Cronica o Homem Perfeito

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Homem que faz

Amando tudo que faz
Lutando por seus ideais
Valoriza seus companheiros
Acreditando em seu caráter
Rompendo barreiras partidárias
Olhando para o futuro do município.

Priorizando a criança e a educação
Resgatando o direito do cidadão
Irá cumprir mais um mandato
Zelando pelo bem público
Atravessando a crise e a eleição
Objetivando sempre a administração.

Jamais será desacreditado
Alguém que aqui é tão amado
Nunca esquece o necessitado
Utiliza seus conhecimentos para servir
Administra com capacidade e liderança
Representa a todos com integridade
Investe no ser humano de verdade
O seu coração está em sua cidade

Ser mais instruído e melhor sucedido
Não faz nenhum homem melhor do que ninguém.
O homem mais brilhante que passou por este mundo
não teve nenhuma fortuna, nem nenhum diploma,
e ainda que não fôssemos dignos
de desatar-lhe as suas sandálias
ele não hesitaria em ajoelhar-se e lavar os nossos pés...

Existe homem safado e existe homem covarde.
Homem safado, admite que é safado, não ilude ninguém, e tem lá sua freguesia.
Homem covarde é do tipo mentiroso: faz promessas, diz que ama e jura até casar,
mas no final das contas deixa todas as mocinhas a chorar...
Homens safados e homens covardes existem ao montes.
Cada vez mais raros, porém, são os homens de verdade.

A Tirania do Sofrimento

O homem, quando sofre, faz uma ideia muito ideia muito especial do bem e do mal, ou seja, do bem que os outros lhe deveriam fazer e que ele pretende como se do seu sofrimento derivasse um qualquer direito a ser compensado, e do mal que pode fazer aos outros como se igualmente o seu sofrimento o autorizasse a praticá-lo.

Todo o homem de hoje, em quem a estatura moral e o relevo intelectual não sejam de pigmeu ou de charro, ama, quando ama, com o amor romântico. O amor romântico é um produto extremo de séculos sobre séculos de influência cristã; e, tanto quanto à sua substância, como quanto à sequência do seu desenvolvimento, pode ser dado a conhecer a quem não o perceba comparando-o com uma veste, ou traje, que a alma ou a imaginação fabriquem para com ele vestir as criaturas, que acaso apareçam, e o espírito ache que lhes cabe.

Mas todo o traje, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e em breve, sob a veste do ideal que formámos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em quem o vestimos.

O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o princípio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.

Fernando Pessoa
SOARES, B. Livro do Desassossego. Vol.II. Lisboa: Ática. 1982. 267p.

Você precisa formatar esse homem que você quer. Parar de se perder pelo meio do caminho com gente que não tem nada a ver com você.

Vem você e me trata tão bem. Estraga tudo. Mania de ser bom moço, coisa chata.

E quanto mais e maiores motivos para não sentir, ele e a vida me dão... adivinhem? Sim, o amor cresce. Irresponsável, sem alimento, sem esperança e de uma burrice enorme.

Inserida por camilamessali

O PARAÍSO

O estágio que o homem fez, sozinho, nos primeiros passos que deu na terra, convenceu ao Senhor que era necessário providenciar-lhe uma companheira. O homem não pediu nada. Acompanhando, supervisionando, Deus viu que “Não era bom” o homem ficar só e prometeu: “Far-lhe-ei uma adjutora...”
Na tentação veio o desabafo do homem: “Foi a mulher que tu me deste”. Estava fundado o procom.
A mulher chegou, olhou para o jardim, deu nome às flores, levantou a cabeça, admirou o céu, o pôr-do–sol era tão lindo, deslumbrou-se com os animais ao redor, viu que tudo era bom e que, dali pra frente, ia depender deles para ficar ainda melhor, começou a arrumar a casa. Eva inventou a faxina:
- Adão,vamos colocar folhas, gravetos, pedras e cotocos no seu devido lugar.
- O que Eva? Ninguém aqui desarrumou nada. A Natureza é assim mesmo, quando vem a Tempestade desarruma tudo, depois vem a Brisa e põe tudo de novo no lugar.
- Concordo, meu bem, mas podemos melhorar!
Eva criou a linguagem afetiva para chamar Adão de desorganizado!
- Adão, vamos selecionar folhas para fazer a cama, tirar as que atrapalham nosso trânsito, descobrir frutas mais variadas para o lanche e guardar algumas para o jantar. Vamos determinar horários para a alimentação.
Eva inventou o horário do café da manhã, do almoço e do jantar.
Em pouco tempo, Adão e Eva estavam ao telefone com o inimigo, num bate-papo sobre as novidades do Jardim. E assim nasceu o telefone celular público, no orelhão dos dois. E, claro, com tanto tempo ocioso, o inimigo criou o “jornalismo da fofoca”. Nascia a era zoológica das comunicações. A serpente estava no ar.
O telefone celular divino entrou na área e as comunicações celestiais com o casal se intensificaram, mas o homem, como sempre, por tudo o que não deu certo botou a culpa na mulher, lá também não foi diferente. Adão inventou o jogo-de-empurra.
Acontece que Deus, cuidadoso, perfeito e grandioso, fazia visitas virtuais, diárias, ao Jardim e percebeu que havia a tv a cabo da serpente, interferindo na sua obra. Do seu telefone celular, com viva voz, advertiu e digitou:
- Adão, onde estás?
Não era a voz de Deus que estava fora da área. Adão e Eva já estavam na área da desobediência, na tv a cabo do pecado.
Adão pediu para Eva atender ao telefone. Adão criou a secretária.
O tempo foi passando e o vírus da inveja contaminou o computador humano, porque a família deu a senha do site para o maior inimigo de Deus. O pecado entrou, alterou o programa original, apesar de todas as advertências, a criatura desligou-se do Criador (Provedor). Ambos, homem e mulher, criaram a desobediência.
Imediatamente, Deus novamente atuou. Deixou o e-mail do céu para contatos: fé@graça.comJesus
A primeira família do mundo foi expulsa do jardim. Nasceu o movimento dos sem-terra.
Vieram as lutas, as concorrências, a propriedade privada e com ela a cerca viva. Nasceu a guerra e com ela os matadores profissionais. Aí vieram os perdedores com etiqueta social de escravos. O proletariado chegou! E com tudo isto, mesmo sendo a Terra tão grande, havia gente sofrendo por falta de caverna, de comida, de roupa. A pobreza se instalou.
A sociedade inventou a violência.
Nunca o mundo foi habitado por anjinhos. A humanidade está em guerra, desde o início. Hoje, o mundo está mais perto com o recurso da informação. Isto impressiona? Sim! E as pessoas “modernas” ficam horrorizadas, porque são capazes de selecionar tudo de ruim que existe e mostrar de forma competente e veloz as coisas tristes que sempre fizeram exatamente igual.
Nasceu a tecnologia.

Inserida por IvoneBoechat

Ele olhou-a severo: – Que você não saiba qual o maior homem da atualidade, apesar de conhecer muitos deles, está bem. Mas que você não saiba o que você mesma sente é que me desagrada.
Olhou-o aflita: – Olhe, a coisa de que eu mais gosto no mundo... eu sinto aqui dentro, assim se abrindo... Quase, quase posso dizer o que é mas não posso...
– Tente explicar, disse ele de sobrancelhas franzidas.
– É como uma coisa que vai ser... É como...
– É como?... — inclinou-se ele, exigindo sério.
– É como uma vontade de respirar muito, mas também o medo... Não sei... Não sei, quase dói. É tudo... É tudo.
– Tudo?... – estranhou o professor.
Ela assentiu com a cabeça, emocionada, misteriosa, intensa: tudo...

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por thaseries

O homem que passa a vida a agir
e a pensar sempre da mesma forma,
ou incrivelmente esteve sempre certo,
ou fatalmente esteve algo errado.
O tempo passa, as coisas mudam, as pessoas evoluem.
O que eu disse ontem pode já não servir para minha pessoa hoje, mas talvez sirva para outrem,
porque cada um vive o seu momento. (...)

Inserida por AugustoBranco

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Inserida por usuario438345

O trabalho danifica o homem

Não, você não leu errado, o título dessa crônica está correto. Brinquei com um ditado popular que todo mundo conhece, até confesso que concordo com ele até certo ponto, mas existem as entrelinhas e são nelas que mora o problema.

Ninguém é maluco aqui de invalidar as benesses que o trabalho nos proporciona, na verdade os frutos do trabalho, todo mundo precisa comer, se vestir, se divertir e ter uma vida digna. Porém, há coisas obscuras, mas nem tão obscuras, elas estão “na cara” como falam por aí. Sensações que todos possuem, mas que mantemos guardadas porque o status quo não vê com bons olhos quem reclama, quem fraqueja, quem admite suas limitações.

De tanto trabalhar para ganhar a vida estamos perdendo a vida para o trabalho, jornadas extenuantes e esgotamento tomam conta de nós. Um nome chique para algo hediondo “Burnout” que em bom português significa que o seu trabalho está te mantando.

Cansaço, irritação, desmotivação e estresse crônico são alguns dos sintomas desse mal que assola muitos trabalhadores. No início a pessoa acredita que é foi só uma preguicinha que lhe acometeu, uma indisposição. Mas, como uma bola de neve a situação aumenta e fica insustentável, nosso corpo pede socorro.

Eu sempre brinco e digo “a espécie humana foi feita para catar umas frutinhas, comer e depois tirar um longo cochilo seguido de um banho de igarapé”. Nosso corpo clama para que voltemos a nossa origem.

SALVA DE UMA MORTE CERTA

CRÔNICA

Helena vivia aos apuros com Romildo, seu esposo. O homem deu de beber e implicar com ela. Aquele relacionamento só piorava a cada dia. Helena sustentava a casa sozinha; trabalhava feito burro e não aguentava mais aquela vida.
Vivia muito queixosa com os colegas de trabalho e com os vizinhos, sobre o mau relacionamento matrimonial. Precisava logo dar um jeito naquela situação...
E procurou a maneira mais radical e desaconselhável possível para resolver o problema: foi à venda de Seu Natã, o papai, comprar uma colher de Aldrim 40 - um veneno letal -, muito usado em décadas passadas, para o combate de pragas nas lavouras.
Lena estava determinada: iria mesmo beber aquilo e morrer.
-Seu Natã, pegue pra mim uma colher de Aldrim!
-Seus olhos, são de uma pessoa que chorou muito! Esse veneno a senhora vai usar em quê?!
- Nas formigas.
-Sendo assim, menos mal...
Papai buscou para a Lena, uma colher bem cheia do produto. E embrulhou cuidadosamente num papel de pão.
À tarde daquele mesmo dia a mulher começou a passar mal para morrer; mas, antes do passamento quebrou tudo na casa. Daí a pouco começou a andar meio torta. Romildo em apuros pediu ajuda aos vizinhos e chamou a Polícia Militar.
Foram três fortes policiais para dar conta de imobilizá-la e pô-la na viatura. Ela babava e deu para estrebuchar mas não conseguia morrer. Buscaram ajuda médica no Hospital Regional da cidade.
Já sabendo que a esposa havia tomado veneno, pela boca da própria companheira, Romildo disse logo ao médico de plantão o que ocorrera.
Tendo sido feito todos os procedimentos de praxes que o caso requer - pela eficiente equipe do Dr. Felisberto Fragoso...
Com poucas horas de trabalhos, obtiveram a melhor das surpresas: Lena não corria nenhum risco de morte e já estava de alta hospitalar. Havia ingerido “araruta” no lugar do veneno. - As mães usavam a fécula de araruta para fazer mingauzinho para seus bebês.
Papai morreu feliz por salvar aquela vida.

(29.05.18)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

⁠CRÔNICA DO CURIOSO

Um homem discute pelo telefone celular em voz alta no ônibus.

- "Eu não fiz nada demais...Ela é uma amiga! Já falei mil vezes... Quê? E vou dormir onde?"

Um rapaz ao lado no ônibus pede licença.

- "Oi, você poderia colocar seu fone no viva-voz?"

- "Ué, por quê?"

- Porque estou curioso para ouvir o outro lado.

Inserida por RomuloBourbon

O homem que não sabia rezar

Conta-se que um velho circense, após ter sido despedido do circo ao qual dedicara toda a sua vida como malabarista, vagueou sem rumo, à procura de quem lhe desse emprego e abrigo.
Não era fácil, afinal não desenvolvera outras habilidades, não era mais jovem e tampouco sabia ler e escrever.

Após muitos meses perambulando e já doente, bateu à porta de um Mosteiro, encontrando a caridade dos monges que o recolheram e dele cuidaram até que sarasse.
Sua tarefa passou a ser cuidar do jardim, o que ele foi aprendendo com algum esforço. Todavia algo o incomodava. Ao observar a rotina dos religiosos, os cantos, as orações em Latim, sentia-se triste por não poder acompanhá-los.

Ele também queria orar e cantar hinos de louvor ao Deus da sua compreensão. Mas como? Não tinha as palavras certas, sentia-se rude e indigno de adentrar a Capela. Como poderia ele falar do seu amor por Jesus, cuja imagem se destacava majestosa ao fundo do Santuário?!
Certo dia, esperou que todos se recolhessem, tomou todos os seus aparatos circenses e acercou-se da linda imagem do Mestre na Capela.

Começou a fazer a única coisa na qual ele era exímio... à sua volta, arcos, bolas, pratos subiam e retornavam as suas mãos, em movimentos perfeitos.
Ele esperava o milagre de ver no semblante do Senhor, um leve sinal de que a sua prece - embora incomum - estava sendo recebida.

E foi persistindo nos seus malabarismos, como se executasse a mais linda canção de louvor, sem dar-se conta do tempo, nem do suor que já escorria abundante por todo o seu rosto.
Os monges, ao notarem os estranhos ruídos vindos da Capela, levantaram-se com cuidado, receando tratar-se de algum meliante.

Todavia, quando chegaram à porta, pararam estupefatos diante da cena que presenciaram.
É que neste exato momento O Senhor inclinava-se e, com o manto, enxugava o suor daquele homem simples que não sabia rezar, mas que não obstante, rezara com todas as forças do seu coração !

Inserida por Calypso

O homem implora a misericórdia de Deus mas não tem piedade dos animais, para os quais ele é um deus. Os animais que sacrificais já vos deram o doce tributo de seu leite, a maciez de sua lã e depositaram confiança nas mãos criminosas que os degolam. Ninguém purifica seu espírito com sangue. Na inocente cabeça do animal não é possível colocar o peso de um fio de cabelo das maldades e erros pelos quais cada um terá de responder.

Para mim, um homem é um homem, isto apenas! Meço seu valor por seus atos, por seus sentimentos, nunca por sua posição social. Pertença ele às mais altas camadas da sociedade, se age mal, se é egoísta e negligente de sua dignidade, é, a meus olhos, inferior ao trabalhador que procede corretamente, e eu aperto mais cordialmente a mão de um homem humilde, cujo coração estou a ouvir, do que a de um potentado cujo peito emudeceu. A primeira me aquece, a segunda me enregela.

Nenhum homem sabe quão mau ele é, até que ele tenha tentado de toda maneira ser bom. Uma idéia tola, mas muito atual é que as pessoas boas não conhecem o significado ou não passam por tentações. Isto é uma mentira óbvia. Só aqueles que tentam resistir a tentação, sabem quão forte ela é. Afinal de contas, você descobre a força do exército inimigo lutando contra ele, não cedendo a ele. Você descobre a força de um vento, tentando caminhar contra ele, não se deitando ao chão. Um homem que cede ante a tentação depois de cinco minutos, simplesmente não sabe o que teria acontecido se tivesse esperado uma hora. Esta é a razão pela qual as pessoas ruins, de certa forma, sabem muito pouco sobre sua maldade. Elas viveram uma vida abrigada por estarem sempre cedendo. Nós nunca descobrimos a força do impulso mal dentro de nós, até que nós tentamos lutar contra ele: e Cristo, porque Ele foi o único homem que nunca se rendeu a tentação, também é o único homem que conhece completamente o que tentação significa–o único realista no total sentido da palavra.

Eu sou um homem ridículo. Agora eles me chamam de louco. Isso seria uma promoção, se eu não continuasse sendo para eles tão ridículo quanto antes. Mas agora já nem me zango, agora todos eles são queridos para mim, e até quando riem de mim - aí é que são ainda mais queridos. Eu também riria junto - não de mim mesmo, mas por amá-los, se ao olhar para eles não ficasse tão triste. Triste porque eles não conhecem a verdade, e eu conheço a verdade. Ah, como é duro conhecer sozinho a verdade! Mas isso eles não vão entender. Não, não vão entender.

Fiódor Dostoiévski
Duas narrativas fantásticas

Nota: Trecho de "O Sonho de um Homem Ridículo"

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Espero por ti porque acho que podes ser o homem da minha vida. E espero por ti porque sei esperar, porque nos genes ou na aprendizagem da sabedoria mais íntima e preciosa, há uma voz firme e incessante que me pede para esperar por ti. E eu gosto de ouvir essa voz a embalar-me de noite antes de, tantas e tantas vezes, te encontrar nos meus sonhos, e a acalentar-me de manhã, quando um novo dia chega e me faz pensar o quão longa e inglória pode ser a minha espera.

O homem que tem se esforçaco para purificar-se, e nada tem a relatar senão repetidos fracassos, conhecerá o verdadeiro alívio quando deixar de dar demasiada importância à sua alma, e passar a olhar somente para aquele que é perfeito.E quando estiver olhando para Cristo, as próprias coisas que por tanto tempo vem tentando fazer, serão finalmente realizadas dentro dele.Será Deus a operar nele tanto o agir como o efetuar.