Desastre
O silêncio dos inocentes. Enquanto não é percebido tudo anda suave; mas ao ser revelado o desastre, muitos dizem: "eu não tinha falado?"
O que está acontecendo com o mundo afinal? Por causa da política se comemora um desastre ambiental, do mesmo modo desejam a morte do presidente que está internado em um hospital... O dia começa com uma tragédia, jogadores e funcionários morrem em um incêndio fatal, mas por incrível que pareça, com piadas comemoram alguns torcedores de um time rival. Infelizmente é um fato real, há entre nós vários egoístas,pessoas com ausência de sentimentos, com uma frieza excepcional. Impressionado com o que vejo, musicalizo com algumas rimas o meu texto, apenas para deixar mais leve este recado fundamental, de forma tranquila e em poesia, deixando exposto o que vejo na rede social, são pessoas próximas, que se divertem e simplesmente sentem prazer em fazer o mal.
Eu sei muito bem a diferença
entre fenômeno e desastre,
Fenômeno é ação ou reação
imprevisível ou não da Natureza
que o Homem nunca será capaz
de imitar com igual excelência
ou alcançar a completa potência,
O desastre sempre será
o resultado da onde o Homem
põe a mão sem consciência.
Mesmo que tudo pareça fora de lugar, e o desastre teime em lhe rondar, olhe para cima, lá você sempre vai encontrar, a força que vai colocar as coisas novamente em seu devido lugar.
Ah! quem dera tudo fosse rosas!
lindas e cheirosas...
sem espinhos nos galhos
Mas com o leve orvalho...
Que enfeita com gotas
Que brilham quando o sol nasce
Seria alegre a vida...
Sem tristezas nem desastres.....
"Meu bem.
Desculpa, desculpa por não me despedir pessoalmente, mas é que doeria muito. Eu tenho que ir... mesmo que me doa. te amar... me machuca tanto.
Eu queria ter te dito, eu queria dizer que tua dor estava me machucando, mas seria de tamanha crueldade adicionar mais um desastre. então, continuei quieto, deixei que me lacerasse por dentro. Então, você ficou melhor, você encontrou sua paz, meu bem. E eu fiquei tão feliz, eu estou tão orgulhoso, eu sabia que ficaria bem.
Eu não digo o quanto me machucou, não menciono as feridas que me causastes, eu ainda estou acicatriza-las, e o primeiro passo... foi seguir... sem você...
Adeus, meu bem."
Mas aquela carta... eu queimei...
Meu bem... • @Maybe_imjohn
No reino amoroso, o “talvez” é moeda sem nenhum valor. Talvez se eu tivesse perdido aquele avião, talvez se não tivesse tomado aquele trem, quando ainda existiam trens. (...) Se tivesse ido pra outro lugar… Minha vida não estaria completa. Porque nenhuma vida está completa sem um grande desastre.
Lama, lama; ferro,ferro
Aí você olha para trás e só vê lama... Muita lama!
E corre, corre, corre... Corre o mais rápido que pode.
Seus passos parecem lentos, facilmente suplantáveis!
Você sente que a qualquer momento será alcançado,
então corre ainda mais rápido. Corre sem olhar para o passado.
Porque só tem aquele instante de segundo para se salvar.
E todo o resto, naquele exato momento, não importa.
De verdade, não importa!
Não importa quem errou e de quem é a culpa,
se você não sobreviver para contar a história.
Enquanto corre, vê o vulto das árvores tombando a seu lado
e os pássaros em revoada esquivando-se de toda aquela desgraça.
Vê, vê não! Escuta, sente, se aterroriza... Sofre.
Sem poder reclamar ao perceber os passos dos seus amigos de infância
(atrasados na fuga repentina), sendo engolidos um a um pela lama
e subitamente silenciados, sem chance ou possibilidade de defesa.
Vivencia o angustiante desespero momentâneo
que invade e toma conta de todo o seu corpo instantaneamente,
fazendo acender ao mesmo tempo sua gana pela vida.
Vê a vida inteira passando bem diante de seu nariz e imagina...
Se será essa, a sua última chance; se será essa, a sua última vida.
Da lama ao caos, em segundos de desespero, você se salva
e ainda torna-se expectador primeiro de todo aquele pesadelo.
Antes, impensável! Agora, exemplo de como o homem tem sido cruel
e desumano consigo mesmo, com seu semelhante e com a natureza.
É o bicho homem (irracional) sedento por mais capital,
cego para a vida humana, predando cruelmente tudo que tenha vida (ou não).
Presas encarceradas às margens de uma represa (de rejeitos, de maldade),
Aguardando o bote final, o momento derradeiro de serem vitimadas.
E se a montanha tremer novamente é melhor estar preparado!
Para correr pra ruas com cartazes e organização, mobilizando, mobilizado
travestido de predador, não de presa, de leão.
E é melhor levar junto consigo uma manada,
um bando de gente informada, que briga com a faca nos dentes,
contra toda essa gente que mata e destrói, consome e corrói por dinheiro.
Molotov's e resistência, talvez sejam necessários em algum momento.
Quando tudo isso passar e você estiver a salvo no alto do morro,
antes mesmo de a poeira baixar e as máquinas voltarem a operar
- em seu modo mais embrutecido,
verá que o monstro ainda tem muita fome e não pretende se calar.
Verá que os mistérios de Minas Gerais se misturam com o dinheiro sujo
do minério extraído das montanhas,
transformadas num piscar de olhos em pó, todos os dias, há anos.
Verá que antes mesmo de a vila se refazer o monstro migrará em silêncio
se mudará para outro sítio, em busca de mais minério
de mais dinheiro de mais vidas.
Sem se importar com a natureza, com as pessoas, com suas memórias.
A morte de Bento Rodrigues
O que eu posso fazer é um poema,
Já que o meu dilema
Ninguém vai escutar.
A lama lambeu Mariana
E numa atitude insana
Passou também a vomitar.
Ficou tudo dejetado
Que até o meu compadre
Veio a se afogar...
Pobre de Bento Rodrigues
Que morreu soterrado
Na Barragem do Fundão.
O culpado, segundo atestado
Foi um tal de Samarco
Que fazia a exploração...
Agora ficou complicado
Pois até em Espírito Santo
Essa lama chegou.
Tudo foi contaminado
Pelo pior dos pecados
Que é a ganância
Desse povo explorador.
Leandro Flores
BH, 09/11/2015
*Em solidariedade as vítimas no desastre ambiental em Mariana-MG.
S. de MATAR
(J.W.Papa)
Descobriram Mariana da lama que cobria Bento Rodrigues
e do minério, descobriu-se o mistério
que o capital há muito tempo escondia (a sete chaves).
Descobriu-se em Mariana a lama que sempre encobriu Minas
sob as montanhas de rejeitos camuflados nas represas
- de empresas tão lixo -
quanto o descarte que oferta hoje aos rios das cidades ao redor.
Descobriram os segredos mais bem guardados dos barões do Estado
em seus engenhos de minério de ferro e ganância desmedida
depois de um tsunami de lama ter inundado a paz de todo mundo
ceifando tantas vidas em tragédia tamanha
planeada em engenho absurdo durante tantos e tantos anos.
Descobriram na lama a saída humana para tamanho problema!
Mérito da bondade do povo brasileiro mobilizado
cansado de ser enganado e de tanta lama sendo espalhada por aí
e que a essa altura, já vai pr’além dos joelhos.
Mataram os peixes (os homens), os rios (as vilas) e derrubaram as árvores (as casas)
Agora está muito triste ver tantos corpos serem desenterrados.
Transformaram as montanhas (cartão postal de Minas) em pó
A tristeza é que todos nós sabíamos muito antes e nada fizemos.
Romperam as barragens, fazendo transbordar nosso ódio do peito
Será que depois de tudo isso, ainda permaneceremos calados?
Não é fácil fazer a coisa certa.
Ouço na TV, que o teto rebaixado da boate de Santa Maria RS, foi obra em cumprimento a um Termo de Ajustamento de Conduta assinado pelos responsáveis com o Ministério Público.
Vizinhos descontentes com o nível de ruído produzido pela boate conseguiram pela Lei e pela Ordem, que seus proprietários fizessem a obra para reduzir o barulho.
Mal executada, com materiais inadequados, o que atenderia a legalidade lançou a sentença de morte de 234 jovens.
Estranhos os caminhos da vida. E da morte.
Tem gente que maltrata os pais, os filhos, não ajuda quem pede comida na porta de casa, humilha o porteiro, ignora o vizinho que sofre de algum problema, e mesmo com tudo isso vem aqui no Facebook reclamar, criticar e julgar quem é solidário e se comoveu com os atentados em Paris.
Sim, estamos vivendo o pior momento do nosso país. Sim, estamos sofrendo deste terrorismo diário que vai nos matando aos poucos.
Ser solidário às vítimas e famílias da França não é deixar de ser patriota. É ser humano! Sentir a dor de quem está sofrendo a milhares de quilômetros daqui.
Uma coisa não anula a outra. Não é porque estamos vivendo uma tristeza recente ocorrido em Mariana - MG, que quer dizer que temos que fechar os olhos para o que aconteceu ontem. É sim mais uma dor que se junta a muitas outras que estamos vivenciando.
Ou o ideal era pensar "ahh já postei falando da minha tristeza sobre a tragédia em Mariana, não tenho espaço pra me comover com Paris." Parem de demagogia e ajam mais com o coração.
Não importa se foi em Paris, EUA, Minas Gerais ou onde quer que seja, a solidariedade não tem nacionalidade e não esbarra em fronteiras.
O coração não escolhe sofrer por A ou B. Sofrer pelos outros é muito mais digno do que bancar o juiz da moralidade.
A chuva cai torrencialmente. Como não sabe o tamanho dos estragos que está causando, continua caindo e deixando muita gente desabrigada, apenas com o "nada" pela frente. Essas pessoas não sabem aonde vão dormir no hoje nem nos dias seguintes; não sabem o que vão comer nem o que farão daí pra frente. Apenas uma certeza: ao bater o cadeado de sua casa em estado de desabamento, ao deixá-la pra trás, quem assim o fez não está saindo para uma viagem de férias mas para uma viagem sem volta à casa que foi o seu lar. Para muitos, em especial para crianças que não estão, ainda, conscientes da dimensão do desastre natural que as deixou desamparadas, a mudança é como uma aventura de Sessão da Tarde na TV.
Aprendi com Frei Ignácio de Larranaga a diferença entre peregrino e turista e escrevi um texto quando fiz o Caminho de Santiago de Compostela: “APROFUNDANDO A FÉ NO CAMINHO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA (França, Espanha e Portugal)”, que está publicado neste espaço, no qual digo: “[...] o peregrino não sabe nada: aonde vai dormir nem o que fará no dia seguinte; que fadiga, incerteza e insegurança são o pão do seu cotidiano; e que ele tem uma meta mas não consegue vê-la claramente. [...]”
Ao começar a me envolver, mesmo indiretamente, com a situação dos desabrigados em geral e daqueles que são vítimas de desastres naturais, esta minha visão se ampliou e, hoje, acrescento: O peregrino e os desabrigados não sabem nada: aonde vão dormir nem o que farão pra frente. Ao bater o cadeado de sua casa em estado de desabamento, ao deixá-la pra trás, quem assim o fez não está saindo para uma viagem de férias mas para uma viagem sem volta à casa que foi o seu lar. Para muitos e/ou para crianças que não estão conscientes da dimensão do desastre natural (enxurrada, terremoto etc) a mudança é como uma aventura de Sessão da Tarde na TV.
Eu tiveras dificuldades com mulheres a vida inteira; nunca me senti à vontade comigo mesmo, nunca me senti um homem. Me sentia como um menino que apenas tinha ficado mais velho. E embora não soubesse que atitudes tomar para que eu começasse a me sentir um homem, tinha certeza de que "viver a vida" era uma delas.
Livro "Sou um desastre com as mulheres"
No fim das contas, porém, cheguei a conclusão de que eu era equivalente ao masculino de um Toyota Camry. Você sabe, ninguém diz: "Eu precito ter um Camry". Mas a maioria das pessoas que passa em um deles começa a pegar gosto. É bem confiável, acham. "Não dá muita dor de cabeça e não é feio de se olhar. Sabe do que mais? Talvez eu preferisse um carro melhor. Mas posso viver com um Camry"
A tragedia chapecoense foi uma dessas confusas, sinistras, aterrorizantes, bizarras e inaceitáveis ironias da existência: antes de vivenciar a possível grandeza de um titulo inédito no mundo do futebol, o time sagrou-se na morte, mártir glorioso de um voo que nunca aterrissou. Avante à Eternidade, passageiros da agonia.
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