Coleção pessoal de MuriloMelo

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Aí você se alimenta dessa história toda, desses beijos todos, de um medo bom. E são esses desejos insanos que vão surgindo, que dá vida à vida. E quando você se dá conta que se entregou demais, já é tarde: você está gostando pra valer.

Mas às vezes são os olhos que calam como a boca e a gente tem que procurar outras interpretações.

Ele tá lá fora bebendo vodca, falando besteira e sorrindo com os amigos. E eu tô cá dentro, trancado, levando as coisas a sério, reclamando de tudo e escrevendo tanto (...)

As pessoas estão ficando loucas. Fazem o que querem e bem entendem. Inventam gostar, mas não têm paciência para relacionamentos, acho que paciência é pouco, acho que falta é coragem. Se deu algo de errado, elas simplesmente encerram o relacionamento, é como mudar de roupa. Não tentam, não se corre atrás, não ligam, não lutam para dar certo, não choram mais. Não acho que essa é a melhor forma de se buscar a felicidade. Não acho que dessa forma alguém chega a algum lugar. O amor não é como copos descartáveis, não é como blusa fora de moda, não é nada disso que estão pintando por aí. O amor não pode ser jogado fora, não dá pra fazer plástica, não dá pra simplesmente desprezar. Há muito mais por trás e tem tanta gente que nem cresceu ainda e diz que já amou na vida. A luta pelo amor é feita diariamente, como doses de morfina.

Eu tô andando feito um louco pelas ruas. Eu não penteio mais os cabelos, pego qualquer coisa no armário, mal sei se é dia ou noite. Simplesmente saio por aí. E tô pouco me lixando se andam me olhando atravessado ou não, se vão comentar ou rir de mim. Tô fazendo tudo errado, eu sei. Mas também tô com uma dor tão profunda que só Shakespeare entenderia.

Na terça-feira, eu acordei às 3 da manhã e sai andando pelas ruas, rindo, cantando, reclamando, vendendo dor. Na quarta, eu amanheci de porre, interpretando as músicas da Maysa, ainda com os olhos fechados, com o copo de vodca na mão, cercado de livros de astronomia e brasas de cigarro espalhadas pela cama. Mas foi na quarta-feira que me dei conta: eu realmente estava perdidamente louco, desequilibrado e que isso não teria volta.

Teve tanta gente que tinha importância pra mim, hoje não tem mais. Tem muita coisa entre essas pessoas que, francamente, eu ignoro, não faço a mínima questão de saber. Porque pra mim é raso, fútil e desnecessário. Há muito eu tô em outra.

(...) Mas sempre foi o seu nome rabiscado em meu caderno, sempre foi seu rosto desenhado na parede do meu quarto.

Tô amando qualquer livro de romance que não me lembre você.

Eu só tenho palavras doces e uns discos legais, se quer ficar comigo, fica.

Ei tio, tu vende o que aí? Ah é? Não, não. Não quero. Eu pensei que fosse dose de amor.

Se por acaso eu fizer de ti meu laço e dar um nó bem forte, vai desatar ou vai enfeitar?

A primeira vez que o viu foi em uma cena muda, rapidamente (...) Foi ao meio de uma correria pra não perder o metrô, com livros nas mãos e os óculos desfalcados.

Ela anda devagar, quase não pisa no chão. É bailarina? Claro que não, apenas flutua nas melhores ideias do mundo.

Sentir-se só tornou-se comum nas multidões. Você sorri levemente, arruma a franja de um jeito único, retoca o batom de um vermelho pitanga e pensa que é forte. Esse é o problema - o pensamento é tão doentio que chega a envaidecer, e consideras a solidão como virtude.

Aguenta, Cinderela. Aguenta sim, menina. Se há problema, é porque existe alguma solução. Perdida, mas tu encontra. Imagina… Deus não entrega dificuldade a coração de anjo, não.

Meu coração sempre soube te guardar no lugar errado. Na parte mais intensa, mais complicada, mais frágil.

É que eu nunca acho o que eu queria. E nunca quero o que eu acho que queria, sabe? Nunca me basto, nunca me bastam. Nunca me completam. Tem sempre algo faltando quando nada deveria estar faltando. Às vezes é milímetros pra preencher, mas falta. Eu quero mais, eu quero tudo, eu quero o mundo, eu quero nem que seja um pouquinho a mais. Não só a metade de alguma coisa, um sentimento morno, algo normal, eu quero o que mereço. Quero o que eu ainda nem sei se existe, talvez pra poder inventar. E, de vez em quando, dá um desânimo de tanto procurar. E se no final for só isso mesmo? Essa busca inalcançável por algo que não tem nome, nem endereço, telefone, algo que seja suficiente pra mim, que baste.

Mas tá tudo bem, sério. Eu acordo todo dia lá pras 6 horas, tomo o meu café, como qualquer coisa na cozinha e saio. Tenho meu dia normal, até demais pro meu gosto, durmo um pouco à tarde, leio uma dessas revistas, como um pouco quando acordo e penso um pouco na vida. É sempre assim. Aí lá pras 7 horas da noite, enquanto eu tô sentado assistindo algo completamente imbecil na televisão, ou vendo um desses posts chatos na internet, dá aquela saudade, sabe? Sei lá, aquela vontade de te apertar, de mandar qualquer coisa besta no celular, de te gritar, ou ligar e dizer que foi sem querer. Sei lá, só pra você falar alguma coisa comigo e eu ficar lembrando dessa coisa o resto da noite. Qualquer coisa que fosse uma coisa inexplicável. nem sei que coisa seria essa. É que, eu disse que tá tudo bem, mas tá tudo bem mesmo, é só que, eu acho, sei lá, que com você provavelmente estaria muito melhor, só tenho vergonha de dizer.

Eu ficava acompanhando a direção de seus olhos, e achava a coisa mais linda do mundo quando delicadamente eles encontravam os meus.