Coleção pessoal de Diegomoraes

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Você tenta ocultar, mas a literatura sangra.

Teu mundo é pequeno. Cabe numa caixinha de guardar ressentimentos.

Você é um minuto de silêncio num mundo que grita feito louco embaixo do viaduto.

Tudo dorme menos rancor de poeta desprezado por editoras e putas. Fico longe de caras do tipo. São tumores querendo enegrecer pulmão alheio.

Poeta mora de favor na casa do lirismo.

Domingo e sua cara de Rimbaud atravessando o deserto mancando.

A única coisa que aprendi nessa vida foi tropeçar.

Meu tropeço é quase um samba do Cartola.

A literatura é uma barbearia cheia de navalhas.

Ex-Namoradas viram nome de Avenida nos meus contos mais doloridos.

À noite é um cadáver respirando ouro.

Só há uma solução: Escrever até seu braço virar fantasma ou pular feito um leão.

Às vezes fico só fragmentação cinza.

Estranheza é um casal de ursos dançando tango.

Literatura: escolhi este câncer e agora sinto os buracos negros se espalhando como se Deus falasse através dos silêncios ofendidos embaixo do guarda-chuva.

Ontem desenhei uns cavalos ouvindo Rolling Stones, mas não voltarei a pintar. Desde a última exposição imagino feridas-girassóis.

Palavras boiam por um tempo e depois afundam como navios furados.

Escrever demais dá pedra nos rins.

“Tudo não passa de loucuras guardadas no fundo de uma gaveta”.

A maior editora é a dos céus, pois os anjos datilografam cada pecado, e toda obra será lançada no dia do fim”