Coleção pessoal de MuriloMelo

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E quantas vezes você ficou parada, olhando a foto dele e pensando: "poderia ter dado certo"? Quantas vezes você já pensou em pegar o celular, inventar uma desculpa qualquer no meio da noite, só pra ouvir a voz dele, porque de repente bateu saudade?

(...) Daí que eu não tenho mais saco pra aturar relacionamento complicado. Hoje eu queria alguma coisa que não me enchesse a cabeça.

(...) Detesto ficar repetindo essas coisas, dizem que a gente até acaba atraindo mais coisas ruins. Repito porque eu ando muito triste mesmo, e acho que não tem como ficar pior.

E sei que logo tudo isso passa. Vou dar um tempo, esfriar a cabeça. Entendi que algumas coisas foram feitas para ser do jeito que são, eu não posso mudá-las. E virá dias felizes, depois.

Olha só, gente, que bonitinho! Depois que ele roda e fica com a cidade inteira, ele volta, faz a linha apaixonado, e diz que não me esqueceu.

Decidi deixar de lado, parar de me importar tanto, e agora estou querendo me afastar por completo. Não estou conseguindo. Me entreguei demais, como se fosse loucura mesmo. Acho que nunca me vi nesse estado tão apaixonado. Só que eu não consigo mais me acostumar com esse peso de amar só. Não consigo me contentar com metades. Fico agoniado com a possibilidade de viver de parcelas.

E por incrível que pareça tenho me sentido muito bem. Até eu me espantei com isso. Poucas vezes na vida me senti tão leve, solto, intenso como agora. Tô mais seguro de mim. Passei a gostar de conviver comigo mesmo, a não me arrepender das minhas escolhas. Aprendi o quanto é bom ser eu.

Eu queria que você entendesse as minhas curvas complicadas sem placas de sinalização, o meu mar escuro e profundo, que me obrigam a mergulhar em silêncio por tempo infinito.

(...) Mas aí nos últimos dias passei a ignorar com frequência. Percebi que eu estava me doando muito. O negócio ficou tão sério que eu esquecia de cuidar de mim, às vezes.

Não fica esperando a ligação dele não. Desliga o celular e vai dormir. É melhor, dói menos.

Não sei explicar bem, mas acho que é só saudade daquilo que foi além e jamais voltará a ser.

E você continua saindo como a palhaça da história. Espera por um cara que nunca cumpre o que promete.

Meus amigos têm reclamado da minha frieza, da minha ausência nos lugares e, principalmente, da minha falta de interesse nas coisas. E digo até que eles estão com razão. Ando sem paciência, sem vontade mesmo, e dei pra ignorar o que não deveria ser ignorado com bastante facilidade. Tenho vivido uma vida toda para dentro, às vezes nem percebo. Há semanas não vejo graça em mais nada. Tudo perdeu a cor e está inebriado.

Coisa que nem é nada, mas faz um barulho danado dentro da gente. Já sabe o que é?

Você coloca os pés para fora da cama, vai até o banheiro, se arruma sem vontade, passa pela calçada, cumprimenta por quem passa. Chega no trabalho, deseja bom dia, diz que está tudo bem, sorri e continua a vida. Volta para casa, sobe as escadas, abre a porta do seu quarto, pega sua toalha e o pijama. Vai até o banheiro, liga o chuveiro, pensa um monte de coisa, fica vendo o filme da vida passar enquanto a água cai no chão. Então você percebe que água e lágrima se misturam. Percebe que existe alguma coisa fora do lugar. Você desaba. Você grita. E ninguém escuta. Ninguém percebe. Ninguém entende. Ninguém socorre. Só você.

Aquilo que já não é meu ainda me persegue.

Sofri porque foi uma daquelas paixões de parar a vida. Daquelas intensas, repentinas, inesperadas.

Qualquer coisa que cure e dure, por favor.

Então não me leia. Só sei escrever sobre melancolia, histórias que não deram certo, saudade e solidão. Só sei escrever sobre mim.

E eu não paro de olhar aquela foto no Facebook. Aquela em que você está bêbado, com um sorriso aberto, do lado esquerdo dos seus amigos. Parece que enquanto eu desabo no quarto às três da madrugada, você leva a vida muito bem sem mim.