Coleção pessoal de LaylaPeres

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Talvez para que pudesse entender um pouco sobre o amor, se é que o amor é necessariamente entendido. Do meu lado direito, um papel rosa, delicado, com corações e o seu nome. Fiquei um tempo encarando esse papel, fiquei até mesmo, imaginando os motivos para que eu goste tanto de você, para que eu precise sentir tanto esse amor que anda me corroendo aos poucos.

Sou feita de azar, talvez. Sou feita de solidão, de loucura, de drama. Sou feita de histórias e cargas pesadas. Tenho coração ferido mais do que qualquer um. Pode ser drama, pode ser exagero. Mas sou feita disso também. Dentro de mim, cabe um mundo. Só que ele seria esse mundo, e como se ele foi não cabe mais nada dentro de mim.

E eu gosto é do escuro, do tempo de chuva, do ar pesado. Porque eu sou feita assim. Porque metade de mim é o que eu consigo dizer, e a outra metade, é o que eu consigo escrever. Sou feita disso. Sou feita de escuros, de choros, de sorrisos, alguns forçados, alguns não.

Realmente não quero mais nada. Eu quis tanto ser algo para ele, e acabei virando um lixo. Quis tanto ir atrás de sonhos, de amores, que acabei descobrindo que não é sempre que amores dão certos e que, não é sempre que os sonhos se tornam reais. Tentei ser certa, mas sei que sou errada. Tentei evitar algo que no fundo, não podia ser evitado. Tentei ser a que mudaria sua vida, mas não consegui, nem ao menos, consegui te abalar. Tentei ser discreta, mas sei que sou chamativa. Tentei ser personagem, mas descobri que sou real.

Não quero ser feliz. Não quero ser triste. Não quero dar a volta por cima. Não quero arrumar um namorado. Não quero responder. Não quero falar. Não quero ficar bonita ou tentar ser bonita. Não quero emagrecer. Não quero engordar. Não quero sair do chão gelado. Não quero fingir. Não quero ser atriz e enganar a dor. Quero só respirar e deixar que o mundo dê jeito. Não quero mais insistir. Não quero perder a fé. No fundo, eu não quero mais nada. No fundo, eu não acredito mais em nada. Não consigo respirar fundo, porque me dá falta de ar. Então esquece.

Me encolhi no escuro do meu quarto e aqui dá impressão que consigo viver em meio de tantas coisas ao meu redor. Me encolhi e chorei. Mas não agüentei por muito tempo, encolhida. Me deitei no chão, joguei o tapete ao lado e fiquei um bom tempo encarando o teto. Outra lágrima querendo pular, outro sentimento esmagado por um caminhão de lixo, outra perda de chance. Eu não agüento mais sentir todos os sentimentos do mundo dentro de mim, não agüento mais ter um nó na garganta que não saí, não agüento mais ter frases e coisas pra se falar, mas que no fim das contas só diz algo sem importância e sem graça. Não agüento mais!

Desejando achar algum freio para isso tudo e parar com essa estupidez de amar que nunca me amou e que jamais vai me amar. E o ideal, parar de amar a quem só sente pena de mim. Algo pior que não amar, é sentir pena da pessoa. E ele sente pena de mim. Ele só pode sentir isso. Tudo é incrivelmente triste e tudo é incrivelmente chato. Não acho graça em nada. Não consigo mais ler livros. Não tenho mais a concentração de escrever textos. Não consigo nem ao menos, colocar as idéias em ordem.

O mundo não conspira com a minha felicidade. O mundo é incrivelmente horrível comigo. Porque a história, que eu vi, é igual a minha, ela é inteiramente igual a minha. E no fim das contas, o fim chegou e eu estou simplesmente igual o fim, horrível. Olhos inchados, nariz vermelho e desejando parar com tudo aqui.

Não consigo deixar e eu preciso de ajuda. Preciso ligar para um menino, agora, ele me pediu, era só apertar o botão verde e acabou, mas eu não consigo. Quando resolvi ligar, meu celular sumiu, depois consegui encontrar e agora, a bateria dele acabou.

Em meio de tanta loucura e aflição, lá fora, a chuva caí, aqui dentro, está só eu e esse mundo que consegui criar aos poucos. Lágrimas caíram. E eu fiquei olhando para essa página em branco, coisas que deveriam ser confessadas e coisas que deveriam deixar para trás e eu mal consigo colocar qualquer idéia que seja aqui. Eu tenho um amor, um amor enorme que não cabe mais dentro de mim. Não consigo suportar.

Porque eu tenho o coração,
E as mãos amarelas e frias.
Com o coração quente
Mas às vezes distante
E às vezes impulsivo.
Mas bate.
Sentiu?
Toma, ele é seu.

É seu, o lugar mais lindo que pode existir dentro de mim. É seu o coração, os textos, o meu mundo. Eu sou sua, seja o que for acontecer. Seja quem chegar. Seja quem sair. Tudo bem, já disse que era de tanta gente, mas nunca saiu tão sincero como agora, como de hoje. Então, guarde. Ele é seu.

Eu escrevo isso e finjo que acredito. Eu escrevo isso e choro por dentro. Eu escrevo isso e eu o amo mais ainda. Por não entender o motivo de mais nada, insisto. Por não saber na verdade o que me espera, eu quero. Por não saber se realmente um dia houve sentimentos, e eu o amo.

O menino dos meus sonhos saiu dos meus sonhos e sinto vontade de abraçar ou de socar ele, só para ele aprender que não se podem perder pessoas que queira muito bem ele. Mas se ele quiser, eu o ajudo a me reconquistar. Mas tudo isso é estupidez. Ele não me ama, ele não me quer por perto.

Me diz por que não pode ser como eu quero? Porque a vida não é só feita das suas escolhas. Tá, eu sei. Mas por que então eu não consigo me apaixonar? Não quero mais machucar ninguém. Não quero mais nem saber de amor. Olhe amor? Não existe. Não existe? Se não é amor é o que? Comodismo? Seguro a imagem dele dentro do meu pensamento.

Ele que sempre foi o grande motivo para ficar pensando na vida e traçando sozinha com um lápis em forma de coração. Eu só sou uma menina e eu o amo. Por que ele não pode me amar? Me ame! Olhe, você sonhou comigo essa noite. E eu sonho em dizer isso. Por favor, eu preciso sair dessa. Eu preciso. Preciso. Me deixa ficar aqui te esperando nessa ruazinha escura? Posso ficar aqui durante anos se você quiser. Por que não durante décadas?

Não sei o que ele tem, não sei o que ele quer, não sei nem ao menos o que ele sente. Não me faz te esquecer, não me faça negar um dia tudo que eu senti. Não me faça ser incapaz de sentir algo que explode e que só consigo respirar bem lento quando seu nome é pronunciado. Tire de mim o nó da minha garganta, afaste os meus medos, traga consigo seus sonhos para juntar com os meus. Eu só quero isso. Não! Sim Layla, já escreveu demais e não houve alternativa, abandone. Não! Por quê? Eu quero amar de novo, eu quero ser nova, quero entender tudo que foi perdido. Não deixe que o outro me leve pra longe e te faça esquecer, juro que o que eu sinto é bonito, dramático e sincero.

Ele me disse coisas que eu jamais consegui esquecer. Me fez sorrir. Ele me sentir em paz, mas me tirou isso em alguns meses. Ele me trouxe a felicidade, o valor que tem uma amizade e um amor. E também conseguiu me tirar. E fiquei sozinha em um quarto branco, aonde nada mais tem cor, nem mesmo a cor dos meus cabelos, ou a cor dos meus olhos. Eu fiquei com o barulho da sua risada na minha cabeça e o seu tom de voz. Fiquei com a expressão que ele tinha de sério, e quando ele dava um sorriso no canto. Foram as únicas vezes que o vi sorrir. Foi uma única vez que ele sorriu para mim. Ele se fez em meu sonho, em sonhos, ele conseguia me dizer coisas que jamais ninguém irá me dizer. Conseguiu algo que ninguém jamais conseguiu, ele me fez acreditar no amor de novo, e que sim, tudo na vida haveria um motivo. Foi isso que ele me ensinou.

Te vi em todos os lugares que eu queria ver. Percebi suas existência em pequenas linhas, ou até em pequenas distâncias. Mas olhei fixamente e percebi que não era você, talvez o corte de cabelo fosse igual ou o jeito de sorrir, não sei. Só sei que havia algo familiar nele que eu conhecia e sei os pequenos detalhes. Pude te ver nos lugares onde eu passei, ou até mesmo, nos lugares que avistei. Pude te ver no sorriso inocente de uma criança. Pude te ver no arco-íris pela metade que havia no céu. Eu pude te ver. Mas isso não seria o suficiente. Ou seria? Não me importo, já que você não se importa.
E algo que eu te vejo inteiramente, e talvez, eternamente. Te vejo todos os dias dentro de mim.

Poderia eu, fazer uma promessa talvez. Ou até mesmo achar uma oração de casais separados. Mas não somos um casal, nunca fomos. Então, talvez, eu só precise esquecer, ou talvez precise só entregar tudo para o destino. E ultimamente, evito passar isso para todos.