Coleção pessoal de MuriloMelo

381 - 400 do total de 444 pensamentos na coleção de MuriloMelo

Fico com medo quando um amigo próximo me diz que tem alguém a fim de mim. Não levo tão a sério porque as pessoas costumam gostar até conhecerem meus sonhos, meus fantasmas, minhas opiniões. Pessoas não se apaixonam por escritores, se apaixonam pelos seus livros.

Cansado de todo esse blá-blá-blá de começo de relacionamento. Tô numa impaciência danada de conhecer gente. Não tô a fim. Não dá mais. A partir de hoje eu queria alguma coisa que não tivesse mais início, que não parasse.

Chorei porque eu não me via em outro lugar que não fosse em teus braços, porque eu ficava toda santa noite inventando planos e idealizando momentos. E chorei porque precisava te explicar que, independente de todas as brigas fora de hora, eu era o único que planejava te fazer feliz.

Não tem pra onde correr. Eu vou acabar sozinho. As pessoas não me veem sendo nada mais que o melhor amigo, o brother e o confidente das dores e dos amores. Ninguém se apaixona por mim de verdade. É só companheirismo, um passatempo.

O problema é que sou seletivo à beça. Acho mais da metade do mundo babaca.

Mas peça mesmo a Deus que eu não encontre ninguém interessante enquanto você fica nessa brincadeira de me ligar apenas uma vez por semana.

Eu não quero que março me surpreenda. Eu sou mais específico: quero que alguém me surpreenda em qualquer época do ano.

Eu apenas achava bonito e engraçado como ela confundia azul com verde. Era um jeito só dela de misturar as coisas, sei lá. Ninguém mais tinha. Assim como eu só tinha ela e isso era um jeito só meu.

Sim, eu estou bêbado. Bebi o quanto pude na balada, a minha voz está rouca. E você é linda. E amanhã de manhã eu estarei sóbrio, mas você ainda será linda.

Estive evitando o destino da forma mais cruel que se possa imaginar. Não quero encontrar um grande amor na fila do supermercado ou esbarrando com ele na faculdade. Não quero mais saber de clichês, de cenas de filmes. Se o amor quiser me encontrar, ele que bata na minha porta e me beije, porque por essa, eu jamais vou esperar.

Chorei porque eu não fazia ideia que eu me machucaria tanto, porque ao chegar em casa e abrir a droga da porta do meu quarto eu fiquei parado ali, remoendo. E chorei, porque voltei a lembrar daquelas coisas todas que eu prometi esquecer.

Desejava viver um final feliz, desses de filmes dramáticos e cheios de dilemas. Mas depois pensou intuitivamente que felicidade não deveria ter ponto final. Era bom sentir. Decidiu então ser feliz para sempre, sem colocar ‘the end’. E foi.

Abria meus braços ao vento tentando levar algo doce meu até você.
Me alegrava imensamente trazer um pedaço teu, ainda que fosse pequeno, até mim.
Fazia de tuas manias minhas, revivia cenas que castigavam minha memória, planejava dar um stop em tudo aquilo.
Pintava-me com teus detalhes, achava rico teus enfeites. Imitava teu olhar indiferente, deixando de lado minha pose angustiante. Quero te trazer para mim, meus braços têm esse poder. Quero puxá-lo ao meu encontro. Quero nós.

Diz amar a vida, mas por vezes sente vontade de morrer.

No fundo, no fundo — bem lá no fundo do meu coração —, eu sabia que não ia dar certo. Mas eu quis continuar.

Eu sei que você vai segurar minha mão no meio da conversa, eu vou prender o ar na garganta, e você vai fingir que não me quer, que é só amizade.

Neguinho fala mal dos outros na minha frente e depois se comporta de outra maneira, diz que está cansado de gente falsa, mas não recusa o convite de chá no final de semana. A minha vontade é de rir dessa gente desgraçada. Entretanto, eu pretendia mais que isso, eu queria quebrar tudo, cuspir na cara dessa gente nojenta e contraditória. Mas deixei minha raiva trancada na gaveta. Tô aprendendo exatamente em quem confiar.

(...) Entretanto, eram as faltas que mais doíam. Sentia falta do que se foi, sentia falta do que ainda nem tinha chegado. E seguia assim, se alimentando da ausência.

Pergunte às estrelas, elas sabem de todos os tudos. De todos os medos, beijos e bobagens. O resto não sabe nada de nada. Toda noite eu sussurro à elas bem baixinho, da janela, ou aonde for pra ver se passa a vontade de contar pra você aos berros o que eu sei que não devo. Mas nunca passa.

Eu tropeço, eu gaguejo, eu soluço, sou uma droga sem você.