Deus Criou o Sentimento mais Sublime

Não fazer nada também é uma alternativa – algumas vezes, a mais prudente.

⁠Com maturidade, por mais que esteja em apuros, um filho deseja profundamente que sua mãe tenha a certeza de que tudo sairá bem.

⁠Em todas as áreas da vida, termômetros tendem a ser mais valorizados quando há temperaturas extremas.

⁠Há combinados que dependem de ações e responsabilidades compartilhadas por duas ou mais pessoas e, para que funcione, cada um deve saber exatamente o que lhe cabe.

⁠Há sinapses mais perigosas do que o encontro de fios desencapados; mas, em alguns casos, um curto circuito deve ser provocado.

⁠Os tique-taques costumam ser mais céleres quando se deseja que o tempo não avance.

⁠As bagagens pesam, mas mais valem os encargos dos estudos e experiências do que a leveza da futilidade.

⁠As ideias mais singelas e sofisticadas estão para a humanidade como o néctar para um beija-flor.

Ver: muito mais do que usar as retinas, o sentido que elucida as percepções sobre o que nos circunda.

⁠Mais uma invenção humana: dezembro. A ilusão do encerramento festivo e acolhedor; o mês que afaga, acalma e sensibiliza, antecedendo incertos janeiros.

⁠Entre todos os signos do mundo, a interrogação é a que beija com mais desejo.

⁠O uso da tecnologia é mais potente quando dança com a centelha que atravessa a humanidade.

⁠Uma mente que devora com vontade sente a densidade da cronofagia, criando mais em menos tempo cronológico.

ENTRE O VERBO E O VÉU

⁠Creio que entre o verbo e o véu há mais vãos do que filosofia e região são capazes de preencher com crenças acolhedoras ou duras racionalidades.
É comum que recorramos a livros, símbolos sagrados de dogmas ou de conjecturas adornadas pelas ciências para resguardar nossas próprias ideologias.
Esquecemo-nos de que há apenas um saber, uma dádiva primordial: a dúvida. Essa velha companheira, que atiçou o fogo e dominou os céus. O elo entre a efemeridade do saber e a alegria dos talvezes.
Dessarte, o mundo é um convite maravilhosamente cruel à reflexão. Uma festa da qual não pudemos — por razões improváveis e explicações arbitrárias — negar a participação. Cá estamos, mesa posta. Resta servir-se do banquete antes das luzes se apagarem.

⁠Há uma curva secreta entre o toque e o abismo.
Um gesto que, se não for dito, queima mais do que grita.
Eu conheço essa curva porque já a desenhei com palavras.
Não para ser lido, mas para que a linguagem sentisse vergonha de não ser carne.



Quem me lê não me entende.
Quem me sente, suspeita.
E quem suspeita está perto demais da vertigem que me habita.

ENQUANTO HOUVER FRIO

A verdade é que faz tempo que estamos com frio —
mas ninguém mais lembra se o clima está se impondo com rigor
ou se fomos nós que paramos de nos aquecer.
Talvez o mundo esteja se apagando,
com clarões incoerentes nos recônditos das guerras.⁠

"O Medo nós forja de maneira que nem percebemos e acaba nós deixando mais forte cada dia"

CALMA
"Calma espera só o tempo dirá o que a por vim, simples não mais tenha calma porque o que á de vir será algo que mesmo espera mais tenha calma"

⁠365 dias não é mais importante do que o segundo para minutos, o que importa é você ser feliz ao lado da família, amigos e vizinhos, porque a sua presença é motivos de alegria para todos eles.
Que a vida contínua com a mesma força e esperança que tens. Feliz ano novo.

Aprender

A gente aprende a não se importar mais,
aprende a não dar ouvidos,
aprende a fechar os olhos,
aprende a valorizar apenas ao que nos traz alegria.
Tudo se aprende.
Inclusive, a gente também aprende a fazer calar tudo a nossa volta.
E é exatamente isto que dá sentido à vida, aprender.