Contexto da Poesia Tecendo a Manha
Serenidade
Um dia seremos
Serenos seremos
Alento estaremos
E nossos sonhos
Alcançaremos
Sozinhos não estaremos
Pois teremos o amor
No airoso jardim
Veremos o beija-flor
Colhendo néctar
Expondo vigor
Não podemos desistir
Devemos persistir
Esperar, mas
Empenhando-se
Para
O esplêndido alcançar
Iremos à praia
Deitaremos na areia
Ondas nos baterão
Perceberemos então
O fim
Da escuridão
MAIS UMA BRIGA
Eu posso te usar de inspiração?
Posso escrever uma música
A nossa história é bem confusa
Mas você está aqui
Eu sinto seu poder
Eu te amo mesmo te odiando
As nossas brigas podem nos fazer maiores
São as melhores
Eu quero tirar essa dor de voce
Por que doeu em mim
Ver você assim
Pode ser mais doque uma conexão
A gente pode rezar pra isso
A gente reza pra melhorar isso
A sua dor se torna a minha
E a gente luta pra desviar de mais uma briga
Se os casais pudessem entender o real significado da frase "e serão ambos uma carne", não estariam na situação que muitos estão. Deus usa o barro para a criação de Adão, mas Eva é criada de um elemento do próprio Adão. Portanto, ao se unir à sua mulher, o homem recebe de volta algo que lhe foi tirado no Éden, se tornando UM com ela. O casamento não é apenas um "contrato social" é antes de tudo um elemento metafísico que justifica a criação.
Casamento é um empreendimento divino. Não é possível dizer amar a Deus e menosprezar o seu próximo.
Estou no meu habitat
Feliz comigo mesmo
Nada me é estranho
Ando a esmo
Pelo mundo desconhecido
E não encontro-me perdido
Alegre é como me sinto
Sozinho, ou com amigos
Pois meu corpo é meu abrigo
E o nada já é capaz
De trazer-me alívio
Encontrei em mim
O que procurei em você
A verdadeira harmonia
Entre a agonia e o prazer
E eu que pensei que, sem ti
Meu caminho seria de inflorescência
Mas me surpreendi, com o "poder"
Que há em mim
Dias Ruins
O dia já se foi
E levou consigo
As pequenas alegrias
Presentes em pequenos momentos
Amanhã tudo volta:
A correria; o cansaço
A falta de espaço
Nossas vidas estão perdidas
Neste árduo compasso
E quando a ilustre escuridade chegar
Trará em sua companhia
A excruciante melancolia
Que já se faz presente em meus dias
Tornando-me despido de alegria
Se de saudade vivesse, teria suprimento para a eternidade.
Se amor fosse vestimenta, os mais luxuosos vestidos eu possuiria.
Se palavras significassem algo, eu teria o sentido da vida em mãos.
De textos em textos, faço sentimentos evacuarem-se de mim... para que a sua excruciante falta não seja tudo o que me restou.
Amor Morto
Estive num sonho incrédulo
Sem ter-te por perto
Não sentia-me concreto
Faltava-me algo, talvez um remédio
A solidão já estava presente
Diferentemente de você
Que sumiu
E eu nem se quer sei o porquê
Mas tudo bem
Quero ver-te engrandecer
Os dias passam-se
Com, ou sem ti
E eu, estupidamente, continuo aqui
Esperando você
Mas eu sei:
Teu caminho não mais cruzarei
Saudades e lembranças
Foi o que você deixou
Deitou-me no amor
E depois, sem compaixão
Me matou
Tempo malquisto
O hoje é sombrio
Nesse momento, não há sabor
Não foi suficiente o seu labor
A vida o mostrou
Que não existe amor
Onde todos morrem, todos os dias
E ainda assim
Continuam a respirar
A cada amanhecer , o novo estarrecer
Em cada crepúsculo, um mesmo esmorecer
A morte o acompanha
Sem cerimônia, assim segue
Peregrinando por caminhos inférteis
Minha garota
Quero sentir o calor
Não o do verão agoniante;
Mas o do teu corpo aconchegante
Arrepiando da minha pele à glande
Deitar-me-ei em teus braços
Deixando de lado
Toda euforia de um mundo apressado
Que insiste em deixar-nos cansados
Meu bem
Eu não importaria-me com a tempestade
Desde que você estivesse comigo
Em seu coração
Trancado a sete chaves
Fizeste sentir-me livre
Preso apenas ao amor
Que transborda do teu ser
E que foi capaz de trazer vigor
A quem o mundo despedaçou
O velho e o garoto
O velho e o garoto são iguais:
Feitos de carne e ossos
Diferem-se pelos extremos:
O início; e o fim da vida que se faz
O garoto anseia pelo amanhã;
O velho aguarda seu sepulto
E ambos estão suscetíveis
Às consequências do descuido
O garoto é entusiasmado;
O velho é angustiado
O dia agrada o garoto
A noite deleita o velho cansado
Uma breve vida; ao velho resta
Ao garoto; vasta descobertas
Mas o fim é o mesmo
Triste e a esmo
Há momentos em que eu só queria estar em um lugar distante. Distante das pessoas; das obrigações; das confusões; distante da cidade causadora de problemas. Mas não é tão simples assim. Onde eu poderia ir para sanar esta minha carência de mim mesmo? Por quanto tempo eu aguentaria a minha própria presença? Minha cabeça depois enlouqueceria? Talvez o melhor seria estar distante dos meus pensamentos. Mas isso é impossível.
A longitude entre mim e algumas pessoas ( que antes estiveram coladas a mim) faz-me duvidar da integridade de suas amizades, porquê elas sempre te dizem que estão com você, mas quando a vida aperta, nem sombra delas resta. Elas preferem festas, dinheiro, relações amorosas, e permanecem absortas na vida material.
Quebrado
Noite obscura
Nada perdura
Além de sentimentos de amargura
Silêncio pairando
Tempo encurtando
Flores murchecendo e coração sangrando
Temperatura alta
Endorfinas baixas
Calafrios no corpo e dor na alma
Céu cinza
Espírito escuro
Na solidão encontra-se o refúgio
Humano súdito
Destino pútrido
Um oceano de pensamentos sujos
Noite estrelada
Criatura desalmada
Sonhos em pedaços e solitude acalorada
Cataclisma
Em meio a corpos despejados pelo chão
Vê-se pessoas aos redores caírem em depressão
Enquanto demônios deitam-se em diversão
Condolências distribuídas pela terra
Personificando o sentimento de morte que impera
Espalha pelo mundo um ar de misérias
Indivíduos então condescendem a vontade de Deus
Aspirando um lugar no paraíso que ele prometeu
Esquecem-se da razão pela qual tornaram-se ateus
Expectativas que pela circunstância foram destruídas.
Arvores antes abundantes de frutos da vida
Deram lugar às dores mais sofridas
Devaneios perturbam grande parte das populações
Escuta-se à distancia suas desesperadas orações
Agora toda gente não escondem mais suas emoções
Num arquipélago de ilhas frias e sombrias
Animais e plantas foram aniquilados à luz do dia
Enquanto bolas de fogo sobre seus corpos chovia
Humanos em desespero lotam os centros públicos
Alguns tentam tirar suas vidas deste mundo
Com o novo fenômeno anunciando o indesejado dilúvio
Arrependimento é o que agora todos sentem
Olhando às suas frentes o inevitável final do presente
Onde não permitirá restar ao menos suas sementes
MARÉ DE LÁGRIMAS
No amanhecer do dia novo,
E, no crepúsculo do sol...
Mergulhei, no mar em perspicácia dor!
Nadei em meio ao desespero.
Naveguei, naveguei e naveguei...
Até às trevas mais profundas,
Encontrei_me no alto mar das lágrimas,
E nos espinhos do COVID_19 me assentei...
Como vento, espalhou_se o Corona Vírus,
Invadindo o país como a invasão do exército babilónico em Israel...
E como praga sobre flores verdejantes,
A sua epidemia no tecido humano se estendeu como na cama o lençol.
Num piscar de olhos,
Deixou registrado dezenas de testemunhos oculares!
Nos hospitais locais...
As bancadas ficaram insuficientes!
Face a uma liderança justa: só haverá uma governação pura sem mácula, se a ética política deixar de encarar o agir humano como um projecto individual.
Porque o ser humano enquanto livre e dotado da consciência moral, tomará decisões no seu espaço privado e prejudicando assim a coletividade, isto é, o espaço público.
O GRILO ANOSO
Um grilo cantador, de rimas cheio,
Canta as dores de mim, em plena mata.
Sabe ser companheiro, enquanto canta
O que existe em minh’alma de mais feio.
Lá sarcástico, carpe o pranto alheio
Dos amores, dos sonhos… do que resta!
Faz mais bela a canção, demais funesta,
Do desdenhado amor que trago ao seio!
Por calvários da vida, lastimoso,
Quem me alegra é somente o grilo anoso
Que a cantar me traz paz, embalo e sorte!
Bem-fadado é este grilo venturoso
Que mais nada lhe importa para o gozo…
E em paz canta aguardando a doce morte!
.....
António Chaúque / 2007
(In: Fímbrias do Mar de Amor)
Há duas configurações psicológicas que historicamente têm causado muitos males as igrejas. O Idealismo (Puritano) e o Liberalismo (secular)
O Puritanismo é o ideal inalcançável da fé que em consequência nega a realidade e a natureza humana(Idealismo platônico). Já o Liberalismo é a imanentização da fé que em consequência prioriza as sensações humanas e a matéria negando o espírito (Materialismo ).
Já dizia Tomás de Aquino " A Virtude está no meio".
Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Gálatas 5:22
Então, ficou, naquela porta, que por muitas vezes havia batido, ouvia apenas o eco do "toc-toc", o rangido da madeira, o suspiro do vento...
Tipico de uma casa vazia, assombrada do vazio de quem já não mais ali habitava...
Mesmo sabendo da ausência, sentido que não seria convidado a entrar, ele insistiu mais dois leves "toc-toc", inclinou ao chão o olhar, arrematou as mãos aos bolsos, virou-se, um leve gesto nos lábios, que diziam sem som, "é", olhou a rua, garoava, mas não ligou, vagarosamente se afastou da porta, fechou o portão sem intenção de retornar, escolheu uma direção na calçada, e partiu, enchendo os pulmões daquele úmido ar de garoa...
Amaldiçoada és medusa, mas ela poderia escolher esconder tal maldição , porém errante escolheu transformar homens em pedra, fruto de sua maldição, o que ela nunca fez em sua triste escolha, foi olhar para dentro do herói da história, que talvez só quisesse admirá-la em sua plena beleza, talvez por dentro daquela maldição houvesse alguma, mas outrora, maldição maior de sua errada escolha, fez de medusa por fora, por dentro medusa.
Perseus que curioso arriscou, a olhou, de costas, como quem olha para o passado, através do reflexo no bronze de seu escudo, sem saber que tal visão anularia os efeitos de medusa em si, lembrando da lenda, triste fez o que ela o obrigou, retirou medusa da maldição, porém teve que lhe tirar a vida também, pobre Perseus, não sabia que mesmo retirando a medusa de sua maldição, a maldição de medusa estava para todo o sempre, em sua face.
Perseus, aquele curioso Perseus, não existia mais, ao compreender as razões do que fez, não lhe restou muito, a não ser a razão, temendo estar errado, mas confiante que não houvesse outra utilidade para aquela maldição, empunhou o escudo de Atena, em seu interior, escondeu a maldição, que agora lhe servia como proteção.
Como folíolo imarcescível e fole incansável,
Assim, é a esperança também que é imperecível,
Sonhos vão_se nas asas do ateu,
Sonhos voltam nas asas do jubileu.
O malogrado assim pensa:
O mundo é uma completa utopia,
Contrariamente, a descrença é uma sentença,
Ingualmente, cepticismo como flagelo que manieta.
Juventude, por isso, ergue o teu bramido,
Sirva_te a descrença do fanal bendito,
Guarda_te a recompensa no futuro,
Sujeita_te ao insólito do divino.
E eu, que vivo atrelado ao alento,
Espero também o indulto extraído no desalento,
Na voz de galardão a me clamar:
Êxito!
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