Coleção pessoal de lucijordan
A vida é sempre a mesma para todos: rede de ilusões e desenganos. O quadro é único, a moldura é que é diferente.
Costurei-me de um tecido blindado, mas sei me rasgar quando necessito. Conheço todos os meus remendos e costuras tortas e jogo fora o que não me serve de uso. Minhas linhas têm cerol e ferem quem tenta me quebrar, porque eu aprendi a costurar meus caminhos desde cedo."
Há quem pense que envelhecer é ruim, mais não estamos envelhecendo, estamos ganhando conhecimento e experiencia, mais o melhor de tudo é envelhecer com saúde. Penso que envelhecer tem dois lados, alguns retornam a primeira infância,de certa forma é a história de Benjamim Button-F. Scott Fitzgerald; outros seguem seu caminho olhando em frente como se o tempo não passasse e nem importasse. Se tiver escolha, prefiro me olhar no espelho e ver cada fio se tornando prateado (prefiro a prata, pois segundo a Bíblia, é mais valiosa que o ouro, embora muitos ainda não se atentaram para este detalhe, rsrs) e cada ruga, embora não tão bem vindas, provando que vivi e sorri diante da vida.
Havia ali a massa de um homem futuro, à espera que os anos, cuja ação é lenta, oportuna e inevitável, lhe dessem flacidez ao caráter e virilidade à razão.
O tempo, esse químico invisível, que dissolve, compõe, extrai e transforma todas as substancias morais.
A narrativa da pequena era como costumam ser as da idade infantil: desigual e truncada, mas cheia de um colorido seu.
A boca desabrochava facilmente em riso, — um riso que ainda não toldavam as dissimulações da vida, nem ensurdeciam as ironias de outra idade.
Obsequiava sem zelo, mas com eficácia, e tinha a particularidade de esquecer o benefício, antes que o beneficiado o esquecesse.
O desdém não se revelava por nenhuma expressão exterior; era a ruga sardônica do coração. Por fora, havia só a máscara imóvel, o gesto lento e as atitudes tranqüilas. Alguns poderiam temê-lo, outros detestá-lo, sem que merecesse execração nem temor. Era inofensivo por temperamento e por cálculo. Como um célebre eclesiástico, tinha para si que uma onça de paz vale mais que uma libra de vitória.
A saudade é um buraco dolorido na alma. A presença de uma ausência. A gente sabe que alguma coisa está faltando. Um pedaço nos foi arrancado. Tudo fica ruim. A saudade fica uma aura que nos rodeia. Por onde quer que a gente vá, ela vai também. Tudo nos faz lembrar a pessoa querida. Tudo que é bonito fica triste, pois o bonito sem a pessoa amada é sempre triste. Aí, então, a gente aprende o que significa amar: esse desejo pelo reencontro que trará a alegria de volta. A saudade se parece muito com a fome. A fome também é um vazio. O corpo sabe que alguma coisa está faltando. A fome é saudade do corpo. A saudade é a fome da alma.