Coleção pessoal de MuriloMelo

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Sei lá, você deveria parar de fazer falta.

Não gosto de ouvir as pessoas falando em coisas que não foram, que não deram certo. Penso que a dor é exclusiva minha. Sou egoísta nisso. Gosto mesmo é de ver pessoas felizes, histórias dando certo, olhos brilhando de ansiedade. Eu não combino com isso, sou caso perdido.

Acordo, escovo os dentes, tomo café e continuo. Tá sendo difícil, mas sei que não posso parar.

Temo que seja outra vez aquela coisa passageira. Já não suporto viver amores temporários.

Andam reclamando da segunda, mas eu adoro. Ainda acredito que alguma coisa nova possa acontecer.

A pessoa amada me complica em 7 dias.

Tenho tentado ser mais humilde ultimamente. Parei com esse negócio de sair dizendo meia dúzia de desaforos, agredindo todo mundo. Fui bloqueando, aos poucos, alguns comentários mesquinhos, pequenos, infelizes e destrutivos. Foi preciso mudar.

Mudei de ideia. Às vezes eu mudo.

Mas não pode ser assim. As pessoas não podem ser vistas como sacolas descartáveis. Usadas e depois jogadas fora.

Essa perda prematura das coisas é o que mais machuca.

Gritei, discuti, bati bastante porta. Mas não vale a pena. Hoje, vejo que foi desnecessário. Passei a ter vergonha de mim por essas coisas. Decidi me poupar mais.

Ando economizando palavras. Passei a ser mais direto com aquilo que eu quero.

(...) Daí passei a evitar conversa com os meus amigos sobre este assunto. Também evitei lembrar disso antes de dormir. Porque dói saber que algumas coisas vão e não voltam.

Eu pensei que esse vazio por dentro fosse o limite. Não sabia que poderia existir alguma coisa após isso, além disso.

Já não sinto mais aquelas dores de antes. Não choro mais. Não sei o que é dentro, o que é fora. Tá tudo seco. Eu já não sinto nada, o que é ainda pior.

Eu não procurei, não corri atrás, não pedi pra ficar, não insisti.

Eu já sai dessa. Não dá mais pra continuar com essa sensação de velhice e desânimo. Há uns três meses praticamente não saio de casa, fico enjoado com tudo, tomo ódio de tudo. Perdi o contato com as pessoas que eu considerava interessantes, fico vivendo de um jeito que não é pra ser. Uma vida toda interna, lendo, pensando, maquinando, escrevendo, ouvindo música melancólica o tempo inteiro. Daí, então, hoje percebi que me sinto bem... Não dá pra explicar. Lá fora tem muita nuvem azul e anda fazendo o maior sol.

Eu tenho uma capacidade incrível de me apaixonar por quem eu não devo. De sofrer por quem me despreza. De pedir perdão mesmo não sendo o culpado (...).

Eu sei que vai ser sempre assim. Mas eu me engano, às vezes. Daí aparece uma pessoa do nada, mexe comigo e então eu fico exausto de fantasia. Vou e invento uma coisa que na realidade nunca existiu, que não é. E vivo aquilo, só daquilo, porque a ideia de estar sozinho chega a ser insuportável.

E então você me olha com aquela cara, como se quisesse dizer que eu sou o único amigo que ouve sobre seus casos, seus medos, suas dores. Me olha, desabafa e desaba. Mal sabe que, na verdade, quem desaba por você, por dentro, sou eu, todos os dias, todas as noites.