Cronicas de Luiz Fernando Verissimo Pneu Furado
Tem pessoas que revelam opiniões bastante firmes e imutáveis – aparentando segurança quanto ao que acreditam – quando tais “certezas” não vão além de inflexibilidade, subtraindo a visão sistêmica que lhes revelaria toda a complexidade por trás do objeto de suas afirmações. Isso porque rigidez nunca foi sinônimo de posse da verdade, o que cobra admitir o contraditório como possível de forma a mudar sempre que necessário, já que a verdade também troca de lados.
Há pessoas que se guiam durante toda uma vida pelo padrão que lhes foi passado na infância e jamais se questionam se haveria uma forma melhor de viver suas experiências, como se fossem estanques e não tivessem relação entre si. Ao observador fica perceptível que nascem em determinado momento e deixam a vida como se o tempo não tivesse passado, tanto em autopercepção quanto nas mudanças que ocorreram em torno delas. Longevidade, portanto, nunca foi sinônimo de evolução.
Para amar ao próximo temos que, antes, amar a nós mesmos. Reconhecendo a jornada que percorremos para chegar onde estamos e aceitando as escolhas que fizemos. Cada um tem o seu próprio universo, em constante evolução. Ninguém precisa se diminuir, nem sacrificar seus sonhos, para caber no mundo alheio, mas dois universos não se juntam, sem uma gigantesca transformação.
Nossas crenças são versões puristas de um momento pessoal que não possui, necessariamente, relação direta com a realidade factual. Podem perdurar por efeito de escolha, ou mudar ao longo do tempo pelo choque entre o antes e o depois que uma consciência mais evoluída nos impõe. Realidades opostas – surgidas por mero exercício da lógica e das análises resultantes – nos revelam a inutilidade das “verdades” cultivadas e de nossa pequenez disfarçada de superioridade.
É da natureza humana que esperemos, depois de partir, continuar vivos na lembrança de todos pela contribuição dada ao planeta e a obra construída durante a jornada para os que nos sucederem. Mas alguns – alheios ao sentido da vida e desprovidos da essência inerente à espécie humana – esforçar-se-ão por deixar a única marca que conseguem imprimir nas mentes dos que os conheceram: sua inesgotável capacidade de se mostrarem tóxicos a si mesmos, perniciosos ao ambiente que os rodeia e corrosivos para cada pessoa à sua volta!
Compreendo que algumas pessoas se preocupem com a participação de pessoas trans em meio às competições oficiais, porém, compreendo a necessidade de que haja uma visão mais holística sobre o esporte... talvez, em um futuro breve, teremos que ampliar o roll da categorização (idade, gênero ou necessidade específica), para que às "disputas" sejam mais equânimes.
"Coloco minha Fé em Rocha firme, mantenho-me integro e justo, meu escudo e minha espada foram dados por ti meu Pai, ergo minha tenda no quintal do desconhecido e lá faço minha morada, não me deixo abalar por insultos ou trapaças, pois, minha força vem do Criador e enquanto eu andar em sua companhia nada poderá atingir-me e se atingir, me fará mais forte".
"Há um alarde atualmente sendo falado aos quatro ventos, de que apenas os bem-sucedidos na vida e aqueles que desfrutam de benesses e prazeres é que alcançaram o favor de Deus...ledo engano, não existe nada mais contrário a isso, apresentado de forma contundente em todas as palavras das sagradas escrituras".
“Hoje, principalmente na cultura ocidental, as pessoas são levadas a crer que são autossuficientes, fortes, destemidas, arrojadas, inteligentes, imbatíveis e que não necessitam de nada ou ninguém para serem felizes e prósperas. Porém existe também uma realidade aterradora de que mais cedo ou mais tarde, nos veremos sozinhos face a face com o Criador e inevitavelmente teremos que dar conta de todos os nossos atos, sejam eles bons ou maus”.
No grande espetáculo da vida existem um autor e muitos atores. Caso não seja bom o bastante para atuar como protagonista alguém ocupará o posto, restando-lhe o papel de coadjuvante, talvez uma passagem rápida a título de "participação especial", ou então compor a massa amorfa de figurantes usados para enfeitar a cena. A fórmula do protagonismo é sempre a mesma: muito esforço aplicado ao antes e inquestionável talento ao depois.
Toda vez que compartilhamos com alguém algo que nos é vital delegamos a terceiros o poder de decisão sobre o nosso futuro. O preço da liberdade, porém, é alto, pois impõe o enfrentamento de situações terríveis sem nenhuma ajuda e a consciência de que optar por ela será sempre um ato de extrema coragem.
Antes de saber que moro no Universo, tenho que compreender que sou da Via Láctea, do sistema solar, de um planeta chamado Terra, numa parte convencionada chamada Sul, que chamamos Ocidente, num continente que batizamos de América, num pedaço chamado de Latina, num país com o nome de Brasil, na região que é chamada de Sudeste, num estado que ganhou o nome de Espírito Santo, numa cidade apelidada de Vitória e, que moro dentro de mim mesmo; já esse endereço, venho tentando descobri-lo desde que me procuro como um ser humano.
Causar, que antes era só um ato de ser a razão, o motivo ou a ação de algo, como o vento que causa a tempestade, no contexto atual, pode ser involuntário, como o que você provoca, só por existir e, por onde quer que passe, causa desejo para os admiradores ou inveja, para quem gostaria de ter o brilho dos teus olhos, o sorriso dos lábios ou apenas a suavidade dos teus movimentos.
Seu dia está pra chegar, assim como todos corações, o meu também tem desejos, não basta só o desejo é preciso ter a força e suportar a saudade... Seu dia está pra chegar, em meu mais puro gesto, sigo o rumo sem sua presença, trago comigo o medo antigo da solidão, desde o dia em o tempo te levou... Seu dia está pra chegar, meus sonhos não tem sido pobres e neles você vive em uma adormecida realidade... Seu dia está pra chegar, não quero ter o sossego mas quero ter a razão dos sonhos, porque você é a causa, então, não mais partido está meu coração, hoje ele te almeja o seu dia que está pra chegar.
Pobre da mente que precisa de um líder ocupando o espaço que deveria ser da consciência. Pobre do coração que dependa de um salvador para agir como deveria. Pobre do cidadão que precise de vigilância para não fazer aquilo que faz quando não tem ninguém olhando. Pobre do homem cuja lisura dependa de que outros a exaltem.
A coisa mais importante que aprendi sobre a “verdade” é que sua comprovação depende muito mais do talento do argumentador de defender sua tese do que da consistência das informações que usa para tal fim. Seja pelo viés científico ou pelo das crenças, qualquer alegação pode emprestar “legitimidade” a uma tese bastando que seu defensor seja habilidoso o bastante para reunir os elementos que a sustentem, assim como encaixamos uma peça no quebra-cabeças não pelo seu formato – igual ao de outras – mas pela imagem que queremos exibir no final.
Desde Sócrates desenvolveu-se uma crença de que pensadores são seres especiais posicionados acima de todas as fragilidades humanas, daí de se dedicarem a ensinar a fórmula aos demais. Ledo engano! Talvez as tenham até mais pela consciência de suas dores, e de como seus pensares brotam justamente destas, como da ostra machucada surge a pérola. O que os faz diferentes é saber que só encontram alívio para as feridas nas inabaláveis tentativas de minimizar as dores alheias, fazendo que as próprias não tenham sido em vão.
Uma boa parte das pessoas - possivelmente a maior - reserva desde cedo um enorme espaço interior para enterrar as esperanças que vão abandonando ao longo da vida e, uma a uma, deixando morrer. Ao término da jornada se descobrem transformadas num enorme cemitério repleto de esperanças enterradas, com lápides onde epitáfios amargos dão conta da enorme frustração por suas perdas irreparáveis.
Não é razoável buscar sentido ou inteligência em qualquer tipo de câncer, seja no tecido físico ou no social. Ele sempre vai buscar saltar do núcleo da célula doente para as saudáveis por conta de sua própria natureza, dependendo da condição que encontra à sua volta para definir a direção que toma, a partir das células mais fracas. A fórmula de combate, portanto, será sempre o fortalecimento do organismo como um todo pela educação de suas células, ensinando-as a identificar a ameaça e desenvolver anticorpos que atuem como um exército incansável e vigilante.
O câncer do obscurantismo não é uma expressão de retórica. Como qualquer câncer, é uma doença incurável que permanece latente na célula do organismo social por longo tempo e periodicamente escapa do núcleo onde se esconde, espalhando-se descontroladamente pelas células saudáveis para minar-lhes a resistência até a completa extinção da vida. Como todo parasita que se nutre sem nada dar de si – já que mata por natureza – ao final do processo terá destruído o hospedeiro para morrer com ele, sem lógica ou propósito, posto que nunca os teve.
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