Corrente

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O pensamento é como uma corrente elétrica, mas abstrata, está no ar, sendo obsorvida pelos seres vivos, através de seus instintos ou inteligência.

Corrente amorosa

A gente se entrega
É só fechar a porta
Olho para ti e sei o que queres
Um beijo ardente com sabor alucinante
O teu toque me diz que o dia está para começar
Eu não nego já não sei mais como fugir
Todas as horas estão interligadas ao meu coração
È tão verdadeiro que só vejo você
Um parque aberto, um banco de praça
Uma linha imaginária a nos afastar
Se vou embora quero retornar
Mas, já está na hora de tudo terminar
Pois, me envolvi a tal ponto que,
Entonteço só ao me deitar
O travesseiro respira e sussurra um nome
Eu me agarro ao lençól para não me contrariar
A parede estala e forma um desenho
Estou louca ou a paixão quer me domar?
Você mudou o curso do meu rio e agora em ti terei de desaguar
Aguenta firme estou indo
Levando comigo tudo que encontrar
Presenteando-te com meu olhar
Uma maneira fácil de lhe amar

Nado contra a corrente
todo rio de sujeira
começa em um mar de gente

"Nunca se esqueça que apenas os peixes mortos nadam a favor da corrente."

Ir embora para mim nunca tinha sido problema. É meu fluxo natural, sou água corrente. Agora tô do seu lado, quando você perceber, já fui..E você nunca vai saber porquê. Na verdade, nem tem um porque, só preciso dar continuidade a correnteza, pra não morrer afogada, talvez.

Uma corrente de ouro só serve para prender seu portão de ouro da sua casa de ouro.

A água corrente que me circunda mostra palavras que trazem novos sentidos a já incontáveis sensações. Como uma pedra estagnada no meio de um rio, deixo tudo fluir a minha volta, esqueço do passado, paro de pensar no futuro, apenas a dádiva do presente me preocupa. E como em um passa de mágica a mente mostra a mais trágica realidade onde nada sei e quase nada saberei.
Às vezes eu realmente só queria ser uma pedra no meio de um rio.

Sou Água...

Sou água
Corrente
De um rio
Quieto...
Sou água
Cortada
Por açude
Indiscreto...
Sou água
Que passa
Mudando
D'aspecto...
Sou água
Sofrida
Abrigo
Sem teto...

-- josecerejeirafontes

Ninguém pode colocar uma corrente sobre o tornozelo de seus semelhantes sem finalmente encontrar a outra extremidade presa em seu próprio pescoço.

Não sei!!!!

O que te prende não é a corrente.
E sim sua mente.
O que te segura não é o chão.
E sim tua decisão.
O que olha, não olha.
E não chora.
Se olhar e não olhar.
Não vá me culpar.
Pois foi tua decisão
Me procurar,
E acreditar que eu posso
te libertar.
Não vou mentir, posso te libertar,
Qualquer um pode, quando você
acreditar que pode se libertar.

Sentir e expressar-se

Querer ir contra a corrente não desfaz os enganos e é perigoso. Somente Sócrates podia fazê-lo. Discordar é considerado uma ofensa porque significa condenar a opinião alheia. Os contrariados se multiplicam tanto em consideração àquele que foi criticado quanto àqueles que o aplaudiam. A verdade é de poucos, mas o engano é tão comum quanto vulgar. Não se conhece o sábio pelo que fala em público, pois não o faz com sua voz, mas com a da tolice comum, por mais que discorde dela interiormente. A pessoa sensata foge de ser desmentida e de contradizer os outros: rápida na censura, é lenta para torná-la pública. O sentir é livre, não se pode nem se deve violentá-lo. O homem prudente refugia-se no silêncio e se mostra a poucos e sábios.

Sentir a água

Assim é ela,
a água
corrente...
Corre,
e escorre
tudo leva
na frente!
Leva a inveja,
e a soberba...
Leva também
a nossa
tristeza!...

-- jose cerejeira fontes

⁠Eu deixo-me estar entre o poeta e o sábio.

Vinha a corrente de ar, que vence em eficácia o cálculo humano, e lá se ia tudo. Assim corre a sorte dos homens.

Durante algum tempo ficamos a olhar um para o outro, sem articular palavra. Quem diria? De dois grandes namorados, de duas paixões sem freio, nada mais havia ali, vinte anos depois; havia apenas dois corações murchos, devastados pela vida e saciados dela, não sei se em igual dose, mas enfim saciados.

Quem me pôs no coração esse amor de vida, senão tu?

A história do homem e da terra tinha assim uma intensidade que lhe não podiam dar nem a imaginação nem a ciência, porque a ciência é mais lenta e a imaginação mais vaga, enquanto que o que eu ali via era a condensação viva de todos os tempos.

Não há juventude sem meninice.

O marido era na Terra o seu deus.

Primeira comoção da minha juventude, que doce que me foste!

Vendera muita vez as aparências, mas a realidade, guardava-a para poucos.

Amei a outro; que importa, se acabou? Um dia, quando nos separarmos...

O capitão fingia não crer na morte próxima, talvez por enganar-se a si mesmo.

Preferi dormir, que é modo interino de morrer.

Confesso que foi uma diversão excelente à tempestade do meu coração.

Ninguém me negará sentimento, se não é que o próprio sentimento prejudicou a perfeição...

Explico-me: o diploma era uma carta de alforria; se me dava a liberdade, dava-me a responsabilidade.

Eu amava minha mãe; tinha ainda diante dos olhos as circunstâncias da última bênção que ela me dera, a bordo do navio.

A beleza passara, como um dia brilhante; restavam os ossos, que não emagrecem nunca.

O olhar da opinião, esse olhar agudo e judicial, perde a virtude, logo que pisamos o território da morte.

Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.

Em verdade vos digo que toda a sabedoria humana não vale um par de botas curtas.

Eu, que levava ideias a respeito da pequena, fitei-a de certo modo; ela, que não sei se as tinha, não me fitou de modo diferente; e o nosso olhar primeiro foi pura e simplesmente conjugal.

Verdade é que tinha a alma decrépita.

Talvez cinco beijos; mas dez que fossem não queria dizer coisa nenhuma.

Eram tantos os castelos que engenhara, tantos e tantíssimos os sonhos, que não podia vê-los assim esboroados, sem padecer um forte abalo no organismo.

De amor? Era impossível; não se ama duas vezes a mesma mulher, e eu, que tinha de amar aquela, tempos depois, não lhe estava agora preso por nenhum outro vínculo, além de uma fantasia passageira, alguma obediência e muita fatuidade.

Morreu sem lhe poder valer a ciência dos médicos, nem o nosso amor, nem os cuidados, que foram muitos, nem coisa nenhuma; tinha de morrer, morreu.

Mas, se além do aroma, quiseres outra coisa, fica-te com o desejo, porque eu não guardei retratos, nem cartas, nem memórias, a mesma comoção esvaiu-se, e só me ficaram as letras iniciais.

Se os narizes se contemplassem exclusivamente uns aos outros, o gênero humano não chegaria a durar dois séculos: extinguia-se como as primeiras tribos.

A conclusão, portanto, é que há duas forças capitais: o amor, que multiplica a espécie, e o nariz, que a subordina ao indivíduo. Procriação, equilíbrio.

A valsa é uma deliciosa coisa.

Ventilai as consciências!

Há umas plantas que nascem e crescem depressa;outras são tardias e pecas. O nosso amor era daquelas; brotou com tal ímpeto e tanta seiva, que, dentro em pouco, era a mais vasta, folhuda e exuberante criatura dos bosques.

Uniu-nos esse beijo único - breve como a ocasião, ardente como o amor, prólogo de uma vida de delicias, de terrores, de remorsos, de prazeres que rematavam em dor, de aflições que desabrochavam em alegria - uma hipocrisia paciente e sistemática, único freio de uma paixão sem freio.

Correm anos, torno a vê-la, damos três ou quatro giros de valsa, e eis-nos a amar um ao outro com delírio.

Não há amor possível sem a oportunidade dos sujeitos.

Contou-me que a vida política era um tecido de invejas, despeitos, intrigas, perfídias, interesses, vaidades.

Recordei aquele companheiro de colégio, as correrias nos morros, as alegrias e travessuras, e comparei o menino com o homem, e perguntei a mim mesmo por que não seria eu como ele.

Só as grandes paixões são capazes de grandes ações.

Vi que era impossível separar duas coisas que no espírito dela estavam inteiramente ligadas: o nosso amor e a consideração pública.

Esta é a grande vantagem da morte, que, se não deixa boca para rir, também não deixa olhos para chorar...

A intensidade do amor era a mesma; a diferença e que a chama perdera o tresloucado dos primeiros dias para constituir-se um simples feixe de raios, tranquilo e constante, como nos casamentos.

- Repito, a minha felicidade está nas suas mãos - disse eu.

Continuei a pensar que, na verdade, era feliz.

A velhice ridícula é, porventura, a mais triste e derradeira surpresa da natureza humana.

O caso dos meus amores andava mais público do que eu podia supor.

Quem escapa a um perigo ama a vida com outra intensidade.

Esta era a minha preocupação exclusiva daquele tempo.

Verá que é deveras um monumento; e se alguma coisa há que possa fazer-me esquecer as amarguras da vida, é o gosto de haver enfim apanhado a verdade e a felicidade.

Não digo tanto; há coisas que se não podem reaver integralmente; mas enfim a regeneração não era impossível.

Você não merece os sacrifícios que lhe faço.

Eu não, eu abençoava interiormente essa tragédia, que me tirara uma pedrinha do sapato.

Saiu; eu fiquei a ruminar o sucesso e as consequências possíveis.

Meu coração tinha ainda que explorar; não me sentia incapaz de um amor casto, severo e puro.

Era medo e não era medo; era dó e não era dó; era vaidade e não era vaidade; enfim, era amor sem amor, isto é, sem delírio; e tudo isso dava uma combinação assaz complexa e vaga, uma coisa que não podereis entender, como eu não entendi.

Cuido que não nasci para situações complexas.

O tempo caleja a sensibilidade e oblitera a memória das coisas.

Não a vi partir; mas à hora marcada senti alguma coisa que não era dor nem prazer, uma coisa mista, alívio e saudade, tudo misturado, em iguais doses.

Era-me preciso enterrar magnificamente os meus amores.

Era tudo: saudades, ambições, um pouco de tédio, e muito devaneio solto.

Morriam uns, nasciam outros: eu continuava às moscas.

A evolução, porém, é tão profunda, que mal se lhe podem assinar alguns milhares de anos.

Crê em ti; mas nem sempre duvides dos outros.

A vida elegante e polida atraí-a, principalmente porque lhe parecia o meio mais seguro de ajustar as nossas pessoas.

Esse sentimento pareceu-me de grande elevação; era uma afinidade mais entre nós.

Em suma, poderia dever algumas atenções, mas não devia um real a ninguém.

O leitor, entretanto, não se refugia no livro senão para escapar à vida.

Concluí que talvez não a amasse deveras.

Grande coisa é haver recebido do céu uma partícula da sabedoria, o dom de achar as relações das coisas, a faculdade de as comparar e o talento de concluir!

Quero dizer, sim, que em cada fase da narração da minha vida experimento a sensação correspondente.

Nunca me há de esquecer o benefício desse passeio, que me restituiu o sossego e a força. A palavra daquele grande homem era o cordial da sabedoria.

Vida é luta. Vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal.

Não havendo nada que perdure, é natural que a memória se esvaeça, porque ela não é uma planta aérea, precisa de chão.

Por que é que uma mulher bonita olha muitas vezes para o espelho, senão porque se acha bonita, e porque isso lhe dá certa superioridade sobre uma multidão de outras mulheres menos bonitas ou absolutamente feias?

De modo que, se eu disser que a vida humana nutre de si mesma outras vidas, mais ou menos efêmeras, como o corpo alimenta os seus parasitas, creio não dizer uma coisa inteiramente absurda.

Com efeito, era impossível crer que um homem tão profundo chegasse à demência.

Afirmo somente que foi a fase mais brilhante da minha vida.

Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento.

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Typografia Nacional, 1881.

Nota: Trechos do livro.

...Mais

⁠A vida é como uma corrente. Devemos aproveitar cada momento, pois tudo tem um fim, até mesmo a nossa própria existência.

A união faz a força. Mas, tal como uma corrente, cuidado com os elos podres.

Não se domina um coração com correntes, tão pouco com ordens nos lábios. O verdadeiro dominador é aquele que domina o coração de sua mulher com a jaula aberta, pois se ela decidiu ficar, é porque dominaste verdadeiramente o seu coração.

⁠Ela veio
Moça formosa

Me trouxe o presente
Cuidou de mim
Remendou minhas partes
Lustrou minhas asas
Queimou as correntes
Levou as desculpas
Iluminou meu caminho

Ela veio
Moça formosa

Não trata-se de inspiração, mas sim de determinação.

Inserida por lucasquiozo

Pode parecer com alguém que você conhece ou um estranho na multidão. Qualquer um que o ajude a chegar perto de você.

Inserida por ChrisRC

⁠Será ausência ou só recordação? Essa saudade que invade meu coração. Tento me aquecer num dia frio, relembrar à margem as águas que passaram nesse rio; tento preencher tanto vazio, remendar com imagens, palavras - o que minha alma viu, ou só sentiu, inventou que é para não sofrer, porque os olhos só veem o que querem ver. Aqui é tão fácil de se perder...
(É a terra dos meus sonhos e memórias)
Guardei tanta coisa e nem sem por quê...
(É a terra dos meus sonhos e memórias)

Inserida por Vinischuartz