Contexto da Poesia Tecendo a Manha
Quero você.
Não há em mim nada alheio à ti...
Todos os meus pensamentos
Todos os meus momentos
Toda a minha luz
e a minha obscuridade.
Meus segredos e minhas verdades
Toda a minha entrega e todo o meu pudor
Banho-me nas águas profundas do teu desejo
Anseio pelo doce do teu beijo.
Não há cura para mim.
Não quero a cura.
Quero você
e todo o amor do mundo que pudermos viver.
És perigosa como a mariposa negra
És encantadora como um dia de verão
És todo o pulsar do meu desejo
És todo meu encanto
...Em cada canto te vejo
Me encanto com sua ousadia
ao mesmo momento que se faz inocente.
Não há salvação para mim menina
Sou teu...
E não há um só movimento que desminta
o que por ti eu sinto.
Te amo
Não nego
Concito!
ENQUANTO NÃO VENS
...E enquanto não vens
eu sonho os sonhos mais lindos
eu sorvo tua saliva mais doce
eu faço amor contigo mil vezes.
Enquanto não vens
eu já afaguei teus cabelos
eu já beijei o teu rosto
eu já senti o teu gosto
eu já provei do teu desejo
e
nele me saciei.
...E como não vieste
Como eu bem sabia que não virias
eu tomei a liberdade
de fazer das minhas vontades,
a tua vontade
em poesia.
NOITE TOSCA
A noite é bicho macho...
Que permeia sombras
causa enredo e medo
faz festas de arromba.
É bicho espantador...
Onde, homem treme
esconde segredos
e a fêmea geme.
A noite é bicho mágico....
Gambelador de miragem
brinca com visão ótica
apresenta suas visagens.
Vento, sopra na porta
tick no pensamentos
jugular pula com horta
timpanos e sentimentos.
A noite quando loca...
Vidraça estilhaça raça
Bala perdida tiro na roupa
coração bate na boca.
Portão, portas aos chão
estouro de cadeado
disparo no coração
mensagens... Recados.
Vago pela noite tosca
é um ato lambrecado
uma secura pela boca
um medo escorregado.
Antonio Montes
MEUS OLHOS
Meus olhos não tem garras...
Não faz trapézio, nem escala
mas, vaga solto pelo tempo
como se fosse potro no campo
Em seu tiro, atira-se ao longe
bisbilhotando seu encanto.
Meus olhos quando tromba,
sobre o caule d'aquela arvore...
Rapidamente, escala para copa
uma vez lá, verifica flores e frutos
rodeia as folhas, e passeis pelo verde
então ele se da conta, que a flora...
É o meio responsável pela sede.
Meus olhos, mira, de norte a sul
de leste ah oeste, sobre os montes...
Depois visita o arco-íres colorido
sobe o azul do céu, para em seguida....
Pousar sobre o horizonte e perceber
que o mundo sem verde, seria
um escarcel, um degredo para saúde
um grude tingindo o céu.
Ao olhar toda essa peripécias
meus olhos se da conta
de que não sabe pular
e sem voar, inicia a sua descida.
Como se tivesse, desfrutando a vida...
Tão logo se estica, galopa pelos prados
atira-se sobre o horizonte
e vai parar na cachoeira da serra
lá por detrás da cortina da neblina,
ele toma banho na cerração
do amanhecer, e jorra partícula de
alegria no totem do meu coração.
...Tem horas que meus olhos...
Vaga pelas cores e sai por ai
cantarolando de felicidade
e pulsando com os amores
da nossa verdade.
O olhar dos meus olhos...
Não tem peso nem medidas
não se esconde atrás do mundo
nem nunca deturpa a vida.
Antonio Montes
O DESVIO
Cadê segurança...
Cadê saúde, estudo,
tudo que seria p'ra ser...
Cadê sociedade
massacrada pelo esquema
esquema desse mundo...
O que faz acontecer?
A baixa salarial
elevação de imposto
sobe tudo, todo tempo
pedágio de contra gosto.
Tudo tem que pagar
até portais de igrejas
salvação de alma falsa
periga ah que não seja.
Paga p'ra comprar o seu
depois paga p'ra manter
paga p'ra falar com Deus
antes paga p'ra morrer.
É tanto paga que paga
tudo p'ra ser desviado
isso que se paga aqui
para em outro reinado.
Antonio Montes
DOIS CAROÇOS
Dois caroços nos seus olhos
colado no rosto meu
cisma de tempo passado
mascas no couro colado
que bisturi do medico roeu.
Hoje só resta saudade
sob a tela plana do espelho
explanação da verdade
a qual me tinha em cheio
em meio aos meus devaneios.
Dois caroços nos seus olhos
marcam a desconfiança sua
denegrindo a minha imagem
no foco da fuleragem
aos ventos soltos das ruas.
Antonio Montes
BELA JANELA
Tantas janelas! Belas...
N'elas, um sonhos uma lagrima,
um mundo... Em cada uma d'elas,
um olhar p'ra fora, no qual, ao mesmo tempo...
Sentimentos no interior,
caminham pelo alento e desalento.
Tantas janelas...
Um sol em cada uma d'elas! Lá fora...
Buzinas, latas, barulhos ensurdecedor,
lá dentro... Sentimentos de: simples...
Especialista, juiz, pastor, padre e doutor,
Lá fora terror, lá dentro, dor...
Lagrimas e sonhos que afagam
e uma formação de duvidas sob amor.
Tantas janelas, n'elas, traidores...
de tempo
de sonhos frios e quentes
de esperanças e de gente inocentes.
Tantas janelas fortes...
Em suporte de barro, concreto
de: Lata, madeira, lona, esteira
Tantas janelas...
Janelas que nunca rascunhou
um ponto no horizonte
mas que todas elas projetam...
Três ponto e também virgula
projeta a próxima linha d'essa
riqueza, que vaga pela linha
d'essa vida que se chama vida.
Antonio Montes
DURO MUNDO
Mundo duro
roubos sem rumo
político que só faz surrupiar.
Eu não me acostumo
e pago os prumos
do mundo, que só me faz levar.
Vida fita
se ajeita enrica
aqueles que não gosta de pagar.
Honesto acredita
que um dia sem roubo
na vida, ainda vai poder enricar.
Antonio Montes
MEUS OLHOS
Com meus olhos,
eu sigo os pássaros
em passos...
E passo pelo caminho.
Por onde eu passo
eu acho...
O rumo d'aquilo,
que não me deixa taco...
Para que eu possa,
andar sozinho.
Com meus olhos...
Madorna me sonda
na sombra...
Onde meu rosto,
perde o vinco e o brilho.
E com meu sonho vago
eu vago, no tempo vasto
aonde a fé...
Me permeia sob os trilhos.
Antonio Montes
Loira teus raios são sempre solares,
Claridade do teu alvorecer.
Fios de ouro escapando pelas mãos.
Irresistível convite ao toque,
E o vento te tira pra dançar.
Sabe luzir proeminente!
Teu giro é uma ciranda de Girassóis,
Que se assemelha as margaridas.
De sentimentos tão florida,
A excelência sorrida, em afluir a cor, e a singularidade.
Vislumbram-me olhos que confundem e desnorteiam os fracos;
Vislumbram-me olhos estranhos que eu conheço;
Vislumbram-me estranhos olhos que me assustam e fascinam;
Vislumbram-me olhos que deslumbram minh'alma e entorpecem minha cândida loucura;
Vislumbram-me olhos que cegam-me mente, logica e razão;
Vislumbram-me olhos que dizem num sussurrado e retumbante clamor:
"O pecado não seria proibido, se tao somente não fosse ele o pecado"
Vislumbram-me doces e ingênuos olhos que teriam tudo para aprender,
se tão somente já não lhes faltasse o rubor da inocência e do pudor.
Vislumbram-me, enfim, olhos de pecado.
- SÓ EU SEI -
Só eu sei
quantas horas da minha vida
gastei nos versos que escrevi!
As mágoas que senti
a Solidão a que me dei
o vazio de que bebi!
Só eu sei
a tristeza sem destino
que nos versos arrastei,
a amargura, a saudade,
e quanta saudade, Deus meu!
Tantas horas d'infortunio
e malfazeja que me encheram
de medo o coração!
Tudo tão meu. Tão colado
ao meu silêncio. Tão impresso
em meu destino!
Só eu sei ... Só eu sei ...
TELA DA JANELA
Da tela da minha janela...
eu vejo o tempo com suas ondas
como se fosse, cortejo de banda
tocando horas minutos e momentos,
ou... como se fosse um jogo de dama
com tabuleiro todo demarcado
onde nos somos as pedras prontas para
sermos manipuladas.
Todavia sendo roladas, p'ra lá e p'ra cá,
sem tomar tento da partida
nem o ponto onde chegar.
Da tela da minha janela...
Eu vejo o sol todo em pedacinhos
demarcado pelo arame do mundo
envolvido nas telhas dos sentimentos...
Eu vejo a tabuleiro sendo manipulado
pelas feras do poder, onde elas
é que fazem as cartas e as regras...
Elas é que coloca-as cartas sobre a mesa.
Vejo os pequenos tentando sobressair
das garras de um esquema posto
sobre eles mesmo no qual eles são
apenas a peça do tabuleiro e como tais...
são jogados para lá e para cá...
Feitos de bobos, por todo tempo,
pelo tempo todo.
Da tela da minha janela...
Eu vejo as ruas e as calçadas
os passos, passadas e passarinhos
eu vejo o tempo demarcado pela tela
e a minha saudade toda em pedacinho.
Antonio Montes
PERFAZER
Do vinho eu trago um cheio trago...
Uma taça e meia telha outra cheia
saudades me permeia... E nesse
cabo, eu me afago... E me acabo.
Do milho um sopro, gosto verde...
Quando assado, cozido cural
pamonha, paixão em meu varal...
Uma vontade, me enche a sede.
Uma sede na cede que me cerca
em seu emaranhado arredondado
nos seus lados e bicos, eu me acabo.
Dou- me, com essa dança de lado
bailarino em notas, passos errado
eu me acabo, no passado desse fado.
Antonio Montes
A RESTA
Tudo que me resta
desse amor amigo...
É amar contigo, no castigo
desse amar bandido
que inebria os nossos corpos
no integro do abrigo escondido...
Com volúpia, com castigo,
provocando estampido...
Ao ouvido, em frenesi contigo.
Antigo perigo... Em libido
embebido com, paixão,
sacudidos de chama
disparado, pulsando coração.
Digo o que digo desse amor
feitos bandidos, e o que me resta
... É amor e amar contigo.
As vezes pela fresta, presta
vontade desembesta,
fogo na testa,
n'aquelas vezes escondidos...
Paridos alívios.
Antonio montes
COBRANÇA
Eu passo...
Por esse pasto vasto do mundo
vejo o estreito e efeitos profundos
provocados pelos feitos imundos...
Penhasco em pedaços
desmoronamentos de cachos,
unhadas em sufoco, por poucos,
cordas nos pescoços.
Sentimentos estão se tornando
cacos, pouco a pouco...
O mundo cobra o troco.
Antonio Montes
No atual estágio, todo mundo é suspeito. Até eu, em substrato, desconfio de mim.
Nada contra quem conta. Mas a rota é sempre a mesma. Seguir na direção contrária ou bater de frente com o absurdo.
Eu decidi pular antes que a corda aperte o meu pescoço.
Acorda!
As pontas se encontram e se desfazem em nós... talvez ainda dê para escapar antes que o circo se feche!
OURO É TOLO
O ouro, já não reluz...
Como reluzia ah tempos atrás.
Nesses dias de hoje...
Até a luz, vai reluzir, e se desfaz.
Aquela alegria que escancarava
com a verdade de um sorriso
também, já não existe mais.
Tudo que era para ser preciso,
tornou-se indeciso, até para o céu,
para o infinito juízo, e planos,
a certeza da fé...
É uma flecha vagando ao tendeu.
Ouve um tempo...
Em que existia ouro
e o mal agouro, era de tolo
Hoje, todos os tolos, são bobos
e o ouro, é estouro de tolo.
Antonio Montes
ABELHAS
Abelhas e suas aldeias
zoam pernas de centopéia
centenas de milhares cheias
abelhas novas, abelhas velhas.
Lá no sopé do morro
pelo campos e pirilampos
voam, abóiam em estouros
ferroada em couro, retrancos.
Abelha, colméia e mel...
Tanto encanto com flores!
Polens na áurea do anel
juntando assim, os amores.
Quanto cuidado ao quartel!
Sua rainha... Um magistral,
procria no dia de aranzel
ainda faz, geléia real.
Abelhas, canto e encanto
relíquia, milagre e segredo...
Guardados a quatro cantos
um manto vivendo, o sedo.
Antonio Montes
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