arrelia
Vê os sonhos pelo desejo correndo
[...] abordo sendo... até a luz do dia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/02/2020, 05’12” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
TROVANDO COM ESPINHOS (soneto)
Sofrência sem tempo, dor com agonia
Que suspira e sufoca a emoção no peito
Que cala mais do que a solidão queria
E com tanto aperto ainda não satisfeito
Amor, que a boa sorte assim repudia
Em uma ação de azar e sem proveito
E tanto... sorriso para a cruel arrelia
Fica inacabado, ficando imperfeito...
Poema, sem sintonia, que consome
Musicando das mágoas só lamento!
Cego sempre o poetar que desanimas!
E eu tenha sempre, paixão: - com fome
O coração, gelado no cálido sentimento
Com espinhos trovando as áridas rimas.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Foram oito meses
Sem mais e sem menos.
No primeiro mês, com dor no peito eu escrevia a minha poesia
Conheci essa morena, um amor a primeira vista
Me ganhou com seu sorriso e carisma.
No segundo mês, eu a encontrei,
Já estava apaixonada, eu dizia,
Mas o coração ainda doía.
Lembro de segurar sua mão pra baixo e pra cima.
No terceiro mês, o seu bom dia era tudo o que eu queria
Seu sorriso iluminava o meu dia
Então parei de escrever versos
Sobre um passado que já não me feria mais.
Ela já fazia parte de mim ainda no quarto mês
Juras de amor e de carinho
Eu te escrevia versos de paixão ao vivo.
Sua voz eu ouvia ao anoitecer
Sussurrando bem baixinho á me aquecer.
A insegurança às vezes batia,
E você me batia mais ainda.
Você jurou seu amor no quinto mês
Me cativou e se esquivou
Você se importou, mas nunca se apaixonou. Palavras aqui, palavras ali
E você diz que já não sentia.
Me machucando mais uma vez
Eu me afogando em embriaguez.
No sexto mês você se disse arrependida
Se comprometeu,
Disse que o amor da sua vida era eu.
Então ele apareceu
E você se escondeu
Com todos os meus pulmões eu gritei
Mas você não respondeu.
E meu mundo a escurecer
Voltei a escrever.
Por que você me deixou se eu era o seu amor?
E o fim da nossa história se concretizou.
Você foi o motivo pelo qual parei de escrever,
E o mesmo motivo pelo qual voltei à o fazer.
A dor no peito que não se mede
A desilusão que me enlouquece
O simples fato de amar
De ser intenso
De se encontrar
Na forma de querer
Ser sincero
Prevalecer
Queria o mundo
Queria o universo
Mas você não me queria
E pra mim tudo isso era você
Coisa de gente grande!
Repetia sempre quando lhe perguntava sobre sua dor.
Mas tarde quando cresci entendi o desalento dela, era de amor.
- Relacionados
- Frases de Dor de Amor
- Amor, Dor e Sofrimento
- Poemas ou Sonetos Dor de Amar
- Frases de despedida e morte que falam de amor, dor e eternidade
- Frases de abandono de amor (transforme a dor em lição)
- A dor de perder um grande amor
- Frases contra a violência doméstica (amor não é sinônimo de dor)
