Coleção pessoal de marialu_t_snishimura
Ampliação do conceito
I
Ao piscar de olhos logo vejo,
No ver, fazer constatação,
Ideio fazer ampliação,
Arrancar meu Brasil do nojo!
Se existo, lógico, que penso;
Manifesto com nó, a hipocrisia,
A politica cheia de burocracia 
Enganando todo povo manso!
Trago no sonho o meu tanto
O ideal da ideológica Nação 
Ver ampliar limitado conceito!
Quando faço a ampliação 
Dentro do meu pensamento 
Logo vem -me, incomodação!
II
Por que a mídia tanto fala e fala,
No jornalismo a sociedade divulga.
Há tantas impressionate reportagens,
Outras divulgações das malandragens,
Há programa que se liga, já sai sangue!
A televisão brasileira tá assim!
Daí ao ampliar o conceito, segue...
O pensamento dentro de mim:
Quem mostra é macumunado!
Mostrar não serve pra nada,
Se tudo fica parado no quando!
Claro que tens a mão amarrada,
Nestes tantos 'quando' detalhado!
Por que a polícia não é ajudada?
III
O conceito ideológico é governante,
É isso que faz um país ser grande!
Se nosso país não ampliar a visão 
Seremos eternamente país prisão!
Todo o país que, no mundo cresceu,
Na hora que, todo o seu povo acordou,
Percebeu quão importante é enxegar,
Muito mais, é a ação de delegar!
A liderança delega a ideologia,
Então fica fácil fazer a mudança!
Chega de viver de sonho e da utopia!
Amplia tão logo a visão de mundo,
Resgata a moral ética e a liderança
E cessa logo a vergonha deste tudo!
Ponto de vista 
Em tudo o ponto de vista,
Há virgula da expectativa,
Há uma reticência e...logo...
Pode ser diálogo!
Um grande blá, blá, blá...
Eis, que o vento espalha
E tudo passa,
Feito fogo em palha!
Se contém-se é silêncio; 
Muito se fala
É nécio!
Nisso tudo fico
Na perspectiva 
Do belo pico!
Picadinho
Quando se fala da vontade e do querer 
No rumo certo do que tem a afirmação 
Tem o lado incerto do mal da castração
Que interrompe o caminho do seu saber!
A ideologia do mal faz a corja do ladrão 
Ceifar o sonho da criança no seu crescer
Na escola a imposição se faz aborrecer
É coisa vedada sem aprumo e sem razão!
Na correnteza natural o rio tende seguir, ir
Deveria ser assim o desenvolver de gente
Mas, tem o castramento querendo impedir!
Por quê? Em cada mil apenas um se forma?
Por que tem escola de monte sem estudante?
É que, pica tudo na vã desculpa da reforma!
Brasão e Kamon
No vasto campo onde tudo se estende,
Observa a natureza que tudo se aprende!
Estiliza as coisas, faz na alma abertura,
Desta forma o Suzuki ou o Nishimura!
No Japão já disposto no esquema
No simbolismo a fazer sobrenome
Da origem a representação, o nome;
Os clãs em forma de um emblema!
Neste ritmo pensei aqui no Brasil 
Os sobrenomes sob o céu azul anil
Tem emblema no berço de origem?
Todo fazer é  imaginário da modelagem
Onde a diferença está no criar, na teima
Se brasão ou kamon, não tem problema!
Boca azul
A pedra mostra -me uma boca azul 
A boca feito de montanhas brutas
Côncavas rochas e solitárias grutas,
Voa pássaro no céu de norte à sul!
Eu também quero  voar nas alturas
Amar o infinito da glória neste vôo 
Semear alegria á tudo que perdôo 
Abre - me  as asas sem amarguras!
Sem o mal vejo suspenso o oceano
O tudo no meu universo hei de unir
Nem que o desejo for um engano!
Farei em toda pedra um  jardim florir
Atravessarei a gruta do teu desengano 
E neste tudo enfim meu fim à  possuir!
Bereré
As campanhas de eleição 
Não passa de ato ceráceo
Esse de promessa em vão 
Que se crê apenas um nécio!
Ainda se põe fazer bereré 
Não vêem que andam de ré 
Ao eleger qualquer candidato 
Que fala de olho no mandato!
Tudo que falam é coerente 
Não é atoa que engana a gente
Mas, vou dizer uma real:
- A mudança é o ideal!
O jeito é passar o pente,
Pra fazer um Brasil diferente!
Perigeu em órbita 
Perigeu meu cosmo em órbita 
Entre os períscios, projeto de luz 
Hastilho as estrelas que reluz
No faetone de uma reta!
Meu giro certo feito falena
Pouso no céu faisqueira
E na terra todo o bem conjuro
Sem rasto de mal ratinheiro!
Sou ninféia de dons celestiais 
Em fradice ensina os frades
Eu não tenho mais que ais!
Dado que, conto meu passo
Que contérmina não se escondes
Á ser livre e conter-me no espaço!
O novo déu
Déu do cum-quibus
Buscaram os urubus
Co'a caça na mata 
Balburdiava a floresta! 
-Isso lá é campanha?
Resmungou o sabiá!
-Para! Só acompanha!
Interveio o velho preá!
Temos que escolher?
Perguntou o coelho!
Temos! É um dever!
O urubu pressionando:
- O dever é um direito!
Acabou se gabando!
II
E daí que na floresta 
Depois de toda a festa
Veio a torta do repolho
Trazido pelo boi caolho!
Eita! Que tudo tinha gosto
Dos prazeres dos deuses 
Fartaram-se todos eles,
Depois viera o desgosto:
- C'o pum a atmosfera poluíram!
Passou a chover reclamação!
Até greve, os bichos fizeram.
Só que depois de toda confusão 
Esqueceram do que reclamaram  
Estavam prontos para nova eleição!
A felicidade interna
Vou tentar um poema engraçado 
Para dar de presente a um amigo 
Que põe o humor no seu calçado 
Ou tenta fazer da lua seu abrigo!
Contudo, tudo o quanto consegue, 
É ir ali onde a horta faz convite
Daí colhe repolho, batata e segue, 
Come tudo e se farta com apetite!
Depois disso a felicidade aperece 
No bom senso ele tenta o drible,
Porém, o inevitável acontece:
- A felicidade interna sai no puum...
A alegria é pra ele algo incomum
E a sequência prossegue: pum, pum!
Literatice
Em se tratando da coruja
Retratei-me no argumento.
O literato insigne me corrija, 
Se necessário, faça relato!
Coruja da minha literatice
Que pra muitos é chatice 
Está coisa de obra literária 
Á ser sebo de ordem etária, 
Tem o "que" de displicência 
Mas, na atual circunstância
Não quero fazer relevância!
Ative-me visionária futurista 
Sem contudo perder a vista!  
Não retalhe um ser de aprumo,
II
Em todo fazer, há conquista!
Senão há que ser taciturno,
Sem imaginação, só infortúnio,
Do tipo que se torna um basta!
Do basta, basta a tramela
Que fecha porta e janela!
É preciso ter a coragem 
Até para ser pó de aragem!
Sou ainda tão pequenina 
Lá do resgate da minha fé 
Não que o meu eu menina
Seja coisa de saudosismo,
Ou outro do nervo do seu pé!
Lanço cá o amplamismo!
III
No mundo de homem boné 
Todo feito e coisa de mané 
Ficam sonhando com efeito
Da cirurgia dentro do peito!
Do tipo que gosta de engano,
Que vive entrando pelo cano
Nadando no contra da maré!
Andar pra frente e não de ré,
Significa enfrentar o absurdo 
E colocar vista no que anseia
Pois, afinal no tudo do mundo
Tem espaço pra tudo que creia!
Creia em Deus e em ti também 
Coloque na trilha o seu trem!
IV
Porque se há dizeres assim:
- Se não escolhes, outro fará!
Pois então, não escolha o será
Escolha ser o sim do mocassim,
Ao invés de chinelo de corda!
Apesar de que a crise assusta
Mas, não desista da sua luta
Que tudo há encanto! Acorda!
E daí, que se tem idade na nuca?
Velho (a), novo (a), não importa!
O que importa é ter muita cuca!
Isso cá com os botões que tenho
Deveria evitar álguma resposta,
Contudo, só no riso me contenho!
V
Visto que, o riso é algo displicente 
Prefiro a precaução do silenciamento
Onde ordeno o meu pensamento 
Na forma, deveras, a mim atraente!
Não quero discutir conduta 
Cada um tem sua menuta
Na chave da consciência 
Mas, há sempre uma advertência:
- Sabedoria!
Daí a fazer consultoria 
Verificada alguma obra,
Há que dispor-se como cobra?
Nem sempre há, que ser um ás! 
Faças o que te realizas e gostas
Afinal, sejas um visionário (a) da paz!
A contracifra
Na contracifra de um ser
Que escrita tem cada um?
Na minha alma queria ver
Os olhos de um mutum!
Pusera contice no vento
Deleitou seu pensamento 
O auça andando pra traz
Feito gente que mal faz!
Bem - querente tem a flor
Tem o raio do sol radiante
E a sinceridade do amor!
Qualquer intento do mal
Repudiais fervorosamente 
Dissipais o demônio com sal!
Recordação 
No que pode assentar a lembrança
De tudo o quanto a experiência faz
Ao que prove para si, ser capaz
Reside o crescer de uma criança!
Depois, eis que vem a adolescência 
Em que o espreitar esta na esperança 
Do futuro de paz, amor e ciência
No anseio da harmonia e da bonança!
Se faz única cada expectativa 
No qual cada um tem seu viver
Naquilo que a teu olhar cativa!
Assim se desperta o merecer 
Cada um na sua imagem atrativa 
Posto a crescer, recordar e viver!
Soneto da criança 
Pula, pula num pé só 
Gira, ri fazendo careta
Solta pipa sem fazer nó
Noutra é só cambalhota!
Criançada de barulho
Brinca de todo o jeito!
Trás o mundo no peito
Apronta no piscar de olho,
O mundo quer na mão!
Criança pode fazer tudo
Enquanto for por ilusão!
Porque depois crescido
Não pode fazer mais não!
A não ser aí, seu feito mudo!
Princesa neutra 
Por onde quer que alcance o olhar
À observar milhões de pintinhas
piscando para todo o céu iluminar,
as estrelas brilham quietinhas!
Se por um acaso a lua vier interromper 
recobrarei as estrelas sem esconder.
A lua irá ficar ali a meu lado na dela,
mas, saberá que a estrela, que é bela!
Uma a uma brilha sem ofuscar a outra 
formando uma grande constelação!
Nenhuma não brilha egoísta do contra.
Estivera eu por conta da imaginação... 
do pequeno príncipe, a princesa neutra;
do seu pequeno grande mundo, a ilusão!
O sorriso 
Salve, salve a alegria sincera
que se manifesta espontâneo,
no sentimento por onde opera
nas cavas de um olhar ingênuo!
Ora que se puser o outro libertar  
a igualdade do sorrir no reflexo; 
é afeto que ao outro pode doar,
todavia, um sorriso é complexo!
Pois, se não houver ingenuidade, 
por conseguinte, é cruel e severa
ao que o rir ao por fé da maldade;
Entre o que não se põe a palavra,
ao suposto, da própria verdade,
do que impiedoso ulcera e lavra!
Somente poemas 
Somente poemas eu quero aqui,
poemas e mais poemas, apenas;
poemas aqui, poemas por aí,aí,
aí poemas, perto de ti poemas,
perto de mim muitos poemas,
traga poemas de todos os tipos,
que seja seus próprios poemas,
poemas belos e bem bonitos...
-Bonitos? De alguma forma bonito!
Os poemas são canções, músicas.
Em poemas e canções eu acredito,
acredito, acredito e acredito, é isso,
é isso, isso, é isso mesmo repito!
Poemas apenas, nada mais além disso!
A força da luz 
Tudo, tudo mais que o tudo do tudo
vai indo, indo e vou vendo o tempo,
tempo de tudo no meu indo e indo,
de repente tudo para no céu límpido!
Tanto, mais tanto azul e mais azul,
lindo, o mais lindo azul celeste,
encobre a terra do norte ao sul 
e no centro uma luz transparente!
A luz tão forte, mas tão forte e forte
mas, doce, serena, toca- me e sinto...
Sinto, sinto a luz, a luz puramente!
É assim na força que a luz emana,
que sinto - me composta e triunfante, 
é assim que sou eu vida humana!
O eco da notícia 
Olhem, olhem a notícia no jornal!
Ela é polêmica, má e ordinária;
Vejam! A notícia nacional!
Vejam, leiam é extraordinária!
A notícia esplanada toda,
espalhada feito folha no vento,
o povo no olho se farta da danada
e a notícia corre o cumprimento...
No intento declarante mais alerta:
- Perigo, cuidado! Não caia, caia,
caia, caia, no eco o tudo desperta!
De repente restou no eco: - Caia!
O eco para, parada caia e atenta..
- ...aia caia! Atenta a aia, o caia!
Fio de pavio
O três sons iguais nas três palavras 
foi traduzindo uma tragédia o vulcão;
Levantou ondas as placas tectônicas,
lavas ardentes as entranhas do chão!
Nenhum deles salvaram-o pelo dom...
Nem tsuru, tsunami, nem Mitsubishi!
Vixi! Na catástrofe dispersou o som
o alvoroço de gritos, muito triste, vixi!
Os bens caros, os carros, até navio
foi levantado feito papel e papelão,
nas ondas do mar alvoroçado e frio!
Mas, se três sons insite o brasileiro 
é que ele apita no vulcão seu assobio,
ria lacônico do que fora o estrangeiro!
A reencarnação na flor
Matizes e nuanças em luz e esperança   
em cada florescer da semente nascida
ainda que há as flores que não se lança,
outras evocam imperando cor definida!
Tantas quantas químicas e descobertas
que imita, que reproduz tenra e vigorosa,
os matizes na fibra tingida das mantas
tão bonitas quanto a flor mais charmosa!
Se fosse assim eu também reproduzida,
queria ser pintura de mim ainda criança 
ou ainda aquela alma sem ser nascida...
Possivelmente ainda na fila a reencarnar
aos quantos poderia ser uma planta vinda
e estariam na flor pelo reencarne a esperar!
 
 
