Do nada
"Em quanto o seu pouco for muito, e pouco do outro para você e nada. Nunca faremos muito com tão pouco".
Vou sobrevivendo nesta estrada,
nocauteando a tristeza...
Em busca do tudo e tantas vezes
me contentando com o nada.
Ao mesmo tempo tudo... E, no entanto, nada.
Somos a risada que se chora...
Somos o esquecimento de quem ama.
Somos o sim como também o não.
Somos o futuro de uma lembrança.
Somos a noite que amanhece e
Dos loucos o mais insano...
Somos o silêncio que grita...
O fim de um começo...
O destino que se evita.
Somos a paz entre duas guerras.
Somos o fogo que não queima...
A razão errada no caos das regras.
A mentira mais verdadeira...de duas somas que restam.
Somos um gênio sem invenção.
Somos um relógio que se perde no tempo.
Somos a coincidência mais preparada...
O efêmero do eterno...
Somos a simplicidade mais complicada de dizer... Sinto muito.
E respeito que considerar o que o outro diz, ainda que você não concorde com nada. Respeito é simplesmente parar para ouvir.
Em mim há um nada
Um nada sem muito propósito
Sem nenhum porquê
Só sei que há um nada
E esse nada dói
Cada vez que eu penso em você
Voce me tocou... nao era simples recado... eu que nem era amado... e você me tocou já bem era obrigado.... seguia conformado e desconfiado.... ou era tudo ou nada, é você me alcancou
Sabe oque seria bom agora? Eu+você, em algum lugar bem longe de tudo, com um céu limpo onde conseguíssemos olhar para ele e contar as estrelas e eu iria lhe dizer :
- Tá vendo todas essas estrelas "juntas"? Nem mesmo essa imensidão de estrelas é tão grande quanto o meu amor por você.
O cego e a guitarra
O ruído vário da rua
Passa alto por mim que sigo.
Vejo: cada coisa é sua
Oiço: cada som é consigo.
Sou como a praia a que invade
Um mar que torna a descer.
Ah, nisto tudo a verdade
É só eu ter que morrer.
Depois de eu cessar, o ruído.
Não, não ajusto nada
Ao meu conceito perdido
Como uma flor na estrada.
Cheguei à janela
Porque ouvi cantar.
É um cego e a guitarra
Que estão a chorar.
Ambos fazem pena,
São uma coisa só
Que anda pelo mundo
A fazer ter dó.
Eu também sou um cego
Cantando na estrada,
A estrada é maior
E não peço nada.
Do livro "Fernando Pessoa - Obra poética - Volume único", Cia. José Aguilar Editora, Rio de Janeiro (RJ), 1972, págs 542/543. (Fonte: Projeto Releituras)
Que nos falte tudo, menos sabedoria e maturidade para enfrentarmos todos os desafios desse mundo no qual entramos chamado amor.
E é nesse autismo de vida parada, que só uma mãe enxerga seu mundo lá dentro de um vazio que se perde num sorriso iluminado disperso na complexidade de um tudo e do nada.
Ela nem reparou que o ano passou e nada ela fez...
Ele nem percebeu que o tempo passou e vai passar outra vez...
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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