Coleção pessoal de LaylaPeres

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Você deve está feliz com a vida que escolheu, mas como tudo isso me deixa no vácuo cada vez mais, tudo isso é dramático demais, tudo isso é podre, tudo isso é vontade. A foto ainda está no meu celular, porque simplesmente não consigo mais apagar seus rastros pelo meu mundo. Se fosse tão simples, tentaria mesmo até tirar você definitivamente do meu mundo, mas como sempre desisto na primeira tentativa fica tão difícil.

E eu só fiz a minha parte, de poder compartilhar um pouco mais sobre essa história que jamais terá um fim. Porque é isso, o amor é interminável para aqueles que acreditam nele. E você? Acredita nele? Você pode pensar nesse exato momento que não, você não acredita. Mas no fundo, todos sabem que aqueles que não admitem que sentem o amor, aqueles que sempre evitaram esse sentimento, são os que mais sentem.

Porque simples, ela era especial, ela era diferente de todas aquelas meninas monótonas e fáceis que ele um dia conheceu. De alguma forma, eles ainda são um casal, um casal distante. Só de saber que ele pensa nela, isso é tudo. Porque ela ainda pensa nele, e pensa muito. Eles são um casal sim. Podem mudar suas vidas, seus amores, seus dramas, mas não deixam de ser um casal. Por que não? Existem vários por aí. Podem passar vinte, trinta anos, mas sabemos que um marcou a vida do outro, seja uma lembrança boa ou péssima, mas eles vão estar na memória por um grande tempo.

Um se lembra do outro, mas por que não podem assumir isso? Ele sabia que se pudesse voltar, ela perdoaria. Ele sabia que para ela, nada mais interessava a não ser ele. Ela sabia que para o mundo ser perfeito, ele tinha que estar ao lado dela. Ela sabia que para ele, o desapego sempre foi maior, ele não sossegava com mulher alguma, por que sossegaria com ela?

Quando houve uma forma de comunicação diferente, estranha, uma única forma. A forma de comunicação fora rejeitada e de novo, se perderam por meios de uma nova mulher, um namorado e muitos, MUITOS dramas. Mas de alguma forma encontrada, um se lembrava do outro, mas, a comunicação foi em vão, e mais uma vez se perderam. Ela se perguntava como ele está, se o cabelo dele ainda continua grande, se ainda ele quer participar de uma banda. Ele, deitado com outra em uma cama numa cidade litorânea, pergunta-se se ela ainda é dramática, temperamental.

Tudo acontecera rápido demais, ela se apaixonou, ele não. Ela se iludiu, ele não. Ele partiu, ela ficou. Tudo era confuso, um passo adiante para ela, era trezentos para trás. Não era exagero, a vida não evoluía, a vida não queria mais nada a não ser afastá-los, afas... ta-los, afa...lo.

Eles, que sempre foram tão unidos, tão bonitos e tão admirados, por pessoas diferentes, também seguiram caminhos diferentes. Era isso que o destino havia preparado para aqueles dois, aqueles que um dia duvidaram do amor, e que estavam recebendo em dobro as suas dúvidas, e as suas lutas.
Não se falavam mais, não se viam mais, não se importavam mais. Era isso que o destino queria? Não eram mais amigos, nem ao menos conhecidos, se afastaram e se perderam.

Ela, com sua sensibilidade a flor da pele. Ele, com seu jeito arrogante e prepotente de ver o mundo e de se ver. Mas assim não dava, assim, nada se resolveu, até que em uma noite fria e bastante chuvosa, ela pode dizer o que queria. E ele? Ele fez o que? Ele apenas disse que não poderia corresponder toda aquela expectativa, mas ainda continuavam sendo um casal, um casal de conto de fadas moderno, mas sim, um casal.

Ele com seus dezessete, ou seria dezoito? Ela com seus dezesseis, ou seria dezessete? Em algum lugar do passado, eles eram um casal. Não, não casal propriamente dito, não um casal comum, mas eles sabiam que eram um casal, e isso era realmente importante.

Amelie, agora com seus quase dezoito anos, agora sim, um número perfeito e ela também continua imperfeita. Qual é a graça de fazer tudo certo? Qual é a graça de ser perfeita? Não há graça alguma. E essa menina, que tinha olhos de ressaca, sabia de algo importante. Mesmo que a vida dela havia parado no tempo, conhecera os clichês como um bom e velho clichê dizia. "Depois da tempestade, chega o arco-íris".
E daí, Amelie? Todo mundo sabe que você adora tomar chuva.

Sim, Amelie tinha olhos de ressaca. Era assim que aquela menina sempre se denominava, mesmo não sabendo o que significava detalhadamente essa expressão, olhos de ressaca. Amélia tinha algo que ninguém sabia o que era exatamente, sabia que ela sentia um amor inconsolável, mas ninguém realmente queria entender.

Ela era a última menina sozinha daquela cidade. Amelie, dezessete anos, filha de pais separados, um metro e sessenta e nove centímetros de drama, sorrisos e amores. Com cabelos na altura do seu ombro. E ela adorava se comparar a Capitu, a personagem de Machado de Assis.

Te prometo que tudo um dia todo esse caos vai passar, te prometo que você um dia vai conseguir voltar a acreditar no amor. E foi isso que o meu pobre coração me disse.
Por que não acreditar que o impossível um dia, poderá chegar?!
I Believe!

Não digo que um dia tudo vai ser esquecido, por histórias assim deixam marcas profundas que nem o vento e o tempo conseguem apagá-las. Mas você vai ver o choro de hoje menina, se transformará no sorriso puro de amanhã, e te prometo que vai ser isso que realmente acontecerá. Hoje, você se lamenta com a ausência, daqui um tempo, você pode ver que foi sentimentalismo exagerado. Nós mulheres possuímos a mania de exagerar um pouquinho... Tá bom, exageramos muito.

Por que ele nunca foi embora de verdade? Por que ele sempre fica aqui? Dessa vez, quero falar sério, não quero dramatizar dor alguma. Mas no fundo, sinto uma dorzinha, ela é extremamente patética e sem sentido. Eu que sempre fiquei tão conectada a ele, sendo que jamais se ligou a mim.
Essa dor irá acontecer milhares de vezes em toda minha vida. Deixo acontecer.

Quando ele foi embora, admito, pensei que iria ficar louca de uma vez por todas. Pensei que a qualquer momento, seria capaz de pular de um prédio, da janela, mas não foi nem isso que aconteceu. Quando ele foi embora... na verdade, ele não foi embora totalmente. É uma das grandes coisas que gostaria de entender.

Todo mundo aproveita uma dorzinha verdadeira para poder dizer que está se acabando, sendo que mal começou. E mesmo se for uma dorzinha verdadeira bem lá no fundo da alma, para mim, sentimental demais, é uma dor exageradamente. Mas não me permito chorar.

Minha imaginação é mil vezes melhor e mais pura que qualquer realidade do mundo. A minha imaginação vai me levar a lugares incríveis e terei os sonhos mais doces e puros.
Faço drama porque acho os meus dias chatos demais, sensatos demais, sem graças demais. Todo mundo adora dramatizar o fim exageradamente, todo mundo aproveita a dor de cotovelo para poder escrever, compor músicas, chorar.

Evito porque no fundo, não quero dar uma nova chance ao mundo, mesmo todo mundo fazendo com que eu creia nessa chance de mudar a vida e o mundo.
Estou conformando dia após dia com a realidade. Ultimamente, ela anda comigo lado a lado. Me faz companhia e às vezes, me empurra na parede e me diz coisas terríveis, coisas que eu não queria saber, e não desejaria ter a noção do que são realmente.

Porque sou cheia. Cheia de fases, cheia de sonhos, cheia de choros e carências.
Evito não amar. Evito não entrar em contato. Evito conversas, frases, sorrisos e suspiros. Evito porque tenho medo da dor. Evito porque no fundo tenho medo da rejeição. Evito porque não quero deixar minha maquiagem borrada pela milésima vez e meu orgulho ferido.