Coleção pessoal de ricardovbarradas
Na cultura do candomblé brasileiro, o "Olorum" é o Deus Criador mas não é cultuado nem divinizado como tal, e seus filhos são tudo que Ele criou, o mar, o vento, as pedreiras, os raios, as cachoeiras, os rios, assim por diante. Que consistem no habitat magico, onde vive cada orixá.
Branco e preto, certo e errado, bom e mal, verdade e mentira, não cabe em mim só duas escolhas por liberdade, em um mundo de tantas cores e de tantas interpretações. Eu construo e sigo por amor a minha própria coloração.
Diuturnamente busco e resgato as obras primas da arte mas não fico com elas. Direciono para onde elas se tornem maiores, mais importantes e de preferencia para aqueles que vão saber dar a melhor conservação e valor.
A falta de posição é uma realidade constante no mundo contemporâneo e não seria diferente com a sexualidade. Diante disto nasce a sexualidade fluida, a não escolha predeterminada de gênero para completar se.
Parafraseando uma boa frase do genial Millôr Fernandes, eu digo que a única imperfeição da natureza, é não fazer que toda a burrice, feda.
O espirito de um colorista segue com amor o bailar de um pequeno beija-flor, indo de lugar a lugar, em todos os momentos da vida, levando cores. Por mais que em nossa inquieta trajetória, muitas vezes entre medos, dores e perdas, acinzentem nossa estada, é com as cores vivas e fortes, que reinventamos nosso paraíso de ir além, bem. Coloridamente bem. A arte de colorir está impregnada, naturalmente na alma da gente.
A arte chegou a um patamar de vasta experimentações, que hoje em dia necessitamos bem mais de artistas loucos do que de coloristas.
Até os medíocres, rancorosos, desesperados e loucos tem o pleno direito de expressão mas a humanidade civilizada e livre, tem o direito de audição. Ouve quem quer.
Mesmo com a chegada da 5G o Brasil do século XXI, ainda tem cerca de 13 milhões de analfabetos, são necessárias politicas publicas culturais e educacionais mais abrangentes mas ao mesmo tempo é necessário resistir ao empobrecimento de currículos.
Por mais que não pareça a arte indigenista nativa e a arte popular cabocla é o que há de mais valioso na cultura artística brasileira.
Por mais que eu jure, o meu definitivo é hipotético pois não sei com que cor minha alma vai acordar amanhã.
A escola da vida, ensina muito sim mas só para aqueles que tenham paz no coração e muita humildade para aprender.
Devemos aprender a amar os diferentes pois uma centelha do grande arco íris da vida, colori de forma nova a alma da gente.