Cronicas de Jorge Amado

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Amor, o que é o amor? Não creio que se possa realmente pôr em palavras. Amor é entender alguém, se importar, compartilhar as alegrias e tristezas. Isso pode incluir o amor físico. Você compartilha alguma coisa, dá alguma coisa e recebe algo em troca, seja ou não casada, tenha ou não um filho. Perder a virtude não importa, desde que você saiba que, enquanto viver, terá ao lado alguém que a compreenda e que não precisa ser dividido com ninguém mais!

Dentro do cartão, eu dizia a Sam que o presente que eu estava dando havia sido dado a mim por minha tia Helen. Era uma velha gravação em 45 rpm com "Something", dos Beatles. Eu costumava ouvir todo o tempo quando era pequeno e pensava em coisas de gente grande. Eu ia para a janela do meu quarto e olhava meu reflexo no vidro, e as árvores por trás, e ouvia a música por horas. Decidi na época que, quando conhecesse alguém que eu achasse tão bonita quanto a canção, eu daria o disco de presente a essa pessoa. E não quis dizer bonita por fora. Eu quis dizer bonita de todas as formas. E assim, eu estava dando para Sam.

O caso é que algumas garotas acham que podem mudar os caras. E o engraçado é que, se elas realmente os mudassem, ficariam entediadas. Não teriam desafio nenhum. Você deve dar às garotas algum tempo para pensar em uma nova forma de fazer as coisas, é isso. Algumas resolvem isso rapidamente. Algumas mais tarde. Outras nunca.

Acho que, se um dia eu tiver filhos e eles ficarem perturbados, não vou dizer a eles que as pessoas passam fome na China nem nada assim, porque isso não mudaria o fato de que eles estão transtornados. E mesmo que alguém esteja muito pior, isso não muda em nada o fato de que você tem o que você tem. É bom e mau

Enquanto ainda há disto, pensei, um Sol tão brilhante, um céu sem nuvens e tão azul, e enquanto me é dado ver e viver tamanha beleza, não devo estar triste. Para qualquer pessoa que se sinta só ou infeliz, ou que esteja preocupada, o melhor remédio é sair para o ar livre, ir para qualquer parte, onde possa estar só com o céu e com a natureza, e com Deus. Então compreende que tudo é como deve ser e que Deus quer ver os homens felizes no meio da natureza, simples e bela. Enquanto assim for - e julgo que será sempre assim - sei que há uma consolação para todas as dores e em todas as circunstâncias. Creio que a natureza alivia os sofrimentos.

Por vezes penso que Deus quer pôr-me à prova. Tenho de me aperfeiçoar sozinha, sem exemplo e sem ajuda, só assim hei-de ser um dia forte e resistente. Quem, além de mim, lerá estas coisas? Quem pode ajudar-me? Necessito de ajuda e de consolo! Sou muitas vezes fraca e incapaz de ser aquilo que gostava de ser.

Não percebi a chegada do outono. Mas eu sentia que estava embarcando numa nova estação: todas as árvores que (não) plantei, de repente, estavam nuas. E eu caminhava num tapete de folhas e flores. Os caminhos também se estreitaram e tive uma sucessão de perdas, ou melhor, tive uma sucessão de trocas. E assim, como toda pessoa que tem um coração pulsando, fiquei assustada demais com as mudanças. Mas agora já consigo perceber beleza na nudez de cada uma das minhas árvores prediletas. Elas apenas estão trocando de roupa enquanto eu troco de pele, tamanha cumplicidade.

É como se ele tirasse uma foto da Sam e a foto saísse linda. E ele pensasse que o motivo para a foto sair bonita fosse ele fotografar bem. Se eu fizesse a foto, saberia que o único motivo da beleza é a própria Sam. Eu acho que é ruim quando um cara olha para uma garota e pensa que a forma como ele a vê é melhor do que a garota realmente é. E acho ruim quando a forma mais sincera de um cara olhar uma garota é através de uma câmera.

Parabéns, amigo. Nas voltas que a vida dá, nos encontros casuais, conheci você. Mesmo caminhando para outras voltas e distante de novos encontros casuais, dei uma desacelerada nos passos só para te dizer que, mesmo casualmente, encontrar você pelo caminho me mostrou que não precisamos marcar data ou hora para ter junto das pessoas momentos inesquecíveis. Agora, deixa eu continuar andando e dar mais uma volta na vida, porque com certeza te encontrarei novamente... Feliz vida toda.

Ele não sabe mais nada sobre mim. Não sabe que o aperto no meu peito diminuiu, que meu cabelo cresceu, que os meus olhos estão menos melancólicos. Ele não sabe quantos livros pude ler em algumas semanas. Não sabe quais são meus novos assuntos nem os filmes favoritos. Ele não sabe quantos amigos desapareceram desde que me desvencilhei da minha vida social intensa. Ele não sabe que eu nunca mais me atentei pra saudade. Que simplesmente deixei de pensar em tudo que me parecia instável. Que aprendi a não sobrecarregar meu coração, este órgão tão nobre. Ele não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha. Ele não sabe que desde que não compartilhamos mais nada sobre nós, eu tive que me tornar minha melhor companhia: ele nem imagina que foi ele quem me ensinou esta alegria.

Ainda que me derrubem por meio de decepções, traições, inveja,... eu sempre vou encontrar forças nos momentos menos oportunos; e estas serão a mola propulsora para me reerguer. Agradeço aos que um dia me proporcionaram a possibilidade de constatar minha capacidade de superação, a eles resta apenas o tempo e o questionamento se farão o mesmo.

O que me interessa no amor, não é apenas o que ele me dá, mas principalmente, o que ele tira de mim: a carência, a ilusão de autossuficiência, a solidão maciça, a boemia exacerbada para suprir vazios. Ele me tira essa disponibilidade eterna para qualquer um, para qualquer coisa, a qualquer hora. Ele apazigua o meu peito com uma lista breve de prós e contras. Mas me dá escolhas. Eu me percebo transformada pelo que o amor tirou de mim por precisar de espaço amplo e bem cuidado para se instalar. O amor tira de mim a armadura, pois não consigo controlar a vulnerabilidade que vem com ele; tira também a intransigência. O amor me ensina a negociar os prazos, a superar etapas, a confiar nos fatos. O amor tira de mim a vontade de desistir com facilidade, de ir embora antes de sentir vontade, de abandonar sem saber por quê. E é por isso que o amor me assombra tanto quanto delicia. Porque não posso virar as costas pra uma mania quando ela vem de uma pessoa inteira. Porque eu não posso fingir que quero estar sozinha quando o meu ser transborda companhia. O amor me tira coisas que eu não gosto, coisas que eu talvez gostasse, mas me dá em dobro o que nunca tive: um namoramento por ele mesmo. O amor me tira aquilo que não serve mais e que me compunha antes. O amor tirou de mim tudo que era falta.

Quantas palavras foram gastas para falar do silêncio. Quantos abraços foram aceitos impregnando o meu campo energético com um peso denso, e quantas vezes me protegi de uma carícia sincera. Quantas vezes suguei e fui sugada chamando isto de bondade. Quanto mais adequada eu tentava ser, mas eu me perdia do que eu era. E abafei minha loucura no peito comprimido para ser socialmente agradável. E escrevi coisas otimistas quando estava sofrendo de tanto medo. E ninguém sabia que aqui do outro lado eu estava chorando. E deixei que me julgassem sábia quando sou apenas mais uma buscadora tateando no escuro à procura da luz que pretendo beber a grandes goles.

Gosto de imaginar que o mundo é uma grande máquina. Você sabe, máquinas nunca tem partes extras. Elas têm o número e tipo exato das partes que precisam. Então imagino que se o mundo é uma grande máquina, eu também estou nele por algum motivo. E isso significa que você também está aqui por alguma razão.

"- Porque influenciar uma pessoa é dar a ela a propria alma. Ela passa a não pensar com os pensamentos naturais. As virtudes que possui deixam de ser; para elas, reais. Os pecados que comete, se é que existem pecados, são todos tomados por empréstimo. Ela se torna eco da música de outrem, ator um de papel nao escrito para ela."

Há na cultura mundial de hoje toda uma mitologia, toda uma idealização das revoluções, como se não fossem acontecimentos separados, mas sim etapas de uma caminhada em direção à liberdade crescente. Pode-se discernir, de fato, um sentido geral e unitário na sucessão de revoluções — mas ele não aponta na direção da liberdade crescente e sim no do crescimento do poder, no do aumento da distância entre o poderoso e o homem comum.

O médico verdadeiro não tem o direito de acabar a refeição, de escolher a hora, de inquirir se é longe ou perto. O que não atende por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou tempo, ficar longe, ou no morro; o que sobretudo pede um carro a quem não tem como pagar a receita, ou diz a quem chora à porta que procure outro – esse não é médico, é negociante de negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros os gastos da formatura. Esse é um desgraçado, que manda, para outro, o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu espírito, a única que jamais se perderá nos vaivens da vida.

O mundo tem se distanciado de Cristo, mas nós somos responsáveis por isso. Que Cristo temos mostrado ao mundo? Que tipo de cristãos temos sido? Precisamos voltar a essência do cristianismo, a simplicidade do cristianismo. O nosso Cristo foi tão humilde. Ele nos deixou tanto exemplo de servir. A palavra do Senhor nos diz que "o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos."

Inserida por jorgefigueiredo

Diamantes não se moldam, lapidam-se, limpam-se suas arestas, dá-se polimento, mantendo-se as suas características mais preciosas.
Os verdadeiros diamantes não são formatados ao bel prazer do mestre joalheiro, pelo contrário; é a maestria deste que faz com que perceba a forma final da pedra com a qual trabalha.
De um diamante, retiram-se os excessos, respeitando o núcleo da gema preciosa que se tem nas mãos. A forma já é pré-existente, é apenas estimulada a surgir em sua plena beleza.
Ao contrário de um vaso de barro, os diamantes não admitem ser moldados ao bel prazer do artista, afinando ou engrossando as suas paredes, acinturando ou dilatando o seu bojo.
O diamante já existe por si, não é fruto da manipulação de uma matéria prima disforme.
A argila, nas mãos de um brilhante oleiro, ganha formas magistrais; nas mãos de um artista, ganha cores e desenhos intrigantes, quando o barro é cozido, vitrificado, envernizado, etc, criam-se verdadeiras obras de arte de imensa beleza ou singeleza funcional.
O valor do vaso é fruto da perícia do artista, de sua habilidade em tornar a matéria prima bruta em um objeto de valor agregado.
Os diamantes, ao contrário, já tem seu valor por si mesmos, independem das mãos do artista para que tal valor exista. O que o artista faz é simplesmente extrair do diamante o melhor de si, tornando-o mais brilhante, polindo suas arestas, lapidando-o e incrustando-o em jóias delicadamente trabalhadas para receber a pedra preciosa.
Se, da argila, faz-se ao mesmo tempo vasos de fina porcelana ou rústicos e funcionais tijolos ou blocos, ou ainda, apenas se abandona num canto a matéria prima, até que se encontre utilidade para ela; dos diamantes não saem senão diamantes. Ninguém deixa um diamante descansando num canto,… antes se valoriza a pedra bruta que se tem nas mãos, trabalha-se sobre ela até extrair o máximo que sua beleza pode oferecer.
Vasos, por maior que seja seu valor e beleza, quebram-se, descascam-se, lascam-se, perdem a cor e o brilho…diamantes jamais se partem. Diamantes são eternos!
Podem ter seu brilho embotado pela poeira do tempo, as jóias onde estão incrustados podem partir-se, mas o diamante sobrevive, sua essência persiste.
Os seres humanos, em sua magnífica diversidade, são blocos de argila ou diamantes brutos. Reconhecer o que se tem nas mãos é tarefa que só pode ser plenamente desempenhada por quem tenha em si a capacidade de ver com olhos atentos.
Quando nos falta a sensibilidade e a perícia para perceber a diferença entre um e outro, muitas vezes procuramos pegar um diamante e tentar moldá-lo às nossas exigências. Ora, como um diamante não se molda dessa maneira, com essa facilidade, acabamos por confundí-lo com um pedaço de argila impuro, e o descartamos como algo de pouco valor.
Pessoas manipuladoras, via de regra, preferem trabalhar com argila, `a qual, com algum
esforço, tornam úteis aos seus objetivos mais imediatos, moldando-a à seu bel prazer.
Já o mestre joalheiros, acostumados a compreender que a beleza vem de dentro para fora, precisando apenas ser desvendada, não tem pressa em seu labor, e não se importam se o diamante trabalhado, ficará ou não em suas mãos, o seu propósito, do mestre, é fazer brilhar a jóia, sua satisfação é a de realizar um trabalho bem feito, sabe que o fruto de sua dedicação não repousa nas vantagens imediatas que seu trabalho possa oferecer, e sim no brilho próprio da gema que passou por suas mãos.
Diamantes ou argila, oleiros ou mestres joalheiros, opções de papéis que podemos exercer em nossas vidas.
Quando assumimos o nosso papel, e deixamos de lado as opiniões, nem sempre isentas de interesse, de outras pessoas, passamos a caminhar pelo nosso próprio caminho, com o coração leve e sereno, livre dos falsos sorrisos e do peso de abrir mão de nossa felicidade para agregar os aplausos do mundo ou parte dele.
Nem sempre é fácil a caminhada, mormente diante de opções que nos façam escolher entre fazer parte dos vasos expostos em uma galeria, reproduzindo o que todos fazem, ser mais um entre outros tantos, recebendo o aplauso comedido dos iguais, ou preservar conosco os diamantes que a vida nos oferece, vez por outra, em sua forma bruta e que desistimos de lapidar, às primeiras dificuldades, ou por que não nos sentimos capazes de tal tarefa, ou por que não percebemos seu valor, ou ainda por que nos importamos demais com as aparências e com que os outros possam achar de nossa insistência.
Oleiros há muitos, não é preciso muito para se fazer tijolos, um pouco mais para se esculpir o barro. Mestres joalheiros são mais raros, mais especializados, assim como os diamantes são mais raros do que a argila.
Deus não põe diamantes nas mãos de oleiros para que sejam lapidados, se um diamante te cair nas mãos, saibas que tens a capacidade de lapidá-lo.
Não trate diamantes como argila! Saiba ver o seu brilho escondido; aprenda com ele, e por certo, ao mesmo tempo que lapidas a pedra, tua própria alma sofrerá as transformações necessárias para o teu próprio crescimento.
Mas, se desprezas o diamante, e a riqueza da experiência, preferindo ser barro ou oleiro, pode ser que , nunca mais, tenhas um diamante em tuas mãos.
Já, a argila…

Eu acho tão gostoso você ter a quem chamar de meu amor. E poder escolher um dos olhos dele(a) como o seu preferido e a este sempre dedicar um dos melhores beijos, desde o principio da manhã, como quem decreta de forma irretocável: eu te amo tanto que hoje o nosso dia será, no mínimo, perfeito!

É uma delícia essa coisa de não precisar dizer absolutamente nada, e ainda assim, compreender que tudo ficou tão claro que a gente apenas sorri enquanto se devora com os olhos. É incrivelmente prazeroso cultivarmos a capacidade de enxergá-lo(a) melhor do que ele(a) mesmo. E com isso fazê-lo(a) notar como são gigantes cada uma das suas tantas miudezas.

É tão bom ter a quem recorrer quando nossas pernas, por alguma razão, nos deixam em dúvida quanto á possibilidade de darmos mais um passo na direção do nosso sonho, dado o nosso tão notório cansaço, e então, tendo aquela mão erguida e pronta para segurar a nossa, percebermos que, independente do que aconteça, tudo ficará bem. Porque podemos contar um com o outro. Porque juntos somos mais fortes.

É indescritível ter uma pessoa como seu primeiro pensamento do dia. E reconhecer sua voz, mesmo em meio a tantas outras vozes. E ser capaz de decifrar cada parte do seu corpo, apenas sentindo seu cheiro tão gostoso e peculiar.

É sinônimo de paz poder repousar ao seu lado com a certeza de que teremos, desde antes de dormir, os melhores sonhos possíveis. E caso o sono se vá, ainda assim termos a melhor insônia das nossas vidas, porque estamos aqui, você e eu. E porque isso já é suficiente.

->> "Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras, é receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento. Não é sentir contra, nem sentir para. Nem sentir por, nem sentir pelo. Afinidade é sentir com. Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar, ou, quando falar, jamais explicar: apenas afirmar. Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças. É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidades vividas. Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação. Porque tempo e separação nunca existiram, foram apenas oportunidades dadas pela vida." <<-- (Arthur da Távola)

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