Coleção pessoal de mariaclaudiabook

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Soneto 18

Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.

Às vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.

Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:

Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

Guarda estes versos que escrevi chorando,
Como um alívio a minha saudade,
Como um dever do meu amor; e quando
Houver em ti um eco de saudade,
Beija estes versos que escrevi chorando.

Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.

Saiba que seu destino é traçado pelos seus próprios pensamentos, e não por alguma força que venha de fora. O seu pensamento é a planta concebida por um arquiteto para construir um edifício denominado prosperidade. Você deve tornar o seu pensamento mais elevado, mais belo e mais próspero

Que passem os minutos, dias e anos...
Todas as estações do tempo!
Que eu viva, qual tolo, todas as ilusões
pueris de sentimento...

Amar-te-ei, em todas as épocas,
em todo momento
Que passem as águas por muitas pontes
e que debruce a saudade por muitas
serras e montes, amar-te-ei,
como se fosse a primeira vez e única,
apesar das tantas aventuras!
Ainda além deste céu, nas alturas.
Eternamente...
Ainda que outro alguém o tenha
entre lençóis confidentes,
mesmo que os beijos sejam molhados
e quentes,
à parte, nossa alma vaga enamorada,
sobre qualquer prazer da carne ou qualquer
entrega fugaz.
Eternas, apaixonadas
Amar-te-ei, sobre qualquer dor que me pese
o orgulho ferido, o despeito revolvido!
Sobre qualquer punhalada em meu coração,
sobre qualquer distância a nós imputada...
Porque sei, amor de mim , que ainda assim...
Não é pequeno o nosso comprometimento.
Ah! Soubessem todos o tamanho!
Pobre carne, pequeno tempo!

FORA DESTE MUNDO

Quando nós olharmos para trás para tudo
Como eu sei que faremos
Você e eu, olhos arregalados
Eu imagino...Nós realmente lembraremos
Como é se sentir vivo assim?

E eu sei que nós temos que ir
Eu percebo
Nós só conseguimos ficar muito tempo
Sempre temos que voltar para as nossas vidas reais
Onde nós pertencemos
Onde nós pertencemos
Onde nós pertencemos

Quando nós pensarmos de volta para tudo isto
E eu tenho certeza que iremos
Eu e você, aqui e agora
Nós vamos esquecer o jeito que realmente é
Por que sentir assim
E como?

E nós sempre temos que ir
Eu percebo que nós sempre temos que dizer adeus
Sempre temos que voltar para as nossas vidas reais

Mas as vidas reais são a razão do por quê
Nós queremos viver outra vida
Nós queremos sentir outra vez
Outra vez...

Sim outra vez
Para sentir outra vez...

Quando nós olhamos de volta para tudo
Como eu sei que faremos
Você e eu, olhos arregalados
Eu imagino...
Nós realmente lembraremos
Como é se sentir vivo assim?

E eu sei que temos que ir
Eu percebo que sempre temos que voltar
Sempre temos que voltar para as nossas vidas reais

Mas as vidas reais são o por quê nós ficamos
Por um outro sonho
Um outro dia
Por um outro mundo
Um outro caminho
Por um outro caminho...

Uma última vez antes que acabe
Uma última vez antes do fim
Uma última vez antes da hora de ir de novo...

Sozinho

Foi um dia longo no fundo do monte,
Ela morreu com o coração partido
Ela me disse que eu estava vivendo do passado,
Bebendo num copo quebrado.

Eu estou sozinho (eu nunca quero estar sozinho),
Agora eu (agora eu) volto para encarar o frio.
Eu estou sozinho (eu nunca quero estar sozinho),
Agora eu (agora eu) volto a viajar para casa.

Eu caminhei para o outro fim do dia
Apenas para pegar aquelas últimas ondas
Eu estendi minha mão e lentamente acenei adeus
Eu volto agora meus olhos para o céu.

Eu estou sozinho (eu nunca quero estar sozinho),
Agora eu (agora eu) volto para enfrentar o frio.
Eu estou sozinho (eu nunca quero estar sozinho),
Agora eu (agora eu) volto a viajar para casa.

Ela voltará para mim (Ela voltará para mim).
Ela voltará para mim (Ela voltará para mim).
Totalmente sozinho nesta miséria.
Ela voltará para mim

Eu estendi minhas mãos para a luz e a assisti morrer
Eu sei que eu tinha um papel a fazer
Meu deus, minha hora de morrer
Nunca quis passar a vida sozinho

Eu estou sozinho (eu nunca quero estar sozinho),
Agora eu (agora eu) volto para enfrentar o frio.
Eu estou sozinho (eu nunca quero estar sozinho),
Agora eu (agora eu) volto a viajar para casa.

Tudo é precioso para aquele que foi, por muito tempo, privado de tudo.

Os homens graves e melancólicos ficam mais leves graças ao que torna os outros pesados, o ódio e o amor, e assim surgem de vez em quando à sua superfície.

Torna-te aquilo que és.

Se uma mulher tem inclinações eruditas é porque, em geral, há algo de errado na sua sexualidade. A esterilidade predispõe a uma certa masculinidade do gosto; é que o homem, com vossa licença, é de fato «o animal estéril».

Quero apenas cinco coisas...
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.

ameixas
ame-as
ou deixe-as

A gente destrói aquilo que mais ama
em campo aberto, ou numa emboscada;
alguns com a leveza do carinho
outros com a dureza da palavra;
os covardes destroem com um beijo
os valentes destroem com a espada.
Mas a gente sempre destrói aquilo que mais ama.

Não tenha medo do sofrimento, pois nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca dos seus sonhos.

Quantas coisas perdemos por medo de perder.

Uma coisa é você achar que está no caminho certo, outra é achar que o seu caminho é o único. Nunca podemos julgar a vida dos outros, porque cada um sabe da sua própria dor e renúncia.

No amor ninguém pode machucar ninguém; cada um é responsável por aquilo que sente e não podemos culpar o outro por isso... Já me senti ferida quando perdi o homem por quem me apaixonei... Hoje estou convencida de que ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém... Essa é a verdadeira experiência de ser livre: ter a coisa mais importante do mundo sem possuí-la.