Cronica de Graciliano Ramos

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⁠As pessoas frequentemente buscam no amor a solução para todos os seus problemas.

Contudo, na realidade, o amor deve ser compreendido como uma gratificação que se obtém após a resolução dos próprios conflitos e dificuldades.

Assim, o amor não resolve problemas; é a recompensa após superá-los.

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⁠É fundamental aprender a administrar conflitos e tristezas, aceitar as oscilações de humor, buscar serenidade, fortalecer a autoestima e apoiar-se em si mesmo, sem recorrer a muletas emocionais.

Após cumprir esse processo de autodescoberta e autossuficiência, o amor se manifestará como uma justa recompensa.

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⁠Para o católico, o trabalho era visto como um castigo resultante do pecado original ao consumir o fruto proibido, enquanto o lucro excessivo e a usura eram considerados pecados.

Já para o protestante, o trabalho era considerado um meio de prosperidade, enfatizando o foco no indivíduo, na busca pelo autoaperfeiçoamento e na meritocracia.

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⁠Existem diferentes maneiras de exercer poder sobre os indivíduos.

A tentação usa algo desejável para influenciar. Por outro lado, a sedução emprega adulação e elogios, ressaltando qualidades positivas. A intimidação, por sua vez, utiliza ameaças para coagir. A provocação desencadeia uma resposta ao apresentar uma imagem negativa.

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⁠Existem diversas formas de influenciar as pessoas, como concordar com o outro, apoiar suas opiniões e repetir suas palavras. É comum também utilizar testemunhos de terceiros para respaldar um serviço ou produto. A validação social, ilustrada pela expressão "todo mundo frequenta aquele barzinho", explora o desejo humano de seguir o comportamento de outros.

Por fim, declarações que instigam uma resposta imediata, como "esta é a última unidade disponível na loja", estimulam uma ação rápida, aproveitando o medo de perder uma oportunidade valiosa.

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⁠Em vez de coagir, ordenar, disciplinar ou reprimir, a nova ordem se baseia em "agradar e impressionar".

A economia consumista está repleta de ofertas comerciais atrativas, enquanto o cotidiano é dominado pelo imperativo de capturar desejos, prazeres, atenção e afetos.

Esse fenômeno levou a uma individualização exacerbada das relações interpessoais, uma maneira extrema de influenciar o comportamento e governar os indivíduos, refletindo uma representação extrema do poder nas sociedades democráticas liberais.

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⁠Temos o hábito de usar construções impessoais, como "a sociedade", "o governo" e "o país", em vez de assumirmos a responsabilidade compartilhada.

Essa prática sugere uma tentativa de evitar assumir o encargo por ações ou eventos específicos, tornando-os mais genéricos e distantes, e, consequentemente, diluindo o senso de responsabilidade coletiva e individual.

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⁠Dentre as políticas implementadas em nosso país, poucas alcançaram resultados tão significativos na redução das disparidades sociais quanto as cotas raciais.

No entanto, é importante destacar que essas medidas também enfrentam considerável contestação e resistência de diversos setores da sociedade.

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⁠No instante do sufrágio, todos os cidadãos brasileiros, independentemente de sua posição socioeconômica, desfrutam de igualdade de direitos.

O voto não conhece distinção de peso ou valor, sendo uma expressão fundamental da democracia, onde cada indivíduo tem a mesma capacidade de influenciar o processo político.

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⁠As gerações posteriores aos imigrantes europeus, que outrora favoreceram uma intervenção estatal robusta, agora advogam pela redução mínima do papel do Estado.

Além disso, boa parte desses descendentes manifesta uma oposição significativa às políticas de ação afirmativa, que anteriormente beneficiaram seus antepassados.

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⁠O conceito do "pacto da branquitude" carrega consigo um dos fundamentos do racismo: a premissa de uma cor "normal" e "universal" - a branca.

Essa ideologia atravessa gerações e impede qualquer tentativa significativa de mudança na estrutura hierárquica das relações sociais. Dentro desse pacto de cumplicidade, os detentores do poder permanecem firmes até serem substituídos por pessoas de características semelhantes.

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⁠Apenas a diversidade na aparência não basta; é fundamental que as maiorias minorizadas também alcancem posições de impacto e influência.

Ter uma variedade de rostos na tela da televisão pode sugerir "representação", mas é apenas quando essas mesmas pessoas têm voz ativa na tomada de decisões que verdadeiramente promovemos a "verdadeira representatividade", assegurando a inclusão de múltiplas perspectivas.

Portanto, é fundamental que indivíduos diversos assumam cargos de poder e liderança, onde poderão influenciar e moldar políticas que afetam suas comunidades, impulsionando, assim, uma sociedade mais justa e inclusiva.

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O racismo não se limita a ofensas verbais; é um sistema estrutural que suprime os direitos de grupos étnico-raciais, permeando instituições, práticas sociais e relações interpessoais.

É inapropriado proferir insultos como 'palmito', 'albino' ou 'branco encardido'; tais ofensas são desagradáveis e inaceitáveis.

No entanto, o verdadeiro racismo vai além dessas manifestações superficiais, sendo profundamente enraizado na dinâmica de poder, onde a comunidade negra não possui predominância nas esferas de influência."

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⁠O racismo transcende simples atitudes preconceituosas ou atos discriminatórios individuais ou grupais.

Ele permeia uma complexa estrutura social que se estende por relações políticas, econômicas, jurídicas, individuais e institucionais.

Essa estrutura é mantida por dinâmicas que perpetuam desigualdades e concedem privilégios com base na concepção de raça.

O preconceito reside no pensamento ao perpetuar concepções estereotipadas, enquanto a discriminação se distingue por suas manifestações práticas, como exclusão e marginalização.

Preconceito, discriminação e racismo são conceitos inter-relacionados, porém não são sinônimos.

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⁠A pressa tornou-se uma característica intrínseca da modernidade, resultando em uma vida frequentemente marcada por uma efervescência de atividades que se apresentam como inadiáveis.

Nesse contexto, parar, descansar e desfrutar de momentos de tranquilidade constituem um verdadeiro privilégio.

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⁠O essencial refere-se ao que é indispensável para a existência e felicidade, composto por situações, experiências, sentimentos, ações e emoções que conferem plenitude e significado à vida. Inclui aspectos como amor, amizade, verdade, honestidade, sensibilidade, saúde, educação, segurança, diálogo e cuidado com o próximo.

Por outro lado, o fundamental representa os meios necessários para alcançar o essencial, englobando os desafios a serem superados, as oportunidades a serem aproveitadas e recursos materiais como dinheiro, moradia, assistência médica e sistemas educacionais de qualidade

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⁠Todos nós, em algum momento, nos tornamos vítimas da escravidão contemporânea, subjugados pela pressão de alcançar a felicidade na era pós-moderna.

Nesse contexto, muitos de nós adotamos um padrão de vida pré-fabricado, buscando soluções simplificadas, tal como as encontradas em manuais de felicidade.

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⁠O colorismo é uma teoria que destaca como o sistema racista favorece indivíduos de pele mais clara em comparação aos de pele mais escura dentro das comunidades negras.

Enquanto o racismo se refere ao preconceito racial geral, o colorismo foca especificamente na discriminação baseada na tonalidade da pele.

Isso resulta em desigualdades significativas, como menos oportunidades de emprego e padrões de beleza menos valorizados para pessoas de pele mais escura, enquanto aqueles de pele mais clara frequentemente enfrentam menos discriminação, inclusive em contextos publicitários que tendem a favorecer sua percepção de atratividade.

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⁠A ansiedade é uma emoção humana normal que se volta para o futuro.

Trata-se de uma sensação frequentemente desagradável, porém de grande valor adaptativo, que emerge diante do novo, do desconhecido, do imprevisto e de situações de conflito.

Sua função primordial é preparar-nos para enfrentar eventos iminentes.

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⁠Os partidários do "wokismo" seguem a visão de valores refletida na dinâmica dos ressentidos: onde os indivíduos considerados "fortes" e bem-sucedidos são frequentemente vilipendiados como maus, enquanto os "fracos" e desfavorecidos são idealizados como virtuosos.

Nos filmes e seriados de TV, essa polarização se manifesta de forma exacerbada, transformando tramas e personagens em previsíveis clichês. Em poucos minutos, os espectadores já antecipam quem será o herói glorificado, destinado a triunfar, e quem será o vilão condenado ao fracasso ou à morte.

Existe uma nítida inclinação em retratar todas as maiorias minorizadas como figuras heroicas, dotadas de empatia e inteligência genuínas, verdadeiros arautos do bem. Por outro lado, indivíduos que pertencem a grupos como homens brancos, heterossexuais, ocidentais, burgueses e cristãos são frequentemente estereotipados de maneira pejorativa, descritos como frágeis, incompetentes ou moralmente comprometidos, reforçando uma narrativa que os relega ao papel de vilões por sua simples existência.

Essa lógica amplifica a percepção de vilania conforme mais características desses grupos são incorporadas. Quanto mais alguém se enquadra nesses perfis percebidos como opressores, maior é sua condenação moral nos roteiros influenciados pelo "wokismo".

No cenário das produções audiovisuais moldadas por essa ideologia, emergiu um lucrativo nicho de mercado. Embora a diversidade de histórias e perspectivas deva ser um ideal a ser alcançado, infelizmente, muitas vezes trocamos um paradigma cinematográfico centrado na visão do "opressor ocidental" por uma visão que dá primazia ao "oprimido marginal".

Isso transmite a preocupante impressão de que equilíbrio e ponderação não resultam em ganhos econômicos, favorecendo uma narrativa polarizada que ignora a complexidade humana em favor de uma dicotomia simplista de mocinhos e vilões. O capitalismo, por sua vez, parece prosperar no extremismo. Independentemente da moda ideológica do momento, o detentor da planilha permanece em alta, acumulando cada vez mais dólares enquanto a arte e a narrativa genuína são subjugadas ao imperativo da ideologia vigente.

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