Coleção pessoal de camilacustodio

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Uma ponte ou um muro?
As ruas de paralelepípedos me mostrarão...

Quanto mais tempo eu observo a vida, mais tenho a certeza que a felicidade está nos pequenos goles da bebida chamada sonho.
Embriago-me!

Andei bebendo vinho de mãos dadas com Dionísio. Agora páro e corro para as direções retas e corretas de Apolo. Racionalidade é tudo!

Se ardo, se atino, se concedo, se falto, se sobro eu não me importo. São os meus dias ensolarados que preenchem todos os espaços e sentidos.

Seria capaz de conjugar-me? Verbos e verborragias de cansar às vistas, a língua, a poesia, a teoria, o dia a dia...
Intensa. Aguenta?

Beba-me enquanto estou aqui. Sou bebida ácida e doce, que facilmente evapora ao contato do ar...

Ficou o rascunho,o rabisco de seus olhos entre palavras escritas não ditas, censuradas, jamais publicadas. Apenas estas escaparam fugidias.

Nessa via de mão dupla não sei se dirijo na contra mão, se acelero, se páro e contemplo o horizonte.
Estou rodando em vícios, em círculos.

As luzes multicoloridas da felicidade estão dentro de nós. É preciso nos bastar, nos devorar, nos amar, nos nutrir de nós mesmos.

Escuridão?
Enxergo tudo claramente. Intuição que ilumina meus sentidos mas se choca com muros e paredes separando o céu do infinito...

Eu gosto de muros, protegem e dão sombra. Convido o grafiteiro para escrever em cores Alberto Caeiro: "Sou alheio ao espetáculo que vejo..."

Aquele momento ficou suspenso no ar...
Etéreo, vital, invisível, especial. Virou lembrança de filme. Virei atriz de cinema mudo. Revirei-me.
E nesse papel, juro, ainda ganho o Oscar.
Beijarei a estatueta e beberei vinho olhando meu triunfo e derrota.

Quando a sua fúria passar, vou escancarar sua mania de querer me decifrar sem me olhar, que nos afasta milhas e milhas além das que existem.

Sou presente sem embrulho, sem estardalhaço, atrasado, em dia errado, sem laço...
Mas dou-me de presente. Estou presente, não sente?

Sinta a minha calma, alma. Coma a aura, espalme a palma, abra a chaga e verás o profundo de mim transbordar em ti. Assim, poderás me julgar.

Amores verão!Verão a chuva cair em pingos grossos. Chuva rápida que lava alma,refresca mas não nutre a terra que se abastece de si própria.

Não sou orquídea ao vento. Sou rosa carmim e comum. Necessito de jardineiro fiel, que sinta minha "raridade" e beleza no perfume e espinhos.

Seria o amor, tempestade enfurecida que chega desfolhando árvores ou brisa suavemente molhada de orvalho matutino, quase imperceptível?

Nem sempre o trevo corresponde à minha sorte, mas não importa: por via torta ou reta palavras dominam. Escrevo, escrevo, escrevo, escrevo!