Dentes
"Ontens"
A poesia range
nas escoras do tempo,
nos dentes que caem,
na aurora perdida
do mês de dezembro.
A lucidez tange
o cós do movimento,
as fotos que varrem
tal coisa esquecida
as quais, não lembro.
FAZ-SE SILÊNCIO ღ
Quando a calma faz silêncio
Quero morder as palavras
Rasgar entre os dentes a carne
A pele, os ossos até ao tutano
Do poema adentro da iris
Quero mascar o verbo
De todas as letras escritas
No ámago de todas as coisas
Sombra na aparente inércia
Dos mundos submersos
Em que só no silêncio
A poesia penetra ferozmente
Para que o meu olhar
Se perca no nada
Minha felicidade não depende de sorrisos só porque não mostro os dentes o tempo inteiro não significa que sou melancólico, depressivo ou triste é só minha maneira de ser! As pessoas que me fazem feliz conhecem meu sorriso. Sou tímido se quer realmente fazer parte da minha vida precisa demonstrar porque sou lento para pegar essas coisas, pode ser difícil ganhar minha simpatia, mais te garanto que se for para ser amigo seremos pela vida toda, independente de que caminhos, Deus reserve para nós.
Clareia o sol sobre a cidade de Porto Alegre, e com ele dentes-de-leão soprados ao desejo do vento. Vem; chega de mansinho, estaciona nos meus ombros camuflada em mais leve algodão, para que eu possa te deixar voltar, dona esperança.
E, mesmo quando eu era gordinho e com dois dentes quebrados na frente, você dizia que meu sorriso era lindo. Não, não era falsidade. Era Amor!
Não adianta apenas acordar pela manhã se espreguiçar escovar os dentes, e seguir na cama.
Levante, lute pelo seus sonhos, corra atrás, pois se depois de um sonho bom você acorda, é porque está na hora de realizalo
Posso discordar de você em gênero, número e grau, e ainda assim defender com unhas e dentes o seu direito de reivindicar o que achar justo.
vira-lata
mesmo sem carne,
roo o osso —
rosno
para mim.
mostro os dentes —
ninguém encosta.
curvo, cavo,
te enterro.
quebra os dentes,
não enche estômago.
tutano egóico,
só por ser meu.
Espuma de Aço
Passei fome —
como quem mastiga a ausência com os próprios dentes.
Passei frio —
como se o mundo tivesse esquecido meu nome.
Tive medo de dormir,
como se o sono fosse um portal sem volta.
Temi ser incendiado por mãos anônimas,
esfaqueado por sombras sem rosto,
baleado por silêncios armados.
Achei que a qualquer instante
me enjaulariam por crimes que só a miséria conhece.
Achei que o azar me atravessaria como um carro sem freios.
Achei que acordaria num hospital,
com tubos dizendo o que restou de mim.
Tive pensamentos que se transformaram em presságios.
E presságios que bateram à porta como visitas indesejadas.
Coisas que temi… e que vivi.
Nunca imaginei sentir esses medos.
Nunca imaginei que seria a morada deles.
Mas eu os enfrentei —
não com bravura,
mas com a entrega de quem não vê saída.
Fechei os olhos,
não para fugir,
mas para pular.
Como quem salta de um avião sem paraquedas,
mergulhei no invisível,
me entregando a Deus com a fé de um desesperado.
Os dias passaram como segundos —
e os segundos, como preces sufocadas.
Quando enfim toquei o solo,
não havia pedra, nem asfalto,
mas um vazio que me acolheu.
Como se o próprio abismo
tivesse mãos.
Não foi ele que me segurou.
Foi a ausência do medo.
Foi o sangramento interno de um coração que desistiu de resistir
e se dissolveu —
espuma de aço.
Espuma: porque já não pulsa.
Aço: porque já não quebra.
Sem emoção,
mas também sem dor.
Sem esperança,
mas longe do pavor.
Nem vivo, nem morto —
apenas desperto.
Cabelos caindo
Dentes lascando
Língua sangrando
Cansaço frequente
Fraqueza anormal
Alimentação ruim
Unhas fracas
Dentes ficando amarelos
Higiene regredindo
Impulsividade fora do controle
Apatia...
Esperança de te encontrar na próxima página desse caderno velho...
Esperança de te reencontrar na av sete de setembro
Esperança de sentir seu calor novamente, seu amor, sua saudade
A gente só sente saudade de algo quando a gente perde algo, e quando foi mesmo que eu te perdi? Eu nem me lembro mais...
Eu ainda te amo
Você soa como palavras não ditas num discurso de ódio, ou melhor, de amor...
Melhor ainda... Você apenas soa como palavras não ditas dentro da minha cabeça
Você ainda vive dentro de mim
Tudo ainda tá aqui, o que mudou é que o tudo que era nosso não tá mais com você.
Você ainda vive aqui dentro de mim, naquele sítio que eu te prometi, de como você me contava de quando você e sua mãe brigavam, e sem pensar duas vezes eu te prometia te tirar daquele inferno cotidiano assim que você completasse 18 anos, mas como ditado diz...
Quem jura, mente...
Eu não estava mentindo, só que o destino não queria isso pra gente.
Você ainda vive dentro de mim...
Você e a Millena e o sítio, e a briza fria da manhã num dia ensolarado, era assim que eu te descrevia meu doce girassol.
Eu te amo, não se esqueça nunca de mim girassol
Eu nunca vou te esquecer, vou te levar pra sempre comigo, com a gente....
Você ainda vive dentro de mim.... E vou levar você, a nossa linda filha e o nosso momento pra sempre dentro do meu peito.
Viva com ele, como você nunca viveu dentro de mim...
Eu vejo ursos ferozes com dentes afiados também suas garras prestes apanhar suas presas. Mas não sabe eles dos planos de Deus infalíveis para aprisionar essas feras cujo único objetivo tem é matar. Mas a prisão está lá como punição contra todos eles. Ninguém injustamente merece ser acusado por tão pouca coisa. Mas Deus é juiz justo inocenta inocente e prende aquele que é culpado.
Hoje você ama o pecado, mas e amanhã? No inferno não tem romantismo, só gritos e ranger de dentes. Pense nisso!
O sorriso se perdeu na esquina,
bateu com os dentes na quina,
voltou banguelo, mas ainda assim, feliz.
A balada da água do mar
O mar
sorri ao longe.
Dentes de espuma,
lábios de céu.
– Que vendes, ó jovem turva,
com os seios ao ar?
– Vendo, senhor, a água
dos mares.
– Que levas, ó negro jovem,
mesclado com teu sangue?
– Levo, senhor, a água
dos mares.
– Essas lágrimas salobres
de onde vêm, mãe?
– Choro, senhor, a água
dos mares.
– Coração, e esta amargura
séria, onde nasce?
– Amarga muito a água
dos mares!
O mar
sorri ao longe.
Dentes de espuma,
lábios de céu.
Estêvão
Ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações,
e rangiam os dentes, contra ele, com agressões.
Mas ele, cheio do Espírito Santo, fixando os olhos,
no céu, viu a glória de Deus nos altos céus.
Viu também Jesus, que estava à direita de Deus,
e disse: Olhai, eu vejo abertos os altos céus!...
E o filho do homem, que está em pé à direita de Deus!
Mas eles gritaram em gritos raivosos, diante dos judeus!
Taparam os ouvidos, é avançaram todos contra ele,
e expulsando-o da cidade, atiraram pedras a ele...
as vestes de Estêvão, aos pés de Saulo as puseram.
E continuaram a apedrejá-lo, que em oração a Jesus,
dizia: Senhor, recebe o meu espírito na tua santa luz.
E não os condenes, por este pecado que me fizeram!
Nos dias de luta, agarre com unhas e dentes cada oportunidade que a vida te dá, pois é neste dia que tu serás posto a prova, é neste dia que serás lançado às ondas turbulentas da vida, e conhecerás o teu limite, o teu maior e único inimigo.
Mas então caberá a ti decidir se irás se render ou fazer valer a pena cada gota de suor, mesmo sabendo que no fim apenas um estará de pé...
O Vencedor e o Vencido, qual será você no fim do dia?
