Coleção pessoal de saysaysay

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Tem nada de errado em passar a vida construindo castelos no ar, o problema está em descobrir que não existe chão nem paredes nem castelo.
Só você e a imaginação mais fértil do oeste.
Perdida entre esperar mais mil anos ou aceitar que é só mais uma das coisas que não existem.
Quão burra eu tenho que ser pra esperar pelo que não existe?
O suficiente.

Sem data pra começar.
Inércia.
Estática.
Buraco.

Eu rezo pra que um dia faça sentido.
Pra que não tenha sido em vão.
Pra que as paredes me ensinem mais do que eu poderia aprender lá fora.
Pra que a solidão não doa mais.

Deitada. Com todas as listas cheias e um coração vazio. Murcho, pra falar a verdade.
Murcho como uma laranja que teve o seu sumo extraído.

Mas me conformei a dizer adeus há muito tempo pra me demorar com despedidas.
É o meu nome.
Vai nessa.

É chato, é incômodo, não passa nunca e é alto.
É insuportavelmente alto. Grita no meu ouvido e explode diante dos meus olhos.
Quanto vai me custar deixar de querer?
Eu pagaria. Eu juro.
E dói como o inferno. E arde e grita e explode.
Tento me acalmar pensando em quão inútil é sofrer pelo que vai sumir.
E imediatamente o medo vem.
O medo da persistência, o medo da permanência.
Meu Deus como faz tempo!
Sai daqui!

As coisas são o que são, e às vezes, só são tristes.
A gente procura sentido, procura mensagem oculta, mas na maioria das vezes não é nada.
Nada é exatamente o que é.

Eu já vivi tempo suficiente pra saber que pouco importa o tempo.
Quando tiver que passar, passa.
Às vezes em um mês, às vezes em um milhão de anos.

Então me perdoem se eu me recolho a minha insignificância e passo de invisível por todos vocês.
Eu poderia ser muito mais, mas perdi a vontade quando soube o que isso significava.

Vocês podem ficar com as estrelinhas douradas agora.

Vocês não percebem, mas elas são de papel; é só o papel que brilha, e eu já não preciso mais dele.

E se você não vem, meu bem
Eu me perco nessa casa
Mas deixo a porta escancarada
Pra nunca mais viver só.

Sozinha. Mas quem não é?

Foi, que eu nem percebi
Se veio, eu também não vi
Por onde você tem andado, meu bem?

Tem coisas que eu sei que são só questão de tempo, e eu tenho que me lembrar disso o tempo todo. Mas tem outras coisas que não são assim.Que o tempo não tem nada a dizer sobre elas. Essas me apavoram

Já faz algum tempo que eu tenho te observado
E a solidão foi diminuída por lápis e papel.

Seja meu amigo. Seja alguém pra mim.
Não vá embora, não corra, não seja covarde, prove que eu tô errada no fim das contas.

Eu tô cansada de esperar por essa redenção.
Não vai vir.
Eu já deveria saber.

Não seja sensato, seja desesperado.

A estrada é cansativa, comprida. Mas a noite sempre vale a pena.
Por entre as curvas eu vou me perdendo, pelo céu eu sigo meu rumo,
Pelos desertos da minha mente nunca antes habitados,
Ou pelos infinitos mares sem termo.

Em um mundo que economiza os segundos
Eu procuro pela fermata da minha vida
Até um dia eu arrancar os ponteiros
Até um dia eu quebrar o relógio.

Eu preciso de tempo
Comigo, eu , eu mesma
Amando o nada
E sendo por ele ignorada
Sem reciprocidade de sentimentos
E sem dor pra magoar o passado