Contos ou Cronicas de Mario Quintana
PARAR - PENSAR - AGRADECER
Ser grato é reconhecer que outras pessoas participam de nossas alegrias e frustrações. O sentimento de gratidão, além de ajudar a desenvolver a criatividade, melhora o relacionamento interpessoal. No dia 06 de janeiro será comemorado o Dia Da Gratidão.
Sempre que reconhecemos acontecimentos, gestos, palavras ou pequenos detalhes do cotidiano como “dignos de nota” e agradecimento, nosso cérebro reage, aumentando o nível de dopamina — neurotransmissor responsável, dentre outras funções, pela sensação de bem-estar, humor e prazer. Por consequência, quanto maior a liberação de dopamina, mais satisfeitos e felizes no sentimos.
A gratidão é um sentimento simples, porém muito poderoso. É por esse motivo, afinal de contas, que a maioria dos indivíduos possui tanta dificuldade em agradecer às coisas simples da vida: precisamos batalhar por tudo aquilo que nos faz bem.
Mas por que essa emoção é tão poderosa? De maneira bastante simplificada, podemos explicar essa afirmação pelo simples fato de que, quando possuímos um olhar mais positivo, todos os nossos problemas parecem diminuir e se tornar mais leves.
E uma maneira de enxergar o que estar por vir é com esperança, fé e, acima de tudo, sendo grato pelo simples fato de existir, de respirar.
A fé que temos
A fé que temos nos conforta
E é isso que a nós importa
Ela esta entre todos os povos
Entre os seres velhos e novos
O mistério da fé que cada um tem
Independem do símbolo que usa
Independem da imagem também
Porque todos têm a sua causa
Não há nicho de fé superior ao outro
Pois, cada cultura tem sua crença
Há quem vê a fé até um no outro...
Mas, nem tudo se é como se pensa
Porque cada ser em si lapida seu ouro
E é nisso que a fé faz a diferença!
Vazio de tão cheio
Ah!
Vazio de tão cheio
Receio...
Que derramei
Transbordei...
Percorri o leito de um rio
Sentido frio...
Me perdi de mim
Cheio de vazio
Agora transbordo silêncio
Ócio...
Vou perambulando o vento
Me perco no tempo
Sopro sem fim, sem começo
Adormeço...
E meu corpo me carrega
Escorrega...
Enquanto meu rastro apago
Afago a dor
Para não sentir seu amor
No seu rastro flutuo
Fluo...
No vento me disperso
Em me encontro num verso
Ah! Reverso
Meu preço
O meu endereço numa estação
Ah! Canção...
Meu coração ainda murmura
Ternura...
Mas há ainda lágrimas no chão
Despeja de mim a inundação...
Se acende o sol
Girassol...
Flores florescem
Enquanto recolho as pétalas
Pago o preço
E vou juntando pedaços de mim
Por onde despejei meu adereço
E me faço
É meu recomeço...
Solidão
Vi teus olhos tristes,
perdidos na solidão
imediatamente partiste meu pobre coração.
Vendo tua bela silhueta
Palpitou meu coração
Mas a sorte xereta
só deixou-me solidão !
Caminhando por esta vida
Levei um tropeção.
Amei uma mulher da vivida
Que me deixou na solidão !
Todos dizem por aí
Que o mundo está em ebulição
Mas já compreendi
Que o homem vive triste e na solidão.
Solidão, solidão !
Que fizeste de mim ?
Dilaceraste meu coração
Com uma saudade sem fim.
*Muitos se perguntam qual o sentido da vida?
Qual o significado de sua existência?
Cada um de nós temos um porquê e uma razão pra estarmos aqui,uns fazem algo grande e visível, outros nem tanto,mas todos contribuem mutuamente para que em definitivo a mudança aconteça.
Cada um tem sua porção de ação e no final tudo é fruto de seu esforço. *
MINHA PESSOA INGRATA
Em rua deserta me encontro.
Solidão. Silêncio. Sofrimento.
Tudo em mim é tão muito!
Tudo em mim é intenso!
Nenhum som me ensurdece.
Nenhuma luz me encandeia.
Vazio. Ausência. Falta.
A cor de uma vida cheia,
Que outrora corria em minhas veias,
Agora se sente exausta.
Falta de ar me sufoca.
Peito em chamas me queima.
Passado já não tem mais volta.
Presente a mim trapaceia,
E a sina de quem já fui tantas
Agora é viver-me alheia!
Que fazer de mim, que não sei
Quem fui e quem já não serei?
Se tudo que me alegrava,
Já não faz sorrir quem amei:
Essa minha pessoa ingrata
Que fui e que não mais serei!
Nara Minervino
Então Natal
Então Natal,
as luzes estão piscando,
as pessoas comemorando
e num abraço vem Jesus!
É ele que nos conduz,
a termos a fraternidade
e abraçarmos como irmãos.
E neste gesto apenas,
que se renove as esperanças
em cada coração!
A felicidade vem à esta união,
vem também a solidariedade
e a bondade faz a renovação!
Em meio a linda festa,
os sorrisos se espalham
e não há presente maior!
A leveza no coração
nos toca em silêncio a emoção
e numa prece do Senhor
a paz se estabelece!
Os sinos vão tocar,
e ainda a ouvir
um coração pulsar,
então é Jesus!
Maria Lu T S Nishimura
Amor é status quo
Amor é uma invenção humana
Se encaixa na poesia mas na vida real é um status quo
Tente ser amado sem ter nada
Terá encotrado algo real
Só que em momentos inoportunos
Se o amor prevalecer AGARRE
Não jogue fora seu amor próprio
Alimente seu ego com o que for bom
Volte atrás sem regressão
Ame e seja amado
Do Que Somos Feitos?
Pelas andanças da vida, pergunto-me, hoje, do que somos feitos?
Somos feitos de memórias. Algumas, nem sabíamos que ainda estavam lá, intocadas. Talvez, alguma reminiscência atávica, que carregamos em nossos genes, memórias da infância, quem sabe?
Lembranças, que nossos ancestrais nos deixaram, gravadas em nós, como faz um canivete em uma pedra ou num tronco de árvore.
Quem somos nós, afinal? De que matéria somos feitos?
Somos feitos, sim, de esperança. De insondáveis desejos, muitas vezes, ocultos. Noutras, bem visíveis, estão eles lá, à espera de que o realizemos.
Somos feitos de sangue, suor, músculos, força de vontade.
Alguma desesperança, algumas decepções...
Mas, somos feitos, principalmente, de um material impalpável:-lembranças de nossas andanças, pela infância, juventude e, quando nos tornamos adultos, saímos pela porta da frente, com esperança no futuro.
Ou será que somos feitos do nosso mundo interno,
onde carregamos, na nossa inconsciência, memórias?
Não sou eu capaz de responder a essas questões, que me tenho feito ao longo das minhas andanças...
Mas, ando sendo capaz de pescá-las, eu mesma, lá, nesse fundo insondável, infinito e misterioso de mim mesma...
Porque somos feitos de memórias. Algumas, nem sabíamos que ainda estavam lá, intocadas.
Feitos, somos sim, de esperança e sonhos, de insondáveis vontades, de realizar nossos desejos, que, muitas vezes,estão ocultos. Noutras, lá estão eles, nossos desejos, bem visíveis,à espera de que os concretizemos.
Andamos à procura do que fomos, do que somos e do que seremos. Mas, não precisamos correr atrás para sabermos do que somos feitos...
Somos feitos de desejos, só não sabemos como resgatar o tanto de nós mesmos que ferimos e deixamos escondido...
Agora, é correr atrás do tempo perdido, procurando buscar, lá, no passado, o que ficou escondido e se transformou em dúvidas... Mas, agora, temos a certeza do que somos feitos...
Vamos continuar nossas andanças pela vida...
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Andanças pela vida"...página 170
Morar em condição de rua não
Morar em condição de rua não!
Isso é desumano para um humano,
mesmo que não tenhas condição!
É preciso fazer algo, urgentemente...
gente não pode ser tratado mal,
até...pior do que um animal!
Há que ter um jeito,
fico martelando no meu peito
em cada pulsar do meu coração...
Piedade, doação...
onde se guarda o dinheiro
do imposto da Nação?
Deus ilumina o coração dos homens,
que comanda este país,
pois não podemos aceitar...
pessoas ao relento, sob o vento,
o frio, a tempestade e o trovão
quase à riscar o chão ...com o nariz!
Maria Lu T. S. Nishimura
Diáfano Impreciso
Entre o meu ente e o teu ente,
Há uma colisão, um encontro de um só ser.
Acordo de duas almas qualitativamente
Que se encontram por prazer.
Do lado de um fado, há um lado!
Do fado ao lado, outro fado!
Do lado da fronteira, há uma asneira!
Ao lado da asneira, outra fronteira!
Uma reza,
Rotina
E rotineira!
Entre os entes há as mentes.
Há o sentido figurado,
Onde o meu coração,
Foi começado,
E o teu... foi destroçado!
A ambígua maneira de dizer,
Em suma o que acontece:
É que o teu ente quis viver;
O meu ente, ao que lhes parece,
Fez da curva, reta, não quis ser!
Um ente foi para o que veio!
Outro ente veio para o que foi... ser meio!
Ao lado do que padece, há um que se estabelece!
Do lado do um que se estabelece, o outro, de si... se esquece!
É uma escuridão.
Diáfano turvo,
Que enlouquece!
Entre o teu ente e o meu ente,
O que não colide passa ao lado.
Passa sem comum e repete concomitantemente
Que o prazer não foi encontrado!
Dois lados esburacados,
No meio da fronteira.
Dois soldados,
No meio, uma trincheira,
Onde as munições são fados!
O prazer... é a asneira,
E o ente,
Dois corações despedaçados!
O círculo é laranja.
O traço é eufemismo.
O polígono é o que se arranja,
E o dormir,
É o que da vida...
Se esbanja!
"Panela de barro que cozinha nosso alimento, que prepara nossas refeições, que mostra nossas origens e que em nossa mesa participa de nossas orações.
Abençoa Sagrado Coração de Jesus as nossas panelas de barro, para que elas nos ofereçam o nosso pão de cada dia, o fruto do nosso trabalho e dai-nos saúde e força para continuar trabalhando pela sobrevivência".
MÃE ZUZA (1914-1990)
Mesmo assim, por isso mesmo, aprendemos que tudo passa...O tempo não passa sozinho no relógio e na contagem desenfreada dos dias...
Passa, tão rápido, e com ele passamos nós e tudo o que vivenciamos em nossa caminhada...
Marilina Baccarat de Almeida Leão escritora brasileira, no livro "O Eu de Nós " página 15
É só uma lembrança
É...é só uma lembrança
Que o pensamento me traiu
Te trouxe tão real pra mim...
Tão perto, tão meu
E tão sua eu
Teu rosto belo e formoso
Teu beijo macio e gostoso
Já não sei se é lembrança
Ou apenas fantasia
Aaah! Memórias de ti
Memórias de mim
Ou apenas minhas ilusões
É...é só uma lembrança
Que o pensamento me traiu
Te trouxe tão real pra mim...
Tão perto, tão meu
E tão sua eu
Ilusões também são lembranças
São verdades vividas nas solidões
De alguém que desejos tem
Mesmo que não vivida com ninguém
Aaah! Memórias de ti
Memórias de mim
Ou apenas minhas ilusões
É...é só uma lembrança
Que o pensamento me traiu
Te trouxe tão real pra mim...
Tão perto, tão meu
E tão sua eu
Maria Lu T. S. Nishimura
Avesso
Eu te amei, me apaixonei
Mas, já me virei do avesso
Fiz mil promessas
Para ver se te esqueço
Te dei um flagra
Te joguei praga, confesso
Mas, me virei do avesso
Pra não chorar
Peguei ranço de você
Não quero mais te ver
Agora é pra valer
Você foi meu desejo sincero
Agora não te quero
Não posso me enganar
Vou deixar de te amar
Peguei ranço de você
Não quero mais te ver
Agora é pra valer
Te dei um flagra
Te joguei praga, confesso
Me virei do avesso
Pra não chorar
Mas, agora te esqueço
Maria Lu T. S. Nishimura
Marmelada social
Marmelada social compactada
Já vem marcada
Carimbada a nota
Daí desbota a lata
Fica a nata!
Lambuza no doce ó peão
Lambuza no doce ó João
Vai José
Vai Mané
Vai todo mundo adocicado
Vai caboclo e magistrado
Todo mundo tá na marmelada social
Nem parece prejudicial ...ó capital
Ô capital sensacional
Sensação de jornal
passa na televisão, a visão:
Igualitária;
Democrática...
E a tática...
É fantástica!
A e sensação vêm na caixa de bombom
É doce, é doce
Mas, a tolice?
Pergunta a Alice
E o João responde:
- Deixa de burrice!
A sociedade cega e estagnada
Não vê nada;
Não diz nada
Até parece acorrentada
Comendo marmelada!
Maria Lu T. S. Nishimura
Era manhã de primavera e os capotes caminhavam em bando pelo cercado. Já havia tirado o leite e colocado a ração para o gado. Observando os capotes e ouvindo o canto deles de longe para que eles não se assustassem. Percebi que uma delas cantava ao lado do mandacaru numas moitas. Quando ela se retirou fui procurar entre as pedras e moitas e próximo ao mandacaru estava um monte de ovos escondidos, um ninho de capote.
Mãe Zuza (1914-1990)
Para você
Eu sempre estarei
De alma aberta
Mente aberta
Corpo aberto
Coração aberto
Braços abertos
Sorriso aberto
Boca aberta
Peito aberto
E pernas abertas
Inteiramente aberta
Ao amor
Que por mim você tem!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Encontrei um ninho de capote, havia muitos ovos e não era apenas uma que botava ovos naquele lugar. Fiz o ninho da galinha para que ela chocasse dois tipos de ovos. Coloquei primeiro os de capote e após uma semana os de galinha. Aumentei meu pequeno bando de capotes. Eles cantam no Barro Preto todos os dias.
Fragmento do livro "Um ninho de capote" de Mãe Zuza (1914-1990), Maria da Saúde de Araújo, escritora e beata Markenciana.
Nos fascinantes caminhos de uma poesia encontram-se os importantes recursos de uma linguagem que passa pela sensibilidade, sentimentos e emoções essenciais para todos aqueles que buscam na arte literária, a inspiração para viver com equilíbrio e harmonia. É a linguagem do coração e da alma, dando asas à imaginação e fazendo de cada momento da vida, uma oportunidade para sonhar com novas perspectivas, compreendendo por meio das sensações e percepções, o mundo em sua plenitude.
Marcos Antônio Lenes de Araújo , escritor markenciano.
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