Desculpas Amor Nao Correspondido
Se a rosa pede que a leve ao encontro do meu amor, por que o homem coloca a placa de proibido arrancar flores?
O amor é tão simples quanto uma pétala que cai, pois a rosa que desabrocha justifica sua morte quando colhida pelas mãos de um homem leal. Porém a rosa que murcha e seca não deveria ter alcançado as mãos de uma falsa paixão.
A amizade é um sentimento nobre, que substitui o amor. O amor um sentimento tão forte que destrói a amizade.
Amor, é quando no nada ele se mantem e encontra sentido para ser tudo e cooperar tanto um, como o outro, consigo e com a relação!
No amor todos nós receamos a rotina, no entanto será a falta desta que o destroi. O elogio poupado, o beijo negado, o abraço mal apertado o bom dia não desejado o sms não enviado. Existe também outro tipo de rotina, a de receber tudo o que fora anteriormente dito e por ser feito de forma rotineira pelo seu mais que tudo já não lhe ser dado o merecido valor...Tudo acaba então quando alguém sente que tem o amor de outrem por garantido. Não nos podemos esquecer diariamente que o amor só é verdadeiro e eterno quando sentido, assumido e cuidado por ambos. Canoa em que só um rema apenas navega em circulos.
Qual é o gosto do amor?
Talvez nem saibamos.
Andamos muito ocupados para tal negócio falido.
Todos entupidos de planos e tanto querer.
Amor não rende, por isso sempre queremos algo em troca por ele.
O medo de se machucar como desculpa absoluta,
exigências e mais exigências,
guerras de razões,
divisão de culpas,
ausência de perdões,
orgulho disfarçado de amor próprio,
a sede de cutucar, acusar, relembrar, machucar, jogar, ficar por cima,
Tudo ao contrário.
Que tal? Que tal? Que tal?
O medo de machucar alguém.
Exigir apenas pele.
Escolher saliva ao invés de razão.
Culpar apenas o tempo por ser cruel em sua velocidade.
Mais tempo em colchões, sofás, redes, bancos traseiros de carros.
Provocar sorrisos, relembrar uma noite passada, palpitar, ficar por cima, por baixo, de lado, de conchinha.
Que gosto tem o amor?
Patricia Volpe
SEU JEITO
Este seu jeito de ser,
Transgredindo normas,
inventando formas
para meu
amor merecer;
pena não perceber
a falta que faz agora,
todo carinho
que outrora,
fez parte
de nosso viver!
mel - ((*_*))
Restos de uma vida
Tiraste-me do ventre materno, me prometestes uma vida e amor eterno.
Disse-me que eu seria um guerreiro, que deveria lutar e que eu seria seu herdeiro.
Aceitei ainda sob a inocência de um menino; e feliz, me expus ao destino.
Sabia que seria difícil pra mim, que não poderia desistir, e deveria seguir até o fim.
Mas, não imaginei assim minha vida, batalhas tão intensas, desconexas e sofridas.
Impuseste-me a desigualdades, ignorância recorrente e a longas tempestades.
E quando eu não pude suportar, submeteu-me as leis dos homens e me deixastes condenar.
Sob os apupos da multidão, com uma cruz sobre os ombros, me arrastastes pelo chão.
Atiraram-me pedras, cuspiram-me na face e arrancaram-me os cabelos com as mãos.
Ainda assim, não contente, dilacerastes todo o meu corpo com vergalhos e correntes.
E agora, já no fim do caminho, na cabeça, cravam- me uma coroa de espinhos.
Vertem-me as lágrimas do desgosto e o sangue ainda quente me escorre pelo rosto.
Não entendo porque deve ser assim, porque pessoas comuns zombam e riem de mim.
Por fim, cravam o meu corpo no madeiro elevando-o ao céu. Na sede, sinto o amargor do fel.
À minha volta, não vejo arrependimento, apraziam com as lágrimas e com meu sofrimento.
Aqui me tem sido tudo muito sofrido, a meu ver, uma vida de amarguras, triste e sem sentido.
Sinto não haver mais jeito. Agora, como ultimo feito, hão de cravar-me uma espada no peito.
Sem nada mais que lhe apraz, na cruz apenas um corpo inerte; devo menear a cabeça para trás.
Este será o meu ultimo sinal; findaram-se aqui os meus dias, tua luta terá chegado ao final.
Na soberba, sentiras um vazio, tênue tempestade, uma brisa leve e o gemer de um vento frio.
Terás tido todo o meu ser, exposto as tuas vontades, objeto único de sofrimento ao seu bel prazer.
Terei sido sob as leis dos homens, humilhado, morto e crucificado, porém tudo terá sido consumado.
Tu terás conquistado a minha morte; como ultimo pedido, não me abandone a própria sorte.
Quando virdes minha alma a vagar e sem saber para onde vai, terás arrancado a minha vida.
Então, apossa-te tu dos restos de mim, enxuga-me as feridas e devolva-me para o meu pai.
Abraços fraternos
Valdeci Santos em: Pinçados a mão- versos, reflexões e poesias.
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