Cuidando do meu Jardim
Meu silêncio é um grito de socorro
Minhas lágrimas são solidão
Meus sonhos são feitos de espinhos
Minha realidade é só escuridão.
Me tornei folha ao vento,
sem rumo e sem destino.
Que desatino - de homem a menino
No endereço de todos os perdidos:
Avenida dos Desesperados,
número zero à esquerda.
Sou por excelência um ateu.
Mas é por ocasião do Natal que meu coração ilude o cérebro e grita êêê é Natal!
Tem um mistério neste mito que me faz eternizar nas ilusões que mamãe me adestrou.
Mas não importa, a não ser a imensa vibração de Amor a qual experimento!
Feliz Natal.
Namastê!
Deus se fez presente em mim hoje. Nunca tivemos tão perto, senti meu corpo desnudo de vestes, mas acolhido nas preces abraçadas no momento nunca Dantes imaginado. Lembro que naquele dia entendi que a escuridão é a ausência de luz, aprendi nas lágrimas que na cooperação para a minha experiência de Deus o tudo fazia sentido.
No passado tem meu coração, no futuro espero que a maturidade que carrego com as percas... A felicidade que seja como os pedacinhos de pão que João é Maria espalha pelo caminho para mim saber sempre o caminho de volta...
Meu sangue está fervendo. Meu coração está acelerado. Minha cabeça está dormente. Esta sensação… Se eu continuar lutando, vai ser igual à última vez.
Há Páginas -
Há páginas em branco
no meu peito, por escrever,
mas é triste, sou-vos franco,
porque afinal ninguém quer ler.
É pesado o meu destino
num silêncio a doer
eu tão só pelo caminho
sem saber o que dizer.
Há no livro do meu Ser
tantas linhas por traçar
e da saudade de te ver
tantos versos por acabar.
Amnésia Parcial -
Não encontro palavras
que definam o meu estar,
o meu corpo sem asas
sem paz nem lugar.
Já não vejo o caminho
que me tire daqui
o meu estar é destino
do sonhar me perdi.
E perdi-me de mim
de quando um dia nasci
e já não sei, por fim,
se vivi ou morri.
E há palavras vazias
a bailar nos meus dedos
uma dor que eu não via
no meu corpo de medos.
Folhas ao Vento -
Folhas caem ao vento
sobre a luz do meu olhar
como a queda do tempo
que me impede de sonhar!
E estrelas bailam no Céu
como silêncios no ar
e vejo os olhos de Deus,
então, espelhados no mar!
Por mim chama a solidão
que só leva a mau caminho
e ai do pobre coração
que faz dela o seu destino!
Há dor e esquecimento
na cama ao meu lado,
folhas caídas ao vento
sobre o chão do meu Passado!
Ó Fadistas do Passado -
Ó Fadistas do Passado
venham comigo a meu lado
reviver noites bairristas;
a cantar à desgarrada
até que seja madrugada
venham daí ver as vistas!
Um Fadista cantando
uma Guitarra trinando
assim se fez a tradição;
venham comigo a meu lado
ó Fadistas do Passado
dar sentido à solidão!
É Destino assim cantado
dar a Voz ao nosso Fado
não tenham medo da Fama
de cantar à desgarrada
até que seja Madrugada
em qualquer canto de Alfama!
"Arco iris"
Serei pra sempre sua,
Vagas palavras dentro do meu coração
Que se partiu em pedaços
Não tão vagas assim.
Aquelas palavras escritas que gritaram,
Pra sempre para todo sempre
Até alguém ouvir
Tanto a ser dito, nada que os sentidos Possam ouvir
Mergulhei
Aqui estou eu, tomada atordoada
Ai ,coração maldito
So fazes zombar de me
Escreverei milhões de palavras
Pintarei todas as ruas de azul rosa ou amarelo ou vermelho
Eu beijarei seus pés e sentirei seu cheiro Minha, minha eu repito
"Sua"
Eu escutei
Ariane de Moura
Poema Curto
Meu destino é andar
Ter asas para voar
Manter minha fé
Beijar a terra com o pé
Exaltar a gratidão
Ter um elo de transformação
Viver com a alegria
Hoje é a cada dia
Como que cantando hino
Em atenção ao Pai Divino
Pela graça que me conduz
Ao NATAL DE JESUS.
Eu sinto como se tivesse caído numa cilada.
A emboscada perfeita.
Feita milimetricamente pro meu tombo.
Desde o primeiro momento eu me avisei
E em nenhum dos momentos que passei com você eu quis me ouvir
Sinceramente? Ninguém quer ouvir que vai sofrer mais que amar.
Naquele momento eu queria ouvir o estalo que fazia o seu beijo
Eu queria sentir o molhado das suas carícias no meu pescoço
Eu queria me banhar no salgado do seu suor
Eu queria te olhar como se não houvesse mais nada.
Mas há.
Há tanta coisa a ser ouvida, a ser vista, a ser falada.
Quando eu entendi, eu fiquei sem ar.
Me entrelacei com as minhas lágrimas até que elas estivessem secas em meu rosto.
Você não vai mudar. Eu não vou tentar.
Isso não tem saída. Deus tenha piedade (se é que alguma vez teve).
Não vás morrer!
Tu sempre estarás dentro do meu coração e o meu maior desejo é de um dia estarmos juntos, não consigo tirar aquele amor tão puro que eu sinto por ti. Bjs
Meu Pará
A culpa é do paraense...
Que chega lá fora e já vai hasteando a sua bandeira
Égua do caboco pávulo!
Que carrega na mala, com orgulho, a sua cultura.
Que não esconde o seu gosto por um bom açaí, daquele grosso, que acompanha o peixe frito, o charque, a farinha d'água ou de tapioca; da maniçoba, do tacacá, do chibé e do famoso pato no tucupi.
Que conta as horas para tomar banho de rio, se embrenhar na mata ou apenas se embalar numa rede.
Que conta, todo prosa, do mar de gente que se reúne para assistir o Círio de Nazaré
Que disputa um pedacinho da corda, mostrando o tamanho de sua fé!
E quando toca tecnobrega, calypso, carimbó ou siriá?
O caboco pai d'égua, já começa a dançar!
É parente, pensa num povo contente!
O paraense pode até sair do Pará, mas o Pará, com certeza, jamais sai dessa gente.
Vou escrever mais de um milhão de canções pra você ouvir
Que meu amor é teu, teu sorriso me faz sorrir
Eu vou de Marte até a Lua, cê sabe, já tô na tua
E não cabe tanta saudade, essa verdade nua e crua
Eu sei o que eu faço, nosso caminho, eu traço
Um casal fora da lei, ocupando o mesmo espaço
Se eu tô contigo, não ligo se o Sol não aparecer
É que não faz sentido caminhar sem dar a mão pra você
