Cronicas de Luiz Fernando Verissimo Pneu Furado
Se, por apenas uns minutos,
pensássemos na complexidade dos planetas,
das estrelas, das galáxias...
perceberíamos quanto tempo desperdiçamos
com bobagens! Entenderíamos que diante da grandiosidade
do Universo somos apenas efêmeras partículas de vida
e que não temos o menor motivo para nos sentirmos
melhores, mais capazes que ninguém.
Cika Parolin
Quando mais jovem, eu achava que envelhecer seria uma coisa muito triste! Mas, por mais incrível que possa parecer, à medida que envelheço, descubro que amadurecer é a arte de dar o devido peso aos acontecimentos. O que antes seria motivo de tristeza e rancores passa a ser descartado rapidamente
e em seu lugar entra a sabedoria de ver tudo com mais leveza.
Cika Parolin
Com a maior sinceridade de que sou capaz,
não costumo ficar aprisionada às correntes da mágoa!
Obviamente, eu percebo atitudes que escondem falta de
lealdade e gratidão, mas nem por isso fico ruminando tristezas.
Somente me afasto para ir ao encontro de gente cuja aura
exala bem-querer.
Cika Parolin
Um mau momento é apenas um detalhe
entre tantos dias maravilhosos que Deus nos concede.
O ser humano, pessimista por natureza, reclama de tudo
e dá relevância excessivamente grande aos acontecimentos menos felizes. Esquece rapidamente das tantas coisas boas
que lhe acontecem, para acorrentar-se às suas infindáveis lamentações.
Cria dessa forma uma imagem de sofredor, gerando em torno de si uma energia que afasta as pessoas, o que intensifica ainda mais o seu sofrer.
Não falo em fingir não ter problemas, mas em encará-los de forma positiva; em acreditar que aquilo é apenas um momento difícil, porém passageiro.
Cika Parolin
"Envelhecer é um processo inevitável", todos sabemos!
Porém acredito que o envelhecimento da alma acontece de maneira distinta para cada um. Está mais sujeito à maneira como o encaramos,
que ao simples passar do tempo.
Por essa razão encontramos idosos, apesar de suas dificuldades, de espírito jovem e otimista, enquanto outros, sem doenças limitantes e sem grandes atribulações, portam-se como se viver não mais importasse. Pensando nisso procuro seguir a maneira oriental de encará-la isso é, mantendo-me útil aos meus, apaixonada pela vida e o mais importante, fazendo com que minha existência tenha uma "razão de ser".
Digo para mim mesma: "seja o que for, faça! Planeje um novo livro, faça pasteis para os netos, encontre as amigas, veja comédias, ria a valer, cante sozinha, dance se puder!
VIVA cada dia sem pensar em morrer."
Cika Parolin
Quando errar e reconhecer seu erro, não hesite para pedir perdão. Por outro lado jamais o peça pelas coisas que não cometeu. Tampouco busque esclarecer o que não provocou.
Entenda que sempre haverá quem dissemine falatórios sem conhecer os fatos, por deduzir que você é isso ou aquilo...
Unicamente espere com serenidade que o tempo traga todas as respostas.
Cika Parolin
Sou daquelas felizardas cujo marido jamais elevou a voz ou tentou se impor pela força. Nunca abriu minha bolsa ou perguntou com quem eu falava.
Quando vejo tantas mulheres massacradas e mortas por companheiros inseguros e violentos, me permito aconselhar as moças inexperientes a observar melhor os sinais que esses homens dão, desde o início do relacionamento. São atitudes facilmente confundidas com aquele ciúme gostoso que as mulheres a princípio adoram. Frases como: "essa saia está muito curta, suas pernas são lindas e não quero que outros homens as vejam" ou aquele ciúme sem cabimento de um amigo ou de um parente! São diversos sintomas que se ignorados, em pouco tempo, se transformarão em um tormento e, pior ainda, após o casamento, transformam-se em violência.
Meninas! ao primeiro puxão mais forte em seu braço,
à primeira palavra que não soar bem aos seus ouvidos,
reveja sua posição em relação a essa pessoa. Fuja enquanto é tempo! Mostre que tem família, preserve sua integridade.
Talvez nessa primeira reação esteja a sua chance de sair viva de um futuro relacionamento doentio e perverso.
Cika Parolin
Permito-me mudar de ideia, modificar rumos, rever posições, ficar feliz e ficar triste...Não faço parte daqueles que acham que isso é "sintoma de bipolaridade"...Acredito antes que sou humana... Não tenho o menor medo da vida e de me responsabilizar pelas mudanças que eu faça ou não.
Cika Parolin
Registro BN 728.657
Minha alma está repleta de memórias de infância!
Elas afloram
à medida em que me aproximo do inexorável envelhecer.
São odores, sons, sensações que me remetem a ela
e parece que de novo me torno criança.
Acontecimentos, bons ou maus,
que eu julgava sepultados no esquecimento,
voltam à tona e querem se transformar em palavras.
Cika Parolin 17 de junho de 2018
Há pessoas cujo comportamento "peculiar"
se assemelha ao do dragão de Komodo,
que vive nas ilhas Indonésias.
Ele morde sua vítima, infecta-a
e fica durante dias à espreita, seguindo-a,
até que esteja fragilizada e incapaz de se defender,
quando, então, parte para o ataque final.
Cika Parolin
O outono da vida me puxa,
cada vez mais, para o passado.
Acontecimentos que eu julgava esquecidos
e de nenhuma importância para o presente,
batem-me, à porta, com frequência.
Essa tem sido a grande surpresa
que a idade madura tem me trazido:
A capacidade de rememorar fatos ocorridos há muito tempo
e de transformá-los em relatos.
Cika Parolin
Sou gêmea!
Já no útero materno tive que aprender a dividir espaço.
Cada um, para mamar, teve que entender a espera.
Mais tarde, nunca senti que um brinquedo fosse apenas meu.
Creio que isso tenha sido a minha melhor escola!
Foi o que forjou em mim a certeza
de que viemos ao mundo para partilhar,
para ceder espaço, para respeitar e zelar pelo outro.
Essa é a razão que me faz achar incompreensíveis certas disputas por ninharias; pelo "honroso" lugar de destaque,
pela necessidade de ser o primeiro em tudo.
Cika Parolin
Nessa manhã, igual a tantas outras,
vieram-me à lembrança os nossos dias.
Não olhamos mais as mesmas paisagens,
nem nossos caminhos tornarão a se cruzar!
Estás em outra dimensão, porém existes dentro de mim,
mais vivo do que nunca, meu irmão,
nos laços perenes que nos unem.
Cika Parolin
No fundo somos uns românticos incuráveis
e nos emocionamos com olhares afetuosos,
mãos que se procuram e contos de fadas da vida real.
Não posso negar que o casamento de Harry e Meghan
trouxe uma lufada de brisa fresca ao fim de semana,
o que me faz pensar que vivemos tempos de absoluta
carência de boas notícias, a ponto de vertermos lágrimas
emocionadas diante de acontecimentos distantes da nossa realidade,
mas que sentimos como se ocorressem no nosso quintal.
Cika Parolin
Enquanto os colchões de palha e as cobertas de lã de carneiro aqueciam ao sol, no fogão à lenha ferviam-se os panelões de água para o banho de bacia. Na agitação da manhã de inverno eram realizados trabalhos para minimizar o frio e o vento da noite que entrava pelas frestas do velho casebre.
Uma época onde absolutamente tudo o que se comia, bebia
e usava era "feito em casa". Os dias eram longos e todas as tarefas eram realizadas pelos membros da família. Do menor ao maior, todos tinham suas atribuições e de sua execução dependia o maior ou menor conforto de cada um. Legumes, frutas, leite, queijo, carne de frango e porco... quase tudo se produzia e muito poucas coisas, além de trigo e arroz, eram comprados .
Um calçado novo era o presente de Natal e tinha que "aguentar" o ano todo. Isso tudo estava muito longe de considerarmos um sofrimento e sequer nos sentíamos "pobres". Era a forma como a grande maioria vivia e achávamos natural auxiliarmos e colaboramos para mantermos tudo limpinho e funcionando.
Era o tempo da escassez de luxos, mas da abundância de ensinamentos e, enquanto tratávamos de sobreviver, aprendíamos as lições de respeito, honestidade, organização, humildade...
Havia, sim, o desejo de prosperar, adquirir cultura e ter uma vida um pouco mais confortável... o que exigia um esforço redobrado
e uma extrema força de vontade para conquistá-las.
Tudo passa! E hoje são lembranças e orgulho do exemplo da coragem e da determinação de meus pais que enfrentaram o pós guerra numa terra nova e que recomeçaram, literalmente do zero,
no entanto venceram e criaram filhos idôneos e felizes.
Cika Parolin
Não te demores!
Te espero no mesmo lugar,
àquela hora em que o sol cai no mar.
Quando nossos olhos e nossas mãos se encontrarem,
saberemos que nosso Amor ainda vive no coração.
Não te demores!
É preciso, mais do que nunca,
reavivarmos a chama
e brindarmos ao que para sempre será,
em nosso existir, motivo e razão.
Não te demores!
Cika Parolin
Mas que coisa! Ninguém tira nossa luz!
Nós é que a ofuscamos quando nos deixamos abater
por pensamentos dessa natureza!
Viver, realizar, escrever, cantar... seja lá o que escolhermos fazer, acredite! NÓS PODEMOS! tanto quanto qualquer um.
Cada um a seu modo, mas podemos SIM!
Incomoda-me muito quando ouço: "Fulano tenta apagar meu brilho"... ora essa! Todos temos o mesmo direito à luz do sol
e ninguém exerce tanta força assim sobre nossas vontades.
Cika Parolin
Todos os dias faça um exercício de "bem-se-querer".
Tire uns minutinhos para você e se olhe detalhadamente no espelho. Não pense na sua idade, no seu peso, no que você veste, nas linhas da sua pele e nem nos problemas que enfrenta. Apenas olhe com carinho para a pessoa que se reflete no espelho: VOCÊ! Pense que ali está alguém que você admira!
Pelo ser bonito em que se transformou, pelos erros e acertos que o(a) prepararam como gente; pela alma iluminada que possui.
Você é único(a)! E foi premiado(a) com o presente mais precioso
que possa existir: A SUA VIDA!
Agora sorria para você e diga: "Eu me amo, eu sou alguém que distribuo e atraio o bem. Todos ao meu redor gostam da minha companhia, pois minha alma vibra de amor, solidariedade e
respeito por mim e por meus semelhantes".
Cika Parolin
Florestas, mares montanhas...
Entre nós levantaram-se tantos obstáculos!
Mas cá estamos:
Sobreviventes do sentimento que não mede distâncias,
muito menos o cruel passar do tempo!
Da mata escura, das pedras removidas,
das águas que pretendiam nos afogar
restou o nosso imensurável afeto,
eterno como as nossas almas.
Cika Parolin
Na entrada de uma antiga cidadezinha, na divisa entre a Itália e a Suíça, há uma placa com os dizeres que em português corresponde a : " Nada a temer, se praticas o bem".
Não lembro mais o nome da cidade, mas tal pensamento passou a me acompanhar. Diante de um receio qualquer
pergunto-me se ele provém de algo ruim que eu possa ter feito.
Caso a resposta seja "não", imediatamente afasto-o da minha mente e sigo em paz.
Cika Parolin
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