Cronica de Graciliano Ramos
ESPERA ANNA, ESPERA...
Sente ânsias de desistir. Bem poderia...
Há muito a tal ave lhe furou a visão
Escureceu-se o sol. Mas não a poesia!
Continua, louca, trôpega... Mas não em vão.
A brisa de seus sonhos nunca será quimera
Por tal o sangue ainda lambe suas veias...
Ainda que a dor a carne flama e lacera
O diabo pelas suas portas urge e vagueia;
Não abandone, por nada o comboio da vida
O corvo branco a levará ao lar supremo...Certo!
...Um dia. Sim!_ Haverá, Anna, para ti guarida!
Suas mãos nunca lhe tragam a esperada paz
Ainda que que a anseie com ardor intenso...
Que lhe necrose a matéria. Sua alma jamais.!
DIÁLOGO COM A SOLIDÃO
Aquieta-te solidão, vã, das minhas tristuras
Já breve a noite entrará por teus portais
O silêncio eterno lhe será a maior ventura
Aquela à quem aguardas, não tarda jamais!
Esquece pois dos teus desamores, criatura...
Daqueles que partiram sem dar-te um abraço
No céu as nuvens se fazem cinzas escuras..
Logo, tudo de dissipará. Desata o nó no laço!
Nada há que valha, entre o nascer e o ocaso
Tudo é engodo._ Ludibriamento e inutilidade
O nada supremo e absoluto. Total marasmo.
Veste no que lhe concerne tua antropofobia!
Deixa ao esquecimento logo teus queixumes
Cerra o livro. Aniquila a dor. Mata a poesia.
SOB O SIGNO DA MALDIÇÃO
Quando ela nasceu uma certa negra ave
De olho profundo, negro e abismal,
Grasnou, num ímpeto perverso e grave:
" Para ela, só o choro. Contínuo e mortal"
A pequena, ainda da vida nada conhecia
Mas já se entrevia na alma a cerne infeliz
De seus lábios raramente um riso se colhia
Um semblante depresso, num céu de giz...
Dela todos fugiam. Velozes. Enfada presença!
De certo,as almas sentiam o mal presságio
Amigos? Nunca. Só conheceu a indiferença!
Claro dia. Solstício de verão. Vida em renovo!
Nas mãos pálidas, a adaga.Um corpo. Sangria.
No céu azul ( Estranho) muitos viram um corvo!
QUEM??
E quem fitará os olhos destes miseráveis?
Quem ousará ver suas dores frias. Malditas?
Tocar suas mãos imundas,negras . Detestáveis.
São os filhos do vazio, do nada.Almas proscritas!
Corra do caminho do homem nos sombrios becos
Pois sua carne disseca. Seu hálito espuma.Fede!
O que há de necrosar antes? Seus ossos secos...
Ou a hipocrisia da tua indigna cristandade?!
Foge veloz do vil desgraçado. Corra covarde!
Mas não se omita, jamais de carregar tua capa
A fachada sob a qual rebuça tua maldade...
Acararás, o Juiz da vida e da morte. Insondável!
Tremerá o cosmo ante a Sua voz. Magnífica!
Quem verá, então o Ades? O falso ou o miserável?
A ESPERA
Estou inquieta
Minha alma cinzenta redemoinha
dentro de mim...
Sinto frio
Sinto tristezas
Sinto vazios
Sinto " Solidões" sem fim...
Por onde andará a minha paz?
Aquela quietude que invocava risos?
Em que parte de mim perdi meus sonhos?
Hoje tudo é tão sem cor
Saudades não sei de quê
Um cair imenso
Um sofrer intenso
Um vagar impreciso...
Um abismo negro me traga
Dentro desse abismo, outro abismo!
Em minhas costas, garras afiadas
Arrancam pele
Sangra
A dor é inerte
Não a sinto mais
Não sinto nada.
Não. Sinto sim...
Apenas um toque profundo e macio
Uma promessa, talvez, de libertação
Aquela que um dia virá
Na vida, minha única sorte
Gélida
Bálsamo de esquecimento
Alívio
Mão doce
Piedosa
Minha querida
Esperada amiga morte
De tudo que nunca foi, o fim
Leveza do ser
Alheamento total
de mim.
Vivo
Eu caí
Me deixei cair
E fui absorvido por tudo
Um oceano de sentimentos
Um oceano de sensações
E foi bom
Porém
Algo estava errado
Não conseguia me mexer
Não conseguia respirar
Estava engasgando
Invadiu meus pulmões
Já não podia mais respirar
Já não podia mais ver
Ja não podia mais sentir
Me afoguei
Mas
Nada me puxa para o fundo desse oceano infinito
Então porque eu continuo a descer?
Porque continuo negando que posso voltar a superfície?
Porque não consigo me permitir?
Minha última gota de força me faz subir
E começo a sentir meus dedos
Minhas pernas
Meus braços
Consigo me mover novamente
Sinto o peso esvair de mim
E o ar enche meus pulmões
Respirar dói
Como da primeira vez
Mas agora
Tudo é diferente
Posso ver
Estou vivo
Como nunca estive antes
Ele era a faca mais afiada que eu ja conheci
E decidi enfia-la no meu peito
Porque ingenuamente achei que não iria doer
Senti a pontada por todo o meu corpo
Mas eu não queria acreditar que doía
Por mais que o sangue já me encharcasse inteiro
E quando você estava quase me transpassando
Eu tirei você de mim
E doeu ainda mais
Mas pelo menos agora eu sei
Que por mais que a dor seja horrivel
A ferida pode finalmente cicatrizar
Todos diziam
Que eu era frio
Que tinha um coração de pedra
Que não tinha sentimentos
Os sentimentos só machucam as pessoas
E eu simplesmente deveria guardar meu coração num armário escuro
Mas nao adianta fingir que la ele estaria imune
Ele só estaria escondido
Coisas escondidas mofam
E estragam
Por isso deixei ele bater
Mesmo se sangrar
Porque quando algo sangra
Significa que ele funciona
E se doi
Significa que eu sinto
Eu sou quente
Meu coração é de carne
Eu tenho sentimentos, até demais
Eu estou vivo
Tudo posso
QUERO GRITAR
ESVAZIAR O PEITO DE UMA SÓ VEZ
TIRAR TODO O PESO DE MIM
mas nada posso
QUERO CORRER
DEIXAR TUDO PRA TRÁS
FUGIR DESSA ANGÚSTIA
mas nada posso
QUERO BATER EM ALGO
USAR O PUNHO COMO MINHAS PALAVRAS
GOLPEAR ALGO COM FORÇA PARA ESMAGAR A DOR
mas nada posso
Só me resta fechar os olhos
Respirar o mais fundo que o meu peito permite
E enquanto mergulho dentro do meu eu...
Tudo posso
:...Quem vê minhas botinas não sabe o preço que paguei
Quem vê meu chapéu não sabe a marca que ele é
E quem vê minha vida nem se quer sabe o quanto batalhei pra chegar até aqui
Se achas mina vida fácil,
Batalhe como eu batalhei.
Conquiste o que eu conquistei
A vida não é dura para quem é mole, e sim
A vida é dura para aqueles que querem alcançar algo na vida
Sem incomodar a vida alheia...:
INEXPLICÁVEL AMOR...
Jóse Sátiro e Ednaide gomes.
Amor proibido
Difícil de ter
Não faz sentido
Eu quero esquecer
Amor liberal
Tão fácil de ter
É tempo perdido
Pra mim e você
Amar por amar
Difícil de ser
Eu quero encontrar
Só encontro em você.
Só encontro em você
Muita luz e vigor
É nisso que vejo o prazer
Na historia desse amor
Sem perceber sem querer
Retribui seu carinho
E pra não ficar sozinho
Deixo-me levar
Levar-me pelos caminhos
Do carinho, do afeto
Sem perceber os espinhos
Daquilo que se torna belo
JULIANE ...
(apenas mais um relato sobre o encanto das sereias)
Em Copacabana
Vários olhares
E aquele olhar...
Aquele olhar!
Olhar que conquista...
Olhar que encanta...
Olhar que apaixona...
Olhar que emociona!
Em Copacabana
Vários sotaques
Vários Idiomas
E aquela voz
Aquela voz!
Aquele... Tchê!
Aquele... Báh!
Aquele... Tu me entende, guri?
Em Copacabana
Várias pessoas
Várias belezas
Mas peço licença poética pra dizer que existia uma que me chamou
atenção!
Voltando ao poema
Aquela Gaúcha...
Aquela linda...
Aquela Sintonia!
Em Copacabana
Desejei, Renasci, Reagi
Afinal, descobri que ainda existem pessoas Fantásticas!
Obrigado, Copacabana!
Ricardo Gomes - Rio de Janeiro, RJ - 08/08/2013
PERDIDA
Ednaide Gomes e Ricardo Pinheiro
Num caminho obscuro,
Confundi o mundo,
Embora o meu eu,
Clama pelo seu,
Se entregar seria justo,
Abandonar é ser fatal,
Por que afinal?
Padrão vira razão,
Onde há maioria?
A verdade grita,
Mas que verdade?
A que eu defendo?
Ou a que ofende?
Meu coração senti,
Solidão pavor...
Diga-me incerteza,
De-me a certeza,
Do que é certo,
Do que é errado.
Por onde começar?
Como me encontrar?
Caminhos vazios,
Ruas desertas,
Triste detalhes,
De um sim de um não,
Escuridão.
Tento fugir,
Não consigo... Medo,
De enfrentar o que almejo,
Desejo de um beijo...
Caminhos incertos,
Sem inicio sem fim,
Quero me entregar,
Te buscar, me achar,
Parar de chorar.
Um sorriso a brotar,
Desejos e amor,
Torna-se confuso,
O meu temor...
Do meu interior,
Quem eu sou?
Um clique pode ativar um início
Pode deletar um arquivo
Pode gerar uma pausa
Pode lavar 15kg de roupa
Pode desligar uma TV
Pode até dizimar uma cidade...
Um clique facilita tudo...
Mas, um clique não resume um sentimento
Não apaga um lembrança
Não diminui o desejo
Não descreve uma pessoa
Não serve como resposta
Não nos dá segurança
Não representa o quanto somos humanos...
Não clique!
Dialogue!
Cadinho (Ricardo Gomes) Petrolina-PE 17/08/2013
AO LUAR
Os santos óleos, do alto, o luar derrama...
Eu, pecador, ao claro luar ungido,
Sonho: e sonhando rezo comovido
E arrebatado na divina chama.
Deus piedoso, consolo do oprimido,
Se compadece, à voz que ardente clama,
Porque meu coração, impura lama,
É um brado intenso para os céus erguido!
E o divino perdão desce da altura:
Grandes lírios alvíssimos florescem
Sob a lua, floresce a formosura...
E nessa florescência, imaculados
Raios longos do luar piedoso descem,
Choram comigo sobre os meus pecados.
EU E VOCÊ
Ao deitar-se...
Você tem direito de sonhar,
Nesse sonho não tem toque nem cheiro,
Apenas o desejo de quem sabe chegar,
Chegar em algum lugar...
Será como se fosse o último,
E quando menos perceber,
Pensamento jogado ao lado.
Nem o dia e nem a noite vai ser suficiente,
Desejo a flor da pele
Falar-se-ão sem palavras,
Em gestos...
Só no olhar...
Cheiro de amor...
De puro amor...
Exalando no ar,
Como aroma de perfume da flor,
Desejo escorrendo pelo corpo,
E se entregar...
Parando o mundo...
Parando o tempo...
Eu e você.
Você e eu.
Só eu e você,
Só você e eu.
Nada mais...
Pra sempre....
Por que com certeza encontrará,
Enfim, a mim.
Vivemos na mesma sílaba espiritual,
geminados no mesmo vocábulo;
Somos heterogêneas vontades
nas homogêneas paixões.
Entrelaçam-se fonemas,
interpenetram-se morfemas
nas duplas articulações.
Somos frutos variantes
das rítmicas constelações.
Somos linguagem universal,
filhos do Amor celestial,
somos amor - semeando gerações.
Difícil de aceitar, complicado conjugar:
eu perco, tu perdes;
tu perdeste, eu perdi;
eu perdia, tu perdias;
tu perderas, eu perdera;
eu perderei, tu perderás;
tu perderias, eu perderia;
que eu perca, que tu percas;
se tu perdesses, se eu perdesse;
quando eu perder; quando tu perderes;
no imperativo afirmativo perde tu, caso negativo
não percas tu;
por fim o infinitivo
para perder eu, para perderes tu.
Titulo:
Vale a pena tentar outra vez ..
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OUTRA VEZ VALE A PENA TENTAR,
AMAR ,SONHAR E LUTAR...
VALE A PENA TENTAR OUTRA VEZ,
SER FELIZ,INSISTIR NA FELICIDADE,
SEM SE PREOCUPAR COM A IDADE,
FALAR, OUVIR E SONHAR,
COM TUDO AQUILO QUE É PRECISO,
PARA SENTIR QUE VALEU A PENA TENTAR,
CAMINHAR E SEGUIR EM FRENTE,
FAZER COISAS QUE TE DEIXAM CONTENTE..
POR ISSO VALE A PENA SEMPRE TENTAR,
ESQUECER O QUE PASSOU,
ABRAÇAR, AMAR E PERDOAR,
E RECOMEÇAR TUDO OUTRA VEZ...
É ASSIM QUE VIVEMOS,
SONHANDO , AMANDO E SOFRENDO.
MAS SEMPRE ENTENDENDO,
QUE SEMPRE É PRECISO SONHAR, ACORDAR ..
LEVANTAR A CABEÇA,SEGUIR EM FRENTE,
CAINDO, LEVANTANDO, NÃO DESITINDO DE TENTAR OUTRA VEZ !
ESSA É A NOSSA ESPERANÇA, DE SEMPRE TER FORÇAS PARA NÃO DESISTIR DE TENTAR SER FELIZ!
TITULO:
" A BUROCRACIA DO AMOR, FORMALIZANDO SENTIMENTOS "!
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AS PESSSOAS QUEREM AMAR E SEREM AMADAS, MAS TEM MEDO,
DO PERIGO E AMEAÇA QUE PODEM CORRER..
QUEREM CONHECER ALGUÉM ,MAS NÃO TEM CORAGEM...
TEM QUE SER EM LUGAR PUBLICO, NO SHOPPING OU NO MARACANÃ..
ESSE O SENTIMENTO DO MEDO, OCUPANDO A CHANCE DE SER FELIZ,
É A FORMALIDADE BUROCRÁTICA,
TIRANDO A CHANCE DO AMOR,
É O MEDO DE SER FELIZ,
OCUPANDO O LUGAR DE ALGUÉM!
É ASSIM HOJE EM DIA,
TE ENCONTRAR ? E TE CONHECER PESSOALMENTE ?... AI QUE MEDO !!!!!
TEM QUE SER NO MEIO DE CAMPO,NO MARACANÃ....
EM DIA DE JOGO DO FLA x FLU !