Contos de Drummond o Girassol e o Jardineiro
Conselhos para novos escritores, que desejam participar dessa estrada maravilhosa, que é a literatura.
1) Marilina Baccarat de Almeida Leão, escritora brasileira, escreve pela madrugada adentro, até as 4h00... Quando o sol desponta no horizonte, ela já escreveu e, dorme até ao meio dia. Escrever pela madrugada, ou, pela manhã o rendimento é melhor...
2) As redes sociais e o celular, são os maiores aliados da procrastinação, por isso, Marilina Baccarat desconecta-se de todas as suas redes sociais durante as horas em que se dedica a escrita.... É claro que, a vontade de checar as novidades do facebook, do twitter, do Instagram, as fotos de nossos amigos é uma vontade, mas, se o escritor quiser realmente ser um escritor de sucesso, o autocontrole, a disciplina e o compromisso com o trabalho, devem vir em primeiro lugar.
3) Cobrir-se de doses diárias de novas ideias, este é um dos segredos da escritora brasileira Marilina Baccarat, manter um fluxo constante de pensamentos...
4) A escritora aconselha que todos os escritores iniciantes, separem alguns minutos do dia para um relaxamento, antes de começar o trabalho. Uns minutos de reflexão, onde devemos rever tudo o que está a nossa volta e, aliado à sua criatividade e imaginação. Construir um universo que será posteriormente materializado pelas suas palavras...
5) Escrever todos os dias, mesmo quando não tiver veleidade para escrever.... Não deixe de exercitar constantemente a sua escrita.... Pois, a cada escrita, surgem novas nuances, novas perspectivas e passamos a enxergar com os olhos da alma...
Pensamento do escritor Russo Tolstói:
“Devo escrever a cada dia sem falhas, não tanto pelo sucesso do meu trabalho, mas para não sair da minha rotina”
Tolstói (escritor Russo, que distribuía seus livros de graça para o povo Russo)
Saudades Imagináveis
Saudades, que habitam em nós, são gravadas a ferro, dentro da nossa essência, ferindo-nos...
Muito melhor seria, se as tivéssemos gravadas a ouro, dentro do nosso peito, a tê-las, que explicar, para quem não as vê. Não sentem o que sentimos...
As saudades, somente nos pertencem e só nós sabemos como se apresentam, dentro do nosso imo...
É como se a nossas mãos estivessem escrevendo, em um papel imaginário, tudo o que o nosso eu sente... São saudades sinceras, temos certeza..
Elas nos assustam, nos dão as mãos e nos levam a viajar por caminhos frios e tristes... E lá vamos nós a percorrê-los, sentindo uma apunhalada no peito...
As saudades são tão sinceras, que nos espantam,nos magoam e acabamos acostumando-nos com elas.Por não saber abandoná-las, dizemos a nossa verdade, o que estamos sentindo e aprendemos a conviver com elas...
Não a aceitamos, mas, convivemos com essa dor, que, a cada dia, tira-nos um pedaço da nossa vida, levando-nos por vales escuros...
Todos nós temos uma definição, que nos permite existir, e esse rótulo é a nossa tábua de salvação.
Graças a ele, navegamos pelos tumultos da saudade, do dia a dia... Conseguiremos chegar ao estuário,onde nos encontraremos com as marés calmas, sem enlouquecermos... Pois não as aceitávamos...
Nos longos invernos da solidão do nosso “Eu”,muitas vezes, perguntamo-nos, a nós mesmos, com a alma dorida: – Como seriam os dias à nossa volta, se fossem vistos pelos olhos alheios?...
A saudade é como um vento, que surge sem que estejamos esperando, levando a alegria e trazendo a nostalgia...
Quando a noite começa a devorar a tarde, as pessoas, de repente, descobrem que estão com saudade da luz. Então, as ruas, as casas, colinas e vales se transformam no sinal dessa falta de luz...
Luzes, cada vez mais espalhafatosas, transformando a comedida atmosfera da noite, no alegre cenário de uma festa, que é iluminada pela luz das estrelas...
Tudo é silêncio, quando a saudade habita em nós.A nossa natureza fica mergulhada numa espécie de estupor. Até o barulho, mais próximo, parece vir de bem longe. Mais que os ruídos, são as nossas dores...
Não queremos lembrar de muitas delas, mas,elas chegam, sem a gente querer... Elas saem num turbilhão de seus esconderijos, e se alojam em nosso eu, pois, são frias, como o inverno na montanha...
No entanto, machucam-nos, embora, às vezes,o façam sem que desejemos... Que nos mostrem a verdade, que traz, com ela, ferindo o nosso ser...
Os pesares, que sentimos, muitas vezes, nos assustam, não que estejamos sempre preparados para recebê-los. Não! Não estamos. Apenas, aprendemos a conviver...
Ninguém tem coragem de se lembrar da saudade, é melhor deixá-la esquecida, em um canto qualquer de nós mesmos...
Pois não gostamos de lembrar de certos acontecimentos, certas nostalgias...
Quando nos lembramos, o nosso coração fica dorido, com uma dor profunda... Talvez, a lei da saudade não seja tão diferente das leis da metereologia...
Assim, como o ar tende sempre a passar de uma área de alta pressão, para uma de baixa, da mesma forma, cria-se, em nós, de repente, esse vazio... E é um vazio, que atrai a melancolia...
Não gostamos de lembrar da saudade. Os longos meses de solidão, até aprendermos a nos acostumar com ela... Preencherem o nosso eu...
Então, preferimos fechar os olhos e viver em um mundo irretocável, sem lembrar dela, sem pensar...
Acontece, porém, que as saudades não se escondem, gostam da solidão... Procuram companheiras, para não ter que ser hipócritas, enfrentando pessoas, que não querem aprender a conviver com elas...
A sinceridade das saudades é absoluta. Igualmente, elas querem mostrar a verdade, para todos...
Por isso, às vezes, as pessoas se cansam de sentí-las, querem comandar seus quereres, deturpando-as, não querendo sentir a sinceridade, que há nelas. Preferem esquecê-las, a pressentí-las dentro de si...
É certo que cada um sente saudades diferentemente. Ou as camufla. Ou, simplesmente, as deixam
lá, quietas. Procuram não as sentir... E, a cada dia,
afastam-se um pouco mais desse mundo frio, que é
o das saudades... Sendo que elas são sinceras e nos
mostram tudo, com muita clareza...
Muitos preferem o ópio do silêncio, que corre
em suas veias, à sinceridade das saudades,
que nos remetem a lugares, por onde, antes,
caminhávamos com as alegrias, mas, agora,
temos a franqueza das saudades, a nos
acompanhar...
Marilina Baccarat, escritora brasileira, no livro "O Eu de Nós" página 29
Não aprendam tudo o que te ensinam
Eu vejo tanto do nosso potencial perdido, tanto conhecimento que deixamos de alcançar, tantas belezas que deixamos de ver, de presenciar, tudo pelo fato de que aprendemos muito, afinal a todo instante de nossas vidas aprendemos algo, quando nascemos começamos a aprender, aprendemos com nossos pais, aprendemos com pessoas mais velhas, com pessoas mais novas, aprendemos com tudo e todos, e por esse fato deixamos muitas coisas passar.
Estou indo contra o bom senso de que “aprender é bom”, “conhecimento é importante”, eu sei disso, porém já pararam para pensar no que se está realmente aprendendo? O que estamos de fato absorvendo desse mundo, serão coisas boas? Isso fará diferença em para nós ou para outros? Olho para uma sociedade ensinando que mulheres devem ser tratadas de qualquer jeito, olho uma sociedade ensinando que não importa o que seja necessário para que você esteja no topo, não importa em quantos você pise, o importante é estar no topo! Olho uma sociedade dizendo que você precisa de um carro melhor, de uma casa maior, um jogo de cortinas novo, e nossa veja o seu celular como está velho, você precisa trocar!
Não estou falando de propaganda, não é nada disso, estou falando de nós mesmos, estamos ensinando e aprendendo coisas uns para os outros, por mais que não percebamos, ensinamos com nossos gestos, com nossas palavras e atitudes, ensinamos de todas as maneiras possíveis. E isso nos afeta de maneiras imprescindíveis, pois nós humanos ao longo de todo esse tempo de existência nunca paramos e pensamos no que estamos aprendendo, nunca tivemos a atitude em pegar todo essa imensa carga de conteúdo e filtrar, filtrar o que é bom e o que é ruim, tirar tudo o que não nos agrega valor, para que assim possamos atribuir os verdadeiros ensinamentos dos pequenos aos grandes momentos, estamos aprendendo sem saber aprender.
Devemos ter o Yin Yang em nossos pensamentos, entendermos que tudo tem um equilíbrio, em coisas ruins podemos encontrar coisas boas e coisas boas podemos encontrar coisas ruins, então eu pergunto a você leitor ou leitora, já fez uma reflexão do que você tem aprendido com a sua vida?
Ei moço, por favor, me ouça, eu não sou mais a criança de oito anos de idade, não sou mais sua boneca, não tenho mais aquela "pureza", o que você deveria saber, afinal, foi você que fez questão de tirá-la, não serei mais sua amiga com alguns "benefícios" (apenas para você, é claro)
Ei moço , eu já tenho nove anos, olhe, já sei fazer contas de matemática, obrigada por se orgulhar de mim, mas moço, me leve para outros lugares que não seja seu quarto escuro, tenho medo dele moço, vamos brincar de outra coisa, algo que me cause menos dor, algo que você não precisa tirar minha roupa e falar que está quase lá, por favor.
Moço , mais um ano se passou, tenho 10 agora e agora já sei que isso que você fez comigo é errado, mas você insiste em me fazer brincar disso, moço, eu já até larguei as bonecas, não preciso mais brincar, minhas colegas perguntam o porquê de eu viver chorando.
Moço, olhe agora tenho 11 anos, me descobri, sei o que me dá prazer, e sei também que essa sua "brincadeira" era apenas uma desculpa pra você deixar cicatrizes onde nem eu mesma havia tocado antes.
Ei moço, porque você fugiu? Está com medo ou algo do tipo, moço, eu só quero brincar, só que agora eu tenho 13 anos, e conquistei muitas coisas desde seu primeiro toque, o que foi moço? Por que corre? Você tem medo do monstro que você mesmo criou? Ei moço, compreendo esse seu medo, então pode correr, corra antes que eu arranque cada parte que você usou para me sujar.
Ei moço, por favor, me ouça, eu não sou mais a criança de oito anos de idade, não sou mais sua boneca, não tenho mais aquela "pureza", o que você deveria saber, afinal, foi você que fez questão de tirá-la, não serei mais sua amiga com alguns "benefícios" (apenas para você, é claro)
Ei moço , eu já tenho nove anos, olhe, já sei fazer contas de matemática, obrigada por se orgulhar de mim, mas moço, me leve para outros lugares que não seja seu quarto escuro, tenho medo dele moço, vamos brincar de outra coisa, algo que me cause menos dor, algo que você não precisa tirar minha roupa e falar que está quase lá, por favor.
Moço , mais um ano se passou, tenho 10 agora e agora já sei que isso que você fez comigo é errado, mas você insiste em me fazer brincar disso, moço, eu já até larguei as bonecas, não preciso mais brincar, minhas colegas perguntam o porquê de eu viver chorando.
Moço, olhe agora tenho 11 anos, me descobri, sei o que me dá prazer, e sei também que essa sua "brincadeira" era apenas uma desculpa pra você deixar cicatrizes onde nem eu mesma havia tocado antes.
Ei moço, porque você fugiu? Está com medo ou algo do tipo, moço, eu só quero brincar, só que agora eu tenho 13 anos, e conquistei muitas coisas desde seu primeiro toque, o que foi moço? Por que corre? Você tem medo do monstro que você mesmo criou? Ei moço, compreendo esse seu medo, então pode correr, corra antes que eu arranque cada parte que você usou para me sujar.
(Texto autoral, inspirado no texto de @my_name_is_s_a_d)
Não sou mais dona de mim.
Meus olhos já não mais me enxergam,
de tanto que olham para ti.
E respiro...
E inspiro...
E suspiro...
E o meu sossego?
Eu não vejo.
Eu sigo a luz dos meus instintos.
Não minto.
Mas eles me enganam,
E somente a ti é que amam!
Quão cruel é o meu coração:
Não reconhece que o meu amor
Que te dou
É em vão!
REVOLTA
Passou por mim
Como um vento ao relento.
Soprou. Acariciou.
E, suavemente, ar no meu peito jogou.
Exaltei. Vibrei.
De alegria cantei.
E, de tão macia a brisa,
Não enxerguei a ferida
Que em meu peito se abria.
Chorei. Causei.
Foi para trás que eu fiquei.
Parada. Estática.
Eu fui a folha que voa.
Eu fui a folha que passa.
Seca. Murcha. Despedaça,
Mas que, virando semente,
Em nova folha se acha.
A vida não acaba para quem fica,
Mas para quem passa.
Babaca!!!
AS ESTAÇÕES
A alegria é a nossa companheira, pois tem que ser, sem ela, jamais teríamos vivido a felicidade, durante toda a vida, desde a hora em que nascemos...
Passando pela infância, juventude e chegando, na fase adulta, ultrapassamos a porta da rua, sem medo de enfrentar a vida com seus percalços...
Nascemos, na primavera da vida. Por essa estação, só pensávamos em brincar. Para nós, não havia o futuro, depositávamos esperança, no verão, que seria a juventude...Ah... como gostaríamos que o verão chegasse logo, para podermos curtir essa estação...
Adentrando na juventude, ou seja, no verão da vida, depositávamos, ali, a espera de que a fase adulta logo chegasse; o outono da vida, em nós...
Pensávamos, como toda jovem pensa, que a fase do outono vai chegar e iríamos nos casar...
Somente imaginávamos, adentrando a nave de uma igreja, com aquela marcha nupcial linda tocando... As pétalas de rosas sendo jogadas e os convidados a nos admirar...Esquecemos de pensar é que poderíamos tropeçar no véu de noiva e irmos ao chão...
Não gostaríamos que houvesse aquelas promessas todas, pois, se o amor é autêntico, adoraríamos, se só existisse a festa, tanto na igreja, como no buffet, sem aquele acordo todo, recheado de promessas, que, muitas vezes, não são cumpridas...
Os sacerdotes só esquecem de fazer-nos prometer que, depois que a vida terminar, continuaremos a amar por toda a eternidade...Deveriam incluir isso...
Iríamos nos divertir muito mais... Os convidados não ficariam cansados à espera da cerimônia terminar... Riríamos muito e nos tornaríamos, dali, para a frente, casadas e realizadas, para sempre...
Seguiríamos pelos caminhos das estações da vida, retirando os espinhos das rosas e enfeitando nossos caminhos, apenas com suas pétalas perfumadas...
Não permitindo que os espinhos ferissem os nossos pés, e, portanto, caminharíamos tranquilas...
E de tal modo, prosseguiríamos, até que a velhice chegasse, ou seja, o inverno da vida, mas, já maduras e sabendo o que queríamos da vida, aproveitaríamos, muito mais, essa estação gostosa...
É a síntese da mulher, que soube construir, ao longo dos anos, fases nas estações da existência...
É a substância, que fica, em nossa essência, depois que passamos por todas as estações da vivência...
Amantes e esposas do homem a quem amamos durante toda a nossa vida e até a eternidade...
Marilina Baccarat no livro "É Mais Ou Menos Assim" página22
O Soldado à Espera de Seu Rei
A janela permanecia aberta, por sua fenda quadrada, ele continuava a observar o mundo lá fora.
“Muitos anos passaram, desde então, tolos fizeram suas falsas profecias, outros continuaram vivendo em seus próprios interesses, outros ainda, afogando-se no cálice de seus próprios pecados, rejeitaram o Rei”, o soldado pensava consigo mesmo.
O sol estava à levantar-se, os primeiros raios de luz beijavam o céu.
Ele continuava sem dormir, seus olhos pesavam como cargas de ferro.
“Eu não posso descansar nem por um instante, minha vigília deve continuar, um flash de momento perdido, e toda a minha vida perder-se-á, afinal, quem dorme se torna vulnerável aos inimigos”.
Abriu uma gaveta de um móvel simples de madeira, pegou um livro de capa velha, verde, abriu-o e começou a observar palavras, enquanto sua mão divagava em sua barba escura.
“Porque nos dias que antecederam ao Dilúvio, o povo levava a vida comendo e bebendo, casando-se e oferecendo-se em matrimônio, até o dia em que Noé entrou na arca, e as pessoas nem notaram, até que chegou o Dilúvio e levou a todos. Assim ocorrerá na vinda do Filho do Homem...”,ele fitava aqueles dizeres com temor profundo no coração.
Seus olhos voltaram-se a fenda da janela, todo o mundo continuava como sempre foi, lá fora, nada mudava, corações como montanhas prevaleciam, alguns de carne continuavam em busca de algo maior, algo transcendente.
“Eu não posso voltar a dormir, eu continuo em minha grande e profunda espera, não posso parar ou descansar, sem retroceder ou olhar para trás, senão nunca se agradarás de mim; mantenha os meus olhos despertos em você mesmo, meu Rei, eis aqui um de seus soldados, neste caído campo de batalha, em sua espera, sempre nela, toda a minha esperança está no seu retorno e reinado, no dia em que a sua mão enxugará a lágrima em minha face e a justiça e honra prevalecerão como duas colunas eternas...
À flor da pele
eu desejo teu sentir
impregnando o perfume
que exala... aflora do teu corpo,
o cheiro doce do nosso amor,
a entrega dos nossos corpos
no ato chamado de amor
quando eu te sinto
e me sinto teu
à flor da pele,
nossa sintonia
se torna a mais bela
a mais cúmplice sinfonia
com acordes perfeitos
sons que ecoam pela casa
por todo o universo
provando assim, que somos
que estamos prontos para amar
Tudo parece fantasia
parecem apenas ser versos
e rimas, palavras soltas
de uma poesia
que o tempo não para de ecoar
(13/04/2019)
Quando será?!
O encaixe perfeito
quando as nossas mãos
as nossas bocas
aqueles desejos loucos
vão se tornar realidade
Quando será?!
que nos tocaremos
e uniremos nossas almas
pela primeira vez,
Imagino como será
Sei viajar nas minhas fantasias
logo acontecerá, eu sinto
minh’alma se entrelaçará,
como se fossemos feitos
predestinados um para o outro
Assim como almas gêmeas
apenas esperando para reencontrar
Quando será?! Quando?!
Será que somos
que fomos feitos um para o outro
Será?! Quando acontecerá?!
Este dia vai chegar!!!
(13/04/2019)
COMENDO SEM SOFRIMENTO
E agora, meu DEUS,
O que é que eu vou comer?
O que eu gosto não pode,
E, quase sempre, o que pode
É o que eu não vou querer!
Se tem verdura no meio,
Que mais parece ração,
Eu como com algum receio,
Mesmo com fome de leão!
Se tem doce ou chocolate,
Logo a gula me bate,
E, como não sou moderado,
Vejo a saúde no abate.
Macarronada, lasanha,
Refrigerante ou pudim,
Cada coisa dessa me ganha
E me faz comer "tudim",
Mas logo, em pouco tempo,
Eis que vem o resultado
E, porque foi tão gostoso,
Minha saúde foi pro ralo.
Quinua, gergelim ou gengibre,
Chia, aveia ou linhaça,
Eu como se é o jeito,
Mas de uma colher não passa.
Aí, escutando os mais velhos
E ouvindo os especialistas,
Vejo que essa é a comida
Pra comer por toda a vida.
E agora? O que fazer?
Será que eu tenho mesmo,
Mesmo, mesmo que escolher?
Não precisa sofrimento
Pra escolher o alimento
Que vai me fortalecer
E me ajudar a viver.
O que eu preciso, apenas,
É colocar na balança:
O que me cresce a saúde
E o que me alimenta a pança.
Depois de equilibrar
O que eu preciso e o meu gostar,
Vou vendo que as duas coisas
Eu posso reajustar.
Na maior parte do tempo
Que eu tenho na minha vida,
Vou comendo o que é devido
E, assim, evitando feridas.
Somente uma vez ou outra,
Naqueles dias festivos,
Dou vida aos meus desejos
Sem ficar enlouquecido,
Como somente o que quero,
Cheio de desejo e equilíbrio.
Tudo na vida é assim:
Um viver na corda bamba.
Se pende apenas prum lado,
A vida vira um fardo.
Se pende somente pro outro,
O futuro nos traz desgosto.
E assim eu vou convivendo
Com dois ritmos de um só samba,
Mas eu sei que isso tudo é preciso,
Senão minha vida desanda.
Agora o que eu preciso
Pra viver com dignidade,
É saber que nem tudo é devido
Pra que eu tenha felicidade.
Eu posso ser feliz
Comendo o que não suporto,
Como também assim o serei,
Controlando as comidas de que gosto.
Se assim eu vou fazendo,
Feliz é que eu vou vivendo,
Porque tudo o que me alimenta
Minha saúde vai mantendo.
DESTEMIDE-SE
Não perturbe!
(Se) Mude!
Se sua vida lhe erra,
(Se) Enxerga!
Não precisa se afogar
Nesse mar do reclamar.
Quem vive de lamentações
Perde tantas embarcações,
De prazeres e deveres,
De sonhos e de ilusões;
De novas fases e descobertas
De toda vida tão certas!
Não entre nessa esfera,
De esperar pela vida,
(Que lhe espera).
Tome logo uma atitude.
Ou muda ou se mude.
Não pode é ficar parado
Com tanta vida que tem ao seu lado.
SOBRE PLANTAÇÕES E COLHEITAS
De nada adianta
Investir na plantação
Se para fazer a colheita
É necessária a decisão
De sair sob sol ou chuva,
Vestindo ou tirando luva,
Colhendo o que foi plantado
Na terra que se tem arado.
Se aquele que planejou,
Que cavou, plantou e arou
É o mesmo da terra duvida,
A toda a colheita castiga
E a alma na vida investida
Com a plantação está perdida.
A vida é um grande jogo,
Na qual fazemos acontecer,
Pois os momentos passam logo,
E a derrota vai suceder.
Marilina Baccarat
A vida em suas circunflexas, folheia as páginas do tempo, mostrando-nos, que ela é um jogo de momentos...As nossas atitudes, os nossos sentimentos, são como pétalas de um mal-me-quer...
Quando permanecíamos com uma margarida em nossas mãos, que fora extraída do jardim, lá íamos nós, desfolhamdo-a arrancando pétala por pétala, e cada uma que tirávamos, dizíamos: mal-me-quer, bem-me-quer, até chegarmos ao final, onde ficava somente o miolo da flor...
A cada novo dia, surgem novos desafios, cabe somente a nós, transpô-los...Ninguém fará isso por nós...
A vida é como um jogo de momentos. É impossível ser jogada sozinha...
Todos somos jogadores e cabe a nós sermos adversários ou companheiros, nesse jogo de momentos, onde não se pode perder a calma...
Todos os dias, aprendemos algo diferente, que funciona como regra desse jogo. As nossas palavras, os nossos experimentares, fazem parte do jogo...
São como pétalas de um mal-me-quer, ora vão com o vento, ora vêm com a chuva e murcham com o sol...Mas, quando a noite chega, se refrescam com o orvalho, que cai sobre elas...
Precisamos decidir se queremos, ou não, respeitar e seguir as regras desse jogo de momentos...
A sensação de saudade do que já se viveu, saudade de brincar com uma simples flor, na brincadeira do mal-me-quer, bem-me-quer, gira em nossa memoria constantemente, num vaivém sem parar...
Saudade da canção que o tempo prometeu e não tocou para nós... Saudade dos outros tantos risos, que a brincadeira do mal-me-quer nos arrancou, quando o pôr do sol surgia no horizonte...
A vida, como um jogo, um dia se acaba...Mas, tanto nela, quanto em um jogo, é a forma como agimos, que vai determinar a conquista, por muito pouco, ou quase nada...Nós é quem determinaremos...
Como numa parábola, tal como a do mal-me-quer, seremos desfolhados se não nos encorajarmos, para vencermos o jogo...Pois do oposto, desfolharemos...
A vida desfolhar-nos-á, pétala a pétala... Mas, ficaremos na expectativa, de que conseguiremos vencer o jogo do mal-me-quer, quando a última pétala for a do bem---me-quer...
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Nas Curvas do Tempo" página55
"O mais incrível do amor, é que qualquer um que o sinta ou que já o sentiu, pode falar dele. O amor é um sentimento democrático. Não é necessária nenhuma formação para se falar de amor. Ele alimenta a alma, e satisfaz o corpo. A ausência dele, é triste. Depois de algumas poucas decepções amorosas, o coração já vai calejando e se tornando mais frio. Se não formos resilientes, seremos estragados pela perda de fé nesse sentimento tão lindo. Se não acredita, não ama. Se não ama, como viver? Jesus disse lá atrás: -"Amarás o teu próximo como a ti mesmo" e depois morreu por amar o mundo. Antes morrer de amor, ao viver sem ser amado. Ame! Se não for recíproco, continue amando, só não deixe de sonhar, nem de amar. Algum dia, alguma hora, o seu presente irá chegar"
~ Sempre dê créditos ao autor quando compartilhar o texto. É o correto e justo. Gabriel Henrique de Oliveira Nascimento. Página do facebook: Romance&Sadness ~
No término, jurei te esquecer
Quando namorou, jurei deixar para lá
Quando noivou, jurei jamais tentar
No final não tive palavra
E tudo que prometi, não consegui realizar.
Se não consigo o que quero em mim
Imagine o que quero em você.
Serei um eterno infeliz
Afinal, tentar pra quê?
Pra sofrer ou me iludir no que pode acontecer?
A verdade e que já foi
E eu não aceito te perder.
Não aceito e nada farei
Não tem o que fazer
Pois seu amor, eu nunca mais terei."
~ Sempre dê créditos ao autor quando compartilhar o texto. É o correto e justo. Gabriel Henrique de Oliveira Nascimento. Página do facebook: Romance&Sadness ~
"É impraticável tentar continuar
Nesse labirinto
Todos os caminhos me levam a te amar.
Não sei se era o que queria, afinal lutar pelos sentimentos não é tarefa fácil.
Porém ainda mais difícil
É te esquecer.
De manhã, ao anoitecer
Minha mente faz rebelião
Ao tua ausência perceber.
Se ela deixasse, eu seguia minha vida
Mas como não deixa, só me resta tentar
Por mais que digam não
Por mais que digam pra desistir
O sentimento no meu peito não me permite mentir.
Nada posso fazer, apenas sentir
E no meu peito, teu espaço continua aqui
Não cabe outra peça
No que foi feito para ti."
~ Sempre dê créditos ao autor quando compartilhar o texto. É o correto e justo. Gabriel Henrique de Oliveira Nascimento. Página do facebook: Romance&Sadness ~
Já se tornou clichê
O tempo passa sem você
Pra mim, ele parou
Pra você, continuou
E nesse fuso horário
Continuo atrasado
E o meu calendário
É o mais demorado.
Quando penso que já foi
Só começou
A dor e a tristeza
O meu corpo dominou
Peço a Deus
Faço uma oração
Para que não me afogue em depressão.
Pois a solidão já é demais
Castigo maior, creio que não há!
Peço que volte, e eu volto a chorar.
Foi tão rápido, ainda mais cruel
Eu só queria alguém
Que se importasse com o meu bem
E não quisesse uma folha de papel
Que caísse do céu
Pra só desenhar e depois me descartar."
~ Sempre dê créditos ao autor quando compartilhar o texto. É o correto e justo. Gabriel Henrique de Oliveira Nascimento. Página do facebook: Romance&Sadness ~
""Por mais na lama que alguém possa estar, sempre terá algo para oferecer e sempre existirão pessoas interessadas nesse algo. Quem te conhece por inteiro é Deus. Pessoas que querem te conhecer pelo que és, são poucas. Na verdade sabemos quem é quem e quais os papéis que também assumimos, só que ignoramos por própria conveniência"
~ Sempre dê créditos ao autor quando compartilhar o texto. É o correto e justo. Gabriel Henrique de Oliveira Nascimento. Página do facebook: Romance&Sadness ~
"Ao anoitecer
Me lembro de você
Escuridão é a morte
E eu só penso em morrer.
É que pra mim não faz sentido
Continuar vivendo e respirando
Você era meu ar
E já está me abandonando.
Apesar das desculpas, você podia ficar
Mas pra não ser feliz, é melhor que vá.
Só podia ter evitado, toda essa confusão
Você se precipitou nas palavras
E destruiu meu coração.
Um depois, um após
Como faço pra escrever
Uma linda nova história?
E desfazer os nós.
Parece que nunca foi recíproco
E eu continuo te amando
Você nem liga mais,
Já está até noivando.
Mas parabéns pra você
Pois como diz a música
Um nasce pra sofrer
E sofrendo eu vou vivendo
Quem sabe um dia aí
Eu descubra como faço pra poder voltar sorrir"
~ Sempre dê créditos ao autor quando compartilhar o texto. É o correto e justo. Gabriel Henrique de Oliveira Nascimento. Página do facebook: Romance&Sadness ~
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