Coleção pessoal de NICOLAVITAL
ZUMBIS:
Nesta noite todos os fantasmas me aprazem.
Todos!
Líricos, etílicos e telúricos.
Quão zumbis, sob os meus olhos caminham avenida a fio.
Miram os bimbos e os mimos dos linhos sem tino
A malograr o siso dos filhos das mansões.
Que irremediavelmente se vendem...
E não se entendem comumente "sãos"...
Vertem seus "ideais"
Minguam seus cabedais
Aterrando a noite
Que não se perfaz.
A VIDA LIDA:
Neste rio perenes de loucuras!
O permitido permite-se como tal
O que não...
como sempre se perfaz
Na contra mão do abstrato, afinal,
O poeta em sonhos se refaz.
Qual fênix do quimérico pro real
Neste leito de mazelas que me traz
Corre, core... Sobre rio surreal
Como sonho de sonhar tão magistral.
"A LOUCURA É TINO À SANIDADE. A HISTÓRIA FOI, É E SERÁ O CERNE DA LOUCURA, E OS "LOUCOS" SUJEITOS DO OBJETO"
"SUA PRESENÇA FÍSICA CAUSA AUSÊNCIA À MINHA PSIQUE E FOMENTA AS PULSÕES DA "VIDA" MALOGRANDO PULSÕES DO TÂNATOS TORNANDO INSIGNE MINHAS AÇÕES MOTRIZ".
"O autor, certamente não é possuidor de sua própria obra, por expressar nela o alheio.
Assim como o poeta fala de si não para si".
SELF:
O nosso self é construído conforme o nível de congruência de cada “indivíduo”.
Fruto de um estado de coisas...
Integro. Pela congruência.
Patológico quando visto à luz ideal do narcisismo.
PAIXÔES:
Quando dizemos que amamos o outro.
Identificamo-nos a “afetos corretos”.
Quando dizemos que o odiamos.
Opomos-nos aos seus “invalores convencionais”.
Essencialmente, não se ama ou odeia-se!
Apenas reivindicamos o cerne da alegria.
MEIAS VERDADES:
Não há verdade a não ser desconstruída.
Não se encontra lógicas empírica ou metafísica a explicar
O "ser".
Tudo transcende à uma ilusão metafísica que a própria ciência
Se empata a definir seu fim.
Tudo que entendemos somos...
São meras abstrações metafísicas.
É na "loucura" que o individuo atinge o ápice da racionalidade e liberdade.
Uma vez que se liberta das normas convencionais, dos dogmas teológicos, das censuras sexuais e provimentos indumentários.
Pré - requisitos à uma "loucura racional".
TORMENTO:
O tempo que passa, fica.
Como não fico ao tempo,
É vento que brada, fita,
Em silêncio todo intento.
Se pudesse volver à vida!
Minha infância, meu alento,
De certo encontrar a ida
Pra verter meu sofrimento.