Cronicas de Luiz Fernando Verissimo Pneu Furado
As maiores ameaças no mundo não partem das grandes inteligências usadas para o mal, mas dos ignorantes – inclusive os bem intencionados – que se mostram facilmente manipuláveis em seus objetivos. No confronto entre inteligentes ocorre um medição de forças em condições semelhantes, com chance de vitória para qualquer dos lados. Já com ignorantes a distribuição de forças é desigual e o resultado 100% imprevisível, pois que depende de quem os usa como meros braços executores, enquanto o cérebro pensante se mantém atuante e protegido. É como cortar tentáculos de um polvo que tenha o poder de regenerá-los continuamente por ação de uma cabeça invisível. Dessa forma, faz uso de estratégias e ataques que não podemos igualar, pois não se sabe de onde irão partir, quando irão ocorrer, e qual seu real poder de destruição.
Ainda que se mostre inteligente para definir objetivos e montar seus planos, o aético é um ignorante funcional, uma vez que não consegue distinguir certo de errado. Daí porque se mostra potencialmente mais perigoso que o antiético, que pelo menos é consciente o bastante para não colocar a mão num vespeiro com maior potencial agressivo do que o dele próprio.
Tem coisas que, de tão imensas, nos passam aquela proporcional mas imprecisa consciência de nossa pequenez para minimamente compreender um pouco do que ela realmente é. Shakespeare é uma dessas obras que me passam a estranha sensação de estar diante de uma jóia tão além da minha capacidade de absorver – devido à descomunal dicotomia entre nossas dimensões – que minha ignorância jamais me permitirá usufruir dela como deveria, ou ainda chegar perto da riqueza que representa.
Descobrir o caminho das ondas é condição satisfatória quando se percebe o movimento rotacional da embarcações. Aproveitar esse contexto para testar se o nível está no mesmo trilho da trena é relembrar que o trajeto até a batida do ponto é reduzido pelo uso do Home Office. Se adequar a rotina tem suas vantagens mas evita o contato com a maquiagem daquele que busca uma nova namorada.
A insustentável leveza do ser não é mais um besteirol americano pois acima de qualquer suspeita, o olho que tudo vê, contra tudo e contra todos, dança com lobos. Assim é a vida, como se fosse a primeira vez, um estranho no ninho vai e vem à espera de um milagre com esse obscuro objeto de desejo, que em algum lugar do passado teve a premonição que o preço da paixão não é a lua dos amantes mas apenas uma luz na escuridão.
Conhecer as lamparinas do juízo é o meio mais adequado de se tornar escravo da suprema intelectualidade difundida entre os cardumes da sociedade que ridicularizam as próprias mazelas da norma culta. Outrossim, dizer que uma andorinha só não faz a estação mais quente do ano, mas que duas podem sujar qualquer lona de circo, conduz a um termo genérico entre o sabor da castanha do Pará e o chá de erva mate.
A redução da maioridade penal, só vai ser ruim para quem é vagabundo, quem tiver uma índole boa, honesta, de caráter, estudioso e tiver aquele sonho que toda criança da minha época tinha, que era o que eu vou ser quando crescer num futuro trabalhando e estudando, não vai ser prejudicado em nada....
Não entendo como é possível alguém conseguir ser a melhor coisa da sua vida e na mesma hora sua maior agonia? , onde está a lógica em você agonizar um sentimento de perda e aquilo que você perdeu nunca foi seu?, onde ta o sentido em saber que seria perfeito e a junção disso preferir o incompleto?, como não te amar como? Mas também , como não me amar e porque não me amar?.
Ovelhas com ascendência sobre as outras, mesmo apequenadas e subservientes ao pastor que as mantém no aprisco em troca da lã, costumam reproduzir a empáfia de seu senhor quando sozinhas com o rebanho já que, entre tantos amedrontados, mostrar-se poderosa insufla o ego de qualquer ovelhinha medíocre.
Não é difícil distinguir um veículo automotriz de um vagão com aparência de locomotiva, uma suposta capacidade de uma competência real para fazê-lo: O primeiro aposta no status de engenheiros que lhe ofereçam um trilho previamente fixado, ainda que jamais tenha estado na estação de destino; já o segundo vai explorar trilhas próprias sobre algumas alheias que testou por si mesmo, antes de optar pela mais razoável, tendo como norte a visão do destino. Mas, por alguma razão – e paradoxalmente – , a variabilidade da trilha acaba se impondo em relação a aparente firmeza do trilho escolhido pelo primeiro; daí porque em determinado momento do trajeto se descobre servindo de guia para outros que escolheram integrar-se ao comboio que vai se formando atrás dele.
De todas as mazelas que acometem o ser humano, com certeza a ignorância é a pior de todas. O inteligente mal-intencionado pelo menos sabe que, se não agir com prudência, mais cedo ou mais tarde poderá ser apanhado. Já o ignorante tanto se presta a ser colocado na linha de tiro quanto depende de alguém que lhe molde as “verdades” que deverá defender, mostrando-se livre dos limites do primeiro. Daí que é capaz de praticar toda sorte de ignomínias contra seu semelhante sem qualquer traço de culpa, onde julga, sentencia e “faz justiça” em nome das distorções dogmáticas ou doutrinárias que vai acumulando em seu contínuo processo de obscurantismo mental.
Se a educação começasse no berço as pessoas não dependeriam de igrejas para serem honestas, Deus não precisaria do medo delas para que fizessem o que precisa ser feito, e nem de "porta-vozes" para falar a seus corações, os mesmos que, em vez de juntá-las, as dividem entre "escolhidas" e "condenadas".
Ser líder não se resume a focar a própria forma de atuar, deixando em segundo plano a motivação da outra parte envolvida. Uma liderança legítima exige sensibilidade para perceber sua equipe, onde reconhecer seu comprometimento e mensurar periodicamente os avanços não podem estar desvinculados da contrapartida em forma de ações efetivas que coloquem as expectativas das pessoas sempre à frente do já oferecido a elas em estágios anteriores. Sempre que a cobrança por resultados é a única coisa que cresce por parte do líder, não se espere que a satisfação pelo hoje subsista, que se gere motivação para amanhã ou que se preserve o acordado entre as partes, pois que o respeito se mostra unilateral e insustentável.
Se for me amar pela metade, não venha. Se for amar sem intensidade, não venha. Se for amar sem ter verdade, não venha. Se quiser amor apenas nos dias frios, não venha. Se quiser amor sem arrepios, não venha. Se quiser amar para fazer ciúmes a outro amor, não venha. Se não pensa em se jogar, não venha. Se ainda ama um outro alguém, não venha. Se vier, me ame por inteiro, com toda sua intensidade. Ame com suas verdades, me ame no verão, me deixe arrepiado. Não me use para fazer ciúmes, se joga de verdade, só venha se me amar francamente, que lhe darei meu maior presente. Te entregarei meu coração, pois a mulher que me deu ele, é o amor da minha vida, é minha mãe!
Por você, eu construiria um castelo, nadaria um oceano, enfrentaria um gigante. Por você, mataria dragões, domava leões, lutaria na guerra. Por você, faria o sertão chover, o deserto nevar, faria o maior dos descrentes crê. Por você, eu viraria agasalho no dia de frio, me tornaria o circo pelos seus sorrisos, escreveria seu nome na lua. Por você, eu enfrentaria vendavais, pularia carnavais, eu mudaria o sistema. Por você, eu mudaria o mundo, lhe daria meu coração, acabaria com a tirania. Eu faria tudo por você mas hoje só vou escrever essa poesia.
O impacto provocado por uma interpretação contrária ao que expressamos nas redes é universal. Acontece toda hora. A vacina é usar de consciência para se expressar, e resiliência para a reação gerada nos outros, que jamais estará sob nosso controle. Daí que o mais importante de tudo é que a intenção se mostre legítima, por mais que não se faça compreendida.
A retração social do passar dos anos pode tanto ser sentida como um retorno aterrador e compulsório ao casulo da impessoalidade quanto como reavaliação de escolhas pela visão ampliada de nossa realidade nuclear para exercício de um direito inalienável. Mais do que uma contingência, entendê-la é um privilégio pela tomada de consciência do quanto o superficialismo de antes se volatiliza para abrir espaço à plenitude da essência que ele mascarava. O núcleo, desta forma, se vê liberto da falsa idéia de perda, alcança maturidade bastante para entender o sentido da renovação e de seu real significado, o que o transforma num momento mágico.
Quando uma pessoa se mostra feliz mesmo contrariando padrões de felicidade amplamente difundidos, o entendimento mais recorrente é de que ela estaria “mentindo para si mesma”. Vale refletir: não faz mais sentido que ela o creia e se harmonize com tal crença, em vez de se impingir o modelo que os demais defendem às custas de seu bem-estar?
Sabem qual a principal diferença entre um bandido oportunista – que entrou no esquema por uma vantagem imediata – e o pulha de carteirinha, contumaz e consciente? É que o primeiro treme nas bases quando é apanhado, morre de vergonha de ter sua foto nos jornais e depois entrega o jogo todo em que foi envolvido. O segundo jamais! Vai subir na tribuna, desafiar todo mundo a apresentar as provas, aparecer na TV, dar entrevistas e continuar segurando seu cargo até o último instante, e mesmo quando já estiver na cadeia com tudo provado, vai erguer o punho triunfante e se posicionar perante a sua gangue como um paladino da coragem frente à corja de "justiceiros" que "armaram" para o deixarem fora do front de batalha! De admirável mesmo, só possuem o cinismo inabalável e a obstinação para sustentar o insustentável!
Sempre se disse, e não há como desmenti-lo, que a criatividade é uma das mais importantes qualidades do ser humano. Mas seu excesso produz como efeito colateral um impacto paralisante sobre as rotinas obrigatórias, que lhe é contrária, mas que se prestam a garantir a estrutura onde a criatividade floresce. Se abrirmos espaço somente para o novo trazido por esta, a rotina que a sustenta entra em arriscada paralisia que acaba por inviabilizar a ambas. Há que encontrar tempo, portanto, para não tratar a uma como tortura e a outra como compulsão.
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