Deus Costuma Usar a Solidao
Morri por fraqueza.
Morri por orgulho.
Morri por tristeza.
Morri por solidão.
Morri por frustração.
Morri por falta de ajuda;
Morri pedindo ajuda.
Morri por falta de empatia.
Morri por esperar e por não esperar.
Morri por esquecer e por ser esquecido também.
Morri por amor e pela falta dele.
Simplesmente morri.
Por minha morte, não me tire por menos e não me tire por mais. Apenas entenda que morri e acho que estou em paz.
Morri no espaço transitório de onde minha vida se encaixava, ou seja, em trânsito nenhum.
Morri por coragem ou por falta dela.
Morri por forteza; assim como Morri por muralhas quebradas e destruídas.
Simplesmente morri.
Morri sem uma amizade verdadeira.
Morri sem o amor dos que são meus de sangue, mesmo sabendo que eu morreria por cada um deles.
Mas, morri mesmo por ter escolhido sentar no lado errado da mesa da vida.
E assim….
Simplesmente morri.
Morri simplesmente.
Transtorno -
A Solidão é densa pedra
onde afio a minha espada!
Estar vivo e não amar-te, quem me dera,
nesta vida que me mata ...
Há um pronuncio de morte
lá no sitio de onde venho.
Abandonado à minha sorte,
ter nada, é o único que tenho ...
Mudou a vida e com ela o meu lamento!
Hoje o poço é de água funda
onde afogo o meu tormento ...
Transtorno audaz e violento!
Sem ti, tudo em mim é escuridão,
chuva impelida, longínquo encantamento ...
Minha Amada -
É densa a noite escura
mais escura a minha solidão,
solidão é falta de ternura
que trespassa o Coração ...
Minha fronte marmorizada
invadida de lamento,
uma Alma apaixonada,
um epitáfio, um tormento!
Minha Amada! Minha Amada!
Meu silêncio, meu quebranto,
de mim p'ra sempre separada ...
Meu segredo, minha ave, alada,
tão longe e tão perto, meu encanto ...
Minha Amada! Minha Amada!
Évora Morta -
Évora morta curvada à solidão,
ruas tristes, tristes ermos, calçadas e janelas
que na dolência, ao passar, ansiando por perdão,
gemem pelas horas a desgraça das vielas …
Évora morta deleitada à solidão
terra seca de melancolia
que o tempo leva pela mão,
na brancura, dia-a-dia …
Évora morta num silêncio que vigia,
num espasmo de quimera
numa noite que inicia … e quase desespera!
Mas quando manhã alta o Sol desponta,
Évora desperta, Évora amanhece,
para logo anoitecer, e voltar a ser, Évora morta!
Regresso à Solidão -
Vou alto! Tão alto!
Quão alto me encontro!
Pela Vida, sem asfalto,
poeta vivo, poeta morto ...
E batem palmas
aos versos que me rasgam ...
Tantas, tantas Almas
que me escutam e aclamam!
E por instantes, não estou só,
instante que será breve,
tão breve que dá dó!
Súbito, viram costas, fica nada,
e eu, novamente só,
que dó, regresso a casa ...
Avenida -
Percorro passo a passo
a avenida da solidão!
Estou só, tão só
no meu cansaço,
que deixo pelo chão,
pedra a pedra, num abraço,
o meu malogrado coração ...
E porque me terá a morte
tão esquecido?! ...
Que esta Vida é triste sorte,
e minha morte,
é na vida estar vencido!
Tão perdido! Tão perdido!
Sem norte! Sem sentido!
Na minha solidão,
na minha loucura,
pela avenida, passo a passo,
deixo triste o coração ...
Lastro de um pecado,
de um erro sem perdão!
Canta Fadista, Canta -
Canta fadista, canta
que o teu canto é solidão,
põe a Alma na garganta
e a garganta no Coração ...
Que o fado na garganta
sangra a Alma em solidão,
canta fadista, canta
que esse canto é oração ...
Fado é solidão, canto peregrino,
uma Alma noutra Alma
é fado, é destino!
Destino ou maldição,
canta fadista, canta
que o teu canto é oração!
Objectivo sem Meta -
Um dia chorarei a solidão
como alguém que se regozija e alegra,
cantarei a dor do coração
como um mal que já não pesa ...
E serei verso inacabado
que termina e não acalma,
serei um passaro alado
que dissolve a própria Alma ...
Casas e vielas, serras e arvoredos,
poetas, fados, flores e montanhas ...
Tudo em mim! Já sem medos!
Mas estou só neste sentir!
E junto a mim, só há lodo, cinza e lama,
cinza, lodo, pó e chama!
Lembra-te que és pó -
Poeta, lembra-te que És pó,
noite e solidão ...
E é essa a tua glória!
Deixem passar ...
A cinza dos seus versos.
O lamento dos seus passos.
Que vá ... que vá ...
Cheio de noite e solidão!
É Poeta! E ali de fronte,
firme de que é pó,
sabendo que o é,
é frio e ilusão!
Deixem passar ...
A vida que o arrasta.
O tormento que o precede.
Que vá ... que vá ...
Cheio de noite e solidão!
É Poeta! É Poeta!
De onde vem, quem sabe?!
Onde vai, também!
Foi pó! É pó! Sempre será pó!
Poeta ... só ...
Deixai que passe ...
Acendei círios à sua dor
e façai silêncio
que seus versos já são gritos
que lhe bastem.
Óh Poeta! Lembra-te que foste pó,
que pó és e pó serás ...
Deixem passar, vai escrever,
não digam nada!
Lamento -
Trago na Alma a Solidão
a tristeza no meu peito
na minha voz a canção
no olhar o triste jeito
desta vida sem razão.
Oiço uma voz a cantar
em minhas noites perdidas
vejo o povo a soluçar
estas mágoas doloridas
que no fado quer rimar.
Nestes versos ao escrever
o povo chora a cantar
o povo canta a sofrer
dores do seu caminhar
do nada que tem a perder.
Dorme Solidão -
Teus gestos são triste madrugada
teus beijos amargos, desleais
teus olhos são frios como punhais
e fazem-me cair no pó da estrada.
Agrestes sempre foram meus caminhos
de secas as roseiras não dão rosas
e as nossas bocas silenciosas
pássaros perdidos sem ninhos.
E que dor tão funda no meu peito
ilusão a dois que nos trespassa
juntos e tão sós, tudo desfeito,
dorme solidão que a vida passa.
Eu, Évora e a Solidão -
É noite … Évora faz silêncio.
Caminho-a na penumbra,
meio triste, meio esquecido …
Sozinho, em direcção, não sei de quê – vou!
E vou em vão! Ou não! Talvez vá, bem sei …
Mas indo irei eu a parte alguma?!
Não sei! A parte incerta irei, por certo!
Mas irei … irei … Que os meus cansaços
não me turvam, nem me toldam,
nem dominam! Irei! Irei!
Caminhando pela umbra … vou além …
onde não cheguei ou alguém foi.
A avenida, o Hospital, carros a passar,
um caminho sinuoso por passeio,
árvores sem copa, folhas, tantas folhas -
secas - pelo chão … que piso!
Triste quadro. Minha vida. Pobre vida.
Eu, tão grande, “doente”, a pé, só,
por caminhos, tristes, sem tectos,
caminhando sobre folhas, secas,
esperanças fugidias … sou eu! Sou eu!
Um ser obsoleto! Alguém que sobra!
E é noite, cerrada – madrugada, infeliz.
Só eu e nada, Évora e a minha solidão.
Eu, meu coração, Évora e este “chão”...
E piso a noite, passo,
num passar que pisa a solidão.
E piso a vida, vou,
num ir que parece ser em vão!
Mas vou … E nunca, nunca aprendi a existir!
Esta dor de fora fáz-me exacto por dentro! Só ela!
E isso que vos importa?! Nada! Digam-no!
Das mãos de Deus o aceito, de vós o aceitarei,
sem reservas ou lamentos,
que tudo tem seu jeito! Terá?!
Quem sabe?! Tenho que ir …
se o quero saber, terei que ir …
deixando p'lo caminho os “corpos” de toda gente.
E dói-me o meu destino …
Não posso esperar por ninguém!
Pois não posso estar morto quando a morte vier!
Quero que ela mate em mim um vivo!
Por isso, vou, e deixo os “mortos” no caminho.
Os meus mortos!
Que estando vivos, são mortos! Mortos!
Meu caminho é por mim, é em mim,
por mim fora, de mim a mim …
E quem quererá ouvir ou entender
este espírito de coragem?!
Quem?! Onde?! … Se eu próprio o não entendo!
Se eu mesmo o não desvendo e desprezo!
E vou … indo … em frente …
Sequer olho para traz, que a saudade,
rói meu pensamento,
transformando coragem de ir, só,
em medo, ausência e lamento!
Não serei a estátua de sal das escrituras …
E não olho … não olho … e vou … e irei … sempre …
Em frente! Só! Em frente!
Nestes dias amórficos onde a solidão recai sobre o peito cardisplicente, a lembrança singela de um momento venturoso invade meu ser, inunda minh‘alma e faz nascer um sol dentro de mim, iluminado pelo teu sorriso .
O amor que nos une tem uma essência única, traz consigo parte de nossas personalidades, nos ata um ao outro e nos conduz a uma vida em comum, um caminho de cumplicidade, felicidade, alegrias ao lado de nossas famílias.
Não há nada que deseje mais que ser livre para ser apenas teu, pois tu és minha doce liberdade, minha felicidade.
Casthoro´C
No dia que minh'alma sente falta de sorriso de alma, que minha solidão clama por companhia, que meu meio dia está meia noite... Eu venho e contemplo uma foto tua...
Eu sou uma cópia ruim de mim mesmo de cinco anos atrás desista, a solidão não tem vantagem sobre mim nem sequer me pertencia tudo o que eu sei é que tudo o que sinto é deixado de lado e ninguém olha para baixo a máscara está caindo.
Há fases na vida que a solidão se torna a melhor companhia, não que você queira, mas porque ela é a única que te acompanha.
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