Descalço
É estranho sentir ansiedade por algo do qual você não tem ideia, ficar ansioso por um futuro que você não sabe, ou pelo seu próximo passo, sendo que está descalço
O mundo dá voltas para trás, assim que nosso amor durar vou assaltar o primeiro e ouvir velhos discos de jazz.
Pés no chão, de preferência descalço...
Meu caminho eu mesmo traço, mas levo em conta o acaso...
Tenho consciência do que faço...
A tristeza disfarço e um sorriso no rosto seguro no laço!
Ando de mãos dadas com a liberdade e não abro mão da coragem para ser o que sou. Com os pés descalços enraizo a sabedoria da natureza em meu corpo, mente e espírito. Sou raiz que brota jardim na alma. No encanto do sentir sou magia e mistério do luar com escritos nas estrelas.
Optei andar descalço pra ver com mais clareza meus passos ao chão. Marcas de sapatos variados iriam me deixar confuso sem saber a minha real direção. Minhas pegadas tem fixação e o caminho delas uma direção onde poucos geralmente vão.
Eu sei que eu sou feliz, por isso eu canto alto
Quando eu tô contigo aqui, danço descalço
Simples, mas a vida é assim
No abraço me esforço à beira do poço, descalço ... soluço, roço, encosto e gosto. Me retorço nesse esboço sonhando com o espaço, desfaço o laço e me contrasto com o que posso, toco, embaraço e com olhar de um palhaço sorrio e vou!
Só espera o assalto
Ninguém anda descalço
Sol de meio-dia tá rasgando o asfalto
Super Man vira Bizarro
É SEMPRE ASSIM!
Sozinho, descalço e achando que tô num reality de sobrevivência.
Adrenalina lá em cima… e o silêncio só até eu começar a xingar.
O único barulho que gosto mesmo é o dos meus pensamentos: “Será que hoje sai peixe ou só dor de cabeça?”
Troca de isca.
Na fé de fisgar alguma coisa.
Do nada: “Putz, enganchou de novo!”
Troca de isca outra vez… já virou hábito.
Perdi uma hora na cabeleireira, mas aqui pega mermo!
Ali na beira, alguém grita: “Olha a traíra, ó!”
E eu? Perdi a maior. Claro.
Pra completar, o anzol entra na mão. (Fudeu).
Mas não desisto: “Tenta um jig, vai que dá sorte…”
Frio, sede, cara torrada de sol… e o cheiro?
Pareço um macaco molhado largado na beira do rio.
Entre sofrimento, risada e quase um choro… descubro a verdade:
EU AMO ISSO! ❤️
Se tens um propósito então avance!
De tênis rasgado ou descalço
Sem tenda no êxodo desse romance
Entenda, ter êxito não é fácil
Atenta ao talento de quem merece
E tenta, tenta pois o tempo corrói o aço
Se precisar correr corra
Corroa o falso
De dentro de si pra fora
Reforce seus traços
Desenhe-se, por honra
Dê cor a seus atos
A lua hoje madruga,
dou o passeio pela noite.
Descalço pelo passeio da rua:
-Olá boa noite! Não tem nenhum centavo pra matar a minha fome?
Tive pena do coitado até parece ser bom homem.
Meti as mãos no bolso, para ver o que trazia,
mas o forro estava roto e perdi tudo que tinha.
-Desculpe meu senhor, agora não tenho nada. Os centavos que aqui trazia perdi-os nesta calçada.
Mas como sei o que é viver aqui nessa miséria;
Pus-me à procura deles na minha visão periférica.
Ninguém sabe os segredos, que esta rua esconde.
-Mas dê uma vista de olhos pode ser que os encontre!
Pus-me a caminho, a solidão me acompanha,
a noite tem tanta vida que a morte é tamanha.
Vejo a pele castanha, na face, face à pobreza
dos abandonados da calçada. Cantando "A portuguesa".
Seguram na sua mão uma garrafa de vinho,
despejam sangue inocente num copo de vinho tinto.
Encharcados pela mágoa que lhes escorre pelo rosto,
em formato de gota da água, em cada olhar fosco
DELÍRIO (soneto)
Descalço, mas pro cerrado não cabe tento
Em no teu chão, a total admiração extasia
E, em frêmitos pasmos, o meu olhar dizia:
- suntuoso, com todo possível argumento
Cantam os jatobás, encantados, ao vento
Fremente, os Joãos, Marias... os bóias-fria
Vão nos caminhos, cada qual na teimosia
Fazendo do dia em um novo nascimento
Em suspiros, seriemas, num agudo grito
No horizonte se misturam com o infinito
Regendo a alma do sertão num frenesi...
Neste fazer arrepiar em um doce arpejo
Na admiração, a diversidade em cortejo
Tudo se cala, ordena o delírio... Obedeci!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
06/11/2018, 06’06”
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Andar de skate na rua, jogar taco, brincar de pique-esconde, pega-pega, andar descalço, acordar cedinho para brincar e voltar só quando a mãe gritar: "Já está escurecendo!"... Nossa, que saudade!
“Quando até o laço do sapato tentar derrubar você, ande sozinho, ande descalço, mas não pare de andar!”
Não se leve a sério demais: vez em quando atravesse a rua descalço, corra na chuva, dance feito bailarina, abrace o vento, ofereça flores, tome um porre de alegria, busque a lua, se vista de palhaço e sorria de si mesmo.
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