Coleção pessoal de LaylaPeres

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Nossa história não é um fim. Nossa história é uma continuação.

Me olham com tristeza, porque sabem que eu estou tentando evitar algo que jamais se evita, que é a vida. E talvez, no futuro, vamos ser grandes amigos, ou talvez, seremos um casal. Mas evito previsões, deixe a vida ser do jeito que ela é, pelo menos, uma vez.

Tento ser uma mulher, mas sou uma menina. Tento ser simples, mas sou complicada. Tento ser resolvida, mas sou mal resolvida. Tento sentir dor, mas não consigo. Tento sorrir, mas também não quero. Tento ser o que eu não sou, não sou feliz completamente mas também não sou triste intensamente. Sobrevivo contando os dias, mas odeio o relógio. Sou confusa. Guardo nossa história em uma caixa de madeira, com um cadeado rosa que há impressão que lá, ela estará segura, bom, pelo menos, por enquanto.

Eu acredito que tudo nessa vida é questão de tempo. Tudo vem com o tempo, e as escolhas, fazem parte disso. Acredito que o tempo trás e leva as pessoas. Acredito que o tempo pode até mudar as pessoas. Mas no fundo, acho que não quero mais em acreditar nessas frases que pessoas criaram para tentar fazer os outros seguirem em frente.

A nossa história, a minha história, é uma ferida aberta que a qualquer momento pode voltar a sangrar, e eu me recuso a fazer o curativo, já que me incomoda. É uma ferida aberta que não tem jeito de cicatrizar e eu tenho medo dela inflamar para sempre.

Só espero que alguém consiga substituir. Só quero isso. Tentei encontrar com algo, mas acabei me deparando só com a realidade, então, esquece.

Vou fingir que não ligo, mas todas as madrugadas, eu quero pegar o meu celular e te ligar. Vou fingir que não preciso de você, mas todas às vezes que eu escrevo, é de você que eu preciso pensar.

Então, toda às vezes, que eu penso que eu amo você, penso logo em seguida que deve ter algum motivo, porque se não for pensar assim, não sei como conseguiria suportar tanta coisa e sem reclamar nada. Porque eu aturo tudo calada e maquiada. Quer saber? Eu me importo, mas para que me importar com algo se você não se importa? Qual é a graça? Vou fingir que não ligo, mas todas as madrugadas, eu quero pegar o meu celular e te ligar. Vou fingir que não preciso de você, mas todas às vezes que eu escrevo, é de você que eu preciso pensar.

O relacionamento mais humano que eu já tive. O relacionamento mais estranho e duvidoso que alguém pode ter. Mas eu senti, e ainda sinto. Pela primeira vez, posso dizer que de amor, ninguém morre. Depressão sim. Mas amor não. Amor não vem para o mal. O Amor talvez, tenta amenizar a realidade que é dura demais para ser suportada, e aí, ele te dá força e assim, a fé chega.

Atualmente, eu não sei é de nada mais. Não planejo nada, não sonho com mais nada, e não quero mais nada. Não tenho forças para querer alguém. Não quero ter forças para querer. Não tenho força e também não quero dar a volta por cima. Quero ficar aqui, acreditando que pelo menos, tudo na vida tem algum motivo. Pedi ajuda de Deus, horóscopos, orixás, tarô. Todos me dizem uma única coisa: Seguir em frente. Mas ninguém consegue me apresentar essa estrada e eu não consigo encontra-la sozinha. Como começar, meu Deus? Como terminar algo que jamais foi começado?

Esperei que o ano novo mudasse tudo, mas até agora, só consegui algo diferente. Consegui um boato. Apenas isso. Tudo continua igual. Eu continuo igual, você continua igual, e ele continua igual. Então quer dizer que, a história de ano novo com sua renovação é só uma ideia maluca? Não sei.

Quero esquecer essa história, mas como posso esquecer a minha própria história? Não posso querer inventar uma nova vida, sendo que a minha vida é essa hoje. No futuro, ela vai mudar. Mas hoje, ela não mudou.

Me dói às vezes. Me dói porque eu me entreguei a ele, e ele não soube disso. Dói porque eu não fui nada, fui apenas uma lembranças estranhas. Mas eu não sei se eu sou lembrança. Eu sou presença, mas no fundo, sou ausência. Eu busquei, tentei encontrar você em textos, frases, sonhos, sinais, orações, horósocopos. Tentei te ver nos mínimos detalhes. Tentei achar pistas para que eu pudesse continuar com essa loucura. Tentei ao menos, te ver aonde não existia amor. Comparei você com outros. Contei suas histórias e suas loucuras. Contei sobre como havia te conhecido, e como eu consegui aos poucos um lugar. O lugar, que hoje, talvez, não faço mais parte.

Não sei nem mais o que eu consigo achar de você. Às vezes, eu sinto um amor imenso por você, que me parece ser eterno. Mas às vezes, não sinto nada quando me lembro de você. Talvez, no fundo, eu sinto pena. Pena porque você poderia ter sido feliz comigo mas resolveu me esquecer. Sinto pena porque eu tentaria ser feliz e completa com você, e agora, continuo incompleta, esperando algo, querendo algo. Sou sincera com que eu sinto, se eu amo, eu amo. Se eu odeio, não me perguntem os motivos, sou confusa e posso confundir as palavras. Se eu sei que isso não tá certo, não duvido, eu creio e faço o que eu acho certo. Sempre, e essa é a ideia que eu levo comigo.

E ele se foi, e ela ficou. E está lá, naquele mesmo lugar, esperando que as duas décadas cheguem e que ela irá poder dizer tudo que sempre quis. Ela irá dizer que em todo esse tempo, ela só conseguiu perceber, uma única coisa. Ela percebeu, a falta dele.
Mas algo a interrompeu. A menina acordou desesperada com o barulho do despertador. Que pena! Foi só um sonho. E ela sabe, que algum lugar, ele também está esperando por ela. Mas só falta alguma coisa acontecer, e isso, a menina, entregou para o tempo, para que ele pudesse fazer o melhor para aqueles dois.

- Sinto falta
- De que?
- De você. De mim. De pessoas. De tempos
- E do que você mais sente vontade?
- Tenho vontade de te ligar e dizer que você é um idiota. Que assim, você está só me perdendo e eu me vejo sendo obrigada a sair com outros meninos, e eu não quero isso.
- E eu gostei intensamente de você
- E o que adianta? Nunca vi esse amor. Não senti sua presença.
- Mas eu te amei
- E daí?
- E daí do que?
- Esquece.
- Como esquecer, menina?
- Esquecendo .
- Esquecer uma fase da minha vida.
- Exatamente
- Como?
- Nós nos perdemos em algum caminho, em alguma estrada, fomos em direção opostas. Não somos mais os mesmos e talvez, não queremos voltar atrás.
- É.
- Pensei que ficaria louca, menino, pensei que eu iria me matar, pensei até mesmo que a dor iria me vencer.
- Eu pensei em você, menina.
- O que importa você ter pensado em mim e nessas merdas de memórias? O que me importa?
- Não sei.

E depois de sentir o vento em meu rosto, só posso dizer que aproveitei. Soltei o meu cabelo, coloquei o óculos escuros e pude acreditar que o vento era a melhor coisa que poderia existir.

Dói ser deixada enquanto a outra pessoa consegue ignorar tudo. Dói saber que você ainda fica preso em algo, enquanto esse algo, quer se soltar de você. Dói saber que hoje, você é isso, e que antes, tudo era melhor. A doce vontade de voltar no tempo e mudar tudo. A doce inocência de querer algo que já te abandonou e que se fosse possível, te abandonaria de novo. A linda vontade de controlar algo incontrolável. A doce vontade era te ter, mas o abandono foi maior. E em vez de te ter, você se perdeu de mim.

Em dezessete anos, consegui abandonar foi um cachorro, que infelizmente, eu tive que doar para uma criança. Mas eu lembro dela sempre com muito amor e me lembro daquela carinha. Em dezessete anos, consegui abandonar um amor, mas sempre penso nele. Em como que está a vida dele, como que está os amores dele. Mas não nos afastamos, e por isso, fez com que a dor não fosse tão maior. Não sinto falta de amor. Eu sinto é amor demais. Vejo bondade nas pessoas, e nem sempre há bondade. Vejo um amor aonde não existe.

Sempre escolhi ficar. Sempre. Odeio despedidas e odeio ser a pessoa quem fica. Mas por incrível que pareça, não consigo deixar absolutamente ninguém. A palavra Adeus me dá arrepio . A palavra Até logo, consegue me acalmar mas não por muito tempo. Então, quem nasceu para ser abandonada, nunca será a pessoa que abandona. Infelizmente, a ideologia do abandono é essa. Tudo bem, acabei de criar essa ideologia para tentar amenizar um pouco para quem já foi abandonada. Grandes garotas abandonam, não, grandes garotas são abandonadas. Porque elas sim, elas conseguem. Mas não quero ser repetitiva em realação a grandes garotas. Odeio a palavra Abandono. Porque se abandonada é difícil, perder algo nesse abandono é pior ainda