Coleção pessoal de NICOLAVITAL

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Se você não se ajoelha ante os "grandes", sempre estará à sua altura.

OLHOS QUE NÃO VÊEM:

Após uma tarde memorável em que assisti uma magnifica aula ministrada pela professora drag queen Rita Von Hunty mestranda em letras pela universidade de São Paulo acerca de uma temática bastante pertinente ao contexto Político/social da atualidade: O capitalismo e suas metástases que aniquila aos poucos as sociedades modernas.
Ao retornar à minha residência, ainda no ônibus escolar e na altura do supermercado ideal, quebra-se a rotina da viagem ao deparamos com um grande frisson.
Ao observar o que acontecia vi que funcionários das lojas estavam todos nas calçadas atônitos e os transeuntes se manifestavam na rua sob o som de uma música natalina e o brilho de luzes psicodélicas que lentamente aproxima-se decorando alguns caminhões da Coca-Cola, todos igualmente pretos, sem suas luzes convencionais, apenas iluminados por milhares de luzes natalinas que os adornavam.
Em um deles havia um grande trenó com um personagem de papai Noel e duas crianças que usavam a mesma indumentária.
Moral da história, no ônibus as mocinhas e os mocinhos todos formandos da universidade estadual da Paraíba, e que paradoxalmente alguns teriam participado da citada aula havia trinta minutos.
E no compasso daquele frisson levantaram-se de seus acentos e gritavam euforicamente: Nossa, que coisa linda! Ai meu Deus!
Logo alguém me indaga. Seu Egberto o senhor não gostou? Não acha lindo?
Ééé, respondi. Mas é de uma beleza artificial.
Essa beleza ofusca os olhos das crianças do pedregal, do morro do urubu, ramadinha, favela do papelão...
E em uma interrogativa. Isso vai para onde?
Irá ancorar no templo sagrado do capitalismo, (shopping center), o espaço público que priva. Segrega e exclui os olhos da pobreza. Por isso eu não gosto do natal.

Nada se ensina. Compartilha-se saberes.
Todo ator social possui conhecimentos específicos à sua realidade.
Em seu próprio palco encena a peça através linguagens antagônicas.
Com direção a um mesmo fim.

GENOCÍDIO X ETNOCÍDIO (Discurso Oficial)


O texto em discussão, menciona a luta dos povos indígenas brasileiro acerca de seus direitos à terra e sua exploração. Manutenção de sua cultura e suas etnias. E propõe o declínio de quinhentos anos de segregação e execração àqueles atores sociais.
No entanto, não podemos ignorar que desde o Brasil colônia esta luta vem se perpetuando até a atualidade, para ser mais preciso, desde meados do século XVIII, momento em que se acirra e assume um caráter legalista por parte do Estado Monárquico através de leis forjadas para atender os interesses da classe dominante de então.
E diante desse contexto, os povos indígenas sempre foram submetidos a um patamar de submissão, exploração e cerceamento de direitos, pior, relegados ao abandono pelas autoridades e pela própria sociedade não indígena que por sua vez, apoiados em um discurso separatista e sectário, reivindicavam que os índios não deviam exercer nenhum poder de propriedade sobre as terras as quais, lhes pertenciam por natureza, alegando que eles não mais se identificavam como “puros”. Não obstante eram preguiçosos e ladrões, o que autorizava o sistema governamental em um processo de expropriação distribuí-la com os povos não indígenas e membros da coroa.
Todavia, somente através das ações do CIMI (Conselho indigenista missionário), aqueles sujeitos passam a galgar apoio em defesa de seus direitos elementares e, na busca de consolidação de seu perfil identitário. Uma vez que tudo fluía em antagonia à sua afirmação enquanto povos indígenas através de leis legitimadoras dessa barbárie. Era sob a égide desse discurso imposto pelo coroa que aqueles povos eram submetidos à toda sorte de desumanidade e cerceamento de direitos.
Muitas foram as lutas deflagradas contra o discurso oficial que também refletia na sociedade daquele contexto histórico a fim de subtrair suas terras, conquista natural e legitima daqueles atores, uma vez que os próprios, ali existiam bem antes daqueles que os colonizavam.
Sobretudo, é de bom alvitre dizer que toda essa saga de luta e resistência teve seu ápice de crueldade durante os famigerados anos de chumbo no apogeu dos governos autoritários do regime militar dos anos de 1964, em que esses povos foram brutalmente excluídos de seu habitat.
É permissível dizer quase extintos, para dar vazão ao capitalismo e interesses das mineradoras estrangeiras, latifundiários, grileiros e a agroindústria.
Momento em que essas entidades de apoio àqueles povos são fortemente perseguidas e dizimadas para favorecer outras de cunho oficial e caráter repressivo.
Concomitantemente, com o advento da constituição federal de 1988, em seu art. 231, capitulo VIII da “ordem social” uma demanda da sociedade civil organizada e rechaçada veementemente pela classe dominante através de seus representantes no congresso nacional, consegue, ainda que de modo “goela a baixo”, inserir no texto da carta direitos avançados em defesa dos indígenas, mesmo não estando a contento do que mereciam aqueles “indivíduos”, haja vista serem os mesmos, subjetivos, e que não os agracia em sua plenitude. Conforme propõe o texto da CF em seu artigo 231. Vejamos o que reflete o mencionado.
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
§ 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei.
§ 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.
§ 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, ad referendum do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
§ 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa-fé.
Em suma, é plausível falar que esse discurso oficial perpassa as fronteiras do tempo e espaço, e se consubstancia na atualidade apresentando-se com moderna indumentária. Mas com o mesmo propósito de aniquilar essas etnias apresentando um modelo de dominação ainda mais pernicioso, configurado em uma associação entre o genocídio e o etnocídio perpetrado explicitamente e chancelado pelo aparelho estatal, no afã de mortificar a jovem democracia conquistada à duras penas em nosso país.
Deixando cintilante a existência de uma utopia quando se fala em “Emancipação Indígena” por assim dizer. Ante o que já fora mostrado acima no texto constitucional expresso.

NADA TRANSCENDE À REALIDADE:

Discorrer à morte...
Remete-nos às margens
Dos rios
Que se vão
Rumo ao mar longínquo
Com a fúria do vendaval
Arrebatando sonhos e ilusões.
Discorrer à morte...
Nos conduz ao epicentro
Das incertezas.
Encetando-me a nitidez de que
Nada tenho ou sou
Ou para aonde vou.
Que tudo é nada.
E a única inferência
É morrer.

SONHO AZUL:

Meus olhos te veem
Como o sol a brilhar.
Meu coração te absorve
Como o pulsar do sangue...
Meus ouvidos te ouvem
Como a praia escuta o mar.
Meu olfato te sente
Como a abelha poliniza o ar.
Minhas mãos? Ah, minhas mãos!
Te afagam como o vento ao mar.
E tua pele a transluzir
Me reluz teu âmago.
No meu sonho azul
De te amar.

TÊNUE

O peito inocente e frio
Aclama os eflúvios da madrugada.
Chega o frio incessante
Das colinas.
E traz os cheiros brandos
Da floresta adormecida.
E o sabor sútil
Da brisa candida.
Em teu peito frágil
A aplacar o frio.

POETIZANDO:

A poesia não pede palco
Não demanda aplausos
É solidão, intimidade e paixão.
É sentimento que freme
Num turbilhão de emoção.
A poesia é marginal...
O poeta capital.
Não possui ser nem autoral
É abstrata atemporal.

MINHA LUA ABSTRATA:
À Mamãe.


Se você estivesse aqui, agora e comigo,
Certamente seria agraciada com a graciosidade
Dessa lua nua... E libidinosamente convidativa.
Naturalmente moldurada pelas estrelas a me ofuscar o brilho.
Ora! Ora! E se você não estar!
De certo abstrata é a sua existência.
Ah! mamãe, me dê essa lua!...
E eu te darei o céu, seus astros, todo o universo!
Para encontrar minha criança e assim te reencontrar
Perdoa-me o “borrado” da escrita! Perdoa!
Foi o sal de tua vida que corre ao meu rosto. Perdoa!
Ó lua musa inspiradora.
Ilumina-me a estrada que busca minha criança!
Ó minha estrela, conduz-me ao alto de tua divindade!
Para que eu possa vislumbra-la
E encontrar minha estrela guia
Que não a vejo deveras.

PERFÍDIA:
(Nicola Vital)


Os homens que pensam. Todos,
Os nobres, os lidos, e os poucos tidos,
Fingem em comum.
Muitas vezes, até escrevo o que penso,
Outras vezes, penso escrever o que sou,
Assim como os homens fingem o que ser,
Escrevo o que verdadeiramente sou.
19Ago2015.

O QUE É POLÍTICA?



O texto em apreço, fomenta apresentar alguns dos teóricos que se debruçaram com afinco a expressar o conceito de política com os quais vocês irão dialoga doravante. Em uma perspectiva do ponto de vista científico e do senso comum.
O conceito de política abordado pelo “senso comum”, propõe de maneira equivocada por assim dizer, uma política desinteressante, como algo corruptível e não aconselhável ao “cidadão de bem”, improprio aos jovens, especialmente, estudantes que devem unicamente estarem em sala de aula pois política não é lugar para estudantes. Em citação a Marilena Chauí em sua obra “Paradoxos da Política”.
De certo, uma vez perguntado acerca do assunto, as respostas são quase que unânimes respondidas com adjetivos depreciativos tais como: “Ah! Política é coisa de corrupto, é um meio de comercio, não é para cidadão de bem, não nos diz respeito e Etc.
Se abordada e discutida de forma racional, vai nos reivindicar uma leitura muito mais sadia e empolgante. Do ponto de vista teórico/racional, o conceito de política consiste em dizer que: Grosso modo a política surgiu e se desenvolveu quando da necessidade de representação do “homem” que vive em sociedade. Seu significado vem do grego “Politéia”, usada para referir-se à “polis”, cidade ou estado.
Porém, sugere a história que foram gregos e romanos os criadores da política. E destaca que o filosofo Aristóteles foi bastante ativo nesta forma de pensamento. Em uma de suas obras, “A política”, expressa a relação de poder e autoridade entre civilizações, suas relações interpessoais e a necessidade de um mediador à essas relações.
A política nasce em sua essência para representar os interesses de uma dada sociedade, e em um dado momento em que isso se faz necessário a fim de encontrar-se uma harmonia e coesão de seus “indivíduos”.
É, pois, uma atividade que surgiu da vida em coletividade e está diretamente ligada ao convívio social e os direitos de seus atores sociais. Surgiu para evitar os conflitos sociais e para garantir que cada ator social pudesse expressar suas ideias, pensamentos e diferenças.
No entanto, é de bom senso dizer que já convivemos com esse pensamento desde o medievo, quando já se a praticava, mesmo que inconscientemente entre as populações tribais e suas relações interpessoais e suas lutas em defesas territoriais.
Não obstante, podemos encontrar também essa premissa na obra “O príncipe de Maquiavel”, a quem podemos chamar de pai da Política moderna e seu conceito de política estatal. “Na qual o autor determina que o que move a política é a luta pela conquista e pela manutenção do poder”. E essa conquista só seria possível realizar-se com participação. E especialmente, dos jovens enquanto promissores agentes desse pensamento na luta pela resistências diuturna.
Doravante podemos enxergá-la como uma “ciência política”, área de pensamento que objetiva estudar os modelos de organização e funcionamento estatal.
Por conseguinte, não podemos esquecer que essa nova forma de pensamento tenha ganhado ênfase e institucionalidade ainda no sec. XIX, com os contratualistas: Hobbes, Lock e Rousseau. Quando passaram a compreender que o indivíduo em seu estado de natureza carece de uma mediação em sua relação “homem” natureza, a fim de evitar o conflito social e uma inevitável e sangrenta guerra pela sobrevivência em sua relação social.
No entanto, demanda pelo “pacto social”, momento em que se consolida a política enquanto instituição e mediador entre sociedade e estado. Concomitantemente, o núcleo do texto em discussão, consiste nas seguintes indagações: que relação pleiteamos enquanto educadores entre os jovens e a política em um contexto de governo e movimentos sociais? Porque eles não debatem política? Não se interessam ou são excluídos?
Todas essas interrogações se farão meras especulações, pura ilação ante o contexto sócio-político contemporâneo em que o “campus político” e seus “habitus” permeiam-se por excluir os jovens da seara política, com a pífia e arcaica dedução que são ainda imaturos e preservam comportamento “rebelde”. Discurso de atores político que reflete o pensamento de considerável parcela da sociedade plural.
A construção do texto, busca interagir com os jovens alunos, acerca de um maior entendimento e reflexão sobre um assunto vital na relação individuo sociedade. No entanto esse discurso que jovem não gosta de política, nos remete a fazer uma sensata relação de causa e efeito com o intuito de buscar respostas coerente e pertinentes a nossa realidade atual.
Todavia, entendo que a jovialidade e o pensamento crítico-reflexivo desses potenciais atores, só traria reflexos positivos e otimistas ao campo político-social. E para uma evolução racional de uma democracia saudável.
Mas, é certo dizer que não podemos declinar de cuidados para que não sejamos meros espectadores da metástase da corrupção e do projeto neoliberal que oferece riscos não só a hegemonia estatal, como ao salutar crescimento da democracia, para que ela não se torne uma tirania. Como bem disse o estadista Alexis Tocqueville em sua obra “A Democracia na América”.
E que essa política seja implementada com mais robustez à educação no país, especialmente, no tocante ao ensino médio e fundamental. É cintilante a dificuldade que sofrem os jovens que migram do ensino médio ao ensino superior dado a delgada preparação para a transição.
Por essa razão não é difícil vislumbramos jovens induzidos às ruas por uma causa alheia a seu pleno conhecimento. Por tanto, é de nossa inteira responsabilidade a cobrança de nossos direitos elementares, prerrogativas nossas contidas no art. 5º da CF, no que concerne a participação dos jovens na vida política ativa de sua sociedade. Especialmente, os jovens ruralistas que dispensam um maior engajamento aos movimentos sociais, haja vista possuírem menor acesso aos mecanismos pós-modernos.
E no contexto político atual, se tratando de país, essa máxima perde eficácia e macula sua essência ante os eventos de corrupção, quebra de decoro e escassez de políticas públicas que venham favorecer as minorias.
Portanto, podemos entender, que o conceito de política consiste em dizer seja um conjunto sistemático de ações, direitos e deveres que envolvem os campos socais e seus atores, e refere-se a uma ação que todos os indivíduos realizam quando se relacionam com o “poder”, do ponto de vista científico é aquilo que é público (coisa pública). Ainda que no contexto atual, e em razões do desvirtuamento de seus fins praticado pelos profissionais da política, essa propositura se divide em meros atores e espectadores.
Em suma, sinto a necessidade de conclusão com a seguinte propositura: “Nada é mais pobre e politicamente incorreto que uma sociedade em que seus jovens são analfabetos políticos por exclusão”.
Nicola Vital

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS:

Dizem os mais tolos!
Que nosso pai nos furtaria de fardos insuportáveis.
Se assim o fosse!
Meu sangue não seria soterrado sem antes tornasse adulto...
Meu grito não seria mudo como cega é a toga dos "semideuses”
Como pequena é a paga aos imparciais.
Se quando a chuva é abundante perde-se como à seca causticante,
Assim como diria o relógio ao tempo que não fenece
Mais um, mais um, mais um...
E menos um, menos um... Ao moribundo!
Qual andarilho a perder o horizonte no oco do mundo.
Se leve nos fosse o fardo sutil seria a caminhada
Dos inócuos desiguais
Carregando a cruz na promessa às agruras
Dos Nicolaus.

DEMOCRACIA OU TIRANIA?


O conceito de democracia, grosso modo, consiste em dizer que é um sistema do governo em que o povo exerce a soberania. Neste sistema de governo o poder é exercido pelo povo através de seus representantes por eles eleitos.
Desde o Brasil colônia nosso maior sonho e luta perpassa à busca por uma democracia sólida, consistente e persistente. Até vivenciamos em outro contexto lampejos desse sonho. Ainda que de forma incipiente e intermitente durante os governos republicanos. Ironicamente entre os anos de 1946 a 1964. Em que ensejaram a dita primeira democracia.
Mesmo apresentando vestígios de um liberalismo populista denotou-se grandes avanços à manutenção da democracia, mesmo não estando a contento de sua fiel amplitude.
Todavia, o preço pago por esses avanços e uma possível antagonia ao mercado estrangeiro e seu projeto neoliberal que sentiu-se ameaçado, suscitou a abominação ao pensamento democrático através do conluio entre o capital estrangeiro, as forças repressoras e a dominação política imperialista.
Por conseguinte esse sonho definitivamente seria subtraído pela força das armas ostentadas pelos “homens” em detrimento do próprio homem.
Com o advento da famigerada “ditadura militar” no país esse sonho logo se transforma em pesadelo. “Tão real como real era nosso sonho”. E consigo trazia toda sorte de atrocidade e segregação dos mais elementares direitos à cidadania como: O direito de ir e vir, à livre expressão e o mais sublime, o direito à vida. Que naquele contexto passa a pertença à tirania que se instala.
No tempo em que dava-se início o retorno à barbárie, consolidava-se ainda mais a exploração do “homem” pelo homem. Para citar o filosofo alemão Karl Marx.
Na luta por esse sonho muitos tombaram outros obrigatoriamente deixaram seu país, familiares, razões e paixões. Como os pássaros a perder seus ninhos.
Neste momento me debruço sobre esta narrativa objetivando entender a razão pela qual fechamos os olhos a um passado tão próximo em que feridas ainda permanecem abertas e sangrando.
Quiçá por uma lógica pífia e esquálida quão o ódio que impera em nossos corações contradizendo o imperativo categórico Kantiano.
Ou talvez sobre o pretexto de combate à corrupção. Uma máxima incoerente por assim dizer. Uma vez que os fins não justificam os meios.
Enfim o contexto político atual nos remete ao iminente perigo desses atores que outrora promoveram a barbárie desconstruírem as ideias e as conquistas democráticas e inclusivas dos últimos 16 anos. Conquistadas à duras penas. Mergulhando-nos à tirania. Aonde não há lugar para as “minorias”.
A tirania se alimenta da barbárie e a barbárie consubstancia-se da execração humana.
O tirano abomina até mesmo a beleza das artes advinda dos “homens” de bom senso...
Bem disse o filosofo e sociólogo Theodor Adorno (...). “Escrever um poema após Auschwitz é um ato bárbaro, e isso corrói até mesmo o conhecimento de por que hoje se tornou impossível escrever poemas” (Adorno, 1998, p. 26.).
Ora, vejam só, aqueles que ameaçam as mais altas cortes constitucionais, o que fariam eles ante à nossa liberdade de expressão?
Vinte e oito de outubro próximo, é o dia do veredito, você será o Juiz. Absolve ou assassina a jovem democracia Brasileira.

DEVOLVA-ME AO PASSADO:

Hoje comemora-se a passagem do ano!
Deixando mais próximo o final dos dias de minha aurora,
Meu coração sem alegria, nem festa.
Apenas sonhos secos, e borbulhas de nostalgias da criança
Que um dia no passado deixei a chorar.
Hoje a vejo do mais alto dos meus delírios,
Sobre os ombros do meu pai a brincar...
Ah! Que sana loucura me faz bem-estar!
Minha alma infesta-se de saudades...
Envolta no sonho de afagar a felicidade que me faz concernente,
E, hoje, me deserta da criança que me quis bem.
E deixei no passado a chorar...
Ah! Se ao menos eu sonhasse!
Não veria o futuro de te me roubar! ...
Ah! Se ao menos em sonhos, aos tempos idos voltasse!
De certo contigo me encontrasse,
Não rogaria presente, tampouco, cruel futuro.
E no passado deixaria meus sonhos e fantasias,
Pra sempre criança seria, pra não afogar meu sorriso,
No mundo de hipocrisia.
Ó, saudades do dia de minha aurora!
Deixai que eu volte ao passado...
Dos Lírios, das Borboletas, do brilho da malacacheta
Do benefício adorado.
Saudade, saudade, saudade...

NÓS:

O “homem” essa nau à deriva não possui porto.
E o tempo que lhe aporta, aborta!
Não possui margem.
Flui como a água corre ao mar!
Deserta como a razão sobre o ditar...
Ele é veloz e nós passamos.

QUANDO O SISTEMA JUDICIÁRIO FACULTA AOS POLÍTICOS O LUGAR DE INSIGNE.COLOCA-SE EM LUGAR DE INSIGNIFICÂNCIA!

"QUANDO A GENTE PENSA QUE SABE, ESTÁ FICANDO RUDE"

PENSO QUE NA VOLTA ESTAREI MELHOR. ENTÃO PENSO SEREI ARTE!

RÓSEO DE HIROSHIMA

Eles não vencem as rosas.
Que vivem róseo.
Verbalizem as flores!
Não murchem, orvalhem!
Pois nem tudo está perdido.
Sobrevive o meu sonho libertário
Do carmim da rosa que mancharam.
O que me importa é não está vencido.
Por mim,
Não por eles...
Não que eu não possa vencer
Às vezes, não é bastante o vencer
Não ser vencido basta.
Ceifam rosa, margarida, jacinto ou Antero.
Por seus carmins libertários
Que verberam o rei secundário
E seu confuso “liberal” ideário.

DEUS NÃO SALVE O REI!

Assim como na ficção.
O reino tupiniquim é permeado por falta d’água, submissões e achaques!
Por conseguinte, nesse reino aonde "rola a bola e a bola rola", o vaidoso potentado assim como nas fantasias globais, também rega sua vida real ou fictícia, com suas “Helenas”... A vinhos em suas cartagenas.
Que Deus não salve o rei, eu guardo a Esperança.