Depoimento para Mim Mesmo
A cada trago, um ex trago
A cada gole um um afago
Sempre sei que não é pra mim
Mesmo assim me arrisco.
O que o álcool me afeta
O cigarro logo apaga.
Restam apenas as pitas no cinzeiro
Latas vazias. E aí cadê meu isqueiro?
Incompleto
Sinto-me plenamente incompleto.
decerto algum efeito desta droga,
que a mim mesmo interroga.
Sinto-me completamente vazio,
Com frio em pleno estio.
Por certo, algum efeito desta droga,
que a mim mesmo sub-roga.
Até que voar é bom,
não sei ao certo pois ainda não fui,
está quase na minha vez,
tem uma enorme fila e um jovem cortes.
Explicou-me os elementos básicos,
necessários para tal.
ensimesmado, pensei:
Será efeito desta droga
que só se prorroga?
Desista
Nego-me a mim mesmo.
Caminho a esmo…
Afasto a cortina.
Um fresta aparece.
Tudo tão claro lá fora a mim me parece.
Aqui dentro tudo está preso em uma teia de indefinições.
Não sei mais ao certo os limites.
Pergunto-me: por que insisto?
Alçapões?
Dói admitir isso, mas e se eu dissesse que uma parte de mim ainda te ama?
E que mesmo sofrendo muito e me esforçando ao máximo, não consegui te esquecer...
Isso é muito louco eu sei, mas não consigo evitar...
Uma parte de mim insisti em te querer, mesmo depois de toda a dor que eu senti quando você se foi.
Meu sol
Sol que a minha vida aquesce.
Mesmo entre as nuvens, o teu
olhar em mim, sinto.
Dias seguidos, com a claridade
do teu amor, e a brisa mansa
que ele deixa, calor de vida
que fica em meu coração.
À noite te escondes, mas deixas
o sopro quente que o vento traz.
E ainda pedes a lua que espalhe
sobre mim o seu reflexo.
Vivo sabendo que teu amor é meu.
Sempre o terei por perto.
Esse querer virá por entre as
nuvens, na direção do meu coração
dentro do meu peito.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras. R.J
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente
Meu único arrependimento são os momentos em que duvidei de mim mesmo e segui o caminho seguro. A vida é muito curta para perder tempo sendo infeliz.
De forma completamente demasiada, abuso de mim mesmo... dos limites que consigo suportar, de guardar tudo o que sinto, para te dar colo.
Mesmo estando em pedaços, não suporto te ver mal, sinto extrema necessidade em estender meus braços para te acolher em meu abraço.
A acomodação e o relativismo é o medo de sair daquilo que pra mim é seguro, mas ao mesmo tempo é o valor da traição. Olhamos de longe Jesus sendo morto e não fazemos nada, com medo de sermos nós também julgados, e justificados assim, vivemos na escuridão, e como se essa situação já não fosse ruim, muitas vezes nós mesmos é que somos os acusadores de Cristo.
Não sei mesmo
nem quais
são as canções
que embalam
as tuas emoções,
e sem dominar
a mim mesma
vejo querendo
tudo com você.
Sem nada saber
os teus olhos
são meu único
o refúgio do mundo
onde deixaram
o sonho se perder.
Como rito interior
de paixão e amor
ouço músicas que
me tragam perto
do teu Universo,
e imagino qual é
o destino certo
que leve até você.
Nem mesmo o céu
fechado ou quando
o Sol tem se posto
me impedem de ir
rumo ao teu encontro
do lado de dentro.
A nossa distância
tem sido oceânica,
para quem nasceu
Lua de porcelana
em plena noite fria
nesta torre erguida
por minhas mãos.
Venho sendo a poeta
da carinhosa janela
onde se enamoram
pelos romances
que vivo inventando
sempre a tua espera.
Esse vazio em mim
Há um vazio de mim mesmo
Rondando por aqui…
Algo que eu não costumava sentir.
Azuis celeste, turquesa... qual é a cor mesmo deste amanhecer?
Há nele alguma coisa de neon policromático.
Nada apático.
É o astro-rei que espia lá longe na linha do horizonte...
Saiu de seu cárcere de solidão
E vem alegremente alegrar milhares de corações.
Colorir aquarela de mil cores cheias de emoção.
E eu?... Bem, eu me espero.
Sei que é preciso tempo para reaprender...
Vou de novo do novo me preencher.
Alucinação
Apiedei-me solitário
enraizado em limo e pecado;
até mesmo a fé distraiu-se de mim
e os sonhos não mais se exibiram.
Abatido, acastelei-me aflito
entregue à cruz do tétrico legado.
Porém, ocupei-me apenas de amor
e devaneio não mais me faltou...
A noite ofereceu-me às estrelas e à lua
e o vento drogou-me com teu beijo suave;
eu, alucinado, doei-me todo a ti,
e o amar proclamou-se no ar!
A caricatura de mim mesmo redesenho em personagens a cada passo. A vida é pouco séria para eu poder ser e ter uma só identidade.
o que me dói e me faz chorar neste espaço público de mim mesmo é perceber que fiquei livre da minha mãe assim que cortaram meu cordão umbilical
que em todas as relações românticas
que eu entro
eu saio ferido
que tudo que toco quebra,
desmancha
ou vai embora.
Livro: Texto cruéis demais para serem lidos rapidamente
20/02/2020
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