Deserto
Isolado no deserto do meu eu, por vezes elevado ao alto de uma montanha, ou mergulhado no vazio do acaso.
Descalçar-se na areia da praia, é prazer,
na areia escaldante do deserto, sacrifício.
Poema é isso:
Escrever com os pés descalços.
cabelos ao vento
e o coracao dispara
corre o deserto
da mente insana
percorre o mapa
da vida mundana
discorre a rima
da poesia profana
joga os pensamentos
pro lado
eleva os sentimentos
exaltados
e tudo passa
acelerado
aos nossos olhos
de águia
observamos a flor murcha
o animal faminto
a voz do espírito
que habita em nós
somos uma natureza
particular
diferenciada
reunimos defeitos
e qualidades
apenas num ser
o ser desumano
que vive dentro de nós
que nos dilacera
nos faz sofrer
nos arrebenta por dentro
nos faz crescer
nos derruba ao chão
nos permite brotar
dentro do coracao
o amor eterno
e infinito
que vamos carregar
o que nos resta, pobres mortais
simplesmente é amar!!!
meu caminho
parece um deserto
não tem ninguém
e nem o vai e vem
de pessoas
só eu
meus guias
Jesus
e Deus
então tenho tudo
não me sinto só
nem dó
só tem o pó
das estrelas
um pó translúcido
um sonho ávido
um anjo pálido
um dia cálido
um desejo cúpido
um amor sólido
um sentimento gélido
um momento estúpido
uma força intrépida
uma mente lúcida
uma natureza esplêndida
uma alma trépida
um inimigo pérfido
um ser rígido
um clima tórrido
e acima de tudo
uma vida válida
e totalmente abençoada
não quero mais nada
só agradecer ao Alto!!!
Areia do deserto, incerto.
Meu resto, calixto.
Palavras guardas, são naufrágio.
Nesse mundo cigano,
sou o velho livro enfeitando o seu quarto.
O relógio é sem corda, as horas, aurora.
Venho perdido pelo vento, sem leito.
Só eu, e meu divino amor, que adormeceu.
BN 1996
Deserto;
Lugar de lagrimas,
Lagrimas essas que geram, o arrependimento genuíno;
Quando Jesus disse a Nicodemos que ele deveria nascer de novo;
Como poderia alguém nascer de novo!?
Esta foi sua indagação;
Indagação tal que nos dias de hoje ainda nos ronda;
Pois quantas vezes oramos a Deus pedindo por mudanças,
E quando menos percebemos estamos no deserto;
E sem entender nada, choramos, nos derramamos aos pés do Senhor,
Outras vezes questionamos o porquê?
E quantos por quês; porque disso ou aquilo;
Porque, para que, sua vida mude é necessário que você mude primeiro,
Mudança essa que só acontece com o verdadeiro,
Nascimento,
Só posso nascer a medida que me aproximo de Deus;
Desertos são feitos para crescer,
Um mês no deserto,
Pode me fazer crescer,
O equivalente há 10 anos em outro lugar,
Porém não gostamos de estar no deserto;
Então não pare lutar,
Saia do seu lugar,
Se aproxime de Deus,
Crie um relacionamento íntimo com Ele,
Aproveite seu deserto para
“Nascer de Novo”.
E lá se vai pela areia do deserto, minha alma vazia...
Procurando cicatrizar as feridas, causadas pelas ilusões.
Hoje, só hoje, comecei a perceber o quão incrível o deserto é. Estive andando nele... comecei a dar alguns passos, andei milhas de distância; as miragens começaram a aparecer. Estava sedento! sedento de você. Neste deserto, comecei a imaginar como seria se tivesse um jardim. Os pensamentos foram a mil... imaginei você. Você era a flor mais bela. Comecei a cultivá-la. Cheguei e você já estava. Linda. Formosa. Exuberante. Exalante. Um brilho incrível. Indizível. Pensei que fosse uma rosa, uma orquídea, ou outra flor invejável. Andei nesse deserto, fiz morada. Queria ser eterno. Esse deserto me reservava grandes surpresas, assim como o universo vai se revelando aos poucos, vai mostrando as suas nuances, os buracos negros, as suas constelações, as suas dimensões – você se revelou a mim. Viajei no deserto, no tempo, nesta imensidão árida, arenosa. Nele, estava você. Você sempre esteve lá. Agora, te vejo diferente, começo a te regar, cultivar, cativar, ceifar, te pegar. Pego no inimaginável. Na penumbra. Naquilo que um dia ousei pegar, cheirar, sentir, florir. No final da caminhada, percebo que você não era uma rosa, tampouco uma orquídea. Surgiram-me indícios que eu estava cultivando no jardim errado. Eu estava a capinar em um terreno que não era para mim. Reguei, cultivei, cativei, dei amor, podei, flori, ajudei a criar os pendões, as pétalas, as sépalas, o botão... ledo engano. Descobri que a minha tão sonhada rosa, na verdade, era um girassol. Gira, GIRASSOL. Enquanto eu a cultivava, lhe nutria, lhe beijava – mesmo na miragem – ela estava a olhar para outro jardim, para outro beija-flor, estava inclinada para outra direção. Senti-me indiferente. Percebi que ela o acompanhava, ela se inclinava em sua direção, a sua luz invisível o chamara a atenção. Creio que não me restava nada mais a fazer a não ser guardar os meus instrumentos de jardineiro e contemplar a miragem que criei deste deserto árido com status de jardim fértil em um solo arenoso num momento de sequidão. A minha rosa era um girassol, ela estava a olhar para outem, para outro sol, outro beija-flor. Enquanto eu a regava, ela acordava todos os dias pela manhã e procurava esse sol e ia a sua direção, ao seu encontro, se voltava para ele, ficava mais amarela e irradiante ao receber as luzes desse sol que a deixava em um amarelo ouro impecável. Do deserto, fica em mim a lembrança da rosa que um dia reguei, cativei, cultivei; a mesma rosa que virou um girassol em um belo raiar do dia. Recolhi-me ao meu jardim. Antes, florido, agora, em botão. Daqui, contemplo o girassol que um dia foi rosa em meu jardim. Neste momento, este girassol está tremendamente feliz sendo cultivado por outrem, por outro jardineiro, sendo beijado por outro beija-flor. O beija-flor a alimenta do néctar da vida, o almejado, o tão sonhado momento florescedor. Por um momento, quisera eu te ter como minha rosa, porém o sol me fez uma surpresa e te apanhou quando eu menos esperei, nesta miragem sentimental deste deserto árido que neste momento nomeio de você, o girassol que um dia foi a minha rosa, a minha rosa cheia de espinho o qual me deleitava em seu néctar, nas suas pétalas, na usa beleza impecável.
Meu Caminho
Percorro a via
Procurando um caminho
Para te encontrar
Minha vida é um deserto
Sem motivos para sorrir
Mas quando penso em você
O meu coração dispara
Tenho saudades de te ver
O meu amor é tão imenso
E essa falta que me faz
Não me deixa lhe esquecer
Então saio para a rua
Procurando um caminho
Que me leve até você
Se em algum momento
Eu me sinto deserto
E me vejo distante no tempo
Penso que na paz do voo
Há mansidão do inseto
em sua breve existência
Flutuando suave pelo vento
Em seu pequeno espaço, lento
Seu volume de suavidade
No fino fio de sua seda
Inseto e aranha
Conquistam o cume da montanha
Simplesmente humilde traço azul
O Frio azul de um céu cinzento
Compreendo a vista lá do alto
Esse sopro de vida que se estende
Ao brilho do chover da chuva
Concluo não brilhar pra ser olhada
Singelo é o brilho sem compromisso
A gota brilha ao cair
Em seu prisma suspenso
Formando um lindo arco colorido
O barco de Deus passando ao conduzir a vida
Pois a vida não existe pra ser conquistada
Ela é feita pra ser vivida
A vida é só isso e mais nada
Acontece que além das nuvens
Há depois um céu
Ali é que se oculta
O oceano de estrelas
E já não há razão para eu ser triste
e nem deserto
A alma cresce ao viver a vida
Sem precisar explicá-la
Pois enquanto a alma singela escuta
O ego quer falar mais alto
E se agarrar à vida
Mas a vida é só um pequeno inseto
Em seu voar suave
Orgulho é o nome
da ilusão perdida
Que insiste
Em ser guardiã da virtude
Mesmo que nada fique
Mesmo que não mude nada.
Edson Ricardo Paiva.
•Textos. Nada mais que, textos.
N°02
(Primavera no Outono)
Estação sem com
deserto está, teu coração
de certo és, jardim sem flor!
Suave tristeza, tímido sorriso,
sutil flui ternura, terreno fértil sou, (!)
sussurra em gritos, germina em me, (!)
me traz amor, amor torna-me;
Jardim com Flor! ...''pássaro canta''
Remexida ficou, foi semeada;
Brotar fez, feliz alvoroçar;
Estação da Cor! ...''tarde perfumada''
Da alma exalar, essência natural;
Corporal extasiar, espírito vital;
A luz resplandecer, o irradiar;
Ao se preencher, ao se compartilhar;
Benção dos céus
no deserto, chove
oásis, teu coração!
Flor e Escuridão
No começo era triste, andava em um deserto de desilusões, cheia de tristeza, mágoa e maldições, a minha alma era destruída cada vez pelas minhas ações, o meu corpo estava aqui, mas meu espírito no inferno estavas, eu estava numa escuridão sem fim, quando vi uma flor, uma brilhante flor, e bela, a mais bela que ali havia, era brilhante, fazia o sol seu servo, tinha medo de chegar perto dela e fazê-la murchar, mas quando eu abraçava e falava com ela eu me sentia mais feliz, mais claro, sentia o verdadeiro eu novamente, então eu descobri que o meu passe para a felicidade, era uma pequena flor que estava sozinha esperando o tempo passar.
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